Por que Deus quer ser amado por nós? Quem somos nós para corresponder-Lhe com nosso errante amor? No entanto, no Livro do Deuteronômio, Ele determinou aos israelitas através de Moisés, após entregar-lhe os Dez Mandamentos: "Amarás o Senhor, Teu Deus, de todo teu coração, de toda tua alma e de toda tua força." Dt 6,5
Poderíamos ser obrigados a amar? Como Jesus pode exigir maior amor a Ele que às pessoas que nos são mais próximas? Mas no Evangelho segundo São Mateus, logo depois que escolheu os Doze Apóstolos, Ele sentenciou: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem ama seu filho mais que a Mim, não é digno de Mim." Mt 10,37
A rigidez desse ensinamento, porém, esconde uma didática. Apesar da estranheza que causa em primeira mão, ao amadurecermos no amor, vemos que assim Ele imprime Sua Palavra em nossa memória, para mais tarde ser plenamente compreendida. De fato, não podemos verdadeiramente amar nossos familiares sem conhecermos, com a devida profundidade, o amor que Deus nos tem. A Primeira Carta de São João assim explica a Comunhão e a origem do amor: "Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. Mas amamos porque primeiro Deus nos amou." 1 Jo 4,16.19
Poderíamos ser obrigados a amar? Como Jesus pode exigir maior amor a Ele que às pessoas que nos são mais próximas? Mas no Evangelho segundo São Mateus, logo depois que escolheu os Doze Apóstolos, Ele sentenciou: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem ama seu filho mais que a Mim, não é digno de Mim." Mt 10,37
A rigidez desse ensinamento, porém, esconde uma didática. Apesar da estranheza que causa em primeira mão, ao amadurecermos no amor, vemos que assim Ele imprime Sua Palavra em nossa memória, para mais tarde ser plenamente compreendida. De fato, não podemos verdadeiramente amar nossos familiares sem conhecermos, com a devida profundidade, o amor que Deus nos tem. A Primeira Carta de São João assim explica a Comunhão e a origem do amor: "Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. Mas amamos porque primeiro Deus nos amou." 1 Jo 4,16.19
Ele categoricamente afirma: "Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus..." 1 Jo 4,7a
Sobre a questão do amor às mais próximas pessoas, ele partia do inverso: "Se alguém disser: 'Amo a Deus', mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a Quem não vê. Temos de Deus este Mandamento: aquele que amar a Deus, também ame a seu irmão." 1 Jo 4,20-21
E a despeito dos insondáveis desígnios de Deus, alguma luz nos é dada sobre essa didática quando lemos essa passagem no Livro dos Provérbios: "Meu filho, não desprezes a correção do Senhor, nem te espantes de que Ele te repreenda, porque o Senhor castiga aquele a quem ama, e pune o filho a quem muito estima." Pr 3,11-12
Tudo isso inspira-nos a imagem de um pai cheio de precauções, às vezes agindo de enérgico modo, em função de futuros riscos, e é sensato supor que seja mesmo assim. Na Carta aos Hebreus, os seguidores da tradição de São Paulo argumentam: "Estais sendo provados para vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige? Aliás, na Terra temos nossos pais que nos corrigem e, entretanto, olhamo-los com respeito. Com quanto mais razão havemos de submeter-nos ao Pai de nossas almas, o Qual nos dará a Vida? Os primeiros educaram-nos para pouco tempo, segundo sua própria conveniência, ao passo que Este o faz para nosso bem, para comunicar-nos Sua santidade. É verdade que toda correção parece, de momento, antes motivo de pesar que de alegria. Mais tarde, porém, granjeia aos que por ela se exercitaram o melhor fruto de justiça e de Paz." Hb 12,7.9-11
Na Carta de São Tiago, este Apóstolo parente de Nosso Senhor, dizendo do Espírito Santo, justifica: "Todo aquele que quer ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus. Ou imaginais que em vão diz a Escritura: 'Sois amados até o ciúme pelo Espírito que em vós habita ?'" Tg 4,4b-5
Ora, nas revelações feitas a São João Apóstolo no Livro do Apocalipse, o próprio Jesus vai dizer aos que se iludem com alguma forma de poder. Está entre as exortações ditadas às sete dioceses da Ásia, no caso a de Sardes: "Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Reanima teu zelo, pois, e arrepende-te." Ap 3,19
Também é frequente ver na Bíblia a expressão 'temor a Deus'. E fica a pergunta: Afinal, Ele quer ser amado ou temido? A verdade é que, assim como amadurecer, a compreensão da Revelação requer tempo. No estágio de civilização que vivemos, é fácil perceber, ao menos teoricamente, que o amor sempre produz melhor e mais verdadeiro relacionamento que o puro temor. Mas não há dúvida: visceralmente necessário, e negá-lo é mera puerilidade, o temor foi e ainda é largamente usado. A hierarquia é vital nas organizações humanas! Entretanto, porque não são necessariamente excludentes, também já é antiga a didática do amor, e só por ele se pode chegar à perfeição, como São João afirmou: "Nisto é perfeito em nós o amor: que tenhamos confiança no Dia do Julgamento, pois, como Ele (Deus) é, assim também nós somos neste mundo. No amor não há temor. Antes, o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor envolve castigo, e quem teme não é perfeito no amor." 1 Jo 4,17-18
E a despeito dos insondáveis desígnios de Deus, alguma luz nos é dada sobre essa didática quando lemos essa passagem no Livro dos Provérbios: "Meu filho, não desprezes a correção do Senhor, nem te espantes de que Ele te repreenda, porque o Senhor castiga aquele a quem ama, e pune o filho a quem muito estima." Pr 3,11-12
Tudo isso inspira-nos a imagem de um pai cheio de precauções, às vezes agindo de enérgico modo, em função de futuros riscos, e é sensato supor que seja mesmo assim. Na Carta aos Hebreus, os seguidores da tradição de São Paulo argumentam: "Estais sendo provados para vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige? Aliás, na Terra temos nossos pais que nos corrigem e, entretanto, olhamo-los com respeito. Com quanto mais razão havemos de submeter-nos ao Pai de nossas almas, o Qual nos dará a Vida? Os primeiros educaram-nos para pouco tempo, segundo sua própria conveniência, ao passo que Este o faz para nosso bem, para comunicar-nos Sua santidade. É verdade que toda correção parece, de momento, antes motivo de pesar que de alegria. Mais tarde, porém, granjeia aos que por ela se exercitaram o melhor fruto de justiça e de Paz." Hb 12,7.9-11
Na Carta de São Tiago, este Apóstolo parente de Nosso Senhor, dizendo do Espírito Santo, justifica: "Todo aquele que quer ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus. Ou imaginais que em vão diz a Escritura: 'Sois amados até o ciúme pelo Espírito que em vós habita ?'" Tg 4,4b-5
Ora, nas revelações feitas a São João Apóstolo no Livro do Apocalipse, o próprio Jesus vai dizer aos que se iludem com alguma forma de poder. Está entre as exortações ditadas às sete dioceses da Ásia, no caso a de Sardes: "Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Reanima teu zelo, pois, e arrepende-te." Ap 3,19
Também é frequente ver na Bíblia a expressão 'temor a Deus'. E fica a pergunta: Afinal, Ele quer ser amado ou temido? A verdade é que, assim como amadurecer, a compreensão da Revelação requer tempo. No estágio de civilização que vivemos, é fácil perceber, ao menos teoricamente, que o amor sempre produz melhor e mais verdadeiro relacionamento que o puro temor. Mas não há dúvida: visceralmente necessário, e negá-lo é mera puerilidade, o temor foi e ainda é largamente usado. A hierarquia é vital nas organizações humanas! Entretanto, porque não são necessariamente excludentes, também já é antiga a didática do amor, e só por ele se pode chegar à perfeição, como São João afirmou: "Nisto é perfeito em nós o amor: que tenhamos confiança no Dia do Julgamento, pois, como Ele (Deus) é, assim também nós somos neste mundo. No amor não há temor. Antes, o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor envolve castigo, e quem teme não é perfeito no amor." 1 Jo 4,17-18
Ele chegou a apontar o caminho para essa perfeição: "Se mutuamente nos amarmos, Deus permanece em nós e Seu amor em nós é perfeito." 1 Jo 4,12b
De fato, agora conforme consta no Evangelho segundo São João, é assim o Mandamento de Cristo, Deus de amor, e como Ele descreve Sua Igreja. Foi logo depois do Lava-Pés, falando em despedida: "Dou-vos um Novo Mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como Eu vos tenho amado, vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." Jo 13,34-35
O Livro do Profeta Isaías, a propósito, já tinha dado conta de nossa verdadeira relação com Deus: de filiação: "E no entanto, Senhor, Vós sois Nosso Pai. Nós somos a argila da qual sois o oleiro: todos nós fomos modelados por Vossas mãos." Is 64,8
Por isso, a Ele já havia clamado, após meditar sobre a História de Israel: "Olhai do alto do Céu e vede de Vossa santa e gloriosa morada: Que foi feito de Vosso ciumento amor e de vosso poder, e da emoção de Vosso coração? Dai livre expansão à Vossa ternura, porque sois Nosso Pai." Is 63,15-16a
E se somos vez e outra castigados, se bem observarmos os acontecimentos, também é fácil atestar Sua infinita afabilidade. Deus mesmo disse: "Num acesso de cólera, volvi de ti Minha face. Mas em Meu eterno amor, de ti tenho compaixão." Is 54,8
O Livro da Sabedoria, em especial, vai mais longe ao justificar Seu amor: "Tendes compaixão de todos, porque Vós podeis tudo. E para que se arrependam, fechais os olhos aos pecados dos homens. Porque amais tudo que existe, e não odiais nada do que fizestes, porquanto, se o odiásseis, não o teríeis feito de modo algum. Como poderia subsistir qualquer coisa, se não o tivésseis querido, e conservar a existência, se por Vós não tivesse sido chamada? Mas poupais todos seres, porque todos são Vossos, ó Senhor, que amais a vida." Sb 11,23-26De fato, agora conforme consta no Evangelho segundo São João, é assim o Mandamento de Cristo, Deus de amor, e como Ele descreve Sua Igreja. Foi logo depois do Lava-Pés, falando em despedida: "Dou-vos um Novo Mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como Eu vos tenho amado, vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." Jo 13,34-35
O Livro do Profeta Isaías, a propósito, já tinha dado conta de nossa verdadeira relação com Deus: de filiação: "E no entanto, Senhor, Vós sois Nosso Pai. Nós somos a argila da qual sois o oleiro: todos nós fomos modelados por Vossas mãos." Is 64,8
Por isso, a Ele já havia clamado, após meditar sobre a História de Israel: "Olhai do alto do Céu e vede de Vossa santa e gloriosa morada: Que foi feito de Vosso ciumento amor e de vosso poder, e da emoção de Vosso coração? Dai livre expansão à Vossa ternura, porque sois Nosso Pai." Is 63,15-16a
E se somos vez e outra castigados, se bem observarmos os acontecimentos, também é fácil atestar Sua infinita afabilidade. Deus mesmo disse: "Num acesso de cólera, volvi de ti Minha face. Mas em Meu eterno amor, de ti tenho compaixão." Is 54,8
E como os sagrados autores dos Provérbios, ele conclui: "É por isso que com brandura castigais aqueles que caem, e adverti-os mostrando-lhes em que pecam, a fim de que rejeitem sua malícia e creiam em Vós, Senhor." Sb 12,2
Não seria, porém, o amor, e tão simplesmente o amor, ainda hoje, a mais difícil lição que Jesus tenta ensinar-nos? Será que nós compreendemos, ao menos um pouco, a dimensão de Seu amor? Concebemos, ao menos episodicamente, que podemos amar como Ele nos ama? Enfaticamente, Ele estabeleceu esse parâmetro na noite da Santa Ceia: "Este é Meu Mandamento: amai-vos uns aos outros, como Eu vos amo." Jo 15,12
E a pergunta é: Que amor é esse que O levou a morrer por nós? Realmente percebemos o exemplo de tantos Santos e mártires? Também chegaríamos, por amor, a essas consequências? De toda forma, essa é a meta por Ele estabelecida e demonstrada por Sua Paixão: "Ninguém tem maior amor que aquele que dá sua vida por seus amigos." Jo 15,13
Como entender esse Sacrifício ao qual Deus Pai submeteu Seu próprio Filho? Não teria sido violento demais? Mas Jesus afirmou a Nicodemos, notável dos fariseus, falando em terceira pessoa, logo na primeira Páscoa em Jerusalém durante Sua vida pública: "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo que lhe deu Seu Único Filho, para que todo aquele que n'Ele crer não pereça, mas tenha a Vida Eterna." Jo 3,16
Por certo, a razão de ser dessa didática de Deus é nossa futilidade, nossa desatenção, nossa inconstância, nossa insensibilidade. Pois se Sua própria morte, brutal como foi, não nos faz despertar para o amor, o que teria acontecido se Ele apenas tivesse Se elevado aos Céus? Se toda Jerusalém não tivesse presenciado Sua Paixão e Morte? Por isso, a Primeira Carta de São Paulo a São Timóteo, em seus iniciais versículos, exorta-lhe que afaste o povo de todas fábulas e fúteis conhecimentos, em nome de um verdadeiro amadurecimento espiritual: "Essa recomendação visava promover o amor que nasce de um puro coração, de uma boa consciência e de uma sincera fé." 1 Tm 1,5
Pois, como vemos na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, só assim ele garante as celestiais benesses: "É como está escrito: 'Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4)', tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam." 1 Cor 2,9
Pois o verdadeiro amor a Deus, para minimamente corresponder ao que Ele tem por nós, se manifesta, como demonstram os Santos, por uma atitude de constante reconhecimento de nossos pecados e pela determinação em não tornarmos a errar. É o que ensina o Livro do Eclesiástico: "Aquele que ama a Deus, roga-Lhe pelo perdão de seus pecados e acautela-se para não cometê-los no porvir." Eclo 3,4
Pois o verdadeiro amor a Deus, para minimamente corresponder ao que Ele tem por nós, se manifesta, como demonstram os Santos, por uma atitude de constante reconhecimento de nossos pecados e pela determinação em não tornarmos a errar. É o que ensina o Livro do Eclesiástico: "Aquele que ama a Deus, roga-Lhe pelo perdão de seus pecados e acautela-se para não cometê-los no porvir." Eclo 3,4
É o que o Livro dos Salmos faz, ao pedir perdão em nome de Seu amor: "Ó Deus, tem piedade de mim conforme Tua Misericórdia. Em Teu grande amor, cancela meu pecado." Sl 51,3
Ele reconhece: "Eu dá-Te-ei graças, Senhor Meu Deus, de todo coração, e sempre darei Glória a Teu Nome, porque é grande Teu amor para comigo..." Sl 86,12-13
Afere-lhe o justo valor: "Porque Vosso amor me é mais precioso que a vida..." Sl 63,4
Afere-lhe o justo valor: "Porque Vosso amor me é mais precioso que a vida..." Sl 63,4
Agradecido pela Divina Misericórdia, ele registra: "... Deus de piedade, compassivo, lento para irar-Se, mas rico de amor e de fidelidade..." Sl 86,15
E atesta sua eternidade, quando aproveita para assegurar: "O amor do Senhor existe desde sempre, e para sempre existirá por aqueles que O temem." Sl 102,17a
JESUS, PROVA MAIOR DO AMOR DE DEUS
E atesta sua eternidade, quando aproveita para assegurar: "O amor do Senhor existe desde sempre, e para sempre existirá por aqueles que O temem." Sl 102,17a
JESUS, PROVA MAIOR DO AMOR DE DEUS
Jesus bem conhece os corações das pessoas, e de perto acompanha-os. Por isso, no Evangelho segundo São Lucas, dizia que de nada vale o pagamento do dízimo quando se sonega o mais importante. Está entre os 'ai de vós' que dirigiu aos religiosos, após acusar toda Sua geração: "Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas, mas desprezais a justiça e o amor de Deus." Lc 11,42
E em primeira discussão com os líderes da judaica fé em Jerusalém, Ele foi ainda mais incisivo: "Não espero Minha Glória dos homens. Mas conheço-vos: sei que não tendes em vós o amor de Deus. Vim em Nome de Meu Pai, por isso não Me recebeis. Se outro vier em seu próprio nome, haveis de recebê-lo." Jo 5,41-43
O Último Apóstolo diz uma muito simples coisa aos coríntios, mas cheia de Sabedoria: Deus tem com o filho que O ama muito especial relação: "... se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Ele." 1 Cor 8,3
Por isso, ressaltando o valor da perseverança para que vençamos a insensibilidade, a inconstância e a faltosa consciência, Jesus recomendou-nos em ensinamentos finais: "Se guardardes Meus Mandamentos, sereis constantes em Meu amor, como Eu também guardei os Mandamentos de Meu Pai e persisto em Seu amor." Jo 15,10
Não por acaso, São João Evangelista atestou esse amor e essa perseverança até Seus últimos momentos: "Antes da festa da Páscoa, Jesus sabia que tinha chegado Sua hora, a hora de passar deste mundo para o Pai. Ele, que tinha amado os Seus que estavam no mundo, até o extremo amou-os." Jo 13,1
Não por acaso, São João Evangelista atestou esse amor e essa perseverança até Seus últimos momentos: "Antes da festa da Páscoa, Jesus sabia que tinha chegado Sua hora, a hora de passar deste mundo para o Pai. Ele, que tinha amado os Seus que estavam no mundo, até o extremo amou-os." Jo 13,1
Contudo, ciente de nossas fraquezas, Ele rezou ao Pai para que Seu amor, que é amor de Salvação, em nós permanecesse pela força de Sua manifestação. É a Oração da Unidade, proferida pouco antes de partirem para o Horto das Oliveiras, onde Ele seria preso: "Manifestei-lhes Teu Nome, e ainda hei de manifestá-lhO, para que o amor com que Me amaste neles esteja..." Jo 17,26
Também Lhe pediu, pelo sinal de Sua Glória, que esta Unidade fosse prova para o mundo de Seu amor pelos fiéis: "Dei-lhes a Glória que Me deste, para que sejam Um como Nós somos Um: Eu neles e Tu em Mim. Para que sejam perfeitos na Unidade, e o mundo reconheça que Me enviaste e os amaste, como amaste a Mim." Jo 17,22-23
Também Lhe pediu, pelo sinal de Sua Glória, que esta Unidade fosse prova para o mundo de Seu amor pelos fiéis: "Dei-lhes a Glória que Me deste, para que sejam Um como Nós somos Um: Eu neles e Tu em Mim. Para que sejam perfeitos na Unidade, e o mundo reconheça que Me enviaste e os amaste, como amaste a Mim." Jo 17,22-23
Mas também havia deixado patente que não podemos ser amados por Deus se não amarmos a Ele, Seu Filho: "Pois o próprio Pai vos ama, porque vós Me amastes e crestes que saí de Deus." Jo 16,27
Pois não podemos honrar a Deus se não honrarmos o Cristo, como Ele disse aos religiosos de Jerusalém que O recriminaram por curar um aleijado de nascença num dia de sábado : "Desse modo, todos honrarão o Filho, bem como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho, não honra o Pai, que O enviou." Jo 5,23
Pois não podemos honrar a Deus se não honrarmos o Cristo, como Ele disse aos religiosos de Jerusalém que O recriminaram por curar um aleijado de nascença num dia de sábado : "Desse modo, todos honrarão o Filho, bem como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho, não honra o Pai, que O enviou." Jo 5,23
E a Carta de São Paulo aos Romanos, invocando o Pentecostes, atesta Quem é o imprescindível Doador para que verdadeiramente amemos com o mais puro amor: "... o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo..." Rm 5,5
Bem sabe Quem nos motiva, como está na Carta de São Paulo aos Colossenses, dizendo de seu colaborador, Epafras: "... ele informou-nos do amor com que o Espírito vos anima." Cl 1,8
E na Carta de São Paulo aos Efésios, ele reza: "... que sejais poderosamente robustecidos por Seu Espírito em vista do crescimento do vosso homem interior. Que Cristo habite pela fé em vossos corações, arraigados e consolidados no amor, a fim de que possais, com todos cristãos, compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto é, conhecer o amor de Cristo, que desafia todo conhecimento..." Ef 3,16-19
E na Carta de São Paulo aos Efésios, ele reza: "... que sejais poderosamente robustecidos por Seu Espírito em vista do crescimento do vosso homem interior. Que Cristo habite pela fé em vossos corações, arraigados e consolidados no amor, a fim de que possais, com todos cristãos, compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto é, conhecer o amor de Cristo, que desafia todo conhecimento..." Ef 3,16-19
Demonstrava mesmo ter alcançado esse amor, como lemos na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: "Não vos serei oneroso, porque não busco vossos bens, mas sim a vós mesmos. Com efeito, não são os filhos que devem entesourar para os pais, mas os pais para os filhos. De muito boa vontade darei o que é meu, e dar-me-ei a mim mesmo por vossas almas, ainda que, mais vos amando, menos por vós seja amado." 2 Cor 12,14b-15
Devemos, portanto, retribuir o amor de Deus com grandeza de espírito, como, logo no início da Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo, ele diz do Santo Paráclito: "Pois Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de força, de amor e de moderação." 2 Tm 1,7
Devemos, portanto, retribuir o amor de Deus com grandeza de espírito, como, logo no início da Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo, ele diz do Santo Paráclito: "Pois Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de força, de amor e de moderação." 2 Tm 1,7
Mas se errarmos, sabemos que há esperança. Pois firmando a promessa da Nova Aliança, Deus disse através de Isaías ao povo de Israel: "'Mesmo que as montanhas oscilassem e as colinas se abalassem, jamais Meu amor te abandonará e jamais Meu pacto de Paz vacilará,' diz o Senhor, que Se compadeceu de ti." Is 54,9-10
E para tanto Jesus deixou-nos a Igreja, que deve ser Nossa Casa, onde somos purificados de nossas faltas. Das revelações que recebeu de Jesus, o Amado Discípulo, em seus últimos anos, rende graças "Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados em Seu Sangue e que de nós fez um Reino de Sacerdotes para Deus e Seu Pai, Glória e poder pelos séculos dos séculos! Amém." Ap 1,5b-6
E para tanto Jesus deixou-nos a Igreja, que deve ser Nossa Casa, onde somos purificados de nossas faltas. Das revelações que recebeu de Jesus, o Amado Discípulo, em seus últimos anos, rende graças "Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados em Seu Sangue e que de nós fez um Reino de Sacerdotes para Deus e Seu Pai, Glória e poder pelos séculos dos séculos! Amém." Ap 1,5b-6
Pois, de fato, Deus é movido por Seu amor, como São Paulo afirma: "... Deus, que é rico em Misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou..." Ef 2,4
E São João Evangelista, falando pelos cristãos de então, atesta que Seu amor é verdadeiro: "E nós, que cremos, reconhecemos o amor que Deus tem para conosco." 1 Jo 4,16
Ele explica tal amor, assim como nossa Redenção, com essas palavras: "Assim foi que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou Seu Único Filho ao mundo, para que por meio d'Ele tenhamos a Vida. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou Seu Filho como oferenda de expiação por nossos pecados. Caríssimos, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros." 1 Jo 4,9-11
Sempre sob inspiração do Divino Paráclito, o Apóstolo dos Gentios diz algo muito parecido: "Mas eis aqui uma brilhante prova de amor de Deus por nós: quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós. Se, quando ainda éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por Sua Vida." Rm 5,8-10
E cheio de fé, arremata: "Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura poderá apartar-nos do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, Nosso Senhor." Rm 8,38-39
Por isso, na Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, ele deseja-nos as maiores bençãos: "Que o Senhor dirija vossos corações para Seu amor e para paciência de Cristo." 2 Ts 3,5
E a Carta de São Judas, de olhos na eternidade, recomenda que perseveremos neste que é o maior dos divinos dons: "Conservai-vos no amor de Deus, aguardando a Misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo, para a Vida Eterna." Jd 21
Mas cabe a pergunta: como poderíamos perseverar no amor de Deus? São João Apóstolo dá-nos uma breve, simples, mas preciosa sugestão: "Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, nele não está o amor do Pai." 1 Jo 2,15
Também diz: "Quem possuir bens deste mundo e vir seu irmão sofrer necessidade, mas fechar-lhe seu coração, como pode estar nele o amor de Deus?" 1 Jo 3,17
Ora, como invocaria Jesus, o Pai, em nome de Seu amor, desde o Livro do Levítico já nos havia recomendado: "Amarás teu próximo como a ti mesmo." Lv 19,18
Também diz: "Quem possuir bens deste mundo e vir seu irmão sofrer necessidade, mas fechar-lhe seu coração, como pode estar nele o amor de Deus?" 1 Jo 3,17
Ora, como invocaria Jesus, o Pai, em nome de Seu amor, desde o Livro do Levítico já nos havia recomendado: "Amarás teu próximo como a ti mesmo." Lv 19,18
Portanto, há muito temos da parte de Deus essa determinação. E é pela obediência que perceberemos as benesses de Seu amor em nossas vidas, como São João diz: "Aquele, porém, que guarda Sua Palavra, n'Ele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito." 1 Jo 2,5
Por fim, numa síntese ainda mais concisa, ele registra: "Eis o amor a Deus: que guardemos Seus Mandamentos." 1 Jo 5,3
E enternecido, exclama: "Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus! E, de fato, nós somos! Por isso, o mundo não nos conhece, porque não O conheceu." 1 Jo 3,1
É pela beleza e profundidade de frases como essas que uma exortação de São Paulo aos coríntios se tornou a saudação de acolhida na Santa Missa: "A Graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a Comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!" 2 Cor 13,13
E, por isso, o Eclesiástico recomenda com pertinência: "... ama a Deus durante toda tua vida, e invoca-O para tua Salvação." Eclo 13,18
"Por amor, enviaste-nos Vosso Filho!"
"Por amor, enviaste-nos Vosso Filho!"