Era espanhol e foi levado a Roma pelo Papa Sisto II, também Santo. Eram tempos de violenta perseguição à Igreja, mas ambos seguiam trabalhando com absoluto destemor. O angelical, bem humorado e forte jovem foi feito diácono, um dos sete primeiros da igreja de Roma. Era o responsável pela administração dos bens da comunidade, e distribuía esmolas.
Em 257, o imperador Valeriano, irritado com o virtuoso crescimento da Igreja por todo império, pois tirava o povo do paganismo, sua religião, decretou captura e morte aos cristãos.
No ano seguinte, São Sisto II foi preso e decapitado. São Lourenço, que o acompanhou durante os quatro dias de sua prisão, queria morrer com ele. Momentos antes do martírio, com doçura e invocando o Sacrifício Eucarístico, ele pedia-lhe: "Meu pai, para onde vais sem vosso filho? Para onde vai o Santo Padre sem vosso diácono? Jamais oferecestes o Sacrifício sem que eu vos acolitasse? Em que vos desagradei? Encontrastes em mim alguma infidelidade?"
Mas o Papa precisava dele vivo para distribuir os bens da igreja local entre os pobres, pois bem sabia o que estava para acontecer e que em breve ele também seria sacrificado: "Não te abandono, meu filho! Deus reservou-te maior provação e mais brilhante vitória, pois és jovem e forte. A velhice e a fraqueza fazem com que os carrascos tenham pena de mim. Mas, daqui a três dias, tu segui-me-ás."
São Lourenço cumpriu com diligência as ordens que recebeu: vendeu ouro, prata e os mais valiosos bens. Em seguida, convocou os pobres, viúvas e órfãos e distribuiu-lhes tudo que havia arrecadado, assim como tudo que não conseguiu vender.
O prefeito da cidade, ao ouvir que o administrador da igreja tinha tomado tal atitude, a princípio não acreditou. Deu ordem para que viesse até ele e aí lhe exigiu que tudo entregasse para o luxo do imperador. Mas era tarde. São Lourenço havia agido com rapidez, pois já esperava ansiosamente sua hora de também seguir para o martírio. Teve, entretanto, a ideia de dar uma bela lição ao prefeito. Pediu-lhe o prazo de um dia para juntar todos valiosos bens de propriedade da Igreja.
No dia seguinte, mandou convidar o prefeito para vir às portas da igreja receber o tesouro. Lá estava uma multidão de enfermos, surdos, cegos, paralíticos, desamparados e indigentes. Disse-lhe São Lourenço: "Eis os tesouros da Igreja: os míseros que levam com resignação a cruz de cada dia, carregam o ouro da virtude. São as prediletas almas do Senhor, que valem muito mais que preciosas pedras."
O prefeito, tomado de ira, prometeu-lhe lenta e sofrida norte. Primeiro, mandou acoitá-lo com crueldade, depois o colocou sobre um mármore de assar carne. Mas nosso Santo, em tocante Paz, não se deixou tomar pelo medo e parecia não sentir nenhuma dor. Bem humorado, chegou a brincar com seu carrasco: "Se quiseres, já podes virar-me, pois este lado já está bem assado."
Santo Ambrósio disse que seu rosto brilhava mais que o fogo, e de seu corpo saia um perfume que enebriava a todos presentes. São Leão Magno assim contou seus últimos momentos: "As chamas não puderam vencer a caridade de Cristo, e o fogo que queimava por fora era mais fraco que aquele que lhe ardia por dentro."
Bastante carbonizado, seu corpo inicialmente foi sepultado no cemitério de Ciríaca, na Via Tiburtina, em Roma.
Em revelação, Nossa Senhora mesma disse à Santa Brígida que São Lourenço, de verdadeira humildade, costumava refletir: "Meu Deus é Meu Senhor, eu sou Seu servo. O Senhor Jesus Cristo foi despido e zombado. Como isso pode ser justo para mim, Seu servo, que esteja vestido com finura? Ele foi flagelado e pregado na madeira. Então, não é certo que eu, Seu servo, se eu realmente for Seu servo, não tenha nenhuma dor ou tribulação." (Livro II, Capítulo XXVI)
Em 257, o imperador Valeriano, irritado com o virtuoso crescimento da Igreja por todo império, pois tirava o povo do paganismo, sua religião, decretou captura e morte aos cristãos.
No ano seguinte, São Sisto II foi preso e decapitado. São Lourenço, que o acompanhou durante os quatro dias de sua prisão, queria morrer com ele. Momentos antes do martírio, com doçura e invocando o Sacrifício Eucarístico, ele pedia-lhe: "Meu pai, para onde vais sem vosso filho? Para onde vai o Santo Padre sem vosso diácono? Jamais oferecestes o Sacrifício sem que eu vos acolitasse? Em que vos desagradei? Encontrastes em mim alguma infidelidade?"
Mas o Papa precisava dele vivo para distribuir os bens da igreja local entre os pobres, pois bem sabia o que estava para acontecer e que em breve ele também seria sacrificado: "Não te abandono, meu filho! Deus reservou-te maior provação e mais brilhante vitória, pois és jovem e forte. A velhice e a fraqueza fazem com que os carrascos tenham pena de mim. Mas, daqui a três dias, tu segui-me-ás."
São Lourenço cumpriu com diligência as ordens que recebeu: vendeu ouro, prata e os mais valiosos bens. Em seguida, convocou os pobres, viúvas e órfãos e distribuiu-lhes tudo que havia arrecadado, assim como tudo que não conseguiu vender.
O prefeito da cidade, ao ouvir que o administrador da igreja tinha tomado tal atitude, a princípio não acreditou. Deu ordem para que viesse até ele e aí lhe exigiu que tudo entregasse para o luxo do imperador. Mas era tarde. São Lourenço havia agido com rapidez, pois já esperava ansiosamente sua hora de também seguir para o martírio. Teve, entretanto, a ideia de dar uma bela lição ao prefeito. Pediu-lhe o prazo de um dia para juntar todos valiosos bens de propriedade da Igreja.
No dia seguinte, mandou convidar o prefeito para vir às portas da igreja receber o tesouro. Lá estava uma multidão de enfermos, surdos, cegos, paralíticos, desamparados e indigentes. Disse-lhe São Lourenço: "Eis os tesouros da Igreja: os míseros que levam com resignação a cruz de cada dia, carregam o ouro da virtude. São as prediletas almas do Senhor, que valem muito mais que preciosas pedras."
O prefeito, tomado de ira, prometeu-lhe lenta e sofrida norte. Primeiro, mandou acoitá-lo com crueldade, depois o colocou sobre um mármore de assar carne. Mas nosso Santo, em tocante Paz, não se deixou tomar pelo medo e parecia não sentir nenhuma dor. Bem humorado, chegou a brincar com seu carrasco: "Se quiseres, já podes virar-me, pois este lado já está bem assado."
Em revelação, Nossa Senhora mesma disse à Santa Brígida que São Lourenço, de verdadeira humildade, costumava refletir: "Meu Deus é Meu Senhor, eu sou Seu servo. O Senhor Jesus Cristo foi despido e zombado. Como isso pode ser justo para mim, Seu servo, que esteja vestido com finura? Ele foi flagelado e pregado na madeira. Então, não é certo que eu, Seu servo, se eu realmente for Seu servo, não tenha nenhuma dor ou tribulação." (Livro II, Capítulo XXVI)
Disse mais: "Quando ele foi estendido sobre as brasas e gordura líquida escorreu para o fogo, e seu corpo todo pegou fogo, ele levantou os olhos para os céus e disse: 'Bendito sois Vós, Jesus Cristo, Meu Deus e Criador! Eu sei que não vivi bem meus dias. Sei que fiz pouco por Vossa Glória. É por isso que, vendo que Vossa Misericórdia é grande, eu Vos peço que me trateis com Vossa Misericórdia.' E nesta palavra sua alma foi separada de seu corpo. Viste, minha filha? Ele tanto amou Meu Filho, e suportou tanto sofrimento para Sua Glória, que ainda disse que não era digno de alcançar o Céu." (Idem)
E o próprio São Lourenço, em aparição a esta Santa, disse-lhe: "Quando estive no mundo, tinha três coisas: continência comigo mesmo, Misericórdia com meu próximo e caridade com Deus. Por isso, zelosamente preguei a Palavra de Deus, com prudência distribuí os bens da Igreja, e com alegria suportei açoites, fogo e morte." (Livro I, Capítulo XXIII)
A conversão de Constantino, imperador romano, algumas décadas mais tarde, bem como a permissão para a prática do Catolicismo em todo império, é atribuída à força da história de seu martírio, que rapidamente se divulgou por toda parte, e à sua intercessão, combinada com os sacrifícios de São Pedro e São Paulo, aos quais nosso Santo tanto venerava, além, claro, da própria intercessão de Santa Helena, mãe deste imperador.
No local onde ele foi executado, Constantino mandou construir um pequeno oratório, sobre o qual no século VI foi erigida a Igreja de São Lourenço Extramuros, a quinta Basílica Patriarcal de Roma. A pedra de mármore de seu martírio foi preservada. Aí também foram depositadas as relíquias de Santo Estevão, o primeiro mártir do cristianismo, que fora diácono como São Lourenço.
Seu fêmur, com certificação papal, é venerado numa abadia beneditina erguida em sua homenagem em Ampleforth, no município de North Yorkshire, na Inglaterra.
E na comuna italiana de Amaseno, no Lácio, há um frasco contendo seu sangue, pedaços de pele e resíduos de cinzas e terra, que são guardados na igreja de Santa Maria Assunta. Foram colhidos logo após sua morte, por gente que conhecia o cristianismo, que presenciou seu martírio e que se viu profundamente tocada por sua fé. Tal qual o sangue de São Januário, porém invariavelmente todos anos desde 1600, o de São Lourenço sai do estado de coagulação, começando de sutil modo no início de agosto, até apresentar-se como sangue novo no dia 10.
No local onde ele foi executado, Constantino mandou construir um pequeno oratório, sobre o qual no século VI foi erigida a Igreja de São Lourenço Extramuros, a quinta Basílica Patriarcal de Roma. A pedra de mármore de seu martírio foi preservada. Aí também foram depositadas as relíquias de Santo Estevão, o primeiro mártir do cristianismo, que fora diácono como São Lourenço.
E na comuna italiana de Amaseno, no Lácio, há um frasco contendo seu sangue, pedaços de pele e resíduos de cinzas e terra, que são guardados na igreja de Santa Maria Assunta. Foram colhidos logo após sua morte, por gente que conhecia o cristianismo, que presenciou seu martírio e que se viu profundamente tocada por sua fé. Tal qual o sangue de São Januário, porém invariavelmente todos anos desde 1600, o de São Lourenço sai do estado de coagulação, começando de sutil modo no início de agosto, até apresentar-se como sangue novo no dia 10.