Tinha como tia-avó Santa Isabel da Hungria, e seu nome é uma homenagem a ela, a Santa duquesa que trouxe consolação a seu povo e revelou as reais dimensões da vida cristã aos nobres da Turíngia, região da atual Alemanha.
Santa Isabel de Portugal nasceu em 1271, em Saragoça, Espanha, filha de Pedro II, que se tornaria rei de Aragão, mas foi criada por Tiago I, seu avô paterno, um católico muito piedoso. Dele obteve uma primorosa dedicação, pois os dons que ela recebeu de Deus foram muito bem percebidos e estimulados. Desde tenra infância era visível o amor que tinha ao crucifixo, às imagens e aos cantos religiosos, e todos no reino sentiam que ali estava uma grande serva de Deus. Aos 8 anos já recitava o Santo Ofício todos dias.
Apesar de sua extrema beleza, não era vaidosa. Gostava de vestir-se com simplicidade e tinha uma grande alegria em participar da Santa Missa. Alimentava o sonho de tornar-se freira, mas aos 12 anos, pretendida por vários príncipes da Europa, foi dada em casamento ao rei de Portugal, Dom Dinis, que tinha 19 anos. Obediente aos pais, aceitou-o como uma grande oportunidade para servir a Deus na privilegiada condição de rainha de Portugal.
Mirando-se no feito de sua tia-avó, e também sobre o forte apelo espiritual do carisma das nascentes ordens mendicantes de São Francisco de Assis, de São Domingos e de São Pedro Nolasco, das quais era grande simpatizante, entendeu que assim poderia influenciar a nobreza daquele país a melhor servir aos mais pobres e carentes.
E logo cativou o povo português com sua sincera caridade: distribuía dotes às pobres jovens e ajudava nos estudos os filhos dos mais humildes cavaleiros. Vividamente estimulou a vida religiosa no país: mandou construir várias igrejas, assim como o Mosteiro Beneditino de Santa Maria do Almoster e o Santuário do Espírito Santo de Alenquer.
Fundou o Hospital dos Inocentes, construindo instalações nas cidades de Santarém, Coimbra e Leiria, nas quais iniciou oferecendo cuidados às crianças, contudo acabou estendendo os mesmos serviços a idosos e enfermos. Várias damas da corte adotaram seu carisma e devotadamente colaboravam.
Naqueles anos, Portugal havia reconquistado suas próprias terras dos invasores muçulmanos, mas a guerra deixou muitos mortos. Santa Isabel também se entregou a cuidar dos órfãos, dando-lhes abrigo e instrução. Muito ativa, junto ao esposo participou bastante na reconstrução de muitas cidades, principalmente dando condições para que os camponeses restabelecessem suas fazendas.
Desse esforço, Dom Dinis ficou conhecido como o Rei Lavrador, e ela como a Rainha da Agricultura. É deles também a obra da fundação da Universidade de Coimbra, que é contemporânea das primeiras universidades europeias.
Tiveram dois filhos: Constança, que se tornaria a rainha de Castela, e Afonso IV, que sucederia o pai como rei de Portugal. Ambos tinham a marca da educação cristã, caprichosamente transmitida pela mãe.
Quando já reinava Afonso IV, este declarou guerra ao seu sobrinho, Afonso XI, rei de Castela, filho de sua irmã Constança, por maus tratos à sua filha, Maria, com quem havia casado. Eram um casal de primos, muito comum àquela época, portanto netos de Santa Isabel. Nossa Santa já se encontrava doente e muito frágil, mas humildemente montou numa mula e cavalgou vários dias até Estremoz, onde se colocou entre os dois exércitos e evitou a guerra consanguínea. Consagrava-se assim como a Rainha da Paz.
Santa Isabel morreu aí mesmo, na cidade de Estremoz, em 1336, aos 65 anos, vítima da peste bubônica que acometia a população da Europa e veio a dizimá-la em um terço. Como desejava ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara, em Coimbra, temeram em transportar seu corpo de imediato, pois poderia decompor-se durante a viagem de cerca de 250 km. Imaginavam ser melhor trasladar apenas suas relíquias, alguns anos mais tarde.
Mas todos ficaram surpresos ao perceberem que com o passar das horas seu cadáver adquiria cada vez mais uma suave fragrância. Exultantes, partiram para Coimbra na certeza de que se tratava de mais um corpo santo para a História da Igreja. Em 1625, quase 300 anos depois, quando foi canonizada, ao abrirem seu túmulo constataram que seu corpo ainda não se havia corrompido.
Em tempos mais recentes fizeram-lhe um novo túmulo, que fica abaixo do coro do Convento de Santa Clara, a Nova.
Santa Isabel de Portugal nasceu em 1271, em Saragoça, Espanha, filha de Pedro II, que se tornaria rei de Aragão, mas foi criada por Tiago I, seu avô paterno, um católico muito piedoso. Dele obteve uma primorosa dedicação, pois os dons que ela recebeu de Deus foram muito bem percebidos e estimulados. Desde tenra infância era visível o amor que tinha ao crucifixo, às imagens e aos cantos religiosos, e todos no reino sentiam que ali estava uma grande serva de Deus. Aos 8 anos já recitava o Santo Ofício todos dias.
Apesar de sua extrema beleza, não era vaidosa. Gostava de vestir-se com simplicidade e tinha uma grande alegria em participar da Santa Missa. Alimentava o sonho de tornar-se freira, mas aos 12 anos, pretendida por vários príncipes da Europa, foi dada em casamento ao rei de Portugal, Dom Dinis, que tinha 19 anos. Obediente aos pais, aceitou-o como uma grande oportunidade para servir a Deus na privilegiada condição de rainha de Portugal.
Mirando-se no feito de sua tia-avó, e também sobre o forte apelo espiritual do carisma das nascentes ordens mendicantes de São Francisco de Assis, de São Domingos e de São Pedro Nolasco, das quais era grande simpatizante, entendeu que assim poderia influenciar a nobreza daquele país a melhor servir aos mais pobres e carentes.
E logo cativou o povo português com sua sincera caridade: distribuía dotes às pobres jovens e ajudava nos estudos os filhos dos mais humildes cavaleiros. Vividamente estimulou a vida religiosa no país: mandou construir várias igrejas, assim como o Mosteiro Beneditino de Santa Maria do Almoster e o Santuário do Espírito Santo de Alenquer.
Naqueles anos, Portugal havia reconquistado suas próprias terras dos invasores muçulmanos, mas a guerra deixou muitos mortos. Santa Isabel também se entregou a cuidar dos órfãos, dando-lhes abrigo e instrução. Muito ativa, junto ao esposo participou bastante na reconstrução de muitas cidades, principalmente dando condições para que os camponeses restabelecessem suas fazendas.
Desse esforço, Dom Dinis ficou conhecido como o Rei Lavrador, e ela como a Rainha da Agricultura. É deles também a obra da fundação da Universidade de Coimbra, que é contemporânea das primeiras universidades europeias.
Tiveram dois filhos: Constança, que se tornaria a rainha de Castela, e Afonso IV, que sucederia o pai como rei de Portugal. Ambos tinham a marca da educação cristã, caprichosamente transmitida pela mãe.
Mas Santa Isabel teve que suportar entre muitas angústias a pecaminosa infidelidade do marido, da qual nasceram vários filhos bastardos. Em sua profunda piedade, porém, continuava obediente a ele e ainda acolhia seus filhos no castelo, tratando-os como se fossem dela mesma.
Foi pela predileção do rei por um filho bastardo que Afonso IV, filho legítimo, se rebelou contra o pai e foi ao reino de Aragão e Castela pedir auxílio para enfrentá-lo, sob argumento que desonrava o sangue da família.
Graças a Santa Isabel, a guerra entre eles foi evitada, pois ela pediu autorização ao esposo para ir a Pombal, onde seu filho já posicionava suas tropas. Ela havia conseguido do rei a garantia de que Afonso IV seria o primeiro da linha sucessória, e foi oferecê-la ao filho, pedindo que não combatesse contra o pai, quando conseguiu abrandar-lhe os ânimos.
Logo após a morte do marido, nossa Santa foi em peregrinação a Santiago de Compostela, pedir a Deus por sua alma. Fez boa parte do trajeto montada num burro, mas, por maior penitência, concluiu o último trecho da viagem a pé. Lá deixou em doação todos seus ricos pertences de rainha: a coroa, as jóias e as nobres vestes.
Foi viver no Paço de Santa Ana, uma nobre morada, vizinha ao Convento de Santa Clara de Coimbra que ela mesma havia mandado erguer, e aí vestiu o hábito da Ordem Terceira de São Francisco. Tempos depois, também doaria esse paço ao Convento. Entregou-se totalmente a cuidar dos mais pobres e enfermos, em especial dos leprosos, que lhe atribuíam muitas miraculosas curas.
Como à sua tia-avó, Santa Isabel da Hungria, é-lhe atribuído um grande milagre, e muito parecido. Levava no avental muitas pequenas moedas para doar aos pobres, quando nos corredores foi surpreendida pelo rei, seu esposo, que lhe perguntou aonde ia e o que levava. Um pouco constrangida, pois se conformava em suportar algumas grosserias do marido, ela respondeu: 'São rosas, meu Senhor!' Mas Dom Dinís insistiu: 'Rosas? Em janeiro?' Sem argumento, ela então lhe abriu o avental, que de fato se mostrou repleto de rosas.
Quando já reinava Afonso IV, este declarou guerra ao seu sobrinho, Afonso XI, rei de Castela, filho de sua irmã Constança, por maus tratos à sua filha, Maria, com quem havia casado. Eram um casal de primos, muito comum àquela época, portanto netos de Santa Isabel. Nossa Santa já se encontrava doente e muito frágil, mas humildemente montou numa mula e cavalgou vários dias até Estremoz, onde se colocou entre os dois exércitos e evitou a guerra consanguínea. Consagrava-se assim como a Rainha da Paz.
Mas todos ficaram surpresos ao perceberem que com o passar das horas seu cadáver adquiria cada vez mais uma suave fragrância. Exultantes, partiram para Coimbra na certeza de que se tratava de mais um corpo santo para a História da Igreja. Em 1625, quase 300 anos depois, quando foi canonizada, ao abrirem seu túmulo constataram que seu corpo ainda não se havia corrompido.
Santa Isabel de Portugal, rogai por nós!