A palavra que dá nome ao Livro do Apocalipse de São João, em grego, significa Revelação. O último Livro da Bíblia, portanto, trata de revelações feitas por Jesus ao Amado Discípulo através de um anjo, em forma de visões. Está no primeiro versículo: "Revelação de Jesus Cristo, que Lhe foi confiada por Deus para manifestar a Seus servos o que em breve deve acontecer. Ele, por Sua vez, por intermédio de Seu anjo, comunicou a Seu servo João, o qual atesta, como Palavra de Deus, o testemunho de Jesus Cristo e tudo que viu." Ap 1,1-2
Nesse Livro, temos registro de um grupo de pessoas que alcançarão a Graça de vestir branco, andar com Jesus e ter seus nomes por Ele proclamados nos Céus, antes mesmo do Grande Dia da Ressurreição da Carne, portanto antes do Juízo Final. Diz o próprio Cristo, referindo-Se a uma das sete dioceses da Ásia, de então: "Todavia, tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes. Comigo andarão vestidas de branco, porque o merecem. O vencedor assim será revestido: de brancas vestes. Jamais apagarei seu nome do Livro da Vida, e proclamá-lo-ei diante de Meu Pai e de Seus anjos." Ap 3,4-5
São joão Apóstolo também viu nos Céus uma incalculável quantidade de santos anjos, que louvam Nosso Senhor: "Em minha visão, ao redor do trono também ouvi, dos seres e dos anciãos (também anjos!), a voz de muitos anjos, em número de miríades de miríades e de milhares de milhares, bradando em alta voz: 'Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a Sabedoria, a força, a Glória, a honra e o louvor.'" Ap 5,11-12
Nesse Livro, temos registro de um grupo de pessoas que alcançarão a Graça de vestir branco, andar com Jesus e ter seus nomes por Ele proclamados nos Céus, antes mesmo do Grande Dia da Ressurreição da Carne, portanto antes do Juízo Final. Diz o próprio Cristo, referindo-Se a uma das sete dioceses da Ásia, de então: "Todavia, tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes. Comigo andarão vestidas de branco, porque o merecem. O vencedor assim será revestido: de brancas vestes. Jamais apagarei seu nome do Livro da Vida, e proclamá-lo-ei diante de Meu Pai e de Seus anjos." Ap 3,4-5
São joão Apóstolo também viu nos Céus uma incalculável quantidade de santos anjos, que louvam Nosso Senhor: "Em minha visão, ao redor do trono também ouvi, dos seres e dos anciãos (também anjos!), a voz de muitos anjos, em número de miríades de miríades e de milhares de milhares, bradando em alta voz: 'Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a Sabedoria, a força, a Glória, a honra e o louvor.'" Ap 5,11-12
E ainda viu as almas dos Santos Mártires, que, nos Céus, claramente intercedem a Deus clamando por Sua justiça, às quais também foi dado vestir branco. Contudo, na Terra os martírios continuam, ou seja, essa intercessão, entre tantas outras, prossegue: "Quando abriu o quinto selo, debaixo do altar vi as almas dos homens imolados por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam em alta voz, dizendo: 'Até quando Tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar nosso sangue contra os habitantes da Terra?' Então foi dada a cada um deles uma branca veste e lhes foi dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e irmãos que com eles estavam para ser mortos." Ap 6,9-11
No Dia da Ira do Senhor, porém, um ajo vai surgir do Oriente e bradará aos quatro anjos que detêm os ventos dos quatro cantos da Terra, em defesa dos que ainda estão por receber o Sacramento do Batismo, que são citados como um número perfeito (12 x 12 x 1000): "Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de Nosso Deus em suas frontes. Ouvi, então, o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil de toda tribo dos filhos de Israel..." Ap 7,3-4
Em seguida, São João Evangelista vê uma incontável multidão de Santos de toda Terra, que também vestem branco e trazem nas mãos palmas que simbolizam a Vitória: "Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua. Conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de brancas vestes e palmas na mão, e bradavam em alta voz: 'A Salvação é obra de Nosso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro.'" Ap 7,9
Estes são os que vencem os pecados e a Grande Tribulação, igualmente prevista por Jesus. Eles já veem a Deus face a face e recebem a definitiva Consolação: "Então um dos anciãos falou comigo e perguntou-me: 'Esses, que estão revestidos de brancas vestes, quem são e de onde vêm?' Respondi-lhe: 'Meu senhor, tu sabes!' E ele disse-me: 'Esses são os sobreviventes da Grande Tribulação, lavaram suas vestes e alvejaram-nas no Sangue do Cordeiro. Por isso, estão diante do trono de Deus e servem-nO dia e noite em Seu Templo. Aquele que está sentado no trono abrigá-los-á em Sua Tenda. Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum os abrasará, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será Seu Pastor e levá-los-á às fontes das Águas Vivas. E Deus enxugará toda lágrima de seus olhos.'" Ap 7,13-16
Entretanto, antes que os sete arcanjos toquem as sete trombetas para iniciar os castigos, as orações de intercessão da Santa Igreja na Terra continuam subindo até Deus com a fumaça dos incensos: "Adiantou-se outro anjo e pôs-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes, para que os oferecesse com as orações de Todos os Santos no altar de ouro, que está adiante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos Santos, diante de Deus. Depois disso, o anjo tomou o turíbulo, encheu-o de brasas do altar e lançou-o por terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos." Ap 8,3-5
E pouco antes do início do Juízo Final, São João ouviu um coral de inefáveis sons, exclusivamente feito de eunucos: "Ouvia, entretanto, um celeste coro semelhante ao ruído de muitas águas e ao ribombar de potente trovão. Esse coro que eu ouvia ainda era semelhante a músicos tocando suas cítaras. Cantavam como que um novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres e dos anciãos. Ninguém podia aprender este cântico, a não ser aqueles cento e quarenta e quatro mil que foram resgatados da Terra. Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois são virgens. São eles que acompanham o Cordeiro por onde quer que vá. Foram resgatados dentre os homens, como primícias oferecidas a Deus e ao Cordeiro." Ap 14,3-4
Sem dúvida, embora inicialmente houvesse restrição aos eunucos no judaísmo, Deus havia-os reconsiderado como se lê no Livro do Profeta Isaías, num claro aceno ao celibato: "Porque eis o que diz o Senhor: 'Aos eunucos que observarem Meus sábados, que escolherem o que Me é agradável e se afeiçoarem à Minha Aliança, Eu darei em Minha Casa e dentro de Minhas muralhas um monumento e um nome de mais valor que filhos e filhas. Dá-lhes-ei um nome que jamais perecerá." Is 56,4-5
E o próprio Jesus ensinou aos Apóstolos enquanto subia a Jerusalém pela última vez, conforme o Evangelho segundo São Mateus: "Seus discípulos disseram-Lhe: 'Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar!' Respondeu Ele: 'Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado. Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor ao Reino dos Céus. Quem puder compreender, compreenda.'" Mt 19,11-12
Trata-se de um grande testemunho de fé na Vida Eterna, uma antecipação da celestial condição, como Nosso Salvador rebateu uma provocação dos saduceus já em Jerusalém, dias depois do Domingo de Ramos: "Jesus respondeu: 'Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento, mas aqueles que serão julgados dignos do futuro século e da Ressurreição dos mortos não terão mulher nem marido.'" Lc 20,34-35
Na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, ele, que também era celibatário, abertamente defende essa condição: "O primeiro homem, tirado da terra, é terreno. O Segundo veio do Céu. Qual o homem terreno, tais os homens terrenos; e qual o Homem Celestial, tais os homens celestiais. Assim como reproduzimos em nós as feições do homem terreno, precisamos reproduzir as feições do Homem Celestial." 1 Cor 15,47-49
E ele falou em nome de uma perfeita união ao Senhor: "Penso que seria bom ao homem não tocar mulher alguma. Pois quereria que todos fossem como eu... Aos solteiros e às viúvas, digo que lhes é bom se permanecerem assim, como eu. A respeito das pessoas virgens, não tenho Mandamento do Senhor. Porém dou meu conselho, como homem que recebeu da Misericórdia do Senhor a Graça de ser digno de confiança. Julgo, pois, em razão das presentes dificuldades, ao homem ser conveniente ficar assim como está. Quisera ver-vos livres de toda preocupação. O solteiro cuida das coisas que são do Senhor, de como agradar ao Senhor. O casado preocupa-se com as coisas do mundo, procurando agradar à sua esposa. A mesma diferença existe com a mulher solteira ou a virgem. Aquela que não é casada cuida das coisas do Senhor, para ser santa no corpo e no espírito, mas a casada cuida das coisas do mundo, procurando agradar ao marido. Digo isto para vosso proveito, não para estender-vos um laço, mas para ensinar-vos o que melhor convém, o que poderá unir-vos ao Senhor, sem empecilho." 1 Cor 7,1b.7a.8.25.26.32-35
Assim, pela Vitória de Jesus sobre o pecado, foi concedido às almas dos Santos, dos que venceram em Seu Nome, sentarem-se em tronos para reinar e julgar junto a Ele até que se cumpram os tempos. É das últimas revelações a São João: "Também vi tronos, sobre os quais se assentaram aqueles que receberam o poder de julgar: eram as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e todos aqueles que não tinham adorado a Fera ou sua imagem, que não tinham recebido seu sinal na fronte nem nas mãos. Eles viveram uma nova vida e reinaram com Cristo por mil anos. Os outros mortos não tornaram à vida até que se completassem os mil anos. Esta é a Primeira Ressurreição. Feliz e Santo é aquele que toma parte na Primeira Ressurreição! Sobre eles a segunda morte não tem poder, mas serão Sacerdotes de Deus e de Cristo: com Ele reinarão durante os mil anos." Ap 20,4-6
Entre canonizados ou não, portanto, a Igreja tem nos Céus milhares e milhares de Santos. São eles os que venceram o pecado e estão vestidos de branco, com palmas nas mãos, assentados em tronos, com o poder de julgar se nossos pedidos, conforme a vontade do Pai, merecem ou não suas intercessões, tudo graças a Comunhão dos Santos. Ou seja, eles já estão reinando com Cristo, como vimos, e, evidentemente, sobre esse mundo, pois nos Céus não haverá pagãs nações. Jesus mesmo prometeu aos fiéis da diocese de Tiatira: "Então ao vencedor, ao que praticar Minhas obras até o fim, lhe darei poder sobre as pagãs nações. Ele regê-las-á com cetro de ferro, como se quebra um vaso de argila, assim como Eu mesmo recebi o poder de Meu Pai. E dá-lhe-ei a Estrela da Manhã." Ap 2,26-28
De fato, eles já receberam a Coroa da Vida, como vemos em suas imagens, que representa poder e efetiva participação no Reino dos Céus, assim como a passagem para a eternidade. Foi o que Jesus assegurou aos fiéis da diocese de Esmirna, lembrando que é o Divino Paráclito que fala pelas dioceses: "Sê fiel até a morte e dá-te-ei a Coroa da Vida. Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: 'O vencedor não sofrerá dano algum da segunda morte.'" Ap 2,10b-11
Essa promessa havia sido feita à Nossa Senhora, ainda no Livro dos Salmos, como o sagrado autor canta: "Vosso trono, ó Deus, é eterno. De equidade é Vosso cetro real. ... posta-se à Vossa direita a Rainha, ornada de ouro de Ofir. Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece teu povo e a casa de teu pai. De tua beleza encantar-Se-á o Rei. Ele é Teu Senhor, rende-Lhe homenagens. Teus filhos tomarão o lugar de teus pais, tu estabelecê-lo-ás príncipes sobre toda Terra. Celebrarei teu nome através das gerações, e os povos eternamente louvá-te-ão." Sl 44,7.10b-12.17-18
E Jesus, enquanto 'Porta do Céu', numa das vezes que esteve na Cidade Santa pregou perante os fariseus o livre acesso, o entrar e sair: "EU SOU a Porta! Se alguém entrar por Mim será salvo. Tanto entrará como sairá, e encontrará pastagem." Jo 10,9
Que a Igreja na Terra também participa desta Comunhão dos Santos, enfim, a prova é a própria Palavra do Cristo, que disse em Sua primeira aparição aos discípulos na Galileia: "Mas Jesus, aproximando-Se, disse-lhes: 'Toda autoridade foi-Me dada no Céu e na Terra. Ide, pois, e ensinai a todas nações. Batizai-as em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos dias, até o fim do mundo.'" Mt 28,18-20
Também havia dito aos Onze logo depois da Santa Ceia, referindo-Se ao Domingo da Ressurreição: "Naquele dia conhecereis que estou em Meu Pai, e vós em Mim e Eu em vós." Jo 14,20
No Dia da Ira do Senhor, porém, um ajo vai surgir do Oriente e bradará aos quatro anjos que detêm os ventos dos quatro cantos da Terra, em defesa dos que ainda estão por receber o Sacramento do Batismo, que são citados como um número perfeito (12 x 12 x 1000): "Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de Nosso Deus em suas frontes. Ouvi, então, o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil de toda tribo dos filhos de Israel..." Ap 7,3-4
Em seguida, São João Evangelista vê uma incontável multidão de Santos de toda Terra, que também vestem branco e trazem nas mãos palmas que simbolizam a Vitória: "Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua. Conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de brancas vestes e palmas na mão, e bradavam em alta voz: 'A Salvação é obra de Nosso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro.'" Ap 7,9
Estes são os que vencem os pecados e a Grande Tribulação, igualmente prevista por Jesus. Eles já veem a Deus face a face e recebem a definitiva Consolação: "Então um dos anciãos falou comigo e perguntou-me: 'Esses, que estão revestidos de brancas vestes, quem são e de onde vêm?' Respondi-lhe: 'Meu senhor, tu sabes!' E ele disse-me: 'Esses são os sobreviventes da Grande Tribulação, lavaram suas vestes e alvejaram-nas no Sangue do Cordeiro. Por isso, estão diante do trono de Deus e servem-nO dia e noite em Seu Templo. Aquele que está sentado no trono abrigá-los-á em Sua Tenda. Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum os abrasará, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será Seu Pastor e levá-los-á às fontes das Águas Vivas. E Deus enxugará toda lágrima de seus olhos.'" Ap 7,13-16
Entretanto, antes que os sete arcanjos toquem as sete trombetas para iniciar os castigos, as orações de intercessão da Santa Igreja na Terra continuam subindo até Deus com a fumaça dos incensos: "Adiantou-se outro anjo e pôs-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes, para que os oferecesse com as orações de Todos os Santos no altar de ouro, que está adiante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos Santos, diante de Deus. Depois disso, o anjo tomou o turíbulo, encheu-o de brasas do altar e lançou-o por terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos." Ap 8,3-5
E pouco antes do início do Juízo Final, São João ouviu um coral de inefáveis sons, exclusivamente feito de eunucos: "Ouvia, entretanto, um celeste coro semelhante ao ruído de muitas águas e ao ribombar de potente trovão. Esse coro que eu ouvia ainda era semelhante a músicos tocando suas cítaras. Cantavam como que um novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres e dos anciãos. Ninguém podia aprender este cântico, a não ser aqueles cento e quarenta e quatro mil que foram resgatados da Terra. Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois são virgens. São eles que acompanham o Cordeiro por onde quer que vá. Foram resgatados dentre os homens, como primícias oferecidas a Deus e ao Cordeiro." Ap 14,3-4
Sem dúvida, embora inicialmente houvesse restrição aos eunucos no judaísmo, Deus havia-os reconsiderado como se lê no Livro do Profeta Isaías, num claro aceno ao celibato: "Porque eis o que diz o Senhor: 'Aos eunucos que observarem Meus sábados, que escolherem o que Me é agradável e se afeiçoarem à Minha Aliança, Eu darei em Minha Casa e dentro de Minhas muralhas um monumento e um nome de mais valor que filhos e filhas. Dá-lhes-ei um nome que jamais perecerá." Is 56,4-5
E o próprio Jesus ensinou aos Apóstolos enquanto subia a Jerusalém pela última vez, conforme o Evangelho segundo São Mateus: "Seus discípulos disseram-Lhe: 'Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar!' Respondeu Ele: 'Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado. Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor ao Reino dos Céus. Quem puder compreender, compreenda.'" Mt 19,11-12
Trata-se de um grande testemunho de fé na Vida Eterna, uma antecipação da celestial condição, como Nosso Salvador rebateu uma provocação dos saduceus já em Jerusalém, dias depois do Domingo de Ramos: "Jesus respondeu: 'Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento, mas aqueles que serão julgados dignos do futuro século e da Ressurreição dos mortos não terão mulher nem marido.'" Lc 20,34-35
Na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, ele, que também era celibatário, abertamente defende essa condição: "O primeiro homem, tirado da terra, é terreno. O Segundo veio do Céu. Qual o homem terreno, tais os homens terrenos; e qual o Homem Celestial, tais os homens celestiais. Assim como reproduzimos em nós as feições do homem terreno, precisamos reproduzir as feições do Homem Celestial." 1 Cor 15,47-49
E ele falou em nome de uma perfeita união ao Senhor: "Penso que seria bom ao homem não tocar mulher alguma. Pois quereria que todos fossem como eu... Aos solteiros e às viúvas, digo que lhes é bom se permanecerem assim, como eu. A respeito das pessoas virgens, não tenho Mandamento do Senhor. Porém dou meu conselho, como homem que recebeu da Misericórdia do Senhor a Graça de ser digno de confiança. Julgo, pois, em razão das presentes dificuldades, ao homem ser conveniente ficar assim como está. Quisera ver-vos livres de toda preocupação. O solteiro cuida das coisas que são do Senhor, de como agradar ao Senhor. O casado preocupa-se com as coisas do mundo, procurando agradar à sua esposa. A mesma diferença existe com a mulher solteira ou a virgem. Aquela que não é casada cuida das coisas do Senhor, para ser santa no corpo e no espírito, mas a casada cuida das coisas do mundo, procurando agradar ao marido. Digo isto para vosso proveito, não para estender-vos um laço, mas para ensinar-vos o que melhor convém, o que poderá unir-vos ao Senhor, sem empecilho." 1 Cor 7,1b.7a.8.25.26.32-35
Assim, pela Vitória de Jesus sobre o pecado, foi concedido às almas dos Santos, dos que venceram em Seu Nome, sentarem-se em tronos para reinar e julgar junto a Ele até que se cumpram os tempos. É das últimas revelações a São João: "Também vi tronos, sobre os quais se assentaram aqueles que receberam o poder de julgar: eram as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e todos aqueles que não tinham adorado a Fera ou sua imagem, que não tinham recebido seu sinal na fronte nem nas mãos. Eles viveram uma nova vida e reinaram com Cristo por mil anos. Os outros mortos não tornaram à vida até que se completassem os mil anos. Esta é a Primeira Ressurreição. Feliz e Santo é aquele que toma parte na Primeira Ressurreição! Sobre eles a segunda morte não tem poder, mas serão Sacerdotes de Deus e de Cristo: com Ele reinarão durante os mil anos." Ap 20,4-6
Entre canonizados ou não, portanto, a Igreja tem nos Céus milhares e milhares de Santos. São eles os que venceram o pecado e estão vestidos de branco, com palmas nas mãos, assentados em tronos, com o poder de julgar se nossos pedidos, conforme a vontade do Pai, merecem ou não suas intercessões, tudo graças a Comunhão dos Santos. Ou seja, eles já estão reinando com Cristo, como vimos, e, evidentemente, sobre esse mundo, pois nos Céus não haverá pagãs nações. Jesus mesmo prometeu aos fiéis da diocese de Tiatira: "Então ao vencedor, ao que praticar Minhas obras até o fim, lhe darei poder sobre as pagãs nações. Ele regê-las-á com cetro de ferro, como se quebra um vaso de argila, assim como Eu mesmo recebi o poder de Meu Pai. E dá-lhe-ei a Estrela da Manhã." Ap 2,26-28
De fato, eles já receberam a Coroa da Vida, como vemos em suas imagens, que representa poder e efetiva participação no Reino dos Céus, assim como a passagem para a eternidade. Foi o que Jesus assegurou aos fiéis da diocese de Esmirna, lembrando que é o Divino Paráclito que fala pelas dioceses: "Sê fiel até a morte e dá-te-ei a Coroa da Vida. Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: 'O vencedor não sofrerá dano algum da segunda morte.'" Ap 2,10b-11
Essa promessa havia sido feita à Nossa Senhora, ainda no Livro dos Salmos, como o sagrado autor canta: "Vosso trono, ó Deus, é eterno. De equidade é Vosso cetro real. ... posta-se à Vossa direita a Rainha, ornada de ouro de Ofir. Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece teu povo e a casa de teu pai. De tua beleza encantar-Se-á o Rei. Ele é Teu Senhor, rende-Lhe homenagens. Teus filhos tomarão o lugar de teus pais, tu estabelecê-lo-ás príncipes sobre toda Terra. Celebrarei teu nome através das gerações, e os povos eternamente louvá-te-ão." Sl 44,7.10b-12.17-18
E Jesus, enquanto 'Porta do Céu', numa das vezes que esteve na Cidade Santa pregou perante os fariseus o livre acesso, o entrar e sair: "EU SOU a Porta! Se alguém entrar por Mim será salvo. Tanto entrará como sairá, e encontrará pastagem." Jo 10,9
Que a Igreja na Terra também participa desta Comunhão dos Santos, enfim, a prova é a própria Palavra do Cristo, que disse em Sua primeira aparição aos discípulos na Galileia: "Mas Jesus, aproximando-Se, disse-lhes: 'Toda autoridade foi-Me dada no Céu e na Terra. Ide, pois, e ensinai a todas nações. Batizai-as em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos dias, até o fim do mundo.'" Mt 28,18-20
Também havia dito aos Onze logo depois da Santa Ceia, referindo-Se ao Domingo da Ressurreição: "Naquele dia conhecereis que estou em Meu Pai, e vós em Mim e Eu em vós." Jo 14,20
São Paulo diz: "... quem se une ao Senhor, com Ele torna-se um só Espírito." 1 Cor 6,17b
Sem dúvida, ele claramente refere-se à família de Deus que está na Terra mas também nos Céus. Está na Carta de São Paulo aos Efésios: "Por esta causa, dobro os joelhos em presença do Pai, ao Qual deve sua existência toda família no Céu e na Terra, para que vos conceda, segundo Seu glorioso tesouro, que sejais poderosamente robustecidos por Seu Espírito em vista do crescimento de vosso homem interior." Ef 3,14-16
A celebração do dia de Todos os Santos, pois, é feita desde o século III na Igreja do Oriente, e em Roma começou a partir de 609, também no dia 13 de maio, data em que o Papa Bonifácio IV transformou o Panteão, conhecido templo de deuses pagãos, numa igreja em homenagem à Santíssima Virgem Maria e a Todos os Santos.
Em 835, o Papa Gregório IV estabeleceu o dia 1 de novembro como propícia data, e estendeu a celebração a todo mundo cristão, mas tal mudança só foi oficialmente decretada em 1475, pelo Papa Xisto IV.
Não por acaso, a mais marcante Aparição de Nossa Senhora aconteceu justamente num 13 de maio, em 1917, em Fátima, Portugal. Essa mudança da data, portanto, revelou-se obra da Divina Providência, e assim para reavivar a antiga memória deste dia, pois o 13 de maio restou exclusivo para Nossa Mãe Celeste. Quanto ao dia de Todos os Santos, ficou como véspera do dia de nossos falecidos entes, dos quais muitos talvez já estejam vivendo a plena Graça da Santidade.
"Todos os Santos de Deus, rogai por nós!"
Sem dúvida, ele claramente refere-se à família de Deus que está na Terra mas também nos Céus. Está na Carta de São Paulo aos Efésios: "Por esta causa, dobro os joelhos em presença do Pai, ao Qual deve sua existência toda família no Céu e na Terra, para que vos conceda, segundo Seu glorioso tesouro, que sejais poderosamente robustecidos por Seu Espírito em vista do crescimento de vosso homem interior." Ef 3,14-16
A celebração do dia de Todos os Santos, pois, é feita desde o século III na Igreja do Oriente, e em Roma começou a partir de 609, também no dia 13 de maio, data em que o Papa Bonifácio IV transformou o Panteão, conhecido templo de deuses pagãos, numa igreja em homenagem à Santíssima Virgem Maria e a Todos os Santos.
Em 835, o Papa Gregório IV estabeleceu o dia 1 de novembro como propícia data, e estendeu a celebração a todo mundo cristão, mas tal mudança só foi oficialmente decretada em 1475, pelo Papa Xisto IV.
Não por acaso, a mais marcante Aparição de Nossa Senhora aconteceu justamente num 13 de maio, em 1917, em Fátima, Portugal. Essa mudança da data, portanto, revelou-se obra da Divina Providência, e assim para reavivar a antiga memória deste dia, pois o 13 de maio restou exclusivo para Nossa Mãe Celeste. Quanto ao dia de Todos os Santos, ficou como véspera do dia de nossos falecidos entes, dos quais muitos talvez já estejam vivendo a plena Graça da Santidade.
"Todos os Santos de Deus, rogai por nós!"