segunda-feira, 24 de julho de 2023

Não ser Católico


    Numa palavra, não ser católico significa não estar sob a Graça, mas tão somente sob a Misericórdia de Deus, pois a Graça é obtida através dos Sacramentos da Igreja. São Pedro diz sobre o sacerdócio: "Como bons dispensadores das diversas Graças de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu: a Palavra, para anunciar as mensagens de Deus, e o ministério, para exercê-lo com a divina força, a fim de que Deus, em todas coisas, seja glorificado por Jesus Cristo." 1 Pd 4,10-11
    São João Batista, de fato, já apontava a única e exclusiva origem da Graça: "João replicou: 'Ninguém pode atribuir-se a si mesmo senão o que lhe foi dado do Céu.'" Jo 3,27
    O próprio Jesus disse aos Apóstolos porque a Igreja seria bem sucedida: "Não fostes vós que Me escolhestes, mas Eu escolhi-vos e constituí-vos para que vades e produzais fruto, e vosso fruto permaneça." Jo 15,16a
    E São João Evangelista, falando em nome da Igreja e atestando a Divindade de Jesus, vai dizer: "Todos nós recebemos, de Sua plenitude, Graça sobre Graça. Pois a Lei foi dada por Moisés, mas a Graça e a Verdade vieram por Jesus Cristo." Jo 1,16-17
    São Paulo critica até mesmo os cristãos que, à falta do Novo Testamento, pois ainda nenhum Evangelho havia sido escrito em grego, dedicavam-se mais ao Antigo Testamento que ao Evangelho anunciado: "Já estais separados de Cristo, vós que procurais a justificação pela Lei. Decaístes da Graça. Quanto a nós, é espiritualmente, da , que aguardamos a esperada justiça." Gl 5,4-5
    E diz o que representa desrespeitar os ensinamentos da Igreja: "Por conseguinte, desprezar estes preceitos é desprezar não a um homem, mas a Deus, que nos infundiu Seu Santo Espírito." 1 Ts 4,8
    Para começar, só e exclusivamente só à Igreja Jesus enviou o Espírito Santo, que é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade: "É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece. Mas vós conhecê-Lo-eis, porque convosco permanecerá e em vós estará." Jo 14,17
    Desde o Pentecostes, portanto, o Divino Espírito tem ininterruptamente estado com a Igreja, pois para isso foi enviado pelo Pai, a pedido de Jesus: "E Eu rogarei ao Pai, e Ele dá-vos-á outro Paráclito, para que convosco fique eternamente." Jo 14,16
    É sob Seu Ministério que a Igreja se encontra, pois vivemos o tempo do Espírito Santo. São Paulo assim distingue o Novo do Antigo Testamento: "Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, revestiu-se de tal glória que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos no rosto de Moisés, por causa do resplendor de sua face, embora transitório, quanto mais glorioso não será o Ministério do Espírito?" 2 Cor 3,7-8
    E sem o Divino Paráclito não há divina filiação, como São Paulo diz aos romanos: "Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é d'Ele." Rm 8,9b
    Ele distingue: "... pois todos que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus." Rm 8,14
    O próprio São Paulo, mesmo tendo sido agraciado com uma visão de Jesus, não saiu imediatamente pregando, mas por Ele foi submetido aos membros da Igreja: "Saulo disse: 'Quem és, Senhor?' Respondeu Ele: 'Eu sou Jesus, a Quem tu persegues. Levanta-te, entra na cidade. Aí te será dito o que deves fazer.' Ananias foi. Entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: 'Saulo, meu irmão, o Senhor, esse Jesus que te apareceu no caminho, enviou-me para que recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo.'" At 9,5.6b.17
    Na Carta aos Coríntios, nestes termos o Último Apóstolo acusa as divisões: "A vós, irmãos, não vos pude falar como a homens espirituais, mas como a carnais, como a criancinhas em Cristo. Eu dei-vos leite a beber, e não sólido alimento que ainda não podíeis suportar. Nem ainda agora o podeis, porque ainda sois carnais. Com efeito, enquanto entre vós houver ciúmes e contendas, não será porque sois carnais e procedeis de um totalmente humano modo?" 1 Cor 3,1-3
    Ora, foi justamente de resistência ao Espírito Santo que Santo Estevão acusou os judeus que não acolheram Jesus como Salvador: "Homens de dura cerviz, e de incircuncisos corações e ouvidos! Vós sempre resistis ao Espírito Santo." At 7,51a
    Porque, como deveria ser patente, só há um Espírito Santo. São Paulo diz: "Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres. E todos fomos impregnados do mesmo Espírito." 1 Cor 12,13
    São Pedro, catequizando adultos no dia de Pentecostes, vai falar na necessária Confissão dos pecados, sem a qual não se dá o Sacramento da Crisma, nosso 'Pentecostes Pessoal': "Pedro respondeu-lhes: 'Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em Nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.'" At 2,38
    São Paulo assevera: "Ora, o Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade." 2 Cor 3,17
    E celebra: "A Lei do Espírito de Vida libertou-me, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte. O que era impossível à Lei, visto que a carne a tornava impotente, Deus fez. Enviando, por causa do pecado, Seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o pecado na carne a fim de que a justiça prescrita pela Lei fosse realizada em nós, que vivemos não segundo a carne, mas segundo o Espírito." Rm 8,2-4
    Foi essa liberdade que Jesus prometeu a Nicodemos, claramente distinguindo a Crisma do Batismo: "Respondeu Jesus: 'Em Verdade, em Verdade, digo-te: quem não renascer da Água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus. Aquele que nasceu da carne é carne, e aquele que nasceu do Espírito é espírito. Não te maravilhes de que Eu te tenha dito: Necessário é-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer. Ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito.'" Jo 3,5-8
    E o próprio São João Batista falou do Ministério de Jesus: "Eu batizo-vos na água, mas eis que vem Outro mais poderoso que eu, a Quem não sou digno de desatar-Lhe a correia das sandálias. Ele batizá-vos-á no Espírito Santo e no fogo." Lc 3,16a
    Em cumprimento desta missão da Igreja, São Pedro e São João Evangelista não vacilavam em crismar aqueles já batizados. E mais uma vez vê-se a diferença entre Crisma e Batismo: "Os Apóstolos que se achavam em Jerusalém, tendo ouvido que a Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João. Estes, assim que chegaram, fizeram oração pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo, visto que não havia descido ainda sobre nenhum deles, mas somente tinham sido batizados em Nome do Senhor Jesus. Então os dois Apóstolos lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo." At 8,14-17
    E em caso de pecado, também é pelo poder do Espírito Santo que a Igreja concede o perdão mediante a Confissão, pois o Sacerdote é Seu instrumento, como Jesus os ungiu logo na primeira aparição ao Colégio dos Apóstolos, no Domingo da Ressurreição: "Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: 'Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, sê-lhes-ão perdoados. Àqueles a quem os retiverdes, sê-lhes-ão retidos.'" Jo 20,22-23


RECEBER O ESPÍRITO SANTO

    Não ser batizado nem se confessar, portanto, é em ficar sem a Crisma, ou seja, sem o Espírito Santo. Jesus disse a Seus seguidores pouco antes da Ascensão: "Eu mandá-vos-ei o Prometido de Meu Pai. Entretanto, permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do Alto." Lc 24,49
    É não conhecer a Verdade, ainda segundo Nosso Senhor: "Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensiná-vos-á toda Verdade. Porque não falará por Si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciá-vos-á as coisas que virão." Jo 16,13
    É não ter os dons do Espírito Santo, na lição de São Paulo: "Há diversidade de dons, mas um só Espírito. A cada um é dada a manifestação do Espírito para comum proveito. Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como Lhe apraz." 1 Cor 12,4.7.11
    É não ter o penhor, isto é, a garantia da Salvação: "Aquele que nos formou para este destino é Deus mesmo, que por penhor nos deu Seu Espírito." 2 Cor 5,5
    É não ter o selo de Deus: "Ora, Quem confirma a nós e a vós em Cristo, e consagrou-nos, é Deus. Ele marcou-nos com Seu selo, e a nossos corações deu o penhor do Espírito." 2 Cor 1,21-22
    É não ter a marca da obediência, conforme São João Evangelista: "Quem observa Seus Mandamentos permanece em Deus e Deus nele. É nisto que reconhecemos que Ele permanece em nós: pelo Espírito que nos deu." 1 Jo 3,24
    Foi referindo-se à obediência como única forma de receber o Santo Paráclito que São Pedro testemunhou Jesus como o Messias diante do Sinédrio: "Deste fato nós somos testemunhas. Nós e o Espírito Santo, que Deus deu a todos aqueles que Lhe obedecem." At 5,32
    Pois ao ser humano Deus deu o incrível poder de repelir Seu Espírito, eliminando-o em nossos corações. Por isso, pede São Paulo: "Não extingais o Espírito." 1 Ts 5,19
    Aliás, pede que sequer O contrariemos nas mínimas coisas: "Nenhuma má palavra saia de vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem. Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o Qual estais selados para o Dia da Redenção." Ef 4,29-30
    Porque após Sua unção nem mesmo nosso corpo nos pertence: "Ou não sabeis que vosso corpo é Templo do Espírito Santo, que habita em vós, o Qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis?" 1 Cor 6,19
    E o Apóstolo dos Gentios ia muito além da mera exortação à obediência: "Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade." 1 Ts 4,7


NÃO É ENTENDER, MAS OBEDECER A DEUS!

    Os exemplos de pessoas obedientes a Deus são muitos, como quando Nossa Senhora respondeu ao Arcanjo Gabriel, mesmo sem saber como explicaria sua gravidez a São José: "Então disse Maria: 'Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo tua palavra.'" Lc 1,38
    Outro exemplo estava na palavra de São Pedro em resposta a Jesus, pouco antes da miraculosa pesca: "Quando acabou de falar, disse a Simão: 'Faze-te ao largo, e lançai vossas redes para pescar.' Simão respondeu-lhe: 'Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos. Mas por causa de Tua Palavra, lançarei a rede.' Feito isto, apanharam peixes em tanta quantidade que a rede se rompia." Lc 5,4-6
    O próprio Jesus diria ao Pai, no Horto das Oliveiras: "'Aba! (Pai!)', suplicava Ele. 'Tudo é-Te possível. Afasta de Mim este cálice! Contudo, não se faça o que Eu quero, senão o que Tu queres.'" Mc 14,36
    Ele havia ensinado a Seus discípulos: "Mas qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só minuto à duração de sua vida? Se vós, pois, não podeis fazer nem as mínimas coisas, por que estais preocupados com as outras? Porque os homens do mundo é que se preocupam com todas estas coisas. Mas Vosso Pai bem sabe que precisais de tudo isso." Lc 12,26.30
    Enquanto Verbo de Deus, Ele vai dizer: "Em Verdade, não falei por Mim mesmo. Mas o Pai, que Me enviou, Ele mesmo prescreveu-Me o que devo dizer e o que devo ensinar." Jo 12,49
    E falando como Deus Encarnado, recomendou: "Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira. Assim também vós: tampouco podeis dar fruto se não permanecerdes em Mim." Jo 15,4
    Apenas pedia que perseverássemos em Sua Palavra: "Se guardardes Meus Mandamentos, sereis constantes em Meu amor, como também Eu guardei os Mandamentos de Meu Pai e persisto em Seu amor." Jo 15,10
    Sabia de nossas dificuldades e limitações em compreender: "Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não podeis suportá-las agora." Jo 16,12
    Apontou, porém, a importantíssima obra da Terceira Pessoa de Deus: "Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu Nome, ensiná-vos-á todas coisas e recordá-vos-á tudo que vos tenho dito." Jo 14,26
    E com a manifestação do Paráclito a Revelação completou-se, e foi confiada à Igreja, como São Judas Tadeu afirma: "Caríssimos, estando eu muito preocupado em escrever-vos a respeito da nossa comum Salvação, senti a necessidade de dirigir-vos esta carta para exortar-vos a pelejar pela , de uma vez para sempre confiada aos Santos." Jd 3
    Rejeitar a Igreja, portanto, ainda que parcialmente, é rejeitar a Revelação. Aliás, é rejeitar Jesus e Deus Pai, como Ele disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve, a Mim ouve. E quem vos rejeita, a Mim rejeita. E quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou." Lc 10,16
    Literalmente disse: "Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano" Mt 18,15-17
    Ele garantiu à Igreja: "Se guardaram Minha Palavra, também hão de guardar a vossa." Jo 15,20b
    Pois só por Ele chega-se realmente a Deus: "... ninguém vem ao Pai senão por Mim." Jo 14,6b
    Não é verdadeira, pois, a afirmação de que todas religiões estão certas, apesar de todas elas conterem centelhas da Luz de Deus. Jesus mesmo apontou o erro dos samaritanos: "Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, porque a Salvação vem dos judeus." Jo 4,22
    São Paulo, enfim, ele explica que só nos Céus chegaremos a onisciência de Deus: "Nossa ciência é parcial, Nossa profecia é imperfeita. Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá. Hoje vemos como por um espelho, confusamente, mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte, mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido." 1 Cor 13,9-10.12
    E assim há de ser nossa espera: "N'Ele (Cristo) também vós, depois de terdes ouvido a Palavra da Verdade, o Evangelho de vossa Salvação, no qual tendes crido, fostes selados com o Espírito Santo que fora prometido, que é o penhor de nossa herança, enquanto esperamos a completa Redenção daqueles que Deus adquiriu para o louvor de Sua Glória." Ef 1,13-14


BUSCAR OS SACRAMENTOS - NÃO INVENTE IGREJA!

    Jesus, pois, além de também prometer Sua presença na Igreja, determinou aos Apóstolos a completa transmissão, e jamais algo parcial, de Seus ensinamentos, que se tornou o Catecismo: "Ensinai-as a observar tudo que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos dias, até o fim do mundo." Mt 28,20
    Ele mesmo previu até a mais branda punição: "Aquele que violar um destes Mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será declarado o menor no Reino dos Céus." Mt 5,19a
    E por conta dessa 'dificuldade' de expressar toda Graça ao mundo, São Paulo foi preso e martirizado: "Também orai por nós. Pedi a Deus que dê livre curso à nossa palavra, para que possamos anunciar o mistério de Cristo. É por causa deste mistério que estou preso." Cl 4,3
    Ele sabia, porém, que neles agia a tremenda 'força do Alto': "Nosso Evangelho foi-vos pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção. Sabeis o que entre vós temos sido para vossa Salvação." 1 Ts 1,5
    E assim garantia: "Não são carnais as armas com que lutamos. São poderosas, em Deus, capazes de arrasar fortificações. Nós aniquilamos todo raciocínio e todo orgulho que se levanta contra o conhecimento de Deus, e cativamos todo pensamento e reduzimo-lo à obediência a Cristo. Também estamos prontos para castigar todos desobedientes, assim que seja perfeita vossa obediência." 2 Cor 10,4-6

A IGREJA

    Porque a Glória de Deus está estampada na Igreja que é una, que não pactua com divisões, pois só assim a manifestação de Cristo expressa todo Seu poder. Ele rezou ao Pai pelos Apóstolos: "Dei-lhes a Glória que Me deste, para que sejam Um como Nós somos Um: Eu neles e Tu em Mim. Pra que sejam perfeitos na Unidade e o mundo reconheça que Me enviaste e amaste-os, como amaste a Mim." Jo 17,22-23
    Só assim ela expressa Seu amor, como Jesus disse aos Apóstolos: "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos: se vos amardes uns aos outros." Jo 13,35
    Vemos que São Paulo, com recorrência, lutou pela Unidade da Igreja em suas cartas: "Exorto-vos, pois, prisioneiro que sou pela causa do Senhor, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, com toda humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade. Sede solícitos em conservar a Unidade do Espírito no vínculo da Paz. Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo." Ef 4,1-5
    Sem dúvida, a Igreja é santa porque Jesus assim a quer: "... Cristo amou a Igreja e entregou-Se por ela, para santificá-la, purificando-a pela Água do Batismo com a Palavra, para a Si mesmo apresentá-la toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito, mas santa e irrepreensível." Ef 5,25b-27
    E membro a membro, apesar de nossos pecados, ela é constituída pelo Espírito Santo, como São Paulo disse aos Anciãos de Éfeso: "Cuidai de vós mesmos e de todo rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com Seu próprio sangue." At 20,28
    Pois todas questões levantadas sobre a Sã Doutrina foram exaustivamente debatidas, à Luz do Santo Paráclito, nos concílios através dos século. O próprio São Tiago Menor vai dizer do Concílio de Jerusalém: "Com efeito, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor outro peso além do indispensável seguinte..." At 15,28
    De fato, minguém recebe dom do Santo Espírito se não for para servir à Igreja: "Assim, uma vez que aspirais aos dons espirituais, procurai tê-los em abundância para a edificação da Igreja." 1 Cor 14,12
    E ainda que restassem um ou outro renitente, essas decisões sempre foram divulgadas pelos Santos e acatadas pela Igreja em todo mundo, como vemos no ministério de São Paulo e São Timóteo em referência a este Concílio de Jerusalém: "Nas cidades pelas quais passavam, ensinavam que observassem as decisões que haviam sido tomadas pelos Apóstolos e Anciãos em Jerusalém." At 16,4
    São João Evangelista, que apontou a obediência como a marca do Espírito Santo, vai dizer da falta que Sua Unção faz aos dissidentes: "Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, certamente ficariam conosco. Mas isto dá-se para que se conheça que nem todos são dos nossos. Vós, porém, tendes a unção do Santo e sabeis todas coisas. Não vos escrevi como se ignorásseis a Verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira vem da Verdade." 1 Jo 2,19-21
    Já os seguidores da tradição de São Paulo, bem retratando a opinião das maiorias que venceram os concílios, invocam um retumbante sinal: a nuvem de testemunhas que forma a Igreja pelos séculos, e tem a Cruz como Caminho: "Desse modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de testemunhas, desvencilhemo-nos das cadeias do pecado. Corramos com perseverança ao proposto combate, com o olhar fixo no Autor e Consumador de nossa fé, Jesus. Atentamente considerai, pois, Aquele que tantas contrariedades sofreu dos pecadores, e não vos deixeis abater pelo desânimo." Hb 12,1.3


    Como vimos acima, é o próprio Jesus que escolhe Seus Sacerdotes, e Ele começou pelos Apóstolos, que quer dizer Seus enviados: "Ao amanhecer, chamou Seus discípulos e escolheu Doze dentre eles, que chamou de Apóstolos." Lc 6,13
    E assim a Igreja tem feito até hoje, ordenando Presbíteros, nossos Padres, como São Paulo fazia: "E em cada igreja instituíram Anciãos e, após orações com jejuns, encomendaram-nos ao Senhor, em Quem tinham confiado." At 14,23
    Ele tinha muito claras normas, e recomendou-as a São Tito: "Eu deixei-te em Creta para acabares de organizar tudo e estabeleceres Anciãos em cada cidade, de acordo com as normas que te tracei." Tt 1,5
    E ele atribuía, como visto, esta unção ao Espírito de Cristo, como disse aos Anciãos de Éfeso: "Cuidai de vós mesmos e de todo rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu Bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com Seu próprio Sangue." At 20,28
    Quanto ao Papa, também foi o próprio Jesus que realizou esta ordenação, pois só a um dos Apóstolos entregou as chaves do Reino dos Céus: "E Eu declaro-te: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja. As portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu dá-te-ei as chaves do Reino dos Céus. Tudo que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo que desligares na terra será desligado nos Céus.'" Mt 16,18-19
    Assim como na tradição judaica do Sumo Sacerdote, São Pedro claramente tinha a primazia perante os demais Apóstolos, que formariam um colégio de conselho, nosso atual colégio cardinalício. Pelo sucesso da Igreja, de fato, Jesus vai rezar só por ele: "Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para peneirar-vos como o trigo. Mas eu roguei por ti, para que tua confiança não desfaleça. E tu, por tua vez, confirma teus irmãos." Lc 22,31-32
    E só a São Pedro Ele confiou, de cordeiros a ovelhas, todo Seu rebanho: "Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de João, amas-Me mais que estes?' Respondeu ele: 'Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo.' Disse-lhe Jesus: 'Apascenta Meus cordeiros. Apascenta Minhas ovelhas.'" Jo 21,15.17b

O BATISMO

    São estes Sacerdotes que estão autorizados a realizar o Batismo, como Jesus lhes instruiu: "Ide, pois, e ensinai a todas nações. Batizai-as em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo." Mt 28,19
    Nele claramente incluem-se as crianças, como disse o Príncipe dos Apóstolos no dia do Pentecostes: "Pedro respondeu-lhes: 'Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em Nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos que de longe ouvirem o apelo do Senhor, Nosso Deus.'" At 2,38-39
    Era o que fazia São Paulo, batizando famílias inteiras: "Aliás, também batizei a família de Estéfanas. Além destes, não me consta ter batizado ninguém mais." 1 Cor 1,16


    Como de nossa necessária purificação para aproximar-nos de Deus, as primeiras palavras de Jesus ao iniciar Sua vida pública pediam exatamente arrependimento: "Desde então, Jesus começou a pregar: 'Fazei penitência, pois o Reino dos Céus está próximo.'" Mt 4,17
    O próprio batismo de São João requeria confissão: "Pessoas de Jerusalém, de toda Judeia e de toda circunvizinhança do Jordão vinham a ele. Confessavam seus pecados e por ele eram batizados nas águas do Jordão." Mt 3,5-6
    E assim também faziam os Apóstolos de Jesus, que inicialmente usavam o mesmo batismo de São João: "O Senhor soube que os fariseus tinham ouvido dizer que Ele recrutava e batizava mais discípulos que João, se bem que não era Jesus quem batizava, mas Seus discípulos." Jo 4,1-2
    Como Jesus pregou desde o início, a missão dos Apóstolos, ao serem enviados desde a primeira vez, não podia ser diferente: "Eles partiram e pregaram a penitência." Mc 6,12
    Para que obtenhamos o perdão de nossos pecados, como vimos, com esse poder Jesus investiu Seus Sacerdotes, que assim agem pelo Santo Paráclito: "Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: 'Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, sê-lhes-ão perdoados. Àqueles a quem os retiverdes, sê-lhes-ão retidos.'" Jo 20,22-23
    É assim que podemos estar na Paz de Cristo, que disse: "Deixo-vos a Paz, dou-vos Minha Paz. Não vo-la dou como o mundo a dá." Jo 14,27a
    E, como está acima, foi isso que Ele pediu a São Pedro: "Disse-lhe Jesus: 'Apascenta Meus cordeiros. Apascenta Minhas ovelhas.'" Jo 21,15b.17b
    Essa obra de reconciliação com Deus continuou com São Paulo, como se viu em Éfeso: "Muitos dos que haviam acreditado, vinham confessar e declarar suas obras." At 19-18
    Este Santo diz dessa missão dos Sacerdotes da Igreja: "Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho: eis que tudo se fez novo! Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou Consigo, por Cristo, e confiou-nos o ministério desta reconciliação." 2 Cor 5,17-18
    E o Purgatório, como purificação pós-morte, é 'lugar' para depurar diferentes graus de pecados, desde que não mortais, pois Jesus não falou apenas de Céu, onde não há punição, e de inferno, onde a punição é máxima: "O servo que, apesar de conhecer a vontade de Seu Senhor, nada preparou e desobedeceu-lhe, será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de Seu Senhor, fizer repreensíveis coisas, será açoitado com poucos golpes." Lc 12,47-48a

    Só há, pois, uma forma de celebrar a memória de Jesus, e é exatamente como Ele pediu, celebrando Sua Paixão: "Pegando o cálice, deu graças e disse: 'Tomai este Cálice e distribuí-O entre vós.' Em seguida, tomou o pão e depois de ter dado graças, partiu-O e deu-lhO, dizendo: 'Isto é Meu Corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de Mim.'" Lc 22,1.19
    E disse que não participar da Eucaristia é não ter a Vida Eterna: "Jesus disse-lhes então: 'Em Verdade, em Verdade, digo-vos: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes Seu sangue, não tereis a Vida em vós mesmos.'" Jo 6,53
    Mas a participação na Santa Ceia requer a devida purificação, que se realiza pela Confissão. São Paulo diz: "Portanto, todo aquele que indignamente comer o Pão ou beber o Cálice do Senhor, será culpável do Corpo e do Sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse Pão e beba desse Cálice. Aquele que o come e bebe sem distinguir o Corpo do Senhor, come e bebe sua própria condenação." 1 Cor 11,27-29
    E nem toda 'comunhão' é a Comunhão proposta por Cristo. Ele diz: "Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios." 1 Cor 10,21
    Ademais, não deveria haver duvida de que Deus quer ser reverenciado em cultos, e para isso temos a Santa Missa. Foi o que inspiradamente disse o cego de nascença curado por Jesus: "Sabemos, porém, que Deus não ouve a pecadores, mas atende a quem Lhe presta culto e faz Sua vontade." Jo 9,31

A CRISMA

    O Sacramento da Confirmação só pode ser ministrado por um bispo, e a distinção entre ele e o Batismo, como já citada, é evidente desde os primeiros anos da Igreja: "Os Apóstolos que se achavam em Jerusalém, tendo ouvido que a Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João. Estes, assim que chegaram, fizeram oração pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo, visto que não havia descido ainda sobre nenhum deles, mas apenas tinham sido batizados em Nome do Senhor Jesus. Então os dois Apóstolos impuseram-lhes as mãos, e receberam o Espírito Santo." At 8,14-17
    São Pedro bem distingue a Água do Batismo da Unção do Espírito Santo, como se viu na casa de Cornélio, centurião romano, onde aconteceu o 'Pentecostes dos Gentios': "Então Pedro tomou a palavra: 'Porventura pode-se negar a Água do Batismo a estes que receberam o Espírito Santo como nós?' E mandou que fossem batizados em Nome de Jesus Cristo." At 10,47-48
    Idêntica situação foi vista na Unção de São Paulo, que só depois foi batizado: "Ananias foi. Entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: 'Saulo, meu irmão, o Senhor, esse Jesus que te apareceu no caminho, enviou-me para que recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo.' No mesmo instante caíram dos olhos de Saulo umas como escamas, e recuperou a vista. Levantou-se e foi batizado." At 9,17-18
    Essa função foi fielmente cumprida por São Paulo e São Barnabé: "Confirmavam as almas dos discípulos e exortavam-nos a perseverar na fé, dizendo que é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações." At 14,22
    São Paulo, aliás, pouco batizaria, mas não deixaria de crismar, como se verá com os recém-convertidos de Éfeso: "'Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?' Responderam-lhe: 'Não, nem sequer ouvimos dizer que há um Espírito Santo!' 'Então em que batismo fostes batizados?', perguntou Paulo. Disseram: 'No batismo de João.' Então Paulo replicou: 'João só dava um batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse n'Aquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus.' Ouvindo isso, foram batizados em Nome do Senhor Jesus. E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em estranhas línguas e profetizavam." At 19,2-6
    Ele mesmo dizia: "Cristo não me enviou para batizar..." 1 Cor 1,17a

O MATRIMÔNIO

    O Sacramento do Matrimônio, como o próprio Jesus afirmou, é indissolúvel: "... mas, no princípio da Criação, Deus fê-los homem e mulher. Por isso, deixará o homem pai e mãe e unir-se-á à sua mulher. E os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Não separe o homem, pois, o que Deus uniu. Quem repudia sua mulher e casa-se com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudia o marido e casa-se com outro, comete adultério." Mc 10,6-9.11-12
    Questionado, Ele invoca o projeto original de Deus, e diz sobre o divórcio: "Disseram-Lhe eles: 'Por que, então, Moisés ordenou dar um documento de divórcio à mulher, ao rejeitá-la?' Jesus respondeu-lhes: 'É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres. Mas no começo não foi assim.'" Mt 19,7-8
    Por esse Sacramento morreu São João Batista: "Pois o próprio Herodes mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. João tinha dito a Herodes: 'Não te é permitido ter a mulher de teu irmão.'" Mc 6,17-18
    Pois uma de suas missões era justamente a sacralização do Matrimônio pela reestruturação da família, como Deus disse através do Profeta Malaquias: "Vou mandar-vos o Profeta Elias, antes que venha o grande e temível Dia do Senhor. E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos pais, de sorte que não mais ferirei de interdito a terra." Ml 3,23-24

A UNÇÃO DOS ENFERMOS

    Esse Sacramento, que como o Batismo e a Crisma também usa dos Santos Óleos, foi ministrado pelos Apóstolos desde suas primeiras missões, quando Jesus os enviou a pregar: "Expeliam numerosos demônios, ungiam com Óleo a muitos enfermos e curavam-nos." Mc 6,13
    E São Tiago Menor recomendou-o, deixando muito claro a quem se deve recorrer: "Está alguém enfermo? Chame os Sacerdotes da Igreja e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com Óleo em Nome do Senhor." Tg 5,14


O ANJO DA GUARDA

    Não ser católico é não ter a intimidade do Anjo da Guarda após a infância, como Jesus advertia os adultos dos escândalos: "Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque Eu vos digo que seus anjos no Céu contemplam sem cessar a face de Meu Pai, que está nos Céus." Mt 18,10
    É não ter suas instruções, como o Arcanjo São Rafael disse a Tobias: "Apenas saíra, Tobias encontrou um jovem de belo aspecto, equipado como para uma viagem. Sem saber que se tratava de um anjo de Deus, ele saudou-o e disse-lhe: 'De onde és tu, ó bom jovem?' Ele respondeu: 'Sou israelita.' Tobias perguntou-lhe: 'Conheces porventura o caminho para a Média?' 'Oh, muito!', respondeu ele." Tb 5,5-8
    E são nossos Anjos da Guarda que levam nossas orações a Deus, como São Rafael disse a Tobit, o pai de Tobias: "Quando tu com lágrimas oravas e enterravas os mortos, quando deixavas tua refeição e ias ocultar os mortos em tua casa durante o dia, para sepultá-los quando a noite viesse, eu apresentava tuas orações ao Senhor." Tb 12,11-12

OS SANTOS

    Não ser católico é rejeitar a intercessão dos Santos, os autênticos cristãos, aqueles que louvavelmente participam da 'primeira ressurreição'. São eles que, nos Céus, clamam a Deus: "Quando abriu o quinto selo, debaixo do altar vi as almas dos homens imolados por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam em alta voz, dizendo: 'Até quando Tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar nosso sangue contra os habitantes da terra?'" Ap 6,9-10
    E não acatar o exemplo dos Santos é uma lástima, patente arrogância, pois, como mencionado, ao nosso tempo não temos apenas o exemplo de Jesus. Já vimos acima: "Desse modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de testemunhas, desvencilhemo-nos das cadeias do pecado. Corramos com perseverança ao proposto combate, com o olhar fixo no Autor e Consumador de nossa fé, Jesus." Hb 12,1
    De fato, suas almas já estão no Céu, e pela Comunhão dos Santos gozam de inimaginável poder: "Também vi tronos, sobre os quais se assentaram aqueles que receberam o poder de julgar: eram as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e todos aqueles que não tinham adorado a Fera ou sua imagem, que não tinham recebido seu sinal na fronte nem nas mãos. Eles viveram uma Nova Vida, e com Ele reinaram por mil anos." Ap 20,4
    Sem dúvida, a Glória que Jesus lhes deu não se viu apenas na Igreja durante suas vidas. Eles já usufruem eternamente da Comunhão com Santíssima Trindade: "Dei-lhes a Glória que Me deste, para que sejam Um, como Nós somos Um: Eu neles e Tu em Mim, para que sejam perfeitos na Unidade e o mundo reconheça que Me enviaste e os amaste, como amaste a Mim." Jo 17,22-23
    São Paulo sintetizou: "... quem se une ao Senhor, com Ele torna-se um só Espírito." 1 Cor 6,17b


MARIA

    Não ser católico é aceitar qualquer 'paternidade', de qualquer líder, e cometer a grosseria de não aceitar a maternidade de Maria, que foi determinada por Jesus: "Quando Jesus viu Sua mãe, e perto dela o discípulo que amava, disse à Sua mãe: 'Mulher, eis aí teu filho.' Depois disse ao discípulo: 'Eis aí tua mãe.'" Jo 19,26-27a
    É não a levar para casa, como fez São João Evangelista, Apóstolo desde a mocidade, amado por Jesus como longevo ramo da Revelação, e assim arrematado e perfeito exemplo de cristão: "E dessa hora em diante o discípulo levou-a para sua casa." Jo 19,27b
    E é não ser um de seus filhos, contra os quais, desde a Ascensão do Senhor, ensandecidamente combate Satanás: "A Serpente vomitou contra a Mulher um rio de água, para fazê-la submergir. A terra, porém, acudiu à Mulher, abrindo a boca para engolir o rio que o Dragão vomitara. Este, então, irritou-se contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os Mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus." Ap 12,15-17

    "Santificai e reuni Vosso povo!"