Jesuíta espanhol, dedicou todo seu Sacerdócio para ser o 'escravo dos escravos' no Vice-Reino de Nova Granada, terras da atual Colômbia, nas primeiras décadas de 1600. Ao canonizá-lo em 1888, o Papa Leão XIII declarou: "Pedro Claver é o Santo que mais me impressionou depois da vida de Cristo."
Nasceu em 1580 no povoado de Verdú, nas proximidades de Barcelona, e desde pequeno já eram evidentes suas religiosas inclinações. Aos 20 anos, quando foi enviado a Barcelona para continuar seus estudos, sentiu-se fortemente tocado pelo estilo de vida dos jesuítas, e pediu admissão na Companhia de Jesus, fundada havia poucas décadas por seu compatriota Santo Inácio de Loyola.
Foi mandado a Tarragona para o noviciado, e depois encaminhado à ilha de Palma de Maiorca para estudar Filosofia no Colégio Nossa Senhora do Monte Sião, jesuíta, um dos mais antigos do mundo, fundado em 1561.
Aí encontrou aquele que se tornaria Santo Afonso Rodrigues, então leigo irmão, já aos 73 anos, que viu em São Pedro Claver um grande Santo e viria a ser seu diretor espiritual. Foi ele que aconselhou nosso Santo a partir como missionário para a colônia espanhola no Continente Americano.
Essa recomendação profundamente impactava as aspirações que trazia em sua alma. No primeiro dia em que foi acolhido pela Companhia, havia escrito em seu diário: "Quero passar toda minha vida trabalhando pelas almas, para salvá-las e morrer por elas." E assim em 1610 cruzou o Oceano Atlântico rumo ao Colégio de São Bartolomeu, na cidade de Santa Fé de Bogotá, que havia sido fundado no ano de 1604, onde foi porteiro, cozinheiro, enfermeiro e sacristão.
Em 1616 foi ordenado Sacerdote em Cartagena das Índias, uma das mais importantes cidades e principal porto negreiro do Reino da Espanha no Novo Mundo. Mas por esses tempos, ele já se havia juntado a vários missionários jesuítas que reclamavam das desumanas condições com que os escravos eram transportados nos navios que chegavam da África. Ao final, por essa firme defesa dos escravos e também dos índios, muitos deles seriam expulsos da Colômbia, assim como toda Companhia de Jesus de vários países da América Latina, inclusive do Brasil.
São Pedro Claver, porém, sabendo que ele e seus companheiros não seriam ouvidos, adotou outra postura diante dessa tragédia: sempre que sabia da chegada de novos navios, corria ao porto com cestos de laranjas, limões, biscoitos e vinho, entre outros alimentos, além de tabaco e remédios para oferecer aos escravos, muitos deles prestes a morrer, principalmente de escorbuto, por falta de vitamina C.
E passou a dedicar-se quase que exclusivamente ao socorro material e espiritual dos escravos africanos. Levava os dias visitando-os, tratando-lhes a saúde e catequizando. Selecionados conforme o idioma que falavam, de início comprou e libertou 7 deles dentre os mais novos, ensinou-lhes o espanhol, catequizou-os e empregou-os como intérpretes para abordar as levas das diversas etnias que chegavam ao porto.
Nasceu em 1580 no povoado de Verdú, nas proximidades de Barcelona, e desde pequeno já eram evidentes suas religiosas inclinações. Aos 20 anos, quando foi enviado a Barcelona para continuar seus estudos, sentiu-se fortemente tocado pelo estilo de vida dos jesuítas, e pediu admissão na Companhia de Jesus, fundada havia poucas décadas por seu compatriota Santo Inácio de Loyola.
Foi mandado a Tarragona para o noviciado, e depois encaminhado à ilha de Palma de Maiorca para estudar Filosofia no Colégio Nossa Senhora do Monte Sião, jesuíta, um dos mais antigos do mundo, fundado em 1561.
Aí encontrou aquele que se tornaria Santo Afonso Rodrigues, então leigo irmão, já aos 73 anos, que viu em São Pedro Claver um grande Santo e viria a ser seu diretor espiritual. Foi ele que aconselhou nosso Santo a partir como missionário para a colônia espanhola no Continente Americano.
Essa recomendação profundamente impactava as aspirações que trazia em sua alma. No primeiro dia em que foi acolhido pela Companhia, havia escrito em seu diário: "Quero passar toda minha vida trabalhando pelas almas, para salvá-las e morrer por elas." E assim em 1610 cruzou o Oceano Atlântico rumo ao Colégio de São Bartolomeu, na cidade de Santa Fé de Bogotá, que havia sido fundado no ano de 1604, onde foi porteiro, cozinheiro, enfermeiro e sacristão.
Em 1616 foi ordenado Sacerdote em Cartagena das Índias, uma das mais importantes cidades e principal porto negreiro do Reino da Espanha no Novo Mundo. Mas por esses tempos, ele já se havia juntado a vários missionários jesuítas que reclamavam das desumanas condições com que os escravos eram transportados nos navios que chegavam da África. Ao final, por essa firme defesa dos escravos e também dos índios, muitos deles seriam expulsos da Colômbia, assim como toda Companhia de Jesus de vários países da América Latina, inclusive do Brasil.
São Pedro Claver, porém, sabendo que ele e seus companheiros não seriam ouvidos, adotou outra postura diante dessa tragédia: sempre que sabia da chegada de novos navios, corria ao porto com cestos de laranjas, limões, biscoitos e vinho, entre outros alimentos, além de tabaco e remédios para oferecer aos escravos, muitos deles prestes a morrer, principalmente de escorbuto, por falta de vitamina C.
Assim viveu quase 40 anos! Como havia outros padres em Cartagena, se algum branco quisesse confessar-se com ele, e eram muitos, tinha que esperar que primeiro atendesse todos escravos que lhe buscavam, o que invariavelmente só terminava tarde da noite nos dias de Confissão. Diligente operário na Salvação de almas, e por isso grande penitente, muitas vezes veio a desmaiar no confessionário, abatido pela estafa ou pela fome.
Mesmo vivendo no auge dos ataques do protestantismo à Igreja, não entrava em debates doutrinários: o socorro físico aos mais carentes não lhe deixava tempo. A exemplo de São José de Anchieta, também espanhol e jesuíta atuante numa colônia, que havia usado teatro para catequizar, nosso Santo adaptou o ensino religioso para facilitar sua absorção pelas culturas e hábitos africanos, constantemente usando de pinturas e imagens.
Igualmente trabalhou em amparo aos acusados pela Inquisição, aos hereges, aos assassinos, aos ladrões e aos piratas, com a mesma solicitude que tratava os negros.
Tomado de fortes febres, talvez malária, padeceu por 4 anos até falecer em 1654, mas, mesmo nesse estado, diariamente pedia para ser carregado até o confessionário.
Tomado de fortes febres, talvez malária, padeceu por 4 anos até falecer em 1654, mas, mesmo nesse estado, diariamente pedia para ser carregado até o confessionário.
Batizou mais de 300 mil negros. Leão XIII intitulou-o Patrono das Missões para os africanos.
São Pedro Claver, rogai por nós!
A Igreja de Cartagena de Índias, construída em 1580, depois de levar o nome de São João de Deus e, mais tarde, o de Santo Inácio de Loyola, passou a homenageá-lo. Aí, no altar principal, se encontram suas relíquias.