Para quem se pergunta qual é a situação dos índios das Américas nos planos de Deus, Nossa Senhora já deu a resposta em 1531. Ela escolheu um humilde indígena, da mais desprezada casta entre os astecas, e a ele apresentou-se na Glória, ou seja, com os sinais de uma divina manifestação.
Similar acontecimento deu-se nas Ilhas Canárias, arquipélago na costa noroeste da África, quando por volta do ano de 1400 Nossa Senhora das Candeias se antecipou aos navegantes portugueses e espanhóis e fez os primeiros contatos com os nativos.
Na América do Norte, quando os índios resistiam ao Catolicismo por causa das imposturas dos conquistadores espanhóis, ela escolheu um batizado e fervoroso asteca para testemunhar e anunciar uma grandiosa aparição. Quando alguns racionalistas cogitavam se índios e negros teriam alma, a Santíssima Virgem manifestou-se de modo a falar diretamente ao coração dos ameríndios, pois para eles foram inequívocos sinais, e assim ela atraiu a si e converteu 8 milhões deles.
Aos 47 anos de idade, São Juan Diego Cuauhtlatoatzin ia a pé à Santa Missa, numa capela a 12 quilômetros de sua casa, na cidade do México, quando passando pela Montanha Tepeyac foi envolvido por lindos cantos e uma singular atmosfera. Era Nossa Senhora que lhe chamava. Ela identificou-o com o mais humilde de Seus filhos de então, e apresentou-se como "... a Sempre Virgem Maria, Mãe do Deus Vivo por Quem nós vivemos..." Pedia-lhe que fosse ao bispo para solicitar a construção de uma igreja naquele exato lugar, onde lhe falava, para que através dela pudesse demonstrar todo "amor, compaixão, socorro e proteção" por seus filhos na região.
O bispo ouviu-o com afeição, disfarçou, mas não acreditou. Embora muito humilde, Juan Diego era sábio e percebeu sua reação. Muito triste, voltou ao lugar onde tinha visto a Imaculada e modestamente pediu-lhe que escolhesse alguém mais importante para ir ao bispo, talvez assim ele acreditasse. Mas ela não aceitou, e insistiu que retornasse a ele no dia seguinte. Com simplicidade, de imediato Juan Diego acatou, contudo respondeu que duvidava se seria recebido de novo, ou, mesmo que fosse, se o bispo acreditaria em sua palavra.
Quando voltou à Sé, ao ser recebido, não se conteve: ajoelhou-se aos pés do bispo e começou a chorar. Profundamente sentia o peso de sua responsabilidade! Porém, como havia previsto, o prelado, embora demonstrasse atenção, não acreditava em seu relato. Disse que precisava de um sinal.
O pobre homem não tinha opção. Foi direto ao lugar da aparição para falar a Nossa Senhora, sem saber que o bispo, admirado com sua sinceridade, tinha ordenado a pessoas de sua confiança que o seguissem. Ao subir a montanha, porém, eles foram confundidos, perderam-no de vista e voltaram à Sé dizendo que tinham sido enganados.
Junto à Nossa Senhora, São Juan Diego ouviu a promessa de que, quando voltasse na manhã seguinte, teria as provas de que precisava. Mas não pôde voltar, porque seu velho tio, com quem vivia, amanheceu muito doente e pediu que lhe trouxesse um Sacerdote para receber a Extrema-Unção. Não achava que iria sobreviver. Muito apressado, julgando não ter tempo para tratar dos assuntos de Nossa Senhora, Juan Diego tentou contornar a montanha da aparição. Voltaria outro dia, tão logo quanto pudesse. Ela entenderia.
Foi interceptado no outro caminho, porém, pela Mãe do Céu. Tentou explicar-se com toda doçura, mas ela arguiu: "Eu não estou aqui? Não sou Tua Mãe? Não te aflijas pela enfermidade de teu tio... Tenha certeza de que ele já está curado."
Sentindo-se inexprimivelmente consolado, ele obedeceu e foi ao topo da montanha. Lá chegando, ela pediu-lhe que colhesse flores de várias espécies, que milagrosamente haviam nascido ali, e São Juan Diego ficou muito admirado e feliz ao ver, entre elas, as distintas rosas de Toledo naquele lugar. Era dezembro, a neve matava toda planta, e as ervas daninhas, quando conseguiam crescer, não permitiam que as flores brotassem. Ele recolheu todas em seu manto feito de agave, veste chamada de tilma por seu povo, e levou-as até Nossa Senhora, que as tocou e pediu que não as mostrasse a ninguém, senão ao bispo.
Chegando à casa do bispo, foi recebido com desprezo por seu pessoal. Eram os mesmos que o haviam seguido e, julgando-se ludibriados, estavam irritados com ele. Fingindo terem avisado ao bispo, fizeram-no esperar por horas, e ele pacientemente aceitou de cabeça baixa, sem reclamar. Cuidava tão somente de que não vissem as rosas, como Maria Santíssima lhe pediu.
Mas alongando-se demais a demora, Juan, que bem conhecia aquela gente, sentiu-se à vontade para abrir um pouco seu manto deixando-lhes entrever as belíssimas flores que trazia. O espanto foi imediato: de onde viriam aquelas rosas? Então correram ao bispo, que logo intuiu ser aquela a prova que havia pedido. Fizeram-no entrar o quanto antes, e quando ele abriu sua tilma na presença de todos, deixando as flores cair pelo chão, diante dos olhos deles surgiu uma linda imagem em seu tecido. E todos caíram de joelhos.
O pobre homem não tinha opção. Foi direto ao lugar da aparição para falar a Nossa Senhora, sem saber que o bispo, admirado com sua sinceridade, tinha ordenado a pessoas de sua confiança que o seguissem. Ao subir a montanha, porém, eles foram confundidos, perderam-no de vista e voltaram à Sé dizendo que tinham sido enganados.
Junto à Nossa Senhora, São Juan Diego ouviu a promessa de que, quando voltasse na manhã seguinte, teria as provas de que precisava. Mas não pôde voltar, porque seu velho tio, com quem vivia, amanheceu muito doente e pediu que lhe trouxesse um Sacerdote para receber a Extrema-Unção. Não achava que iria sobreviver. Muito apressado, julgando não ter tempo para tratar dos assuntos de Nossa Senhora, Juan Diego tentou contornar a montanha da aparição. Voltaria outro dia, tão logo quanto pudesse. Ela entenderia.
Foi interceptado no outro caminho, porém, pela Mãe do Céu. Tentou explicar-se com toda doçura, mas ela arguiu: "Eu não estou aqui? Não sou Tua Mãe? Não te aflijas pela enfermidade de teu tio... Tenha certeza de que ele já está curado."
Sentindo-se inexprimivelmente consolado, ele obedeceu e foi ao topo da montanha. Lá chegando, ela pediu-lhe que colhesse flores de várias espécies, que milagrosamente haviam nascido ali, e São Juan Diego ficou muito admirado e feliz ao ver, entre elas, as distintas rosas de Toledo naquele lugar. Era dezembro, a neve matava toda planta, e as ervas daninhas, quando conseguiam crescer, não permitiam que as flores brotassem. Ele recolheu todas em seu manto feito de agave, veste chamada de tilma por seu povo, e levou-as até Nossa Senhora, que as tocou e pediu que não as mostrasse a ninguém, senão ao bispo.
Chegando à casa do bispo, foi recebido com desprezo por seu pessoal. Eram os mesmos que o haviam seguido e, julgando-se ludibriados, estavam irritados com ele. Fingindo terem avisado ao bispo, fizeram-no esperar por horas, e ele pacientemente aceitou de cabeça baixa, sem reclamar. Cuidava tão somente de que não vissem as rosas, como Maria Santíssima lhe pediu.
Mas alongando-se demais a demora, Juan, que bem conhecia aquela gente, sentiu-se à vontade para abrir um pouco seu manto deixando-lhes entrever as belíssimas flores que trazia. O espanto foi imediato: de onde viriam aquelas rosas? Então correram ao bispo, que logo intuiu ser aquela a prova que havia pedido. Fizeram-no entrar o quanto antes, e quando ele abriu sua tilma na presença de todos, deixando as flores cair pelo chão, diante dos olhos deles surgiu uma linda imagem em seu tecido. E todos caíram de joelhos.
Há alguns fatos menos conhecidos a respeito dessa aparição e da imagem, mas que são de suma importância:
- a data da primeira aparição foi mais um sinal: no dia 9 de dezembro daquele ano, 1531, estava sendo celebrada a festa da Imaculada Conceição;
- as cores do manto e da túnica na imagem de Nossa Senhora eram as usadas pela rainha dos astecas; a cor rosada em sua túnica é uma evidente representação da singular aurora do Vale do México, que tem luminosidade própria; em seu manto está o exato azul do céu daquele país, assim como as mais conhecidas estrelas; a Mãe Celeste coloca-se à frente do forte esplendor do sol mexicano e tem a lua sob seus pés, como na visão do Livro do Apocalipse de São João (cf. Ap 12,1);
- para os astecas, o significado do nome que ela anunciou, Tequatlaxopeuh, que mais tarde os espanhóis chamaram de Guadalupe, é 'aquela que afugenta os assassinos';
- em sua túnica vê-se uma das linhas da Montanha Tepeyac, indicação de lugares geográficos e do relevo mexicano, e nos hieróglifos astecas está o significado das datas das visões;
- também se vê o hieróglifo de Vênus, o hieróglifo “nahui ollin”, 'o poder da vida', de especial significado para a religião asteca, e outros importantes detalhes para os nativos.
Em suma: os índios astecas entenderam muito bem a mensagem, e deram-se conversões em massa ao Catolicismo.
E se hoje 'ideólogos' criticam a conversão dos indígenas, alegando a 'inviolável' preservação de suas culturas, é porque fazem de conta que não havia abjetas guerras, verdadeiros fratricídios, nem sacrifícios humanos praticados em muitas crenças primitivas, inclusive de crianças. Não levaríamos a eles nossos melhores medicamentos? Como não lhes anunciar, então, o que realmente temos de melhor: a Palavra da Salvação?
Ainda há outros miraculosos detalhes sobre a imagem. Um deles é a posição dos astros na túnica de Nossa Gloriosa Mãe. Por eles, é possível precisar o exato momento em que a imagem se formou no manto de São Juan Diego: era 12 de dezembro, ano de 1531, às 10 horas e 36 minutos.
Assim como na Santa Síndone, mais conhecida como o Santo Sudário, a 'tinta' com que a imagem foi 'pintada' na tilma jamais foi explicada, mesmo sendo examinada até por um ganhador do nobel de química. E apesar de ter sido feita de material orgânico, o agave, a tilma ainda não se deteriorou ao longo destes séculos. Ademais, por acidente, em 1791 técnicos derramaram ácido sobre a borda do tecido enquanto faziam a manutenção da moldura, mas ele miraculosamente reconstituiu-se em alguns dias. A tilma, por fim, sofreu um grave atentado em 1921 por um anarquista, que usou dinamite entre flores postas aos pés da imagem para destruí-la. De tão forte, a explosão vergou um crucifixo de metal, que foi arremessado longe, entre outras coisas, mas a tilma nada sofreu.
Outros detalhes são microscópicos, e só seriam percebidos com auxílio de modernos aparelhos no fim do século passado, como as imagens vistas nos olhos da Senhora de Guadalupe, que são verdadeiras microfotos das pessoas presentes no momento em que a tilma foi aberta diante do bispo.
Alguns, no entanto, preferem continuar duvidando das manifestações de Deus, como esta gritante aparição e seus mais elementares significados. Mas tal atitude, além de falta de prudência, não é mais que uma característica de preguiçosas consciências, ou mesmo esquivas, que se renegam a examinar em profundidade tão sérios assuntos. Talvez porque eles denunciem suas imposturas!
A primeira Basílica, cuja construção se iniciou logo em seguida à aparição, como Nossa Mãe pediu, ficou pequena demais para tantos peregrinos e devotos. A tilma, atualmente, encontra-se na nova.
Por pioneira e tão significativa manifestação, Nossa Senhora de Guadalupe é a Padroeira das Américas.
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!
- para os astecas, o significado do nome que ela anunciou, Tequatlaxopeuh, que mais tarde os espanhóis chamaram de Guadalupe, é 'aquela que afugenta os assassinos';
- em sua túnica vê-se uma das linhas da Montanha Tepeyac, indicação de lugares geográficos e do relevo mexicano, e nos hieróglifos astecas está o significado das datas das visões;
- também se vê o hieróglifo de Vênus, o hieróglifo “nahui ollin”, 'o poder da vida', de especial significado para a religião asteca, e outros importantes detalhes para os nativos.
E se hoje 'ideólogos' criticam a conversão dos indígenas, alegando a 'inviolável' preservação de suas culturas, é porque fazem de conta que não havia abjetas guerras, verdadeiros fratricídios, nem sacrifícios humanos praticados em muitas crenças primitivas, inclusive de crianças. Não levaríamos a eles nossos melhores medicamentos? Como não lhes anunciar, então, o que realmente temos de melhor: a Palavra da Salvação?
Ainda há outros miraculosos detalhes sobre a imagem. Um deles é a posição dos astros na túnica de Nossa Gloriosa Mãe. Por eles, é possível precisar o exato momento em que a imagem se formou no manto de São Juan Diego: era 12 de dezembro, ano de 1531, às 10 horas e 36 minutos.
Assim como na Santa Síndone, mais conhecida como o Santo Sudário, a 'tinta' com que a imagem foi 'pintada' na tilma jamais foi explicada, mesmo sendo examinada até por um ganhador do nobel de química. E apesar de ter sido feita de material orgânico, o agave, a tilma ainda não se deteriorou ao longo destes séculos. Ademais, por acidente, em 1791 técnicos derramaram ácido sobre a borda do tecido enquanto faziam a manutenção da moldura, mas ele miraculosamente reconstituiu-se em alguns dias. A tilma, por fim, sofreu um grave atentado em 1921 por um anarquista, que usou dinamite entre flores postas aos pés da imagem para destruí-la. De tão forte, a explosão vergou um crucifixo de metal, que foi arremessado longe, entre outras coisas, mas a tilma nada sofreu.
A primeira Basílica, cuja construção se iniciou logo em seguida à aparição, como Nossa Mãe pediu, ficou pequena demais para tantos peregrinos e devotos. A tilma, atualmente, encontra-se na nova.
Por pioneira e tão significativa manifestação, Nossa Senhora de Guadalupe é a Padroeira das Américas.