quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Deus é Aquele que é


    Como está no Evangelho segundo São MarcosJesus ensinou-nos a tratar Deus de mais afetuoso modo, frequente e carinhosamente chamando-O de Pai: "Aba!" Mc 14,6
    E bem evidente deixou essa paternidade quando mandou um recado aos Apóstolos através de Santa Maria Madalena, instantes após Sua Ressurreição, anotado no Evangelho segundo São João: "Subo para Meu Pai e Vosso Pai, Meu Deus e Vosso Deus." Jo 20,17
    Mas ainda que O chamemos de Pai, Criador, Onipotente, sabemos que, mesmo após tantas revelações e tantas referências, Deus continua muito além de nosso entendimento. No Livro de Êxodo, para demonstrar Sua natureza absolutamente incriada, quer dizer, essencial e independente de tudo que existe, de qualquer condição, Ele assim Se identificou, numa emblemática frase, quando Moisés Lhe perguntou qual seria Seu Nome, para dizer ao povo de Israel em cativeiro de Egito: "EU SOU AQUELE QUE É." Êx 3,14a
    E expressamente determinou-lhe: "Eis como responderás aos israelitas: 'EU SOU enviou-me a vós.'” Êx 3,14b
    Não por acaso, numa das vezes em que declarou Sua Divindade, Jesus usou exatamente esses termos, ao falar aos líderes dos judeus em Jerusalém: "... porque se não crerdes que EU SOU, morrereis em vosso pecado." Jo 8,24
    Também quando os avisou de Sua Paixão: "Quando tiverdes levantado o Filho do Homem, então sabereis que EU SOU..." Jo 8,28
    Ou quando interrogado se teria visto Abraão: "Em Verdade, em Verdade, digo-vos: antes que Abraão fosse, EU SOU." Jo 8,58
    Ainda quando demonstrou Sua Onisciência aos Apóstolos, avisando-os da traição de Judas Iscariotes e de Sua Paixão, durante a Santa Ceia: "Desde já vos digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais que EU SOU." Jo 13,19
    Todavia como foi apresentado nas revelações do Livro do Apocalipse de São João: "Graça e Paz da parte d'Aquele que é, d'Aquele que era e d'Aquele que vem..." Ap 1,4b
    E, por fim, nestas visões, quando este Apóstolo mesmo ouviu: "'Eu sou o Alfa e o Ômega', diz o Senhor Deus, 'Aquele que é, Aquele que era e Aquele que vem, o Todo-Poderoso. Eu sou o Primeiro e o Último, e Aquele que vive. Pois estive morto, e eis-Me novamente vivo pelos séculos dos séculos. Tenho as chaves da morte e da região dos mortos.'" Ap 1,8.17b-18
    Realmente demonstrou poder e autonomia só atribuídos a Deus, como afirmava desde Sua segunda Páscoa em Jerusalém, depois de iniciada Sua vida pública: "Com efeito, como o Pai ressuscita os mortos e dá-lhes Vida, o Filho também dá Vida a quem Ele quer." Jo 5,21
    Para explicitar essa autonomia, Ele havia mencionado a imprevisibilidade do Espírito Santo, a Terceira Pessoa de Deus, em conversa com Nicodemos, um fariseu que O procurou logo em Sua primeira Páscoa em Jerusalém: "O vento sopra onde quer. Ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito." Jo 3,8
    Ou seja, sabemos, ainda por Suas palavras, que a Trindade Santíssima usufrui de um incomensurável universo de possibilidades: "... a Deus tudo é possível." Mc 10,27
    O Mistério de Cristo, por si só, era a razão de ser do ministério do Apóstolo dos Gentios. Está na Carta de São Paulo aos Colossenses: "Tudo sofro para que seus corações sejam reconfortados, e que, estreitamente unidos pela caridade, sejam enriquecidos de uma plenitude de inteligência para conhecerem o Mistério de Deus, isto é, Cristo, em Quem estão escondidos todos tesouros da Sabedoria e da ciência." Cl 2,2-3
    Na Carta de São Paulo aos Efésios, vemos que ele sabia estar diante do inconcebível: "... coube-me a Graça de anunciar entre os pagãos a inexplorável riqueza de Cristo, e a todos manifestar o salvador desígnio de Deus, mistério oculto desde a eternidade..." Ef 3,8-9
    Por isso, pedia orações: "Também orai por nós. Pedi a Deus que dê livre curso à nossa palavra, para que possamos anunciar o Mistério de Cristo." Cl 4,3
    Na Carta de São Paulo aos Romanos, ele dizia dos divinos desígnios: "Ó abismo de riqueza, de Sabedoria e de ciência em Deus! Quão impenetráveis são Seus juízos e inexploráveis Seus caminhos!" Rm 11,33
    Dizia da Onipresença de Deus aos gregos em Atenas, no Areópago, parafraseando um filósofo local, na notação do Livro dos Atos dos Apóstolos: "Porque é n'Ele que vivemos, nos movemos e existimos..." At 17,28a
    Do sentido da vida: "Nenhum de nós vive para si, e ninguém morre para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; se morremos, morremos para o Senhor. Quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor." Rm 14,7-8
    E na Primeira Carta de São Paulo a São Timóteo, maravilhava-se com Ele: "... o Único que possui a imortalidade e habita em inacessível luz..." 1 Tm 6,16a
    Plenamente consciente da manifestação e da importância do Divino Paráclito, a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios apontava o caminho para essa Luz: "... as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus." 1 Cor 2,11
    Assim rezava: "Rogo ao Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da Glória, que vos dê um espírito de Sabedoria e vos revele o conhecimento d'Ele..." Ef 1,17
    E explica como nos foi dado saber alguma coisa do inefável: "Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam. Todavia, Deus revelou-as por Seu Espírito..." 1 Cor 2,9-10
    Mas Jesus já havia avisado da restritiva infusão do Espírito de Deus: "É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece. Mas vós conhecê-Lo-eis, porque convosco permanecerá e em vós estará." Jo 14,17
    E São Pedro, depois que os Apóstolos foram presos e miraculosamente libertos, diz, diante do Conselho dos judeus, a impreterível condição para recebê-Lo: "... o Espírito Santo, que Deus deu a todos aqueles que Lhe obedecem." At 5,32
    O auxílio do Espírito Santo, portanto, é impreterível para que saibamos algo elementar: Quem é Jesus. São Paulo escreveu: "... ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo." 1 Cor 12,3
    Ou o auxílio do próprio Pai, segundo Jesus: "Ninguém pode vir a Mim se o Pai, que Me enviou, não o atrair." Jo 6,41a
    Por isso, na oração pela Unidade da Igreja, Ele rezou ao Pai, enquanto Se despedia dos Apóstolos: "Manifestei Teu Nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e deste-mos, e guardaram Tua Palavra. Agora eles reconheceram que todas coisas que Me deste procedem de Ti." Jo 17,6-7
    Da mesma forma, ainda segundo Jesus, o Pai só pode ser verdadeiramente conhecido através d'Ele, pois lemos no Evangelho segundo São Lucas: "Ninguém conhece Quem é o Filho senão o Pai, nem Quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelá-Lo." Lc 10,22
    Com efeito, a Primeira Carta de São João testemunhou esse fato: "Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro." 1 Jo 5,20
    A Segunda Carta de São Pedro também atestou, e nas primeiras linhas, que a Revelação do Cristo era a própria Revelação de Deus, pois só Ele é o Senhor da Glória: "O divino poder deu-nos tudo que contribui para a Vida e a piedade, fazendo-nos conhecer Aquele que nos chamou por Sua Glória e Sua virtude." 2 Pd 1,3
    Por essa razão, Jesus exorta-nos a buscar as coisas de Deus. É o que se depreende do que disse quando condenou os mundanos valores cultuados pelos líderes judeus: "Como podeis crer, vós que recebeis a glória uns dos outros e não buscais a Glória que é só de Deus?" Jo 5,44
    Pois como demonstrou no Horto das Oliveiras, na noite do início de Sua Paixão, Ele mesmo foi um exemplo de perene obediência à vontade do Pai: "Pai, se é de Teu agrado, afasta de Mim este cálice! Porém, não se faça Minha vontade, mas sim a Tua." Lc 22,42
    E assim Ele nos havia ensinado a rezar no Pai Nosso, apontado no Evangelho segundo São Mateus: "... seja feita Vossa vontade, assim na Terra como no Céu." Mt 6,10
    Aliás, perante os próprios judeus, Ele foi bem explícito sobre Sua condição humana: "De Mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço e Meu Julgamento é justo, porque não busco Minha vontade, mas a vontade d'Aquele que Me enviou." Jo 5,30
    Propôs-nos até uma experiência, para que avaliássemos Seus ensinamentos e Seu proceder: "Se alguém quiser cumprir a vontade de Deus, distinguirá se Minha Doutrina é de Deus ou se falo de Mim mesmo." Jo 7,17


O MISTÉRIO DE CRISTO

    E no mistério da Encarnação do Salvador, vemos o Menino Jesus em Sua frágil humanidade, plenamente submisso ao projeto do Pai, passo a passo na aquisição da necessária condição para servir-Lhe: "E Jesus crescia em estatura, em Sabedoria e Graça, diante de Deus e dos homens." Lc 2,52
    Assim já Se portava perante Seus pais, quando aos 12 anos ficou no Templo de Jerusalém após a Páscoa: "Em seguida, desceu com eles a Nazaré e era-lhes submisso." Lc 2,51
    Aliás, assim Se portou por toda vida, como a Carta de São Paulo aos Filipenses recita o Hino Cristológico: "Sendo Ele de condição divina, não Se prevaleceu de Sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-Se aos homens." Fl 2,6-7
    Isso foi reafirmado pelos seguidores da tradição de São Paulo, que escreveram na Carta aos Hebreus: "Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve." Hb 5,8
    E pouco antes do fim de Sua Missão entre nós, Ele declarou: "Não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz Seu Senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de Meu Pai." Jo 15,15
    Versando sobre o entendimento meramente humano e sem inspiração, a Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios diz: "Não que por nós mesmos sejamos capazes de algum pensamento, como de nós mesmos. Nossa capacidade vem de Deus." 2 Cor 3,5
    Em havendo alguma divergência, ele garantia aos cristãos da cidade de Filipos: "... Deus há de esclarecer-vos." Fl 3,15
    E assim se faz pelo Espírito Santo, como Nosso Senhor prometeu atestando a plena Comunhão da Santíssima Trindade: "Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas agora não podeis suportá-las. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensiná-vos-á toda a Verdade, porque não falará por Si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciá-vos-á as coisas que virão. Ele glorificá-Me-á, porque receberá do que é Meu, e anunciá-vos-á. Tudo que o Pai possui é Meu. Por isso, disse: Há de receber do que é Meu, e anunciá-vos-á." Jo 16,12-15
    Pois assim como se dá relativamente ao entendimento do sobrenatural, é sempre Deus que nos inspira à boa vontade e à boa ação. O Apóstolo dos Gentios diz: "Porque é Deus, segundo Seu beneplácito, Quem em vós realiza o querer e o executar." Fl 2,13
    Deus até pareceu arbitrário numa resposta que deu a Moisés, mas apenas explicitava a absoluta superioridade e autonomia de Seus comandos: "... pois dou Minha Graça a quem Eu quero dar Minha Graça, e uso de Misericórdia com quem Eu quero usar de Misericórdia." Êx 33,19
    Jesus deu semelhante exemplo na parábola dos vinheteiros, quando trata igualmente os que chegaram primeiro e os que chegaram ao fim do dia: "Amigo, Eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? Acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que Me pertence?" Mt 20,13.15
    E em caso de tribulações, São Paulo lembra os poderes d'Aquele que conforta nosso corpo, alma, mente e coração: "Com nada vos inquieteis! Em todas circunstâncias, apresentai a Deus vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a Paz de Deus, que excede toda inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus." Fl 4,7
    Porque Nosso Salvador revela, por excelência, o maior bem que o Pai nos oferece: Seu amor: "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo que lhe deu Seu Único Filho, para que todo aquele que n'Ele crer não pereça, mas tenha a Vida Eterna." Jo 3,16
    Amor que é o próprio amor do Filho, como Ele explica e exorta: "Como o Pai Me ama, Eu também vos amo. Perseverai em Meu amor." Jo 15,9
    E só por verdadeiro amor a Ele é que Ele Se revela: "Aquele que tem e guarda Meus Mandamentos, esse é que Me ama. E aquele que Me ama será amado por Meu Pai, e Eu amá-lo-ei e a ele manifestar-Me-ei." Jo 14,21
    Foi assim que se deu com Sua Ressurreição, como São Pedro pregou a Cornélio e familiares instantes antes do 'Pentecostes dos Gentios': "Mas Deus ressuscitou-O no terceiro dia, concedendo-Lhe manifestar-Se não a todo povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido..." At 10,40-41a
    Assim também ensinou São Paulo em Antioquia da Pisídia: "Mas Deus ressuscitou-O dentre os mortos. E durante muitos dias apareceu àqueles que com Ele subiram de Galileia a Jerusalém, os quais até agora são testemunhas d'Ele junto ao povo." At 13,30-31
    Veementemente, São João Apóstolo acusa a voluntária ignorância em contraste com a verdadeira filiação: "Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós somo-lo de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não O conheceu." 1 Jo 3,1
    Em suas profundas reflexões, São Paulo suspira: "O amor de Cristo constrange-nos..." 2 Cor 5,14a
    E assim se refere à Paixão de Nosso Senhor: "... a caridade de Cristo, que desafia todo conhecimento..." Ef 3,19


DEUS É FIEL

    O cego de nascença, curado por Jesus, dá uma esclarecedora explicação sobre o proceder de Deus Pai: "Sabemos, porém, que Deus não ouve a pecadores, mas atende a quem Lhe presta culto e faz Sua vontade." Jo 9,31
    E Jesus deixou claro que o ser humano não pode desfazer o que Deus sacramentou, como acontece com o Matrimônio: "Eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não deve separar." Mt 19,6
    Ou acontece com os carismas e com a ordenação de um Sacerdote, como São Paulo afirma: "Pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis." Rm 11,29
    Nosso Salvador também deixou claro que nem tudo nos foi revelado, como a definitiva Vinda do Reino dos Céus: "Não vos pertence saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em Seu poder..." At 1,7
    São Paulo, no mesmo sentido, disse que nem tudo sobre o Pai está à nossa disposição, quando se referiu aos não judeus: "Porquanto o que se pode conhecer de Deus, eles leem-no em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência." Rm 1,19
    E reconheceu: "Nossa ciência é parcial, nossa profecia é imperfeita. Hoje vemos como por um espelho, confusamente, mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte, mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido." 1 Cor 13,9-12
    Os próprios anjos, aliás, precisam contemplar o que acontece na Igreja para entender os divinos projetos. Ele segue, citando duas classes deles: "Assim, de ora em diante, as celestes dominações e as potestades podem conhecer, através da Igreja, a infinita diversidade da Sabedoria Divina..." Ef 3,10
    Tais mistérios, porém, não devem desestimular-nos. Ao contrário, em nome da nos divinos desígnios que por eles se expressam, devemos perseverar no espiritual combate: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que Lhe agrada e o que é perfeito." Rm 12,2
    Ora, temos muitas razões para continuar acreditando: "Fiel é Deus..." 1 Cor 1,9
    Temos dons: "N'Ele fostes ricamente contemplados com todos dons, com os da Palavra e os da ciência, tão solidamente foi confirmado em vós o testemunho de Cristo." 1 Cor 1,4-5
    Somos depositários de inefáveis revelações: "Ora, o Senhor é o Espírito..." 2 Cor 3,17
    Testemunhas de sutis realidades: "Deus... consola os humildes..." 2 Cor 7,6
    E também grandiosas, como São João Evangelista viu: "Voltei-me para saber que voz falava comigo. Tendo-me voltado, vi sete candelabros de ouro e, no meio dos candelabros, alguém semelhante ao Filho do Homem, vestindo longa túnica até os pés, cingido o peito por um cinto de ouro. Tinha Ele brancos  cabeça e cabelos como lã cor de neve. Seus olhos eram como chamas de fogo. Seus pés pareciam-se ao bronze fino incandescido na fornalha. Sua voz era como o ruído de muitas águas. Segurava na mão direita sete estrelas. De Sua boca saía uma afiada espada, de dois gumes. Seu rosto assemelhava-se ao sol, quando brilha com toda força. Ao vê-Lo, caí como morto a Seus pés. Ele, porém, pôs sobre mim Sua mão direita e disse: 'Não temas!'" Ao 1,12-17a
    Definitivamente, não estamos sós. Dizem os discípulos de São Paulo: "Desse modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de testemunhas, desvencilhemo-nos das correntes do pecado. Com perseverança corramos ao proposto combate, com o olhar fixo no Autor e Consumador de nossa fé, Jesus." Hb 12,1
    Mais que isso: por amor aos irmãos temos o dever de anunciar o Cristo. A Carta de São Paulo a Filemon diz: "... para que esta tua fé, que conosco compartilhas, seja atuante e faça conhecer todo bem que se realiza entre nós por causa de Cristo." Fm 1,6
    Pois apesar de Deus escolher os Seus, não nos cabe discernir a quem anunciá-Lo, segundo a pregação de São Pedro a Cornélio: "Deus mostrou-me que nenhum homem deve ser considerado profano ou impuro..." At 10,28
    São Paulo falava: "Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!" 1 Cor 9,16
    E a Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo faz esta exortação: "... prega a Palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir." 2 Tm 4,2
    Assim, desde que arrependidos e desejosos de alcançar a Salvação, sempre teremos o amor do Pai. Segue São Pedro: "... Deus não faz distinção de pessoas, mas em toda nação é-Lhe agradável aquele que O temer e fizer o que é justo." At 10,34-35
    De fato, Jesus pregou a Nicodemos: "Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que por Ele seja salvo." Jo 3,17

    "Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo! O Céu e a Terra proclamam Vossa Glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em Nome do Senhor! Hosana nas alturas!"