Doutora da Igreja, uma 'franciscana' dentro da Ordem Carmelita no século XVI, mística de primeiríssima ordem, 'eremita' alma desde a infância e sempre apaixonada pela santidade, uma linda jovem da baixa nobreza de Espanha, que fugiu de casa para um convento, mais tarde foi reconhecida por seus escritos como um dos maiores gênios da humanidade.
Nascida a 28 de março de 1515 em Gotarrendura, município da província de Ávila, centro-oeste do país, Teresa Sánchez de Cepeda Dávila y Ahumada, quando criança, lia com o mais novo irmão, Rodrigo, todas histórias dos Santos que lhes vinham às mãos. E querendo imitar os mártires de então, um dia fugiram de casa para ir a África, onde desejavam entregar suas vidas por amor a Cristo. Graças à Divina Providência, porém, esbararam com o tio numa cidade vizinha, los Cuatro Postes, e foram trazidos de volta. Inocentes, mas realmente atraídos por Deus, decidiram viver como 'eremitas' dentro da própria casa. Tereza já mostrava inclinações para passar horas e horas sozinha, rezando o Santo Terço e em profunda contemplação.
Nascida a 28 de março de 1515 em Gotarrendura, município da província de Ávila, centro-oeste do país, Teresa Sánchez de Cepeda Dávila y Ahumada, quando criança, lia com o mais novo irmão, Rodrigo, todas histórias dos Santos que lhes vinham às mãos. E querendo imitar os mártires de então, um dia fugiram de casa para ir a África, onde desejavam entregar suas vidas por amor a Cristo. Graças à Divina Providência, porém, esbararam com o tio numa cidade vizinha, los Cuatro Postes, e foram trazidos de volta. Inocentes, mas realmente atraídos por Deus, decidiram viver como 'eremitas' dentro da própria casa. Tereza já mostrava inclinações para passar horas e horas sozinha, rezando o Santo Terço e em profunda contemplação.
Em 1530, aos 15 anos, um ano após da morte de sua mãe, Beatriz de Ahumaada, o que a havia levado a pedir à Maria Santíssima que se tornasse sua mãe, foi estudar no Convento de Nossa Senhora da Graça, das freiras agostinianas em Ávila, como faziam as jovens de sua cidade, mas sua saúde, por desconhecida enfermidade, não lhe permitiu ficar. E assim, do contato que teve com as freiras e dos sonhos da juventude que começava a viver, chegou mesmo a hesitar entre abraçar ou não a vida religiosa. Contudo, por força do grande exemplo de vida espiritual que era a freira María de Briceño, e do luminoso hábito das leituras espirituais, os inspirados argumentos das cartas de São Jerônimo definitivamente tocaram sua alma.
Tornou, então, a insistir com o pai, Alonso Sánchez de Cepeda, fervoroso e esclarecido católico, para entrar no Convento Carmelita da Encarnação. Todavia, sabendo da fragilidade de sua saúde, ele resistiu. Seu coração, no entanto, já piedosamente vivia a fé, e aos 20 anos mais uma vez fugiu de casa, quando foi admitida neste convento.
Mas após fazer os votos, sua enfermidade voltou a agravar-se, e seu pai viu-se novamente trazendo-a para casa. Sofria desmaios, indefinidas dores cardíacas e outros intermitentes males. Desconfiava-se de tuberculose, mas os médicos não a confirmavam. Nessa condição, a oração mental que aprendeu do memorável livro 'O Terceiro Abecedário Espiritual', do místico franciscano Padre Francisco de Osuna, foi seu remédio durante 3 anos.
Mas após fazer os votos, sua enfermidade voltou a agravar-se, e seu pai viu-se novamente trazendo-a para casa. Sofria desmaios, indefinidas dores cardíacas e outros intermitentes males. Desconfiava-se de tuberculose, mas os médicos não a confirmavam. Nessa condição, a oração mental que aprendeu do memorável livro 'O Terceiro Abecedário Espiritual', do místico franciscano Padre Francisco de Osuna, foi seu remédio durante 3 anos.
Ainda chegou a ter, num repentino e violento ataque da 'enfermidade', várias convulsões e até a perda de consciência, quando foi dada como morta e até lhe celebraram Missa Exequial, mas seu pai recusou-se a sepultá-la e quatro dias depois ela recobrou a consciência. Fenômeno que foi chamado de paroxismo, hoje se diz que teria sido coma de nível 3. Contudo, não despertou sã: seguia sofrendo contínuas constipações, enxaquecas, febre, dores na garganta, no fígado, no estômago, nos rins e no coração.
Mesmo nessa condição, pediu para voltar ao convento, e ficou acamada na enfermaria por mais de três anos. E como a regra permitia, Teresa recebia visitas e até acomodava-as em seu quarto, às vezes em prolongadas estadas. Foi mais um período de leituras espirituais e orações, quando seu pai faleceu e sua irmã Juana veio ficar com ela por um tempo. Após melhorar, passava horas no locutório e na sala de estar, uma vez que sua simpatia e inteligência atraíam muitas visitas. E já estava bem afastada das orações quando uma imagem de Jesus coberto das chagas da flagelação, que acabara de chegar ao convento, profundamente a tocou. Chorou muito, sentindo que era seu coração que fazia rasgar aquelas feridas.
Mesmo nessa condição, pediu para voltar ao convento, e ficou acamada na enfermaria por mais de três anos. E como a regra permitia, Teresa recebia visitas e até acomodava-as em seu quarto, às vezes em prolongadas estadas. Foi mais um período de leituras espirituais e orações, quando seu pai faleceu e sua irmã Juana veio ficar com ela por um tempo. Após melhorar, passava horas no locutório e na sala de estar, uma vez que sua simpatia e inteligência atraíam muitas visitas. E já estava bem afastada das orações quando uma imagem de Jesus coberto das chagas da flagelação, que acabara de chegar ao convento, profundamente a tocou. Chorou muito, sentindo que era seu coração que fazia rasgar aquelas feridas.
Percebendo a ambiguidade de seu comportamento, suas orações tornaram-se um pedido de socorro aos Santos penitentes, aos quais ela atribui dois cruciais momentos em sua vida espiritual: primeiro quando leu 'Confissões' de Santo Agostinho, depois quando sentiu um chamado à penitência diante do citado quadro da Paixão de Cristo: "Senti que Santa Maria Madalena vinha em meu socorro..."
E assim, na Quaresma de 1554 voltou a rezar e meditar com frequência, e nunca mais parou. Não perdia um sermão sequer, de tão tocada que era pelas palavras, mas persistia em não abandonar o parlatório e as visitas que recebia.
Um dia, porém, teve ainda maior sinal. Ao contemplar o crucifixo, num sincero lamento perguntou: "Senhor, quem Vos colocou aí?" E ouviu em locução interior: "Foram tuas conversas no locutório que Me puseram aqui, Teresa." Essas palavras fizeram-na cair em um longo pranto e terminantemente afastar-se das infrutíferas conversas com parentes e amigos, que nada queriam da vida religiosa.
Tinha 45 anos quando sua sobrinha, também freira, lhe sugeriu construir um convento menor, que servisse de refúgio para elas, pois em Ávila havia quase 180 religiosas. Na verdade, Santa Teresa já não mais se conformava com a vida confortável e pouco espiritualizada do convento. A clausura quase não existia, pois as concessões para sair eram dadas com muita liberalidade, e o contato com o mundo exterior era diário e intenso através dos locutórios. Por fim, as doações dos pobres aldeões faziam do cardápio diário das freiras quase um banquete.
Tinha 45 anos quando sua sobrinha, também freira, lhe sugeriu construir um convento menor, que servisse de refúgio para elas, pois em Ávila havia quase 180 religiosas. Na verdade, Santa Teresa já não mais se conformava com a vida confortável e pouco espiritualizada do convento. A clausura quase não existia, pois as concessões para sair eram dadas com muita liberalidade, e o contato com o mundo exterior era diário e intenso através dos locutórios. Por fim, as doações dos pobres aldeões faziam do cardápio diário das freiras quase um banquete.
Desde 1559, ela já contava com os auxílios do iluminado São Pedro de Alcântara, não por acaso um franciscano, seu confessor, místico e amigo. Ele ajudou-a a convencer o Provincial Carmelita e o Bispo de Ávila quanto a seus planos. Mas entre as freiras e seus nobres parentes, bem como entre muita gente em Ávila, ela parecia estar absolutamente só. As críticas eram muito frequentes e cheias de maldades, e logo fizeram o Provincial retirar sua autorização.
O Bispo, entretanto, reconheceu que a Ordem do Carmelo havia fugido a sua vocação inicial e conseguiu do Papa Pio IV, em 1562, uma autorização para que nossa Santa fundasse a nova casa. Consigo vão a sobrinha e três freiras. Aí nascia o primeiro Convento das Carmelitas Descalças da Regra Primitiva, ou o Convento de São José. O termo 'descalço' era porque se decidiram por não usar sapatos, à época considerados um luxo, de uso quase exclusivo dos nobres, mas apenas sandálias. Foi quando ela adotou o nome de Teresa de Jesús.
O Bispo, entretanto, reconheceu que a Ordem do Carmelo havia fugido a sua vocação inicial e conseguiu do Papa Pio IV, em 1562, uma autorização para que nossa Santa fundasse a nova casa. Consigo vão a sobrinha e três freiras. Aí nascia o primeiro Convento das Carmelitas Descalças da Regra Primitiva, ou o Convento de São José. O termo 'descalço' era porque se decidiram por não usar sapatos, à época considerados um luxo, de uso quase exclusivo dos nobres, mas apenas sandálias. Foi quando ela adotou o nome de Teresa de Jesús.
Lá o silêncio era quase absoluto e todas viviam a pobreza realmente evangélica. Para que não se abusasse das horas em conversas entre si, Santa Teresa não queria mais que 13 freiras por convento, mas, por fim, acabou aceitando até 21. As regras, no entanto, pareciam muito rígidas, e novas intrigas e críticas levantaram-se contra ela. Não demorou, e o novo Geral da Ordem obrigou-as a recolherem-se no antigo convento, sob as normas tradicionais. Porém, ninguém menos que o Rei Felipe II intercedeu a seu favor, e aos poucos a população ia percebendo a vontade de Deus naquela freira, passando a ajudar-lhe a abrir outras casas.
Também recebeu a preciosa ajuda de um inspirado frade carmelita: São João da Cruz, grande sábio e místico da Santa Igreja Católica, escritor de luminosos obras, que colaborou redigindo a Regra Masculina dos Carmelitas Descalços.
Em 1580, enfim, o Papa Gregório XIII concedeu autonomia à Ordem Carmelita Descalça. Sua obra sobremaneira reparava a devastação de ódio deixada pelo protestantismo, que por soberanos e senhores feudais era imposto às populações de Alemanha, de Inglaterra, de França e de vários países europeus naquele século.
Seus escritos melhor falam de si mesma:
Também recebeu a preciosa ajuda de um inspirado frade carmelita: São João da Cruz, grande sábio e místico da Santa Igreja Católica, escritor de luminosos obras, que colaborou redigindo a Regra Masculina dos Carmelitas Descalços.
Em 1580, enfim, o Papa Gregório XIII concedeu autonomia à Ordem Carmelita Descalça. Sua obra sobremaneira reparava a devastação de ódio deixada pelo protestantismo, que por soberanos e senhores feudais era imposto às populações de Alemanha, de Inglaterra, de França e de vários países europeus naquele século.
Seus escritos melhor falam de si mesma:
"Compararei a Divindade com um polido diamante muito maior que o Universo. Todas nossas ações refletem-se n'Ele, porque Ele encerra todas coisas, tanto que fora de sua amplitude nada existe."
"Tão logo Sua Majestade o deseje, Deus e a alma compreendem-se, como dois amigos que não precisam de palavras para manifestar a grande afeição que os une."
"Tão logo Sua Majestade o deseje, Deus e a alma compreendem-se, como dois amigos que não precisam de palavras para manifestar a grande afeição que os une."
"O Caminho da Cruz é o que Deus reserva a Seus escolhidos. Quanto mais os ama, mais os sobrecarrega de tribulações."
"Sempre descobrimos que aqueles que andaram mais perto de Cristo foram aqueles que tiveram que suportar as maiores provações."
"As cruzes dos contemplativos são muito pesadas, e o Senhor só as manda para as almas já provadas desde muito tempo."
"O Senhor sabe o que cada pessoa pode fazer, e quando Se encontra com uma forte alma, não cessa de nela impor Sua vontade."
"Muitas vezes o Senhor permite uma queda para que a alma seja mais humilde, e quando esta volta ao correto modo de agir e cresce no autoconhecimento, avança ainda mais no serviço ao Senhor, como vemos entre muitos Santos."
"A porta por onde me vieram tantas Graças foi somente a oração: se ela estivesse fechada, eu não saberia de que outra maneira poderia recebê-las. Quando Deus quiser entrar numa alma para ali Se deleitar e a preencher de bens, apenas esta possibilidade existe porque Ele a quer sozinha, pura e desejosa de recebê-Lo."
"Não gostaria de outra oração senão aquela que faz crescer em mim as virtudes. Se fosse acompanhada de grandes tentações, dificuldades e provações, deixando-me com maior humildade, considerá-la-ia uma boa oração. Esta oração é a melhor oração, que mais agrada a Deus."
"Não se pense que quem sofre não reza, pois oferece isso a Deus. E muitas vezes está a rezar muito mais que aquele que quebra a cabeça na solidão, pensando que, se derramou algumas lágrimas, está a rezar."
"A oração não é senão um ato de amor, e é insensato pensar que só se faz oração quando se dispõe de tempo e solidão."
"Oração e sofisticadas maneiras não combinam."
"Há mais lágrimas derramadas por orações atendidas que por orações não atendidas."
"Oração e sofisticadas maneiras não combinam."
"Há mais lágrimas derramadas por orações atendidas que por orações não atendidas."
"Rezar pelos que estão em pecado mortal é muito grande esmola."
"Tenho tido especial cuidado em orar ao Senhor por aqueles que pensam que estou zangada com eles."
"Tuas imperfeições não me chocam, pois me vejo com muitas delas."
"Parece-me, minha filha, que tudo passa tão rápido que deveríamos pensar mais em como morrer do que em como viver."
"Tu deves saber que enquanto eu viver, desejo fazer algo a serviço de Deus."
"Que nada te perturbe, nada te assuste. Todas coisas passam. Deus não muda. A paciência alcança tudo."
"Valoriza poder ajudar Deus a carregar a Cruz e não te apegues a delícias, pois é característica dos mercenários soldados querer seu pagamento diário de uma vez. Serve sem cobrar, como os grandes fazem com seu rei. O Rei do Céu esteja contigo."
"Cristo não tem Corpo agora, mas o teu. Nenhuma mão, nenhum pé na Terra, mas os teus. Teus são os olhos através dos quais Cristo olha com compaixão para o mundo. Teus são os pés com os quais Cristo anda para fazer o bem. Tuas são as mãos com as quais Cristo abençoa o mundo."
"Deixa tudo nas mãos de Deus e deixa teus interesses nas mãos d’Ele. Ele sabe o que é adequado para nós..."
"Tu fazes um elogio a Deus pedindo grandes coisas a Ele."
"Não creias que seja possível a quem verdadeiramente ama o Senhor, ao mesmo tempo amar as vaidades da Terra."
"Reflete sobre a Providência e a Sabedoria de Deus em todas coisas criadas, e louva-O em todas elas."
"Acostuma-te continuamente a fazer muitos atos de amor, pois eles inflamam e derretem a alma."
"Façamos nossa parte, e então Deus fará o que Ele quiser. Esta é a causa de Deus, e tudo acabará bem. Minha esperança está n’Ele. Não fiques angustiada."
"A mais segura maneira de determinar se alguém possui o amor de Deus é ver se ele ou ela ama seu próximo. Esses dois amores nunca são separados. Fica tranquilo! Quanto mais tu progredires no amor ao próximo, mais teu amor a Deus aumentará."
"Quando a alma está verdadeiramente ferida pelo amor de Deus, desvencilha-se sem nenhuma dor do amor das criaturas, isto é, ela não se sente prisioneira de nenhum afeto. Sem dúvida, a isso não se pode chegar sem o amor de Deus, porque as coisas criadas, se muito desejadas, sempre nos causariam algum sofrimento, especialmente se quiséssemos abandoná-las..."
"Coragem, coragem, minhas filhas. Lembrai-vos de que Deus não dá a ninguém mais provações que aquelas que podem ser suportadas, e que Sua Majestade está com os aflitos. Pois isto é certo, não há razão para temer, mas sim para esperar por Sua Misericórdia. Ele revelará toda a Verdade, e algumas maquinações que o Diabo manteve ocultas para criar perturbação serão divulgadas."
"Achegando-nos ao Santíssimo Sacramento com grande espírito de fé e de amor, creio que uma única Comunhão é suficiente para deixar-nos ricas. O que dizer, então, de tantas que já recebemos?"
"O Senhor também deve vir em nosso socorro na proporção das fadigas que aguentamos por causa de Seu amor. E visto que essas angústias são grandes, menores não devem ser as Graças."
"O Senhor ama-nos mais que nós mesmos nos amamos."
"Nunca aprenderemos a conhecer-nos, a não ser que nos esforcemos para conhecer a Deus. Pois, contemplando Sua grandeza, percebemos nossa própria pequenez, Sua pureza mostra-nos nossa imundície, e meditando sobre Sua humildade, descobrimos o quão longe estamos de ser humildes."
"Deus tem cuidado de nossos interesses muito mais que nós mesmos, sabendo o que convém a cada um."
"O Senhor não Se contenta em igualar Seus dons a nossos modestos desejos."
"Deus sabe como tirar o bem do mal. E o bem é tanto maior na medida em que diligentemente nos esforçamos para que Ele não se ofenda em nada."
"É um fato que, embora saibamos que estamos sempre na presença de Deus, muitas vezes negligenciamos pensar nisso."
"Não precisamos de asas para ir em busca d'Ele, mas apenas contemplá-Lo presente dentro de nós."
"Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais simples nos tornamos."
"Ter coragem para o que quer que aconteça na vida - tudo está nisso."
"A dor nunca é permanente."
"A Verdade sofre, mas nunca morre."
"Jamais se peca sem o saber."
"As palavras de Deus fixam-se tão profundamente no espírito que não mais é possível esquecê-las. Ao passo que aquelas do intelecto se assemelham a um fugaz pensamento que subitamente se esvai da mente."
"Permanece o sentimento de que Deus também está na jornada."
"A árvore que está perto da água corrente é mais fresca e dá mais frutos."
"No Dia de Ramos, acabando de comungar, entrei em grande suspensão, de modo que nem podia engolir a Espécie. E, tendo-a na boca, verdadeiramente senti, ao voltar um pouco a mim, que toda ela se enchera de Sangue."
"Nesta aflição, pois então eu nunca tinha tido uma única visão, estas Tuas palavras sozinhas foram suficientes para removê-la e dar-me perfeita Paz: 'Não tenha medo, Minha filha. Sou Eu. E não te abandonarei. Não tenhas medo.'"
"Ó Senhor! Em que angústias colocais quem Vos ama! No entanto, tudo é pouco diante da maneira com que logo o favoreces."
"Das tolas devoções e dos Santos de cara amarga, Bom Senhor, livrai-nos!"
Santa Teresa viveu a mística cristã em grande intensidade. De fato, ouvia frequentes locuções interiores, tinha visões e facilmente entrava em êxtase espiritual. Tinha o dom de discernimento de espírito e da profecia (cf. 1 Cor 12,10), além de ter realizado vários milagres.
Segundo seus escritos, um anjo traspassou seu coração com uma seta de fogo, fenômeno que ficou conhecido a Transverberação, também conhecido como o Êxtase de Santa Teresa, que levou o Papa Bento XIII a instituir o dia em 25 de agosto como a festa da Transverberação do Coração de Santa Teresa. Sua narração é, de fato, tocante:
Segundo seus escritos, um anjo traspassou seu coração com uma seta de fogo, fenômeno que ficou conhecido a Transverberação, também conhecido como o Êxtase de Santa Teresa, que levou o Papa Bento XIII a instituir o dia em 25 de agosto como a festa da Transverberação do Coração de Santa Teresa. Sua narração é, de fato, tocante:
"Vi um anjo em pé a meu lado, a minha esquerda, em corpórea forma... Não era alto, mas pequeno, muito belo, com um rosto tão corado que parecia o dos mais exaltados anjos, que parecem todos estar em chamas... Vi em suas mãos uma longa haste de ouro, e, na ponta do ferro, pareceu-me ter um pouco de fogo. Este parecia atravessar meu coração por vezes e atingir minhas entranhas. Quando a retirou, parecia levá-la comigo, e deixou-me completamente em chamas com um grande amor a Deus. A dor que me fez proferir aqueles gemidos foi tão grande, e a ternura causada por essa imensa dor foi tão excessiva que não posso desejar que ela vá embora, nem a alma se contenta com nada menos que Deus. Não é uma dor física, mas espiritual, embora o corpo não deixe de participar um pouco, e até bastante. É um flerte tão suave que se passa entre a alma e Deus, que suplico a Sua bondade que o dê ao gosto de quem pensa que estou mentindo... Os dias que isso durou, andei como se estivesse atordoada, não queria ver nem falar, mas sim ser consumida por minha tristeza, que para mim era uma maior glória que qualquer outra que já foi criada."
Esse fato cientificamente foi comprovado por um largo e inexplicável corte que em seu coração se viu quando seu corpo foi exumado e aberto. Como ela poderia ter sobrevivido, e normalmente vivido, após tão grave e extensa laceração? Conservado, ele ainda pode ser visto.
Em 1582, aos 67 anos, de muito frágil saúde, ela ainda tentava abrir mais um convento em Burgos, cidade de Espanha, quando de passagem por Alba de Tormes não resistiu e foi acamada. Três dias mais tarde, após receber os Sacramentos ela disse: "Oh, Senhor, por fim chegou a hora de vermo-nos face a face!"
Ao falecer, Santa Teresa de Jesús deixava, além de vários reformados, 32 novos conventos: 17 femininos e 15 masculinos. Com Nossa Senhora do Pilar, São Tiago Maior e São Fernando, é Padroeira de Espanha, e também dos professores.
Foi sepultada em Alba, mas suas relíquias foram distribuídas pelas principais igrejas da Europa, aí ficando apenas o braço esquerdo e o coração.
Santa Teresa, rogai por nós!