Quando a intensificação do comércio começava a enriquecer Europa, Ciara Scifi, nascida a 16 de julho de 1194, na comuna de Assis, província de Perúgia, região de Úmbria, centro de Itália, aos 17 anos de idade conheceu São Francisco, que já tinha 29, e também foi tomada pelo carisma de abraçar a santa pobreza. Seus pais, Conde Favarone di Offreduccio degli Scifi e Ortolana Fiumi, muito devota católica, eram nobres e bem mais ricos que os dele, e como mulher foi muito mais difícil sair de casa contra a vontade do pai. Após completar 18 anos, porém, no Domingo de Ramos de 1212, ela fugiu na calada da noite para um lugar combinado com São Francisco e outros frades.
Em seguida, foram à Porciúncula, uma pequena igreja fora da cidade de Assis, uma obra de eremitas cristãos do século IV, vindos da Palestina, que foi adotada por São Bento e seus monges no ano de 576, e agora estava sendo assumida pelos franciscanos. Lá, o Poverello (que quer dizer 'pobrezinho', apelido de São Francisco) cortou-lhe os belos cabelos e deu-lhe um manto de linho cru, em sinal de consagração a Deus e de comunhão com os pobres.
Já desde pequena, a exemplo de sua mãe, era muito caridosa com os mais necessitados, mas também desprezava a boa comida e se vestia mal, aos olhos de sua classe social, preferindo um fino e durável tecido de lã, chamado stamigna. Realmente muito identificada com as pessoas mais modestas, nunca entendeu a separação entre aqueles que tudo têm, como era sua família, e o povo que nada tinha e ainda vivia trabalhando para dar mais aos abastados.
Já desde pequena, a exemplo de sua mãe, era muito caridosa com os mais necessitados, mas também desprezava a boa comida e se vestia mal, aos olhos de sua classe social, preferindo um fino e durável tecido de lã, chamado stamigna. Realmente muito identificada com as pessoas mais modestas, nunca entendeu a separação entre aqueles que tudo têm, como era sua família, e o povo que nada tinha e ainda vivia trabalhando para dar mais aos abastados.
Era recatada, mas independente e destemida. Num tempo em que as peregrinações eram devoção muito popular, preferia a contemplação, inclusive em casa mesmo, onde se dedicava à oração. Um primo seu, Rufino, que havia seguido São Francisco desde sua conversão e se tornou frade, foi provavelmente quem contou ao Santo de Assis sobre expressivas obras de caridade de Santa Clara. E também deve ter sido por obra de Rufino que nossa Santa foi apresentada a São Francisco, quando pela primeira vez ele lhe falou de sua visão de vida inspirada no Evangelho.
Seu pai, portanto, bem suspeitou para onde ela havia fugido. Acompanhado de parentes e de seus guardas, foram até à Porciúncula na certeza de que aquela 'pueril menina' tinha sido enfeitiçada pelo 'maluco' de Assis e sua trupe de 'irresponsáveis'.
Em 1253, já bem enfraquecida, frequentemente era visitada pelo alto clero. Todos queriam conhecer a Santa irmã de São Francisco de Assis e pedir-lhe conselhos. Ela aproveitou para pedir e receber do Papa Inocêncio IV, em duas ocasiões, o Sacramento da absolvição dos pecados. Ele, que ia visitá-la para inspirar-se em sua santidade, comentou: "Quisera Deus que eu necessitasse de tão pouco perdão."
O lugar onde ficava a casa que Santa Clara nasceu e passou a primeira juventude, ao lado da Catedral de São Rufino em Assis, é conhecido e preservado.
Porém não a encontrou aí. Ao saber que São Francisco e seus seguidores se tinham dirigido com tochas acessas ao Mosteiro de São Paulo das Abadessas, na comuna de Bastia Umbra, da ordem das beneditinas que viviam em clausura, rapidamente pôs-se a caminho. Quando lá chegou, disposto a levá-la de qualquer forma para casa, valeu-se de bajulação, promessas, ameaças de conspiração e até a ímpetos de violência para dissuadi-la 'daquela vida' que queria levar, mas ela não desistia. Resistiu até mesmo quando ele e seus parentes tentaram levá-la à força, agarrando-se à mesa.
Foi quando ela descobriu a cabeça, de cabelos curtos, revelando seu estado de penitência. Aí eles entenderam que ela não estava mais sob a jurisdição de sua família. De fato, os penitentes, que entre outros votos adotavam o de cortar os cabelos, tinham a proteção da Santa Igreja Católica contra possível oposição de seus familiares. E vendo-a vestida com o hábito, coube a São Francisco, tanto para confortar seu pai como para definitivamente demovê-lo da intenção de levá-la de volta, apresentá-la como esposa de Cristo.
Com essa atitude, Santa Clara não só abria mão de um casamento planejado pela família como também, ao converter-se, abdicava de seu expressivo dote, e assim renegava sua condição nobre. Foi uma decisão séria e difícil, pois sem dote ela não podia mais tornar-se uma freira de coro, educada e dedicada ao ensino de literatura em ofícios litúrgicos. Se seus planos falhassem, como opção haveria de tornar-se uma freira 'serva', designada para manuais e braçais trabalhos. Seria uma vergonha para sua família e amigos.
Dias mais tarde, ela foi conduzida para o Convento de Panzo, também das beneditinas. Mas sua decisão não teria sido mal pensada. Deve ter sido gestada por algum tempo, no seio da intimidade e da cumplicidade de suas irmãs, pois dezesseis dias depois da fuga de casa, sua mais nova irmã, Inês, que também foi canonizada, iria juntar-se a ela, e com ela já estava quando partiram para Panzo. Assim também faria, passados alguns anos, sua irmã Beatriz, e ainda sua mãe Ortolana, após enviuvar. Significante detalhe: ambas irmãs tiveram seus cabelos cortados por Santa Clara, como num 'rito' para valorizar seu 'batismo' por São Francisco.
A pedido de Santa Clara, o Poverello criou uma nova regra para ela e outras seguidoras que pretendiam viver a verdadeira e completa pobreza, exatamente ao modo dos 'frades menores', como ele quis que seus seguidores fossem chamados. Para tanto, levou-as às cercanias de Assis, a uma casa junto à Igreja de São Damião, onde a imagem do Cristo Crucificado lhe havia falado. Depois lhes trouxe a regra que seria a Ordem das Damas Pobres, mais tarde chamadas de 'Pobres Claras' e depois de 'Clarissas', em homenagens a Santa Clara, ou ainda a Ordem Segunda de São Francisco.
Dessa casa, Santa Clara não mais sairá. Vai praticar tão rigorosas penitências que São Francisco vai obrigá-la a comer ao menos um pão por dia, nos três que ficava de jejum toda semana. Vivia para adorar o Santíssimo Sacramento, para a oração e para tratar de enfermos. Abstinha-se totalmente de carne, dormia sobre ramos de videira e usava um feixe de lenha como travesseiro.
São Francisco afastava-se cada vez mais delas, por causa do carinho que lhe devotavam. Achava que não merecia e que as tirava da oração. Depois de muitos apelos, ele aceitou ir lá e fazer-lhes uma pregação. Entrou na Igreja de São Damião, rezou bastante em voz baixa, olhando ora para o altar ora para cima, e depois lhes pediu cinzas. Com elas fez um círculo a sua volta, como para não contaminar o ambiente retendo para si suas concupiscências, pôs o resto sobre a cabeça e recitou o Salmo 50, da penitência. Demonstrando assim, emblematicamente, sua luta contra o Mal, apresentava-se como um grande pecador.
Em 1224, ele traria em si os estigmas de Cristo, que o fariam ainda mais recolher-se para evitar a veneração e a curiosidade popular. Em 1225, mesmo ano em que as monjas de Santo Apolinário adotaram a regra das Clarissas, gravemente doente, mas sem querer renegar o dom da vida, com toda humildade ele vai à casa de Santa Clara e pede para ser tratado como um simples enfermo. Depois de uma ligeira melhora, porém, novamente partiu. Seria o último encontro desses formidáveis filhos de Deus. Em 1226, morre São Francisco.
Santa Clara trocou intensa correspondência com o Papa Gregório IX, porque não queria aceitar a propriedade que ele tentava doar a ela ou a sua irmã, Santa Inês de Assis, para uso da congregação que formavam. Também escreveu a definitiva Regra da Ordem das Irmãs Pobres, na verdade uma adaptação da Regra Bulada, acrescentando alguns detalhes à deixada por São Francisco. Falava estritamente o necessário, para não dar ocasião aos pecados que se manifestam nas palavras. Ao chegar a sua presença, todos sentiam que estavam diante de uma Santa. E com razão, pois ao bastar-se com as pequenas esmolas que lhe doava o povo, elas multiplicavam-se em suas mãos a ponto das demais irmãs não suportarem o peso quando lhes repassava. E tal fartura era quase toda doada aos mais pobres ou usada para alimentar o enfermos. Curava as enfermidades das irmãs simplesmente fazendo o sinal da Cruz sobre elas.
São Francisco afastava-se cada vez mais delas, por causa do carinho que lhe devotavam. Achava que não merecia e que as tirava da oração. Depois de muitos apelos, ele aceitou ir lá e fazer-lhes uma pregação. Entrou na Igreja de São Damião, rezou bastante em voz baixa, olhando ora para o altar ora para cima, e depois lhes pediu cinzas. Com elas fez um círculo a sua volta, como para não contaminar o ambiente retendo para si suas concupiscências, pôs o resto sobre a cabeça e recitou o Salmo 50, da penitência. Demonstrando assim, emblematicamente, sua luta contra o Mal, apresentava-se como um grande pecador.
Em 1224, ele traria em si os estigmas de Cristo, que o fariam ainda mais recolher-se para evitar a veneração e a curiosidade popular. Em 1225, mesmo ano em que as monjas de Santo Apolinário adotaram a regra das Clarissas, gravemente doente, mas sem querer renegar o dom da vida, com toda humildade ele vai à casa de Santa Clara e pede para ser tratado como um simples enfermo. Depois de uma ligeira melhora, porém, novamente partiu. Seria o último encontro desses formidáveis filhos de Deus. Em 1226, morre São Francisco.
Santa Clara trocou intensa correspondência com o Papa Gregório IX, porque não queria aceitar a propriedade que ele tentava doar a ela ou a sua irmã, Santa Inês de Assis, para uso da congregação que formavam. Também escreveu a definitiva Regra da Ordem das Irmãs Pobres, na verdade uma adaptação da Regra Bulada, acrescentando alguns detalhes à deixada por São Francisco. Falava estritamente o necessário, para não dar ocasião aos pecados que se manifestam nas palavras. Ao chegar a sua presença, todos sentiam que estavam diante de uma Santa. E com razão, pois ao bastar-se com as pequenas esmolas que lhe doava o povo, elas multiplicavam-se em suas mãos a ponto das demais irmãs não suportarem o peso quando lhes repassava. E tal fartura era quase toda doada aos mais pobres ou usada para alimentar o enfermos. Curava as enfermidades das irmãs simplesmente fazendo o sinal da Cruz sobre elas.
Em 1244, quando Frederico II, Sacro-Imperador Romano-Germânico, invadiu Itália, enviou os muçulmanos para tomar a região de Assis. Eles escolheram começar por São Damião, mas ao tentarem invadir a igreja viram dela sair Santa Clara portando o Ostensório com a Hóstia Consagrada. E ela rezou: "Senhor, não entregueis às feras as almas daquelas que Vos servem, e guardai Vossas servas que resgatastes com Vosso precioso Sangue." Eles foram tomados de inexplicável pânico, os cavalos andavam para trás assustados, e terminaram fugindo da região sem sequer tentar invadir a cidade de Assis.
Num Natal, quando esteve muito enferma, não pôde ir assistir à Missa do Galo na Igreja de São Francisco, mas pediu as irmãs que não se detivessem por sua causa: ficaria muito bem sozinha. Mais tarde, quando as irmã voltaram para contar-lhe como havia sido bela a Santa Missa, viram seu rosto inexplicavelmente alegre e radiante. E ela disse-lhes: "Louvai o Senhor, caríssimas irmãs, porque não quis deixar-me só neste lugar. Enquanto vós rezáveis, eu, por Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo e por intercessão de meu pai São Francisco, estive presente em sua igreja e participei de toda celebração, inclusive recebi a Santíssima Comunhão."
Por esse milagre de teletransportação, em 1958 o Papa Pio XII fez dela a Padroeira da televisão e das telecomunicações.
Ela pregava:
Ela pregava:
"Nós tornamo-nos o que amamos, e quem amamos molda o que nos tornamos. Se amamos as coisas, tornamo-nos uma coisa. Se nada amamos, tornamo-nos nada."
"Põe tua mente diante do espelho da eternidade! Põe tua alma no brilho da Glória! E transforma todo teu ser na imagem da própria divindade através da contemplação."
"A imitação não é uma literal imitação de Cristo, mas significa tornar-se a imagem do Amado, uma imagem revelada através da transformação. Isso significa que devemos tornar-nos vasos do compassivo amor de Deus pelos outros."
"Olhai para Ele, considerai-O, contemplai-O, como desejais imitá-Lo."
"Põe tua mente diante do espelho da eternidade! Põe tua alma no brilho da Glória! E transforma todo teu ser na imagem da própria divindade através da contemplação."
"A imitação não é uma literal imitação de Cristo, mas significa tornar-se a imagem do Amado, uma imagem revelada através da transformação. Isso significa que devemos tornar-nos vasos do compassivo amor de Deus pelos outros."
"Olhai para Ele, considerai-O, contemplai-O, como desejais imitá-Lo."
"O Filho de Deus tornou-Se nossa via. E esta, com a palavra e o exemplo, foi-nos indicada e ensinada pelo beato pai nosso Francisco."
"Ama a Deus, serve a Deus. Tudo está nisso."
"Amai totalmente Aquele que Se entregou totalmente por vosso amor."
"Ama a Deus, serve a Deus. Tudo está nisso."
"Amai totalmente Aquele que Se entregou totalmente por vosso amor."
"Amai-vos umas às outras com a caridade de Cristo, e manifestai, em obras, o amor que tendes em vossos corações, para que, movidas por tal exemplo, as irmãs também cresçam no amor de Deus e na caridade umas para com as outras."
"O silêncio é a linguagem de quem ama. É melhor que a palavra humana renuncie e se exprima com afeto. Somente a alma, em sua silenciosa linguagem, consegue fazer o que sentimos."
"O amor que não conhece o sofrimento não é digno desse nome."
"Não se pode desejar ser liberado da cruz quando se é especialmente escolhido para a cruz."
"O amor que não conhece o sofrimento não é digno desse nome."
"Não se pode desejar ser liberado da cruz quando se é especialmente escolhido para a cruz."
"Por amor a Cristo, não há dor que me faça sofrer."
"Jesus é a Ponte entre Aquele que tudo pode e as criaturas que de tudo precisam. Sê tu também uma ponte que liga aqueles que tem de sobra, com aqueles que de tanta coisa sentem falta."
"Se olhares para Deus, o que tanto te preocupa vai parecer insignificante."
"Nosso trabalho aqui é breve, mas a recompensa é eterna. Não seja perturbado pelo clamor do mundo, que passa como uma sombra. Não deixes falsas delícias de um enganoso mundo te iludir."
"Nunca te esqueças de que o caminho que leva ao Céu é estreito; que a porta que leva à Vida é estreita e baixa; que são poucos os que a encontram e entram por ela; e se há alguns que escolhem e trilham o estreito caminho por algum tempo, são muito poucos aqueles que nele perseveram."
"Jesus é a Ponte entre Aquele que tudo pode e as criaturas que de tudo precisam. Sê tu também uma ponte que liga aqueles que tem de sobra, com aqueles que de tanta coisa sentem falta."
"Se olhares para Deus, o que tanto te preocupa vai parecer insignificante."
"Nosso trabalho aqui é breve, mas a recompensa é eterna. Não seja perturbado pelo clamor do mundo, que passa como uma sombra. Não deixes falsas delícias de um enganoso mundo te iludir."
"Nunca te esqueças de que o caminho que leva ao Céu é estreito; que a porta que leva à Vida é estreita e baixa; que são poucos os que a encontram e entram por ela; e se há alguns que escolhem e trilham o estreito caminho por algum tempo, são muito poucos aqueles que nele perseveram."
"Magnífica de verdade e digna de todo louvor é essa troca: refutar os bens da Terra para ter aqueles do Céu, merecer o celestial em vez do terreno, aceitar o cem por um e possuir a beata vida para a eternidade."
"Feliz a alma a quem é dado alcançar esta Vida com Cristo, apegar-se de todo coração Àquele cuja beleza todas hostes celestiais contemplam para sempre, cujo amor inflama nosso amor, cuja contemplação é nosso refrigério, cuja graciosidade é nosso deleite, cuja gentileza nos enche até transbordar, cuja lembrança nos faz resplandecer de felicidade, cuja fragrância revive os mortos, cuja gloriosa visão será a felicidade de todos cidadãos da Celestial Jerusalém. Pois Ele é o resplendor da eterna Glória, o esplendor da eterna Luz, o espelho sem mancha."
"Feliz a alma a quem é dado alcançar esta Vida com Cristo, apegar-se de todo coração Àquele cuja beleza todas hostes celestiais contemplam para sempre, cujo amor inflama nosso amor, cuja contemplação é nosso refrigério, cuja graciosidade é nosso deleite, cuja gentileza nos enche até transbordar, cuja lembrança nos faz resplandecer de felicidade, cuja fragrância revive os mortos, cuja gloriosa visão será a felicidade de todos cidadãos da Celestial Jerusalém. Pois Ele é o resplendor da eterna Glória, o esplendor da eterna Luz, o espelho sem mancha."
"Beata pobreza! Aos que te amam e te abraçam, dás eternas riquezas."
"Pois estou certa de que vós sabeis que o Reino dos Céus somente é prometido e dado pelo Senhor aos pobres, porque enquanto algo temporal for objeto de amor, o fruto da caridade estará perdido."
"A nação não precisa apenas do que temos. Ela precisa do que somos."
"Nosso corpo não é feito de ferro, nossa força não é a da pedra. Vive e espera no Senhor, e permite que teu serviço seja de acordo com a razão."
"Nunca perca de vista teu ponto de partida."
"Eu venho, ó Senhor, a Vosso santuário para ver a Vida e a Comida de minha alma. Como espero em Vós, ó Senhor, inspirai-me com esta confiança que me leva a Vosso santo monte. Permiti-me, Divino Jesus, aproximar-me de Vós, para que toda minha alma possa homenagear a grandeza de Vossa majestade; que meu coração, com suas mais ternas afeições, possa reconhecer Vosso infinito amor; que minha memória possa residir nos admiráveis mistérios aqui renovados a cada dia, e que o sacrifício de todo meu ser possa acompanhar o Vosso."
"Eu abençoo-vos agora enquanto viva e depois de minha morte, tanto quanto posso e mais que posso, com todas bênçãos que o Pai das Misericórdias concedeu e continua a conceder a Seus filhos e filhas espirituais, tanto no Céu como na Terra. Tenham sempre amor por mim, por suas próprias almas e por todas suas irmãs. Tenham sempre o cuidado de cumprir o que prometeram ao Senhor. O Senhor esteja sempre convosco, e que vós estejais com Ele sempre e em todo lugar."
"Eu venho, ó Senhor, a Vosso santuário para ver a Vida e a Comida de minha alma. Como espero em Vós, ó Senhor, inspirai-me com esta confiança que me leva a Vosso santo monte. Permiti-me, Divino Jesus, aproximar-me de Vós, para que toda minha alma possa homenagear a grandeza de Vossa majestade; que meu coração, com suas mais ternas afeições, possa reconhecer Vosso infinito amor; que minha memória possa residir nos admiráveis mistérios aqui renovados a cada dia, e que o sacrifício de todo meu ser possa acompanhar o Vosso."
"Eu abençoo-vos agora enquanto viva e depois de minha morte, tanto quanto posso e mais que posso, com todas bênçãos que o Pai das Misericórdias concedeu e continua a conceder a Seus filhos e filhas espirituais, tanto no Céu como na Terra. Tenham sempre amor por mim, por suas próprias almas e por todas suas irmãs. Tenham sempre o cuidado de cumprir o que prometeram ao Senhor. O Senhor esteja sempre convosco, e que vós estejais com Ele sempre e em todo lugar."
"O que tu seguras, que tu sempre possas segurar. O que tu fazes, que tu sempre faças e nunca desistas. Mas com rápido passo, leve passo e firmes pés, para que nem mesmo seus passos levantem poeira. Que tu possas ir em frente seguramente, alegremente e rapidamente. Vai em frente, o Espírito de Nosso Deus te chamou."
"Vai sem medo, alma cristã, pois tens um Bom Guia para tua jornada. Vai sem medo, pois Aquele que te criou te santificou. Ele sempre te protegeu como uma mãe protege seu filho e te amou com ternura. Bendito sejais Vós, Meu Senhor, que me criastes."
Em 1253, já bem enfraquecida, frequentemente era visitada pelo alto clero. Todos queriam conhecer a Santa irmã de São Francisco de Assis e pedir-lhe conselhos. Ela aproveitou para pedir e receber do Papa Inocêncio IV, em duas ocasiões, o Sacramento da absolvição dos pecados. Ele, que ia visitá-la para inspirar-se em sua santidade, comentou: "Quisera Deus que eu necessitasse de tão pouco perdão."
O lugar onde ficava a casa que Santa Clara nasceu e passou a primeira juventude, ao lado da Catedral de São Rufino em Assis, é conhecido e preservado.
Viveu os últimos 17 dias sem tomar nenhum alimento, pois sua fé e devoção só cresciam enquanto chegava a hora de encontrar-se com Deus. O manuscrito original da Regra de Santa Clara, seu cordão e seus cabelos, que foram cortados por São Francisco, junto aos hábitos do Poverello depois de sua conversão e um sapato por ele usado depois de receber os estigmas, podem ser vistos na basílica que leva o nome de nossa Santa em Assis, onde havia sido a Igreja de São Jorge. Segundo respeitáveis relatos, seu corpo esteve perfeitamente conservado até o início do século XIX, e hoje está retocado com cera.





























