No dia 28 de novembro de 1981, na localidade de Kibeho, em Ruanda, país africano, às 12:35 no refeitório de uma secundária escola católica, Alphonsine Mumureke, de 17 anos, ao dia encarregada de conduzir as orações, ouviu uma voz:
- Minha filha!
Ela dirigiu-se ao corredor do edifício, de onde vinha a voz, e encontrou uma Linda Senhora toda de branco, com um véu em torno do pescoço, e as mãos juntas sobre o peito em oração. Maravilhada, Alphonsine perguntou-lhe:
- Quem é a Senhora?
- Sou a Mãe do Verbo, respondeu ela na língua nativa.
Em seguida, a Santíssima Virgem perguntou a Alphonsine:
- O que tu procuras na religião?
Alphonsine respondeu com sinceridade e simplicidade, mas em memorável testemunho:
- Amo a Deus e Sua Mãe, que nos deu um Filho que nos salva!
- É por isso, disse Nossa Senhora, que venho tranquilizar-te, pois ouvi tuas preces. Eu gostaria que tuas colegas tivessem mais fé, pois elas não creem o bastante.
- Mãe do Salvador!, exclamou Alphonsine, que só então reconheceu que se tratava de Maria Santíssima. Se verdadeiramente é a Senhora, e a Senhora que vem dizer que em nossa escola temos pouca fé, é porque nos ama!
E assim várias outras aparições ocorreram na escola, despertando diversas reações, favoráveis e contrárias. Muitas pessoas zombavam de Alphonsine, mas ela manteve-se firme. E com o tempo, manifestou e realizou o desejo de tornar-se freira, vendo numerosas aparições até 1989.
Em 12 de Janeiro de 1982, Nathalie Mukamazinpaka também teve a Graça de ver as aparições. E delas participou até 3 de dezembro de 1983. Mas através desta vidente as mensagens da Rainha do Céu já eram uma queixa à comunidade católica, que apenas se mostrava curiosa para com as visões: "Eu falo convosco, mas vós não Me ouvis. Eu quero levantar-vos, mas vós permaneceis caídos. Eu chamo-vos, mas vós fazeis moucos ouvidos. Quando vós ireis fazer o que vos peço? Vós ficais indiferente a todos meus apelos. Quando ireis entender? Quando ireis vos interessar pelo o que eu quero dizer-vos? Eu dou-vos sinais, mas vós permaneceis incrédulos. Quanto tempo vós ireis fazer moucos ouvidos aos meus Apelos?"
Em 2 de março de 1982, Marie-Claire Mukangango, uma auxiliar do Bispo de Butare, ela que perseguia as duas videntes, foi igualmente favorecida com as aparições da Mãe do Céu, e viu várias até 15 de setembro de 1982. Numa destas, Nossa Senhora disse-lhe: "Quando falo contigo, não estou dirigindo-me só a ti. Mas estou fazendo um apelo a todo mundo." Ela narrou que Maria descrevia o mundo como estando 'em revolta' contra Deus, e ouviu essa recomendação: "O que Eu vos peço é arrependimento. Se vós recitardes este Terço, meditando-o, então tereis a força para arrependerdes-vos. Hoje, muitas pessoas não mais sabem como pedir perdão. Novamente pregam o Filho de Deus na Cruz. Por isso, eu queria vir e relembrar-vos, especialmente em Ruanda, porque aqui ainda encontrei humilde gente, que não está ligada à riqueza e ao dinheiro."
Em 4 de agosto de 1982, Agnès Kamagaju, mais jovem de oito irmãos, à época aos 22 anos de idade, do mesmo modo passou a ver as aparições, privilégio que teve até 29 de agosto de 1983, incluindo aparições do próprio Senhor Jesus.
E assim, com tantos testemunhos, tantas conversões e tantas Graças alcançadas, a aceitação do fato sobrenatural era quase total na região.
Ao final, em Kibeho, vinte pessoas disseram ter visto a Mãe de Jesus, e ao menos mais dez em outras partes do país. Os principais videntes, porém, foram: Alphonsine, Nathalie, Marie-Claire, Agnès, Emmanuel Segatashaya, Vestine Salima, Stéphanie Mukamurenzi, Valentine Nyiramukiza, Bernadette Mukantabana e Elisabeth Yankurije.
A Virgem Santíssima aconselhou Alphonsine e demais videntes a saírem de Ruanda antes do início dos massacres. Mas Emmanuel morreu, mesmo longe de Kigali, e Marie-Claire foi morta com o marido no povoado de Byumba. Em aparição de fevereiro de 1994, Nossa Senhora preparou Agnès, em particular, para os dolorosos eventos que estavam por vir: seus pais seriam assassinados em Kibeho, como posteriormente ocorreu. Alphonsine, Nathalie e Agnès sobreviveram.
Como em todas aparições, em Kibeho mostrou Nossa Senhora sobrenaturais eventos:
- Os milagres solares, como vistos na Aparição de Fátima, aconteceram algumas vezes: o sol deslocava-se para os lados e também na vertical; listras vermelhas e brancas surgiam em sua superfície; ficava azulado e era possível fitá-la por longos minutos, a olho nu.
- O céu do povoado pintava-se de coloridos raios. À noite, as estrelas também se moviam com rapidez, como se dançassem, desapareciam, e no lugar delas viam-se luminosas cruzes.
- Minha filha!
Ela dirigiu-se ao corredor do edifício, de onde vinha a voz, e encontrou uma Linda Senhora toda de branco, com um véu em torno do pescoço, e as mãos juntas sobre o peito em oração. Maravilhada, Alphonsine perguntou-lhe:
- Quem é a Senhora?
- Sou a Mãe do Verbo, respondeu ela na língua nativa.
Em seguida, a Santíssima Virgem perguntou a Alphonsine:
- O que tu procuras na religião?
Alphonsine respondeu com sinceridade e simplicidade, mas em memorável testemunho:
- Amo a Deus e Sua Mãe, que nos deu um Filho que nos salva!
- É por isso, disse Nossa Senhora, que venho tranquilizar-te, pois ouvi tuas preces. Eu gostaria que tuas colegas tivessem mais fé, pois elas não creem o bastante.
- Mãe do Salvador!, exclamou Alphonsine, que só então reconheceu que se tratava de Maria Santíssima. Se verdadeiramente é a Senhora, e a Senhora que vem dizer que em nossa escola temos pouca fé, é porque nos ama!
E assim, com tantos testemunhos, tantas conversões e tantas Graças alcançadas, a aceitação do fato sobrenatural era quase total na região.
A capital de Ruanda, Kigali, fica a 50 quilômetros de Butare, que é a segunda maior cidade e sede da arquidiocese católica do povoado de Kibeho, onde as irmãs de caridade ruandesas Benebekira têm vários prédios escolares.
Mais densamente povoado país da África em 1978, metade dos ruandeses era fiel às suas antigas e animistas crenças. Na outra metade, a maioria era de cristãos, 52% católicos, e os demais dividiam-se entre protestantes, boa parte adventista, e muçulmanos.
Particularmente, Alphonsine contou que a Nossa Senhora chorava pela iminência de um terrível castigo, àquela data quase impossível evitar. Com ela, Agnès e Nathalie, além de caírem por terra como mortas, foram vistas tremendo e batendo os dentes de pavor. Disseram ter visto 'um rio de sangue, pessoas que se matavam umas às outras, cadáveres abandonados sem alguém que os enterrasse, uma árvore toda em fogo, um abismo escancarado, um monstro, cabeças decapitadas.' E contaram ter ouvido dos lábios da Mãe de Deus: "Os pecados são mais numerosos que as gotas do mar. O mundo corre em direção à ruína. O mundo está cada vez pior."
Nesse dia, aproximadamente 15 mil de pessoas estavam no local da aparição. Todos viram um sinal que se movia no céu: estrelas ao meio-dia no céu africano, como se fosse noite, quando estava plenamente iluminado pelo sol. E todos daí saíram com uma grande sensação de medo e tristeza.
Emmanuel Segatashaya, em resumo, disse que Nossa Senhora falava de arrependimento e preparação para a Definitiva Volta de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele não era cristão quando, num campo de feijão, teve uma visão de Jesus, que em várias aparições lhe ensinou o Pai Nosso, como rezar o Santo Rosário e muitos outros detalhes sobre a Sã Doutrina, ou seja, uma completa e privilegiadíssima catequese. Ele testemunhou: "O Senhor ensinou-me o valor do sofrimento, unido à Sua dor, para oferecer pela Salvação do mundo. Jesus disse-me que devemos mudar nossas vidas e não pecar. Orar, preparando-nos para nossa própria morte e para o fim do mundo. Todos nós devemos purificar nossos corações do ódio e do pecado, rezando sinceramente o Ato de Contrição. Confessar nossos pecados é um bom caminho para começar a limpar nossas almas, e prepararmo-nos para o encontro com Cristo."
A última aparição de Kibeho, em 28 de novembro de 1989, ocorreu exatamente oito anos após a primeira. E como os desentendimentos políticos não diminuíam, Nossa Senhora mandou um recado aos líderes da nação através de Marie-Claire: "Eu falo a vós que sois os detentores do poder, e que representais a nação: salvem o povo, em vez de serem seus algozes. Não roubem o povo; compartilhai com os outros. Tende cuidado para não perseguirdes, para não amordaçardes aqueles que querem denunciar vossos erros. Eu digo-vos, eu repito, façais o que fizerdes, mesmo que vós tenteis de tudo para prejudicar alguém, vós nada podeis fazer contra Jesus. Porque Ele ama seus semelhantes, defende os direitos humanos, luta pelo respeito da vida dos outros, pela Verdade e por tudo que é bom, e também porque Ele luta para que Deus possa ser amado e respeitado."
Providente, o Bispo de Butare, sede da diocese, constituiu duas comissões para monitorar os acontecimentos que envolviam as aparições: médica, para acompanhar os videntes, e teológica, para analisar as mensagens. Uma igreja maior até foi construída no local das aparições, tornando-se ponto de peregrinações. Preocupado com os avisos e com as visões que Nossa Senhora manifestou, o próprio Papa São João Paulo II visitou Ruanda em 1990, quando exortou o país a voltar-se à Virgem Maria como uma "simples e segura Guia", bem como a orar com maior empenho e penitenciar-se contra divisões locais, políticas e étnicas.
Mas infelizmente não se deu a conversão que Nossa Senhora pedia, e menos de cinco anos depois, entre abril e junho de 1994, veio o castigo: uma onda de massacres varreu o país. Explodiu o ódio que era cultivado entre as principais tribos: os hutus e os tutsis. Com a morte do presidente em um atentado, 30 mil membros de seu partido iniciaram uma brutal perseguição. A meta, na prática, era o extermínio dos tutsis: cada hutu deveria matar pelo menos um tutsi do sexo masculino de 6 a 90 anos, e depois exibir a cabeça como prova.
Aldeias inteiras foram massacradas, a maioria das vítimas mortas a machadadas. O rio Kagera, onde os corpos eram lançados, ficou conhecido como o rio de sangue. Tão grande era a poluição de cadáveres de tutsis, mas também de hutus, que veio a dizimar os peixes na margem ruandense do grande lago de Kivu. Centenas de milhares de refugiados buscaram países vizinhos.
Ao decorrer de três meses, porém, centenas de milhares de pessoas foram brutalmente assassinadas. O exato número ainda é controverso. Fala-se em 250 mil, mas há levantamentos que chegam a 1 milhão, o que seria quase um quarto da população do país. A mais provável cifra está em torno de 800 mil mortos, ou seja 70% da população tutsi. Uma abjeta carnificina, de longe classificada como o maior genocídio africano de todos tempos.
Muitos países e as Nações Unidas enviaram socorro e grande quantidade de alimentos e remédios, embora sempre insuficientes para um hecatombe daquelas proporções. Milhares de feridos viriam a morrer nos próprios campos de refugiados, principalmente crianças que aí já chegavam em avançado quadro de desnutrição ou desidratação.
Mas, como visto, os avisos de Maria Santíssima não se encerraram nos acontecimentos de Kibeho. A Grande Tribulação, por incrível que pareça, certamente ainda está por vir: "Venho ao mundo para preparar o caminho de Meu Filho, pelo bem de vós, mas vós não quereis entender. Pois o tempo que temos é muito curto e vós estais distraídos com coisas desse mundo, que são passageiras. Tenho visto extraviarem-se muitos de meus filhos, e por isso vim para ensinar-lhes o verdadeiro caminho!"
De fato, a pergunta que fica é: só em Ruanda cometia-se pecados? Lá estavam os mais graves de então? Que dizer da pedofilia, da cultura e da máfia gay dentro da própria Igreja? Que dizer das legislações abortistas, do 'casamento' homossexual e das 'igrejas e sacerdotes gays' por todo mundo? Até quando poderemos contar com a Divina Misericórdia? Até quando será aplacada a ira de Deus? Com que rigor essas abominações serão punidas? Sabemos apenas que Sua mão começará a pesar sobre a Igreja, como disse São Pedro: "Porque vem o momento em que se começará o Julgamento pela Casa de Deus." 1 Pd 4,17a
Ainda em Kibeho, a Imaculada Virgem advertiu de outro calamitoso desastre: a promiscuidade sexual! Sem dúvida, em 1994 a África possuía 70% das vítimas de AIDS de todo mundo, com 25 milhões de infectados. Vilas inteiras desapareceriam! Nossa Senhora pedia a Marie-Claire: "Arrependei-vos! Arrependei-vos! Arrependei-vos! Os homens dessa época esvaziaram cada coisa de seu verdadeiro sentido. Pecam, porém não mais reconhecem que agem injustamente."
Mais densamente povoado país da África em 1978, metade dos ruandeses era fiel às suas antigas e animistas crenças. Na outra metade, a maioria era de cristãos, 52% católicos, e os demais dividiam-se entre protestantes, boa parte adventista, e muçulmanos.
Não era uma nação pacificada antes das aparições, nem mesmo em questões religiosas. Pouco antes, houve uma onda de destruições de imagens, insuflada por protestantes e muçulmanos. Por isso, Nossa Senhora pedia orações, renúncia ao pecado, arrependimento e Confissão. E entre as revelações que fazia, em terríveis visões mostrou as consequências do pecado.
Na aparição ocorrida em 15 de agosto de 1982, que durou oito horas, Nossa Senhora estava chorando, o que muito comoveu as videntes. E por tão assombrosas revelações que fez, por mais de uma vez as videntes desmaiaram. Segundo as jovens, entre vários assuntos que tratou, a Santíssima Virgem também se mostrou triste, contrariada, e até verdadeiramente encolerizada.
Particularmente, Alphonsine contou que a Nossa Senhora chorava pela iminência de um terrível castigo, àquela data quase impossível evitar. Com ela, Agnès e Nathalie, além de caírem por terra como mortas, foram vistas tremendo e batendo os dentes de pavor. Disseram ter visto 'um rio de sangue, pessoas que se matavam umas às outras, cadáveres abandonados sem alguém que os enterrasse, uma árvore toda em fogo, um abismo escancarado, um monstro, cabeças decapitadas.' E contaram ter ouvido dos lábios da Mãe de Deus: "Os pecados são mais numerosos que as gotas do mar. O mundo corre em direção à ruína. O mundo está cada vez pior."
Nesse dia, aproximadamente 15 mil de pessoas estavam no local da aparição. Todos viram um sinal que se movia no céu: estrelas ao meio-dia no céu africano, como se fosse noite, quando estava plenamente iluminado pelo sol. E todos daí saíram com uma grande sensação de medo e tristeza.
A última aparição de Kibeho, em 28 de novembro de 1989, ocorreu exatamente oito anos após a primeira. E como os desentendimentos políticos não diminuíam, Nossa Senhora mandou um recado aos líderes da nação através de Marie-Claire: "Eu falo a vós que sois os detentores do poder, e que representais a nação: salvem o povo, em vez de serem seus algozes. Não roubem o povo; compartilhai com os outros. Tende cuidado para não perseguirdes, para não amordaçardes aqueles que querem denunciar vossos erros. Eu digo-vos, eu repito, façais o que fizerdes, mesmo que vós tenteis de tudo para prejudicar alguém, vós nada podeis fazer contra Jesus. Porque Ele ama seus semelhantes, defende os direitos humanos, luta pelo respeito da vida dos outros, pela Verdade e por tudo que é bom, e também porque Ele luta para que Deus possa ser amado e respeitado."
Providente, o Bispo de Butare, sede da diocese, constituiu duas comissões para monitorar os acontecimentos que envolviam as aparições: médica, para acompanhar os videntes, e teológica, para analisar as mensagens. Uma igreja maior até foi construída no local das aparições, tornando-se ponto de peregrinações. Preocupado com os avisos e com as visões que Nossa Senhora manifestou, o próprio Papa São João Paulo II visitou Ruanda em 1990, quando exortou o país a voltar-se à Virgem Maria como uma "simples e segura Guia", bem como a orar com maior empenho e penitenciar-se contra divisões locais, políticas e étnicas.
Mas infelizmente não se deu a conversão que Nossa Senhora pedia, e menos de cinco anos depois, entre abril e junho de 1994, veio o castigo: uma onda de massacres varreu o país. Explodiu o ódio que era cultivado entre as principais tribos: os hutus e os tutsis. Com a morte do presidente em um atentado, 30 mil membros de seu partido iniciaram uma brutal perseguição. A meta, na prática, era o extermínio dos tutsis: cada hutu deveria matar pelo menos um tutsi do sexo masculino de 6 a 90 anos, e depois exibir a cabeça como prova.
Aldeias inteiras foram massacradas, a maioria das vítimas mortas a machadadas. O rio Kagera, onde os corpos eram lançados, ficou conhecido como o rio de sangue. Tão grande era a poluição de cadáveres de tutsis, mas também de hutus, que veio a dizimar os peixes na margem ruandense do grande lago de Kivu. Centenas de milhares de refugiados buscaram países vizinhos.
Cidades, povoados e aldeias viraram terra arrasada, pois suas casas, plantações e árvores eram queimadas. Dezenas de milhares de corpos restaram insepultos. Todos principais rios ficaram fétidos com a absurda quantidade de corpos jogados ao leito. Quem, sem opção, bebia da água, morria de febre. Estes fatos bem lembram as revelações do Apocalipse, quando o anjo derrama a terceira taça da ira de Deus: "O terceiro derramou sua taça sobre os rios e as fontes das águas, e transformaram-se em sangue. Ouvi, então, o anjo das águas dizer: 'Tu és justo, Tu que és e que eras o Santo, que assim julgas. Porque eles derramaram o sangue dos Santos e dos Profetas, Tu lhes deste também sangue para beber. Eles merecem-no!'"Ap 16,4-6
O maior acampamento de refugiados estava na própria Kibeho, pois numa terra já traumatizada por muitas matanças, as igrejas eram consideradas refúgios, onde as pessoas se protegiam das carnificinas. Mas a ira que se viu nada tinha de apenas natural: no dia 14 de abril de 1994, 4 mil tutsis, que se abrigavam na igreja dedicada à aparição Nossa Senhora, foram cercados por milicianos hutus e assassinados por explosões de granadas. Os que sobreviviam acabavam mortos a machadadas no interior do templo, cujos escombros em seguida foram incendiados. Como consolação, os videntes que sobreviveram evocaram as palavras de ouviram da Mãe do Céu: "Aqueles que me procuram, encontrá-me-ão! Eu venho não somente para Kibeho, nem apenas para o diocese de Butare ou somente para Ruanda... mas para o mundo inteiro."Ao decorrer de três meses, porém, centenas de milhares de pessoas foram brutalmente assassinadas. O exato número ainda é controverso. Fala-se em 250 mil, mas há levantamentos que chegam a 1 milhão, o que seria quase um quarto da população do país. A mais provável cifra está em torno de 800 mil mortos, ou seja 70% da população tutsi. Uma abjeta carnificina, de longe classificada como o maior genocídio africano de todos tempos.
Muitos países e as Nações Unidas enviaram socorro e grande quantidade de alimentos e remédios, embora sempre insuficientes para um hecatombe daquelas proporções. Milhares de feridos viriam a morrer nos próprios campos de refugiados, principalmente crianças que aí já chegavam em avançado quadro de desnutrição ou desidratação.
Mas, como visto, os avisos de Maria Santíssima não se encerraram nos acontecimentos de Kibeho. A Grande Tribulação, por incrível que pareça, certamente ainda está por vir: "Venho ao mundo para preparar o caminho de Meu Filho, pelo bem de vós, mas vós não quereis entender. Pois o tempo que temos é muito curto e vós estais distraídos com coisas desse mundo, que são passageiras. Tenho visto extraviarem-se muitos de meus filhos, e por isso vim para ensinar-lhes o verdadeiro caminho!"
De fato, a pergunta que fica é: só em Ruanda cometia-se pecados? Lá estavam os mais graves de então? Que dizer da pedofilia, da cultura e da máfia gay dentro da própria Igreja? Que dizer das legislações abortistas, do 'casamento' homossexual e das 'igrejas e sacerdotes gays' por todo mundo? Até quando poderemos contar com a Divina Misericórdia? Até quando será aplacada a ira de Deus? Com que rigor essas abominações serão punidas? Sabemos apenas que Sua mão começará a pesar sobre a Igreja, como disse São Pedro: "Porque vem o momento em que se começará o Julgamento pela Casa de Deus." 1 Pd 4,17a
Ainda em Kibeho, a Imaculada Virgem advertiu de outro calamitoso desastre: a promiscuidade sexual! Sem dúvida, em 1994 a África possuía 70% das vítimas de AIDS de todo mundo, com 25 milhões de infectados. Vilas inteiras desapareceriam! Nossa Senhora pedia a Marie-Claire: "Arrependei-vos! Arrependei-vos! Arrependei-vos! Os homens dessa época esvaziaram cada coisa de seu verdadeiro sentido. Pecam, porém não mais reconhecem que agem injustamente."
Em Medjugorje, outra vidente de Maria Santíssima, Ivanka, nas visões do dia 25 de junho de 1993 relatou os horríveis eventos que aconteceriam em Ruanda. Nossa Senhora havia-lhe dito que logo começariam, mas ainda então poderiam ser evitados ou ao menos amenizados com as orações de pessoas de todo mundo. Não foi o que se viu, porém.
Absolutamente chocadas, uma das razões que fizeram as autoridades eclesiásticas reconhecerem as aparições de Kibeho foi a antecipação, em visões, do genocídio em Ruanda, dadas em 19 de agosto de 1982.
- Os milagres solares, como vistos na Aparição de Fátima, aconteceram algumas vezes: o sol deslocava-se para os lados e também na vertical; listras vermelhas e brancas surgiam em sua superfície; ficava azulado e era possível fitá-la por longos minutos, a olho nu.
- O céu do povoado pintava-se de coloridos raios. À noite, as estrelas também se moviam com rapidez, como se dançassem, desapareciam, e no lugar delas viam-se luminosas cruzes.
- A região de Kibeho não possuía farta ou sequer mínima vegetação, o solo era quase deserto, rochoso, muito quente e seco, contava com pouquíssima chuva. Em uma das aparições de agosto de 1982, Nossa Senhora perguntou:
- Porque não me pediram chuva?
Nathalie respondeu:
Nathalie respondeu:
- A senhora disse que daria conforme sua vontade e quando quisesse.
Nossa Mãe concluiu:
- E agora vou dar-lhes uma chuva de consagração!
Algum tempo depois, torrencialmente choveu, e as milhares de pessoas presente caíam de joelhos agradecendo e louvando a Deus por tão grande Graça.
Algum tempo depois, torrencialmente choveu, e as milhares de pessoas presente caíam de joelhos agradecendo e louvando a Deus por tão grande Graça.
Em agosto dificilmente chovia. A água de tão inesperada chuva foi prontamente armazenada em todo tipo de vasilhame e depósitos disponíveis. Com o passar do tempo, essa água foi sendo utilizada e realizou muitas curas.
De Nossa Senhora, conta-se mais de 400 aparições no século passado, mas apenas 12 delas foram reconhecidas pelo Vaticano ou por locais bispos. O reconhecimento de Kibeho deu-se em 29 de junho de 2001 pelo Bispo Augustine Misago, em missa na Catedral de Gikongoro, onde estavam os demais bispos do país e o Núncio Apostólico em Kigali, Mons. Salvatore Pennacchio. No mesmo dia, o Vaticano publicou a notícia da aprovação.
Em 2006, doze anos após o genocídio que se deu no país, 56,5% da população diziam-se católicos, 37,1% protestantes, 11,3% deles adventista, e 4,6% muçulmanos.
A igreja em que aconteceu o massacre foi reconstruída.
E em honra das aparições e das vítimas, foi erguido o Santuário de Nossa Senhora das Dores.
"Nossa Senhora de Kibeho, rogai por nós!"
Em 2006, doze anos após o genocídio que se deu no país, 56,5% da população diziam-se católicos, 37,1% protestantes, 11,3% deles adventista, e 4,6% muçulmanos.
A igreja em que aconteceu o massacre foi reconstruída.