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quarta-feira, 13 de novembro de 2024
São Nicolau Magno
Para que se tenha ideia de sua importância para a Igreja, depois dele, que viveu no século IX, nenhum outro Papa recebeu o título de Magno.
Nascido em Roma em 815, de nobre e influente família, seu pai era defensor romano. Foi educado no mosteiro beneditino de Latrão, e é tido pela Igreja e pela História como um personagem de conduta moralmente irretocável. Era um intransigente defensor da primazia do Bispado de Roma, fundado por São Pedro, e da autonomia da Igreja, que jamais pode submeter-se a qualquer mundano poder.
Dedicadamente serviu à Cúria Romana por 15 anos, sendo indicado subdiácono pelo Papa Sérgio II, e diácono, pelo Papa Leão IV. Foi conselheiro do Papa Bento III e, após sua morte em 858, aclamado seu sucessor. Já então era muito estimado pelo francês Luís II, sacro imperador romano-germânico, que foi coroado pelas mãos do Papa Sérgio II.
Dedicadamente serviu à Cúria Romana por 15 anos, sendo indicado subdiácono pelo Papa Sérgio II, e diácono, pelo Papa Leão IV. Foi conselheiro do Papa Bento III e, após sua morte em 858, aclamado seu sucessor. Já então era muito estimado pelo francês Luís II, sacro imperador romano-germânico, que foi coroado pelas mãos do Papa Sérgio II.
Mas desde a total derrocada de Roma como capital do Império, em 476, em contraposição à ascensão de Bizâncio, então chamada de Constantinopla, vez e outra viu-se fragilizada a unidade da Igreja, pois, entre líderes políticos e heresiarcas, muitos questionaram e até puseram em cheque a autoridade do Papa.
Em 860, no Sínodo de Milão, São Nicolau viu-se na obrigação de convencer algumas autoridades eclesiásticas a reconhecer a supremacia do Bispado Roma. João, o Arcebispo de Ravena, Itália, ainda resistiu, e São Nicolau Magno teve que o obrigar, sob pena de excomunhão.
Em 861, também fez Incmar, o Arcebispo de Reims, França, desistir de suas ideias de que a igreja naquele país tinha total poder sobre seus fiéis, ou seja, independente das diretrizes de Roma.
Em 861, também fez Incmar, o Arcebispo de Reims, França, desistir de suas ideias de que a igreja naquele país tinha total poder sobre seus fiéis, ou seja, independente das diretrizes de Roma.
O Bispo de Soissons, na França, aliado de Incmar, foi igualmente persuadido a reconhecer a autoridade de nosso Santo, enquanto Papa, como absoluto superior da Igreja. Em 865, no entanto, em mais uma rigorosa medida disciplinar, São Nicolau resolveu depô-lo, levando de volta a este posto o bispo Rothad II, que havia sido afastado por influência de Incmar.
A influência de nosso Papa era da mesma forma luminosa entre nobres e reis. Em 863, por exemplo, com a ajuda de São Cirilo e São Metódio, missionários gregos, São Nicolau converteu Bóris, rei da Bulgária, que mais tarde abandonaria o poder para tornar-se monge e adotaria outro nome, Miguel. Décadas depois, seria reconhecido como São Miguel da Bulgária, e seu filho, que tinha sido enviado a Roma para maior aproximação diplomática e acabou recebendo de São Nicolau um valioso tesouro em Sabedoria, conselhos e sugestões de leis para bem governar, por muitos anos promoveu boas relações internacionais e a prosperidade entre seu povo.
A influência de nosso Papa era da mesma forma luminosa entre nobres e reis. Em 863, por exemplo, com a ajuda de São Cirilo e São Metódio, missionários gregos, São Nicolau converteu Bóris, rei da Bulgária, que mais tarde abandonaria o poder para tornar-se monge e adotaria outro nome, Miguel. Décadas depois, seria reconhecido como São Miguel da Bulgária, e seu filho, que tinha sido enviado a Roma para maior aproximação diplomática e acabou recebendo de São Nicolau um valioso tesouro em Sabedoria, conselhos e sugestões de leis para bem governar, por muitos anos promoveu boas relações internacionais e a prosperidade entre seu povo.
CONTRA REIS E IMPERADORES
Não bastantes os frequentes problemas no seio da Igreja, São Nicolau teve que enfrentar o próprio imperador bizantino Miguel III, o ébrio, que num convento queria internar suas filhas e sua mãe Teodora, mesmo contra suas vontades.
Em 858, este imperador havia desposto Inácio, Patriarca de Constantinopla, posto equivalente ao Bispado, apesar de ele ser muito estimado por sua mãe, Teodora, uma autêntica devota cristã. Inácio entrara em conflito com o clero de Constantinopla, pois se posicionou contra vários religiosos que haviam apoiado uma massiva destruição de imagens. Para seu posto foi indicado Fócio, um erudito leigo que, graças às inspiradas missões de São Cirilo e São Metódio, havia ajudado o imperador a suplantar o crescimento do judaísmo em regiões hoje correspondentes a partes da Rússia e da Chéquia.
Fócio foi elevado patriarca principalmente pelas manipulações de Bardas, irmão de Teodora, portanto tio do imperador Miguel III. Bardas estava enfurecido e envergonhado porque o Patriarca Inácio lhe havia repreendido e proibido de entrar na Catedral de Santa Sofia, em Constantinopla, por viver um incestuoso relacionamento com sua nora, Eudóxia, após ela ter enviuvado.
Aí começava um lamentável capítulo que em 1054 culminaria no Cisma do Oriente, ou seja, a igreja local vai afastar-se de Roma e intitular-se 'ortodoxa'. Apesar de toda habilidade de São Nicolau, desses movimentos políticos que acintosamente afrontavam a Sã Doutrina, e assim o próprio Papa, surgiria a primeira das grandes rupturas: o Cisma de Fócio.
São Nicolau Magno inicialmente enviou seus emissários para convencer Fócio a renunciar, e reconduzir Inácio ao Patriarcado, mas esses emissários, seduzidos pela riqueza e pelo poder de Constantinopla, terminaram aderindo às tresloucadas ideias do usurpador, verdadeiras heresias. Foi quando em 863, no Sínodo de Latrão, em Roma, após vários debates e unânime decisão, mais uma vez São Nicolau mostrou a virtude da fortaleza ao abertamente enfrentar o ébrio, mas poderoso imperador bizantino, e proclamou Inácio como o legítimo Patriarca de Constantinopla. Também declarou, nesta ocasião, a excomunhão dos emissários que haviam abraçado as heresias de Fócio.
Noutra questão, ainda em 855, Lotário II, rei da região que equivale a atual Lorena, na França, havia abandonado a esposa para casar-se com a amante. Quando assumiu o papado, em 858, São Nicolau não reconheceu seu Matrimônio. Entretanto, em 862, bispos reunidos no Sínodo de Aachem, na atual Alemanha, validaram o 'novo' casamento do rei.
Descontente, porém prudente, em julho 863 São Nicolau vai convocar o Sínodo de Metz, França, para tratar do assunto. Lotário II, de fato, sabendo que sua situação era insustentável, havia subvertido os legados papais com subornos e ameaças e conseguiu a confirmação de sua adúltera união, já reconhecida no Sínodo de Aachem. Com muitas razões para desconfiar, São Nicolau habilidosamente convocou um novo Sínodo de Metz, em outubro do mesmo ano, e nele o Sínodo de Aachem foi dissolvido, destituindo os 3 bispos que participaram dele e do de julho, em Metz, entre eles João de Ravena, aos quais ordenou penitência sob pena de excomunhão.
Revoltado, o rei Lotário II pediu os auxílios de seu irmão Luís II, sacro imperador romano-germânico, e eles saíram em defesa dos bispos destituídos desafiando diretamente São Nicolau, usando seus exércitos para sitiar Roma e confinando o Papa na sede do pontificado. São Nicolau Magno, porém, corajosamente resistiu e não cedeu em nada, nem resposta lhes enviou. Ao fim de dois dias, sem nenhum apoio do povo cristão, o imperador e seu irmão caíram em si, suspenderam o cerco e retiraram suas tropas.
Mas, por essa vitória, restou a São Nicolau um preço a pagar: teve que resistir aos provocativos e sistemáticos levantes de insatisfação dos membros da corte carolíngia, ou seja, francesa, que por espúrios interesses manifestamente visavam minar seu prestígio. Ao final de algum tempo, com serenidade e imbatíveis argumentos de fé e razão, São Nicolau Magno soube conquistar o apoio dos bispos de França e desarticular a querela. Prova disso é que pouco mais tarde nosso Papa organizaria a defesa de Roma contra a invasão dos sarracenos, vale dizer, muçulmanos, e para tanto conseguiria ajuda dos exércitos do próprio sacro imperador Luís II.
A QUESTÃO TEOLOGAL DO CISMA DO ORIENTE
Apoiado pelo imperador bizantino e ignorando a ordem papal, Fócio manteve-se no Patriarcado de Constantinopla e em 867 'excomungou' São Nicolau, acusando-o de defender, como acreditava a grande maioria dos teólogos e bispos da Igreja, que o Espírito Santo procedia do Pai e do Filho. Para Fócio e alguns teólogos orientais, o Espírito Santo não procederia do Filho, mas apenas do Pai. Eles agarravam-se a uma fala de Jesus, no Evangelho segundo São João, que diz: "... o Espírito da Verdade, que procede do Pai..." Jo 15,26
Mas imponderadamente não reconheciam palavras que antecediam a estas, ou seja, também de Jesus, neste mesmo versículo, que dizem: "Quando vier o Paráclito, que Eu vos enviarei da parte do Pai..." Idem
E noutra passagem, igualmente disse aos Apóstolos: "Porque, se Eu não for, o Paráclito não virá a vós. Mas se Eu for, vo-Lo enviarei." Jo 16,7
Ademais, o Espírito Santo é Deus, quer dizer, tem total autonomia. E assim, em verdade, não precisa ser enviado nem procede senão de Si mesmo. O que temos nestes versículos, portanto, são apenas termos para nossa mais fácil compreensão da Revelação, e não uma literal representação da divina realidade.
De toda forma, essa era a subjacente, e que viria a ser ruinosa, Questão 'Filioque', termo que em latim quer dizer 'e (do) Filho'. Os argumentos iriam radicalizar-se, causando acirrado afastamento entre religiosos do Oriente e a Igreja, e, pouco mais de um século depois, consolidariam o Cisma do Oriente, dando origem à igreja ortodoxa.
Para ainda mais agravar a situação, cedendo às seduções da corte local e arrogando-se maiores poderes por intenções notoriamente políticas, Fócio também declarou a independência do Patriarcado de Constantinopla frente à Igreja, atacando com malícia o ponto central de todo trabalho de São Nicolau Magno. Fócio nunca buscou, de fato, alguma Comunhão. Apenas perniciosamente arrancava para si, valendo-se de apoio político, uma considerável extensão do rebanho do Cristo.
Contudo, Basílio I, o Macedônio, que em 866 assassinaria Miguel III, assumindo o poder do Império Bizantino, definitivamente afastou Fócio em 867, devolvendo a Inácio a sede do Patriarcado. Tal decisão foi ratificada no IV Concílio Ecumênico de Constantinopla, em 869, que foi convocado por São Nicolau, mas ao qual ele não chegou a estar presente, pois, extenuado pelo zelo da Igreja e por práticas de rigoroso ascetismo, veio a falecer.
Uma frase sua, porém, repercute pelos séculos: "Desde o momento em que a religião cristã começou a espalhar-se, ela manteve-se imutável e incorruptamente ensinou em todo mundo as doutrinas que recebeu de uma vez por todas de seu patrono e fundador, São Pedro."
Entre os Papas, São Nicolau Magno é considerado um dos mais vigorosos guardiões da Igreja na Idade Média. Com destemor e desvelo de si, defendeu a moralidade, as leis e as tradições da Igreja. Exemplo de vigilância também pela oração, de todo clero exigia séria, íntegra e inatacável conduta. Era muito amado pelas pessoas que o cercavam, e muito estimado por todos cidadãos de Roma.
Entre os Papas, São Nicolau Magno é considerado um dos mais vigorosos guardiões da Igreja na Idade Média. Com destemor e desvelo de si, defendeu a moralidade, as leis e as tradições da Igreja. Exemplo de vigilância também pela oração, de todo clero exigia séria, íntegra e inatacável conduta. Era muito amado pelas pessoas que o cercavam, e muito estimado por todos cidadãos de Roma.
Pessoalmente era um asceta, vivia para a devoção e para rigorosas virtudes do auto-abandono. Reformou várias igrejas e fundou mosteiros e conventos. Era um grande incentivador da vida religiosa.
Depois do Papa São Gelásio, que, da mesma forma, fervorosamente havia defendido a superioridade da Sé de Roma sobre os demais bispados pelo mundo, bem como sua autonomia frente a todos mundanos poderes, São Nicolau foi o principal articulador dessa causa, consolidando a autoridade da Cátedra de São Pedro e vedando por completo qualquer ingerência de imperadores, reis e qualquer temporal poder dentro da Igreja. Graças a Papas com ele, a Igreja só deve obediência a Deus.
A bela e milenar igreja de Salve, em Lecce, no extremo leste da Itália, é dedicada a nosso grande Santo.
terça-feira, 12 de novembro de 2024
A Comunhão dos Santos
A Comunhão Eucarística, isto é, o Sacramento do Pão e do Vinho, verdadeiramente Corpo e Sangue de Cristo, simboliza, além de nossa perfeita união com Deus, nossa vida em plena união com nossos irmãos em Cristo. Assim formamos a Igreja, que vive três estágios: a Igreja itinerante, nós na Terra; a Igreja santificante, os mortos no Purgatório; e a Igreja glorificante, aqueles que já contemplam a face de Deus, junto a Seus anjos. No Evangelho segundo São João, Jesus mesmo, referindo-Se a essa Comunhão, disse do Santíssimo Sacramento na sinagoga de Cafarnaum, dias depois de multiplicar pães e peixes: "Quem come Minha Carne e bebe Meu Sangue, permanece em Mim e Eu nele. Assim como vive o Pai que Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, assim aquele que comer Minha Carne também viverá por Mim." Jo 6,56-57
Pois foi pela Igreja que Ele Se ofereceu em Sacrifício, para que pudéssemos comungar das coisas de Deus: santidade, eternidade e divindade. Está na Carta de São Paulo aos Efésios: "Maridos, amai vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela Água do Batismo com a Palavra, para a Si mesmo apresentá-la toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito, mas santa e irrepreensível." Ef 5,25-27
E é isso que a Igreja é: a Comunhão dos Santos. E Santos são os verdadeiros fiéis, todos eles, não apenas os canonizados, isto é, aqueles que a Igreja com certeza afirma que já estão nos Céus. E sem dúvida, são muitos. Em Jerusalém, falando à multidão depois do Domingo de Ramos, Jesus disse de Sua Paixão e da universalidade de Sua Missão: "E quando Eu for levantado da terra, a Mim atrairei todos homens." Jo 12,32
Ele mencionou essa Comunhão em conversa com os Apóstolos depois da Santa Ceia, dizendo de Sua Ressurreição: "Naquele dia, conhecereis que estou em Meu Pai, vós em Mim e Eu em vós." Jo 14,20
E é isso que a Igreja é: a Comunhão dos Santos. E Santos são os verdadeiros fiéis, todos eles, não apenas os canonizados, isto é, aqueles que a Igreja com certeza afirma que já estão nos Céus. E sem dúvida, são muitos. Em Jerusalém, falando à multidão depois do Domingo de Ramos, Jesus disse de Sua Paixão e da universalidade de Sua Missão: "E quando Eu for levantado da terra, a Mim atrairei todos homens." Jo 12,32
Ele mencionou essa Comunhão em conversa com os Apóstolos depois da Santa Ceia, dizendo de Sua Ressurreição: "Naquele dia, conhecereis que estou em Meu Pai, vós em Mim e Eu em vós." Jo 14,20
Nesse sentido, os seguidores da tradição de São Paulo ensinam na Carta aos Hebreus, discorrendo sobre Deus e Jesus: "Aquele para Quem e por Quem todas coisas existem, desejando conduzir à Glória numerosos filhos, deliberou elevar à perfeição, pelo sofrimento, o Autor da Salvação deles, para que Santificador e santificados formem um só todo. Por isso, Jesus não hesita em chamá-los Seus irmãos..." Hb 2,10-11
Como a própria representação da Unidade entre os cristãos, a Igreja sempre respirou a Comunhão. Com os Apóstolos, enquanto ainda era um pequeno grupo, todos reuniam-se num mesmo lugar para comungar dos Sacramentos, pois àquele tempo eram celebrados conjuntamente o Arrependimento, o Batismo, a Unção dos Enfermos e a Ação de Graças através da Comunhão Eucarística. O Livro dos Atos dos Apóstolos registrou: "Perseveravam eles na Doutrina dos Apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações." At 2,42
Por isso, tão frequentemente o Último Apóstolo exorta à Comunhão da fé, pois não há como nos tornarmos Igreja, que é o Corpo Místico de Cristo, sem que vivamos essa Unidade: "A uns Ele constituiu Apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do Corpo de Cristo, até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo." Ef 4,11
Os carismas, portanto, são dádivas para que sirvamos à comunidade de fé, como lemos na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: "Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. A cada um é dada a manifestação do Espírito para comum proveito." 1 Cor 12,7
E a finalidade última de nossas vocações é o fortalecimento da Igreja, que, depois da Hóstia Consagrada, é a segunda representação do Corpo Místico de Cristo. Por estas suas palavras, portanto, depreende-se que a ninguém foi dado dom do Espírito Santo para atacar a Igreja: "Assim, uma vez que aspirais aos dons espirituais, procurai tê-los em abundância para edificação da Igreja." 1 Cor 14,12
Ele argumenta: "Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só Corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres. E todos fomos impregnados do mesmo Espírito." 1 Cor 12,12-13
E a Carta de São Paulo aos Colossenses, falando de Cristo, denuncia aqueles que se esquecem do Autor desta obra: o próprio Deus! "Ele é a Cabeça do Corpo, da Igreja. Desencaminham-se estas pessoas em suas próprias visões e, cheias do vão orgulho de seu materialista espírito, não se mantêm unidas à Cabeça, da qual todo o Corpo, pela união das junturas e articulações, se alimenta e cresce conforme um crescimento disposto por Deus." Cl 1,18;2,18b-19
Assim, na Pessoa de Jesus e pela ação do Santo Paráclito é edificada a Igreja, conforme esse extrato de sua carta aos cristãos da cidade de Éfeso: "Consequentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos Santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos Apóstolos e Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É n'Ele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um Templo Santo no Senhor. É n'Ele que vós também entrais, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus." Ef 2,19-22
Porque através do Sacramento do Batismo se inicia nossa nova vida espiritual, caminho a ser percorrido até o Dia da Ressurreição. Diz a Carta de São Paulo aos Filipenses: "Nós, porém, somos cidadãos dos Céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará nosso mísero corpo, tornando-o semelhante a Seu Corpo Glorioso, em virtude do poder que tem de a Si sujeitar toda criatura." Fl 3,20-21
Quanto à caridade, ou seja, a comunhão espiritual, o ser Igreja é a expressão maior do 'Amai-vos uns aos outros' (cf. Jo 15,12), que Jesus pregou. A Carta de São Paulo os Romanos adverte dessa unidade que formamos em Cristo: "Nenhum de nós vive para si, e ninguém morre para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; se morremos, morremos para o Senhor. Quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor." Rm 14,7-8
Com absoluta pertinência, este Apóstolo via-nos como partes uns dos outros: "... para que não haja dissensões no Corpo, e que os membros tenham o mesmo cuidado uns para com os outros. Se um membro sofre, com ele padecem todos membros; e se um membro é tratado com carinho, por ele congratulam-se todos outros. Ora, vós sois o Corpo de Cristo, e cada um, de sua parte, é um de seus membros." 1 Cor 12,25-27
E assim, desde os primeiros anos, até as propriedades eram partilhadas entre os fiéis. Era a comunhão de bens, que mais tarde foi adotada pelas leis civis que regulam o Matrimônio. São Lucas anotou: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo era comum entre eles." At 4,32
Os próprios Apóstolos, portanto, viviam em profunda comunhão espiritual entre si, e davam exemplo, como a Carta de São Paulo aos Gálatas atesta: "Reconhecendo a Graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, considerados as colunas da Igreja, deram-nos a mão, a mim e a Barnabé, como sinal de nossa recíproca comunhão. Assim ficou confirmado que nós iríamos aos pagãos, e eles, aos judeus." Gl 2,9
Ora, ele combatia dissensões dentro da Igreja, como vemos nas palavras que endereçou aos cristãos da cidade de Corinto: "Fiel é Deus, por Quem fostes chamados à comunhão de Seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor. Rogo-vos, irmãos, em Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que todos estejais em pleno acordo e que entre vós não haja divisões. Vivei em boa harmonia, no mesmo espírito e no mesmo sentimento." 1 Cor 1,9-10
Ele tinha bem claro que esse é o projeto do Pai: "Ele manifestou-nos o misterioso desígnio de Sua vontade, que em Sua benevolência desde sempre formara, para realizá-lo na plenitude dos tempos - desígnio de em Cristo reunir todas coisas: as que estão nos Céus e as que estão na Terra." Ef 1,9-10
Particularmente pedia pela fiel e total observância da Palavra de Deus para dirimir diferenças, como escreve aos da cidade de Colossos: "A Palavra de Cristo permaneça entre vós em toda sua riqueza, de sorte que possais mutuamente instruir-vos e exortar-vos com toda Sabedoria." Cl 3,16a
E a Primeira Carta de São João diz da permanência do próprio Deus em nós, que possibilita a Comunhão dos Santos, pois Ele é sua essência: "Quem conhece a Deus, ouve-nos; quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro. Se mutuamente nos amarmos, Deus permanece em nós e Seu amor em nós é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos n'Ele e Ele em nós: por Ele ter-nos dado Seu Espírito." 1 Jo 4,6.12b-13
Por isso, tão frequentemente o Último Apóstolo exorta à Comunhão da fé, pois não há como nos tornarmos Igreja, que é o Corpo Místico de Cristo, sem que vivamos essa Unidade: "A uns Ele constituiu Apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do Corpo de Cristo, até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo." Ef 4,11
Os carismas, portanto, são dádivas para que sirvamos à comunidade de fé, como lemos na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: "Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. A cada um é dada a manifestação do Espírito para comum proveito." 1 Cor 12,7
E a finalidade última de nossas vocações é o fortalecimento da Igreja, que, depois da Hóstia Consagrada, é a segunda representação do Corpo Místico de Cristo. Por estas suas palavras, portanto, depreende-se que a ninguém foi dado dom do Espírito Santo para atacar a Igreja: "Assim, uma vez que aspirais aos dons espirituais, procurai tê-los em abundância para edificação da Igreja." 1 Cor 14,12
Ele argumenta: "Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só Corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres. E todos fomos impregnados do mesmo Espírito." 1 Cor 12,12-13
E a Carta de São Paulo aos Colossenses, falando de Cristo, denuncia aqueles que se esquecem do Autor desta obra: o próprio Deus! "Ele é a Cabeça do Corpo, da Igreja. Desencaminham-se estas pessoas em suas próprias visões e, cheias do vão orgulho de seu materialista espírito, não se mantêm unidas à Cabeça, da qual todo o Corpo, pela união das junturas e articulações, se alimenta e cresce conforme um crescimento disposto por Deus." Cl 1,18;2,18b-19
Assim, na Pessoa de Jesus e pela ação do Santo Paráclito é edificada a Igreja, conforme esse extrato de sua carta aos cristãos da cidade de Éfeso: "Consequentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos Santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos Apóstolos e Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É n'Ele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um Templo Santo no Senhor. É n'Ele que vós também entrais, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus." Ef 2,19-22
Porque através do Sacramento do Batismo se inicia nossa nova vida espiritual, caminho a ser percorrido até o Dia da Ressurreição. Diz a Carta de São Paulo aos Filipenses: "Nós, porém, somos cidadãos dos Céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará nosso mísero corpo, tornando-o semelhante a Seu Corpo Glorioso, em virtude do poder que tem de a Si sujeitar toda criatura." Fl 3,20-21
Quanto à caridade, ou seja, a comunhão espiritual, o ser Igreja é a expressão maior do 'Amai-vos uns aos outros' (cf. Jo 15,12), que Jesus pregou. A Carta de São Paulo os Romanos adverte dessa unidade que formamos em Cristo: "Nenhum de nós vive para si, e ninguém morre para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; se morremos, morremos para o Senhor. Quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor." Rm 14,7-8
Com absoluta pertinência, este Apóstolo via-nos como partes uns dos outros: "... para que não haja dissensões no Corpo, e que os membros tenham o mesmo cuidado uns para com os outros. Se um membro sofre, com ele padecem todos membros; e se um membro é tratado com carinho, por ele congratulam-se todos outros. Ora, vós sois o Corpo de Cristo, e cada um, de sua parte, é um de seus membros." 1 Cor 12,25-27
E assim, desde os primeiros anos, até as propriedades eram partilhadas entre os fiéis. Era a comunhão de bens, que mais tarde foi adotada pelas leis civis que regulam o Matrimônio. São Lucas anotou: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo era comum entre eles." At 4,32
Os próprios Apóstolos, portanto, viviam em profunda comunhão espiritual entre si, e davam exemplo, como a Carta de São Paulo aos Gálatas atesta: "Reconhecendo a Graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, considerados as colunas da Igreja, deram-nos a mão, a mim e a Barnabé, como sinal de nossa recíproca comunhão. Assim ficou confirmado que nós iríamos aos pagãos, e eles, aos judeus." Gl 2,9
Ora, ele combatia dissensões dentro da Igreja, como vemos nas palavras que endereçou aos cristãos da cidade de Corinto: "Fiel é Deus, por Quem fostes chamados à comunhão de Seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor. Rogo-vos, irmãos, em Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que todos estejais em pleno acordo e que entre vós não haja divisões. Vivei em boa harmonia, no mesmo espírito e no mesmo sentimento." 1 Cor 1,9-10
Ele tinha bem claro que esse é o projeto do Pai: "Ele manifestou-nos o misterioso desígnio de Sua vontade, que em Sua benevolência desde sempre formara, para realizá-lo na plenitude dos tempos - desígnio de em Cristo reunir todas coisas: as que estão nos Céus e as que estão na Terra." Ef 1,9-10
Particularmente pedia pela fiel e total observância da Palavra de Deus para dirimir diferenças, como escreve aos da cidade de Colossos: "A Palavra de Cristo permaneça entre vós em toda sua riqueza, de sorte que possais mutuamente instruir-vos e exortar-vos com toda Sabedoria." Cl 3,16a
E a Primeira Carta de São João diz da permanência do próprio Deus em nós, que possibilita a Comunhão dos Santos, pois Ele é sua essência: "Quem conhece a Deus, ouve-nos; quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro. Se mutuamente nos amarmos, Deus permanece em nós e Seu amor em nós é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos n'Ele e Ele em nós: por Ele ter-nos dado Seu Espírito." 1 Jo 4,6.12b-13
De fato, essa foi a promessa de Jesus nos últimos diálogos com os Apóstolos: "Se alguém Me ama, guardará Minha Palavra e Meu Pai amá-lo-á. E Nós viremos a ele e nele faremos Nossa morada." Jo 14,23
O Último Apóstolo, pois, atestou o cumprimento desta promessa: "... é Cristo que vive em mim." Gl 2,20b
São João Apóstolo também insistia nessa Unidade. Queria os fiéis em comunhão com os Apóstolos, Bispos, Presbíteros e Diáconos: "... o que vimos e ouvimos nós anunciamo-vos, para que vós também tenhais comunhão conosco. Ora, nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo." 1 Jo 1,3
Ele repetia a importância da Comunhão dos Santos, vale dizer, entre todos fiéis: "Se, porém, andamos na Luz como Ele mesmo está na Luz, temos recíproca comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, purifica-nos de todo pecado." 1 Jo 1,7
Até ia mais longe, estabelecendo uma prova: "É assim que conhecemos se estamos n'Ele: aquele que n'Ele afirma permanecer, também deve viver como Ele viveu." 1 Jo 2,5a-6
Ele repetia a importância da Comunhão dos Santos, vale dizer, entre todos fiéis: "Se, porém, andamos na Luz como Ele mesmo está na Luz, temos recíproca comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, purifica-nos de todo pecado." 1 Jo 1,7
Até ia mais longe, estabelecendo uma prova: "É assim que conhecemos se estamos n'Ele: aquele que n'Ele afirma permanecer, também deve viver como Ele viveu." 1 Jo 2,5a-6
A Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo também defendia essa impreterível união através da Igreja: "... busca com empenho a justiça, a fé, a caridade, a Paz, em companhia daqueles que invocam o Senhor com pureza de coração." 2 Tm 2,22b
E lembrando a iminência seja do Juízo Particular, seja do Juízo Final, os seguidores de sua tradição erroneamente não viam perdão para os dissidentes: "Não abandonemos nossa assembleia, como é costume de alguns, mas mutuamente admoestemo-nos, e tanto mais quando vedes aproximar-se o Grande Dia. Depois de termos recebido e conhecido a Verdade, se voluntariamente a abandonarmos, já não haverá sacrifício para expiar este pecado. Só teremos que esperar um tremendo Juízo e o ardente fogo, que há de devorar os rebeldes." Hb 10,25-27
O próprio Apóstolo dos Gentios, em condenação a todo dissenso, pede constante renovação e santidade: "Portanto, eis o que digo e conjuro no Senhor: não persistais em viver como os pagãos, que andam à mercê de suas frívolas ideias. Têm o entendimento obscurecido. Sua ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos afastados da Vida de Deus. Indolentes, entregaram-se à dissolução, à apaixonada prática de toda espécie de impureza. Renovai sem cessar o sentimento de vossa alma, e revesti-vos do novo homem, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade." Ef 4,17-19.23-24
Ele recomenda á igreja de Roma: "Nós, que somos os fortes, devemos suportar as fraquezas dos que são fracos, e não agir a nosso modo. Cada um de vós procure contentar o próximo, para seu bem e sua edificação." Rm 15,1-2
De fato, essa é a marca da Igreja, como Jesus mesmo afirmou depois de anunciar Seu Mandamento, de amar-nos uns aos outros: "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." Jo 13,35
E assim prometeu, desde que realmente estejamos reunidos em Seu Nome, ser o Elo desta união. Foi enquanto Ele ensinava aos Apóstolos sobre as coisas da Igreja, no Evangelho segundo São Mateus: "Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a Terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de Meu Pai que está nos Céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em Meu Nome, aí estou Eu no meio deles." Mt 18,19-20
O próprio Apóstolo dos Gentios, em condenação a todo dissenso, pede constante renovação e santidade: "Portanto, eis o que digo e conjuro no Senhor: não persistais em viver como os pagãos, que andam à mercê de suas frívolas ideias. Têm o entendimento obscurecido. Sua ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos afastados da Vida de Deus. Indolentes, entregaram-se à dissolução, à apaixonada prática de toda espécie de impureza. Renovai sem cessar o sentimento de vossa alma, e revesti-vos do novo homem, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade." Ef 4,17-19.23-24
Ele recomenda á igreja de Roma: "Nós, que somos os fortes, devemos suportar as fraquezas dos que são fracos, e não agir a nosso modo. Cada um de vós procure contentar o próximo, para seu bem e sua edificação." Rm 15,1-2
De fato, essa é a marca da Igreja, como Jesus mesmo afirmou depois de anunciar Seu Mandamento, de amar-nos uns aos outros: "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." Jo 13,35
E assim prometeu, desde que realmente estejamos reunidos em Seu Nome, ser o Elo desta união. Foi enquanto Ele ensinava aos Apóstolos sobre as coisas da Igreja, no Evangelho segundo São Mateus: "Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a Terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de Meu Pai que está nos Céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em Meu Nome, aí estou Eu no meio deles." Mt 18,19-20
Ora, a Carta de São Tiago, ao falar dos Sacramentos, não por acaso recomenda que apenas os Sacerdotes da Igreja sejam invocados para ministrá-los: "Está alguém enfermo? Chame os Sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em Nome do Senhor." Tg 5,14
No mesmo sentido, São Paulo veementemente repudia que os membros da Igreja se deixem instruir por pessoas estranhas: "No entanto, quando tendes contendas desse gênero, escolheis para juízes pessoas cuja opinião é tida em nada pela Igreja." 1 Cor 6,4
Inspirado, ele sabia que esta unidade era obra do Espírito de Deus, cunhando uma frase que o Sacerdote repete no início da Santa Missa. É da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: "A Graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!" 2 Cor 13,13
E que Cristo, Autor da fé (cf. Hb 12,1), jamais abandona Sua Igreja, como Ele mesmo garantiu pouco antes de Sua Ascensão: "Eis que convosco estou todos dias, até o fim do mundo.'" Mt 28,20b
Assim também o Espírito Santo, igualmente por promessa Sua quando começou a despedir-Se dos Apóstolos: "E Eu rogarei ao Pai, e Ele dar-vos-á outro Paráclito, para que convosco fique eternamente." Jo 14,16
É na comunhão do Espírito Santo, portanto, que intercedemos uns pelos outros. A Igreja glorificante, que já vê Deus face a face, não mais precisa de intercessão. Mas nós, que ainda estamos aqui, e as almas que estão purificando-se no Purgatório precisamos da intercessão uns dos outros e da dos Santos, os canonizados e os que estão nos Céus. Por isso, São Paulo rezava apontando os diferentes estágios da família de Deus: "Por esta causa dobro os joelhos em presença do Pai, ao Qual deve sua existência toda família no Céu e na Terra..." Ef 3,14-15
E a Primeira Carta de São Paulo a São Timóteo recomendava essa atitude como larga e abrangente prática de piedade: "Antes de tudo, peço que se façam súplicas, orações, intercessões, ação de graças, por todas pessoas..." 1 Tm 2,1
Por fim, fica a bela e reconfortante lembrança da Oração a Unidade feita por Jesus, momentos antes do início de Sua Paixão, pedindo ao Pai que a Igreja esteja sempre onde Ele estiver. É lá, junto a Ele, que estão os Santos canonizados, mas também os não canonizados, cuja história só Deus e pessoas mais próximas conheceram, assim como aqueles que já foram purificados no Purgatório. Eles 'não cessam de interceder por nós': "Pai, aqueles que Tu Me deste, quero que eles estejam Comigo, onde Eu estiver, para que contemplem a Glória que Me deste, pois Me amaste antes da criação do mundo." Jo 17,24
Nós podemos confirmar o sucesso dessa oração de Jesus, bem como o reinado dos Santos, por causa da visão do cântico dos quatro seres e dos vinte e quatro anciãos (todos anjos!) ao Cordeiro de Deus, ou seja, a Nosso Senhor Jesus Cristo, anotada no Livro do Apocalipse de São João: "Tu és digno de receber o Livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado, e com Teu Sangue adquiriste para Deus gente de toda tribo, língua, povo e nação. Deles fizeste para Nosso Deus um Reino de Sacerdotes. E eles reinarão sobre a Terra." Ap 5,9-10
Ou seja, os Santos já estão reinando sobre este mundo, pois nos Céus não haverá pagãos, e Jesus prometeu à igreja de Tiatira, uma das sete da Ásia de então, através do Amado Discípulo ainda nas primeiras destas revelações: "Então ao vencedor, ao que praticar Minhas obras até o fim, lhe darei poder sobre as pagãs nações. Ele regê-las-á com cetro de ferro, como se quebra um vaso de argila, assim como Eu mesmo recebi o poder de Meu Pai." Ap 2,26-28a
No mesmo sentido, São Paulo veementemente repudia que os membros da Igreja se deixem instruir por pessoas estranhas: "No entanto, quando tendes contendas desse gênero, escolheis para juízes pessoas cuja opinião é tida em nada pela Igreja." 1 Cor 6,4
Inspirado, ele sabia que esta unidade era obra do Espírito de Deus, cunhando uma frase que o Sacerdote repete no início da Santa Missa. É da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: "A Graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!" 2 Cor 13,13
E que Cristo, Autor da fé (cf. Hb 12,1), jamais abandona Sua Igreja, como Ele mesmo garantiu pouco antes de Sua Ascensão: "Eis que convosco estou todos dias, até o fim do mundo.'" Mt 28,20b
Assim também o Espírito Santo, igualmente por promessa Sua quando começou a despedir-Se dos Apóstolos: "E Eu rogarei ao Pai, e Ele dar-vos-á outro Paráclito, para que convosco fique eternamente." Jo 14,16
É na comunhão do Espírito Santo, portanto, que intercedemos uns pelos outros. A Igreja glorificante, que já vê Deus face a face, não mais precisa de intercessão. Mas nós, que ainda estamos aqui, e as almas que estão purificando-se no Purgatório precisamos da intercessão uns dos outros e da dos Santos, os canonizados e os que estão nos Céus. Por isso, São Paulo rezava apontando os diferentes estágios da família de Deus: "Por esta causa dobro os joelhos em presença do Pai, ao Qual deve sua existência toda família no Céu e na Terra..." Ef 3,14-15
E a Primeira Carta de São Paulo a São Timóteo recomendava essa atitude como larga e abrangente prática de piedade: "Antes de tudo, peço que se façam súplicas, orações, intercessões, ação de graças, por todas pessoas..." 1 Tm 2,1
Aliás, com frequência ele referia-se à Igreja itinerante como os 'Santos', termo hoje restrito ao Papa e aos canonizados: "Com toda sorte de preces e súplicas, constantemente orai no Espírito. Prestai vigilante atenção neste ponto, intercedendo por todos santos." Ef 6,18
Sabia que grandes Graças são alcançadas pelas intercessões: "... com a ajuda de vossas preces em nossa intenção. Assim, a Graça que alcançarmos pela intercessão de tantas pessoas será, para essas pessoas, motivo de ação de graças a nosso respeito." 2 Cor 1,11Por fim, fica a bela e reconfortante lembrança da Oração a Unidade feita por Jesus, momentos antes do início de Sua Paixão, pedindo ao Pai que a Igreja esteja sempre onde Ele estiver. É lá, junto a Ele, que estão os Santos canonizados, mas também os não canonizados, cuja história só Deus e pessoas mais próximas conheceram, assim como aqueles que já foram purificados no Purgatório. Eles 'não cessam de interceder por nós': "Pai, aqueles que Tu Me deste, quero que eles estejam Comigo, onde Eu estiver, para que contemplem a Glória que Me deste, pois Me amaste antes da criação do mundo." Jo 17,24
Nós podemos confirmar o sucesso dessa oração de Jesus, bem como o reinado dos Santos, por causa da visão do cântico dos quatro seres e dos vinte e quatro anciãos (todos anjos!) ao Cordeiro de Deus, ou seja, a Nosso Senhor Jesus Cristo, anotada no Livro do Apocalipse de São João: "Tu és digno de receber o Livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado, e com Teu Sangue adquiriste para Deus gente de toda tribo, língua, povo e nação. Deles fizeste para Nosso Deus um Reino de Sacerdotes. E eles reinarão sobre a Terra." Ap 5,9-10
Ou seja, os Santos já estão reinando sobre este mundo, pois nos Céus não haverá pagãos, e Jesus prometeu à igreja de Tiatira, uma das sete da Ásia de então, através do Amado Discípulo ainda nas primeiras destas revelações: "Então ao vencedor, ao que praticar Minhas obras até o fim, lhe darei poder sobre as pagãs nações. Ele regê-las-á com cetro de ferro, como se quebra um vaso de argila, assim como Eu mesmo recebi o poder de Meu Pai." Ap 2,26-28a
De fato, foi exatamente isso que São João Evangelista apontou como últimas visões, também explicando a condição dos que ainda estão no Purgatório: "Também vi tronos, sobre os quais se assentaram aqueles que receberam o poder de julgar: eram as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e todos aqueles que não tinham adorado a Fera ou sua imagem, que não tinham recebido seu sinal na fronte nem nas mãos. Eles viveram uma Nova Vida e com Cristo reinaram por mil anos. Os outros mortos não tornaram à vida até que se completassem os mil anos." Ap 20,4-5a
Citando a Comunhão da Santíssima Trindade, Jesus mesmo explicou, ainda durante a despedida, como acontecia a intercessão feita pelos Santos da Igreja. Seus pedidos são feitos ao Pai, em Seu Nome, e pelo próprio Pai são atendidos: "Naquele dia pedireis em Meu Nome, e já não digo que rogarei ao Pai por vós. Pois o próprio Pai vos ama, porque vós Me amastes e crestes que saí de Deus." Jo 16,26-27
E como Aquele que veio reunir até as ovelhas perdidas, não se pode duvidar do sucesso de Sua Missão. Referindo-Se aos pagãos ainda por serem convertidos, Ele abertamente disse aos fariseus em plena Cidade Santa: "Eu sou o Bom Pastor. Conheço Minhas ovelhas e Minhas ovelhas conhecem a Mim, como Meu Pai Me conhece e Eu conheço o Pai. Dou Minha Vida por Minhas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. Também preciso conduzi-las. Ouvirão Minha voz, e haverá um só rebanho e um só Pastor." Jo 10,14-16
Porque, para que se realize esta comunhão espiritual, Ele derramou Sua Glória sobre a Igreja como prova de Sua passagem entre nós e do amor que o Pai nos tem. É parte de Sua Oração da Unidade: "Dei-lhes a Glória que Me deste, para que sejam Um, como Nós somos Um: Eu neles e Tu em Mim. Para que sejam perfeitos na unidade e o mundo reconheça que Me enviaste e os amaste, como amaste a Mim." Jo 17,22-23
Citando a Comunhão da Santíssima Trindade, Jesus mesmo explicou, ainda durante a despedida, como acontecia a intercessão feita pelos Santos da Igreja. Seus pedidos são feitos ao Pai, em Seu Nome, e pelo próprio Pai são atendidos: "Naquele dia pedireis em Meu Nome, e já não digo que rogarei ao Pai por vós. Pois o próprio Pai vos ama, porque vós Me amastes e crestes que saí de Deus." Jo 16,26-27
E como Aquele que veio reunir até as ovelhas perdidas, não se pode duvidar do sucesso de Sua Missão. Referindo-Se aos pagãos ainda por serem convertidos, Ele abertamente disse aos fariseus em plena Cidade Santa: "Eu sou o Bom Pastor. Conheço Minhas ovelhas e Minhas ovelhas conhecem a Mim, como Meu Pai Me conhece e Eu conheço o Pai. Dou Minha Vida por Minhas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. Também preciso conduzi-las. Ouvirão Minha voz, e haverá um só rebanho e um só Pastor." Jo 10,14-16
Porque, para que se realize esta comunhão espiritual, Ele derramou Sua Glória sobre a Igreja como prova de Sua passagem entre nós e do amor que o Pai nos tem. É parte de Sua Oração da Unidade: "Dei-lhes a Glória que Me deste, para que sejam Um, como Nós somos Um: Eu neles e Tu em Mim. Para que sejam perfeitos na unidade e o mundo reconheça que Me enviaste e os amaste, como amaste a Mim." Jo 17,22-23
O Catecismo da Igreja Católica ensina:
"Na Comunhão dos Santos, 'entre os fiéis já admitidos na posse da celeste pátria, os que expiam as faltas no purgatório e os que ainda peregrinam na Terra, certamente existe um laço de caridade e um amplo intercâmbio de todos bens (São Paulo VI, Indulgentiarum Doctrina).' Neste admirável intercâmbio, cada um beneficia-se da santidade dos outros, para muito além do prejuízo que o pecado de um possa ter causado aos outros. Assim, o recurso à Comunhão dos Santos permite ao contrito pecador ser purificado, mais cedo e mais eficazmente, das penas do pecado.
Esses bens espirituais da Comunhão dos Santos também são chamados o tesouro da Igreja, 'que não é uma soma de bens, comparáveis às materiais riquezas acumuladas no decorrer dos séculos, mas é o infinito e inesgotável valor que junto a Deus têm as expiações e os méritos de Cristo, Nosso Senhor, oferecidos para que toda humanidade seja libertada do pecado e chegue à Comunhão com o Pai. É em Cristo, Nosso Redentor, que em abundância se encontram as satisfações e os méritos de Sua Redenção (Cf. Hb 9,11-28;7,23-25).'" CIC § 1475-1476
"A todos saciai com Vossa Glória!"
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
As Heresias
O Catecismo da Igreja Católica ensina: "Chama-se heresia a pertinaz negação, após a recepção do Batismo, de qualquer verdade que se deve crer com divina e católica fé, ou a pertinaz dúvida a respeito dessa verdade...'" CIC § 2089
Desde o tempo dos Apóstolos, a Igreja enfrenta movimentos e correntes de pensamento que renegam partes da Verdade revelada por Deus no Velho Testamento, bem como pelo próprio Jesus e pelo Espírito Santo, cuja maior parte está no Novo Testamento. A Segunda Carta de São Pedro mesmo já apontava: "Reconhecei que a longa paciência de Nosso Senhor vos é salutar, como vosso caríssimo irmão Paulo também vos escreveu, segundo o dom de Sabedoria que lhe foi dado. É o que ele faz em todas suas cartas, nas quais fala nestes assuntos. Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os ignorantes ou pouco fortalecidos espíritos deturpam, para sua própria ruína, como o fazem com as demais Escrituras." 2 Pd 3,15-16.
Foram várias heresias, muitas das quais ainda hoje estão presentes em 'igrejas' e 'opiniões' que tentam se impor sem o devido estudo ou esclarecimento. Abaixo estão as históricas e mais frequentes:
- Docetismo: alguns cristãos do século II acreditavam e divulgavam que Jesus nunca teria vivido num corpo humano, mas tão somente num corpo espiritual, e que a crucificação foi só um fenômeno aparente. Daí vem seu nome, que em grego significa 'para parecer'. Para eles, que não admitiam abandonar a filosofia grega, Jesus teria sido um 'espectro'. Não chegaram a ser uma seita ou religião, apenas uma corrente de pensamento e que atingiu alguns estratos e comunidades da Igreja.
Está na Bíblia - No Evangelho segundo São Lucas, ao fim da tarde do Domingo da Ressurreição, Jesus apareceu aos Apóstolos e disse-lhes: "Vede Minhas mãos e Meus pés. Sou Eu mesmo! Apalpai e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que tenho." Lc 24,39
- Gnosticismo: de antiga prática, muitas correntes filosófica-religiosas sincretizavam nomes e conceitos, pagãos e sagrados, e estiveram mais ativas no século II. Podemos dizer que houve um gnosticismo cristão, posto que uma dessas correntes chegou a camuflar-se usando o Catolicismo, e obteve a adesão de vários intelectuais que se diziam da Igreja. Mas a corrente majoritária era de um gnosticismo pagão, adotando apenas alguns conceitos do cristianismo.
Valentin, que viveu entre o ano 100 e 160 d.C., dizia-se um gnóstico cristão, mas na verdade era um neoplatônico, pregava que o Cristo era um ser celestial que se uniu a Jesus, um ser meramente humano. Cristo seria apenas parte de um conhecimento de que precisamos para saber quem realmente somos, e assim nos salvarmos.
Está na Bíblia - Nos dias de Sua última Páscoa em Jerusalém, conforme o Evangelho segundo São João, Jesus disse aos Apóstolos: "Presentemente, Minha alma está perturbada. Mas que direi?... Pai, salva-Me desta hora?... Mas é exatamente para isso que vim." Jo 12,27
E nos registros do Livro dos Atos dos Apóstolos, São Paulo afirmou sobre sua própria fé, quando foi preso na Cidade Santa e levado a Cesareia para ser julgado pelo governador Felix, acusado de agitador pelos judeus: "... crendo em todas coisas que estão escritas na Lei e nos Profetas." At 24,14b
- Sabelianismo: no fim do século II, Sabélio, padre e teólogo, negava o conceito da Santíssima Trindade, pois, para ele, Pai, Filho e Espírito Santo seriam exatamente a mesma Pessoa de Deus, apresentando-Se de diferentes 'modos'. Por isso, essa heresia também foi chamada de Modalismo. Seus seguidores ainda eram chamados de noecianos, porque Noeto havia sido o mestre de Sabélio e o verdadeiro mentor dessa teoria. Os fundamentos desse entendimento, contudo, continham grosseiros erros. Por exemplo: como Deus, e não o Ser Humano Jesus, poderia ter morrido na Cruz? Em 220, depois de muito teimar, Sabélio foi excomungado pelo Papa São Calixto I.
Está na Bíblia - O Evangelho segundo São Marcos assim narrou o Batismo de Jesus, quando a Santíssima Trindade, em Três distintas Pessoas, claro!, Se manifestou: "No momento em que Jesus saía da água, João viu os Céus abertos e sobre Ele descer o Espírito em forma de pomba. E ouviu-se dos Céus uma voz: 'Tu és Meu amado Filho. Em Ti ponho Minha afeição.'" Mc 1,10-11
- Adocionismo: no século III, Paulo de Samósata, eleito Bispo de Antioquia por meio de apoio político, difundia que Jesus nasceu humano e só Se teria tornado divino ao ser batizado por São João Batista, momento em que teria sido 'adotado' como Filho de Deus, daí o termo adocionismo. No Concílio de Antioquia, no ano de 268 de nossa era, ele foi fragorosamente derrotado por Málquio de Antioquia, mas, como tinha as benesses da rainha, só anos mais tarde foi expulso à força do edifício de onde chefiava a igreja local.
Está na Bíblia - Aos doze anos, quando ficou em Jerusalém após a Páscoa e no Templo com inteligência interrogava e respondia aos líderes religiosos, Jesus disse a Virgem Santíssima e a São José: "Por que Me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na Casa de Meu Pai?" Lc 2,49
- Maniqueísmo: Mani, profeta da Assíria no século III, apresentou-se como inspirado pelo Espírito Santo para depurar as grandes religiões de então: hinduísmo, zoroastrismo, budismo, judaísmo e cristianismo. As mensagens dos líderes religiosos, 'pais da justiça', segundo ele teriam sido corrompidas. Delas criou uma sincrética filosofia, na qual a realidade seria dualista e estaria dividida entre Deus e o Diabo, Luz e Trevas. A matéria seria essencialmente má, e o espírito, essencialmente bom. Só os escolhidos, submetidos a rigorosas práticas de ascetismo, compreenderiam os segredos da 'purificação da luz'.
Santo Agostinho, que inicialmente foi influenciado por essa heresia, após se converter, tornou-se seu maior opositor. Ela será condenada em vários Sínodos da Igreja ainda no século IV, e mais uma vez no século XII, no IV Concílio de Latrão.
Está na Bíblia - Depois que multiplicou pães e peixes no deserto, indo à sinagoga de Cafarnaum, Nosso Salvador ofereceu-nos Seu Sangue e Sua Carne e prometeu ressuscitar nossos corpos: "Então Jesus lhes disse: 'Em Verdade, em Verdade, digo-vos: se não comerdes a Carne do Filho do Homem, e não beberdes Seu Sangue, não tereis a Vida em vós mesmos. Quem come Minha Carne e bebe Meu Sangue tem a Vida Eterna. E Eu ressuscitá-lo-ei no Último Dia." Jo 6,53-54
E a Primeira Carta de São Paulo a São Timóteo assegura: "Pois tudo que Deus criou é bom, e nada há de reprovável quando se usa com ação de graças." 1 Tm 4,4
Ora, mais de quatro séculos antes, o Livro do Eclesiastes já havia observado: "... todas coisas que Deus fez são boas..." Ecl 3,11a
- Novacianismo: na metade do século III, Novaciano, padre romano, opôs-se a eleição do Papa Cornélio. Acusava-o de afrontar a Doutrina da Igreja por perdoar os cristãos batizados que, durante a perseguição do Imperador Décio, foram capturados e, sob ameaças de morte, tinham renegado a fé e oferecido sacrifícios a deuses pagãos. Para Novaciano, tal atitude havia sido uma traição ao sangue dos mártires da Igreja. Ele e seus seguidores foram declarados hereges no ano de 251, mas, mesmo após sua morte, muitos deles ainda eram encontrados em várias cidades e intitulavam-se 'puritanos', pois não admitiam misturar-se com a 'igreja corrompida', chegando ao ponto de rebatizarem-se. O título 'puritano', aliás, vai ser incautamente adotado por reformadores dentro da igreja anglicana ainda no fim século XVI, ou seja, havia poucas décadas desmembrada da Igreja Católica.
Está na Bíblia - Jesus ensinou aos Apóstolos, enquanto os preparava: "Se teu irmão pecar, repreende-o. Se se arrepender, perdoa-lhe. Se pecar sete vezes no dia contra ti, e sete vezes no dia vier procurar-te, dizendo: 'Estou arrependido', perdoá-lo-ás." Lc 17,3-4
E no Evangelho segundo São Mateus, Ele determina um número infinito de perdão: "Então Pedro se aproximou d'Ele e disse: 'Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?' Respondeu Jesus: 'Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.'" Mt 18,21-22
E no Evangelho segundo São Mateus, Ele determina um número infinito de perdão: "Então Pedro se aproximou d'Ele e disse: 'Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?' Respondeu Jesus: 'Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.'" Mt 18,21-22
- Arianismo: no século IV, Ário, Bispo de Alexandria, negava que Jesus fosse consubstancial ao Pai, ou seja, Ele não seria Deus, mas tão somente um subordinado a Ele. Dizia, entretanto, que o Cristo era uma criatura pré-existente, "criada do nada", "a primeira e mais excelsa criatura de Deus" e que Ele havia encarnado em Jesus. Deus, portanto, seria apenas uma Pessoa, e Jesus apenas Seu filho. Deus seria um eterno mistério, e assim nunca Se teria revelado. Ele não respondia, porém, uma simples pergunta: Como poderíamos, então, saber alguma coisa sobre Deus?
Em 325, o I Concílio Ecumênico de Niceia, convocado pelo Imperador Constantino I, afirmou em seu Credo que o Filho de Deus é "... gerado, não criado, consubstancial ao Pai..." E como Ário seguia resistindo, ainda durante o Concílio foi excomungado.
Está na Bíblia - Durante uma festa da Dedicação em Jerusalém, no Templo, sob o pórtico de Salomão, Jesus afirmou aos líderes judeus, que Lhe pediam que claramente dissesse se Ele era o Cristo: "Eu e o Pai somos um." Jo 10,30
- Macedonianismo: na segunda metade do século IV, o Patriarca de Constantinopla, Macedônio I, negava que o Espírito Santo fosse Deus, o que fez com que ele e seus seguidores recebessem a alcunha de 'adversários do Espírito'. Acreditavam que o Divino Paráclito era uma criatura do Filho, para servir a Ele e ao Pai. Também pregavam que o Filho não tinha a mesma natureza que o Pai, mas apenas naturezas parecidas. Os antigos arianos, claro, trataram de segui-los.
Em 381, o II Concílio Ecumênico de Constantinopla pôs fim a essa corrente de pensamento e afirmou que o Espírito Santo é "... o Senhor, o Doador da vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado." Assim ficou confirmado que o Santo Paráclito era consubstancial ao Pai e ao Filho, e com isso foi corroborado o conceito da Santíssima Trindade.
Está na Bíblia - Na primeira Páscoa em Jerusalém em vida pública, visitado por Nicodemos, Jesus testemunhou a unicidade e a divina autonomia do Espírito Santo: "O vento sopra onde quer. Ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito." Jo 3,8
E prometeu aos Apóstolos em últimos diálogos após a Santa Ceia: "Se Me amais, guardareis Meus mandamentos. E Eu rogarei ao Pai, e Ele dá-vos-á outro Paráclito, para que convosco fique eternamente. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece. Mas vós conhecê-Lo-eis, porque convosco permanecerá e em vós estará." Jo 14,17
Em 325, o I Concílio Ecumênico de Niceia, convocado pelo Imperador Constantino I, afirmou em seu Credo que o Filho de Deus é "... gerado, não criado, consubstancial ao Pai..." E como Ário seguia resistindo, ainda durante o Concílio foi excomungado.
Está na Bíblia - Durante uma festa da Dedicação em Jerusalém, no Templo, sob o pórtico de Salomão, Jesus afirmou aos líderes judeus, que Lhe pediam que claramente dissesse se Ele era o Cristo: "Eu e o Pai somos um." Jo 10,30
Em 381, o II Concílio Ecumênico de Constantinopla pôs fim a essa corrente de pensamento e afirmou que o Espírito Santo é "... o Senhor, o Doador da vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado." Assim ficou confirmado que o Santo Paráclito era consubstancial ao Pai e ao Filho, e com isso foi corroborado o conceito da Santíssima Trindade.
Está na Bíblia - Na primeira Páscoa em Jerusalém em vida pública, visitado por Nicodemos, Jesus testemunhou a unicidade e a divina autonomia do Espírito Santo: "O vento sopra onde quer. Ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito." Jo 3,8
E prometeu aos Apóstolos em últimos diálogos após a Santa Ceia: "Se Me amais, guardareis Meus mandamentos. E Eu rogarei ao Pai, e Ele dá-vos-á outro Paráclito, para que convosco fique eternamente. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece. Mas vós conhecê-Lo-eis, porque convosco permanecerá e em vós estará." Jo 14,17
- Apolinarianismo: no fim do século IV, Apolinário de Laodiceia explicava a natureza de Jesus como um corpo humano com mente divina. Seu espírito teria sido substituído pelo Verbo, ou seja, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Negava, portanto, a humanidade de Cristo, cujo Corpo seria apenas um veículo. Por essa afirmação, porém, Cristo, que não teve um corpo próprio, poderia incorporar em qualquer homem.
Em 381, no mesmo I Concílio de Constantinopla, sua teoria foi amplamente rejeitada e confirmou-se que Jesus era totalmente homem, ao mesmo tempo que, por mistério, totalmente Deus. São Gregório Nazianzeno foi um dos presidentes do Concílio, e por sua brilhante argumentação aí seria reconhecido como o 'Teólogo da Trindade'.
Está na Bíblia - Nosso Senhor disse aos Apóstolos quando instituiu a Santa Eucaristia: "Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-O e deu-lhO, dizendo: 'Isto é Meu Corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de Mim.'" Lc 22,19
- Pelagianismo - no início do século V, Pelágio da Bretanha, monge ascético, defendia que o homem não depende de Deus para ser salvo, ou seja, não precisaria da Divina Graça. Para ele, o ser humano nasce 'moralmente neutro', e assim renegava o conceito do pecado original. Seus argumentos foram luminosamente desarticulados por São Jerônimo, tradutor e comentarista da Bíblia, e também por Santo Agostinho, que sustentava que toda humanidade estava sob o pecado e que só com o auxílio da Graça poderia salvar-se.
Para Pelágio, a habilidade moral dada por Deus era o bastante para a Salvação, embora mais tarde ele tenha admitido que a Graça facilitasse a obediência. Ainda segundo ele, o papel de Jesus era ser 'um bom exemplo fixo' para a humanidade, além de proporcionar a expiação dos pecados. Foi condenado como herege em 417 pelo Papa Inocêncio I, decisão que foi ratificada em 418 pelo Papa Zósimo, e mais uma vez no I Concílio de Éfeso, em 431.
Está na Bíblia - Pouco antes de partir para o Horto das Oliveiras, onde seria preso, Jesus asseverou aos Seus seguidores: "Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanecer em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto. Porque sem Mim nada podeis fazer." Jo 15,5
- Nestorianismo: Nestório, monge e Patriarca de Constantinopla do século V, ensinava que a natureza humana de Jesus não se unia à Sua natureza divina, e por isso Maria não poderia ser chamada de Mãe de Deus. Em 431, no I Concílio de Éfeso, ele viu suas ideias derrotadas por São Cirilo de Alexandria e, por não reconhecer as decisões, foi condenado como herege. Foi-lhe concedido, porém, viver num mosteiro, pois se esperava que se arrependesse, mas ele morreu sem voltar atrás.
Como seus seguidores continuavam divulgando tais ensinamentos, em 451, no Concílio de Calcedônia, eles foram novamente declarados heréticos, mas, com apoio dos governantes da Pérsia, decidiram aí formar a igreja assíria do oriente. Essa ruptura ficou conhecida como o Cisma Nestoriano.
Está na Bíblia - Depois que Nossa Senhora concebeu do Espírito Santo, Santa Isabel disse-lhe por ocasião de sua visita: "De onde me vem esta honra de vir a mim a Mãe de Meu Senhor?" Lc 1,43
E Jesus, invocando o poder de Seus milagres, pedia aos judeus: "... a fim de que reconheçais que o Pai está em Mim, e Eu no Pai." Jo 10,38
- Monofisismo: era uma teoria cristológica que afirmava que Jesus tinha apenas a natureza divina, portanto, nada de humano. Êutiques, celibatário sacerdote muito respeitado em Constantinopla, ensandecidamente levantou essa ideia logo depois da condenação de Nestório. Não demorou, pois, e em 448 também foi condenado por heresia. Mas em 449, no controverso II Concílio de Éfeso, que foi revogado pelo Papa São Leão Magno, Êutiques foi reconduzido ao posto, graças a apoio político, e seus oponentes foram depostos.
Em 451, porém, no Concílio da Calcedônia, suas ideias foram amplamente rejeitadas e de novo ele foi condenado por heresia, sendo em definitivo deposto.
Está na Bíblia - Como os quatro Evangelhos atestam, Jesus morreu na Cruz. Eis o relato de São João Evangelista: "Chegando, porém, a Jesus, como O vissem já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-Lhe o lado com uma lança e imediatamente saiu Sangue e Água." Jo 19,33-34
- Cisma do Oriente: no século XI, os Patriarcas vinculados a Constantinopla definitivamente proclamaram não reconhecer a supremacia do Papa sobre a Igreja. No século IX, o Imperador Bizantino, Miguel III, o Ébrio, havia deposto Inácio, o Patriarca de Constantinopla, e nomeado Fócio, mas o Papa São Nicolau Magno não reconheceu nem a destituição nem o novo patriarca. Muito ambicioso, para acirrar a intriga e provocar a ruptura com o Papado, Fócio insidiosamente invocou a questão 'Filioque', até então uma irresoluta divergência doutrinária entre Roma e Constantinopla sobre a procedência do Espírito Santo, que o Oriente dizia proceder apenas do Pai, e não do Filho.
Em 1054, Miguel Cerulário, Patriarca de Constantinopla, por meses recusou-se a receber o Cardeal enviado pelo Papa Leão IX, que ali estava para informar-lhe que o Bispo de Roma era o 'Patriarca Ecumênico'. Como realmente não o recebia, Miguel terminou sendo excomungado. Ele reagiu 'excomungando' o Cardeal e o Papa, iniciando o desligamento de oficial modo.
Está na Bíblia - Jesus disse aos Apóstolos, instantes antes de rezar ao Pai a Oração da Unidade: "Entretanto, digo-vos a Verdade: convém a vós que Eu vá! Porque, se Eu não for, o Paráclito não virá a vós. Mas se Eu for, enviá-Lo-ei." Jo 16,7
- Valdenses e albigenses: no fim do século XII, Pedro Valdo, um comerciante de Lyon que havia renunciado à sua fortuna, dizia que os cristãos não precisavam dos Sacerdotes da Igreja para salvarem-se, mas tão somente de oração e dos ensinamentos de Jesus. Contudo, não explicava como os ensinamentos de Jesus haviam chegado a ele. Os 'pastores', dizia esse heresiarca, homens comuns que não precisariam deixar suas famílias nem seus trabalhos, poderiam ler a Bíblia, comentá-la e ser conselheiros morais do povo.
Eles influenciaram outro movimento no sul da França, os albigenses, que se dividiam entre os 'perfeitos', pessoas que viviam em constante penitência, e os 'crentes', que acreditavam que só havia uma única absolvição dos pecados por toda vida, não podendo o cristão tornar a pecar. Os praticantes dessas correntes viviam esmolando, levando uma vida extremamente austera, e recusavam qualquer autoridade da Igreja.
Em 1209, o Papa Inocêncio III contou com a santidade de São Domingos para pôr fim a essas heresias, mas eles ainda resistiram de forma organizada até 1229. Desarticulados, no século XVI iriam abraçar o movimento 'reformador' de Calvino na França e depois influenciar a 'Reforma Protestante' na Suíça.
Está na Bíblia - Após anunciar aos Apóstolos Sua Paixão pela segunda vez, Jesus garantiu-lhes: "Quem vos ouve, a Mim ouve. E quem vos rejeita, a Mim rejeita. E quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou." Lc 10,16
Em 381, no mesmo I Concílio de Constantinopla, sua teoria foi amplamente rejeitada e confirmou-se que Jesus era totalmente homem, ao mesmo tempo que, por mistério, totalmente Deus. São Gregório Nazianzeno foi um dos presidentes do Concílio, e por sua brilhante argumentação aí seria reconhecido como o 'Teólogo da Trindade'.
Está na Bíblia - Nosso Senhor disse aos Apóstolos quando instituiu a Santa Eucaristia: "Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-O e deu-lhO, dizendo: 'Isto é Meu Corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de Mim.'" Lc 22,19
- Pelagianismo - no início do século V, Pelágio da Bretanha, monge ascético, defendia que o homem não depende de Deus para ser salvo, ou seja, não precisaria da Divina Graça. Para ele, o ser humano nasce 'moralmente neutro', e assim renegava o conceito do pecado original. Seus argumentos foram luminosamente desarticulados por São Jerônimo, tradutor e comentarista da Bíblia, e também por Santo Agostinho, que sustentava que toda humanidade estava sob o pecado e que só com o auxílio da Graça poderia salvar-se.
Para Pelágio, a habilidade moral dada por Deus era o bastante para a Salvação, embora mais tarde ele tenha admitido que a Graça facilitasse a obediência. Ainda segundo ele, o papel de Jesus era ser 'um bom exemplo fixo' para a humanidade, além de proporcionar a expiação dos pecados. Foi condenado como herege em 417 pelo Papa Inocêncio I, decisão que foi ratificada em 418 pelo Papa Zósimo, e mais uma vez no I Concílio de Éfeso, em 431.
Está na Bíblia - Pouco antes de partir para o Horto das Oliveiras, onde seria preso, Jesus asseverou aos Seus seguidores: "Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanecer em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto. Porque sem Mim nada podeis fazer." Jo 15,5
- Nestorianismo: Nestório, monge e Patriarca de Constantinopla do século V, ensinava que a natureza humana de Jesus não se unia à Sua natureza divina, e por isso Maria não poderia ser chamada de Mãe de Deus. Em 431, no I Concílio de Éfeso, ele viu suas ideias derrotadas por São Cirilo de Alexandria e, por não reconhecer as decisões, foi condenado como herege. Foi-lhe concedido, porém, viver num mosteiro, pois se esperava que se arrependesse, mas ele morreu sem voltar atrás.
Como seus seguidores continuavam divulgando tais ensinamentos, em 451, no Concílio de Calcedônia, eles foram novamente declarados heréticos, mas, com apoio dos governantes da Pérsia, decidiram aí formar a igreja assíria do oriente. Essa ruptura ficou conhecida como o Cisma Nestoriano.
Está na Bíblia - Depois que Nossa Senhora concebeu do Espírito Santo, Santa Isabel disse-lhe por ocasião de sua visita: "De onde me vem esta honra de vir a mim a Mãe de Meu Senhor?" Lc 1,43
E Jesus, invocando o poder de Seus milagres, pedia aos judeus: "... a fim de que reconheçais que o Pai está em Mim, e Eu no Pai." Jo 10,38
- Monofisismo: era uma teoria cristológica que afirmava que Jesus tinha apenas a natureza divina, portanto, nada de humano. Êutiques, celibatário sacerdote muito respeitado em Constantinopla, ensandecidamente levantou essa ideia logo depois da condenação de Nestório. Não demorou, pois, e em 448 também foi condenado por heresia. Mas em 449, no controverso II Concílio de Éfeso, que foi revogado pelo Papa São Leão Magno, Êutiques foi reconduzido ao posto, graças a apoio político, e seus oponentes foram depostos.
Em 451, porém, no Concílio da Calcedônia, suas ideias foram amplamente rejeitadas e de novo ele foi condenado por heresia, sendo em definitivo deposto.
Está na Bíblia - Como os quatro Evangelhos atestam, Jesus morreu na Cruz. Eis o relato de São João Evangelista: "Chegando, porém, a Jesus, como O vissem já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-Lhe o lado com uma lança e imediatamente saiu Sangue e Água." Jo 19,33-34
- Cisma do Oriente: no século XI, os Patriarcas vinculados a Constantinopla definitivamente proclamaram não reconhecer a supremacia do Papa sobre a Igreja. No século IX, o Imperador Bizantino, Miguel III, o Ébrio, havia deposto Inácio, o Patriarca de Constantinopla, e nomeado Fócio, mas o Papa São Nicolau Magno não reconheceu nem a destituição nem o novo patriarca. Muito ambicioso, para acirrar a intriga e provocar a ruptura com o Papado, Fócio insidiosamente invocou a questão 'Filioque', até então uma irresoluta divergência doutrinária entre Roma e Constantinopla sobre a procedência do Espírito Santo, que o Oriente dizia proceder apenas do Pai, e não do Filho.
Em 1054, Miguel Cerulário, Patriarca de Constantinopla, por meses recusou-se a receber o Cardeal enviado pelo Papa Leão IX, que ali estava para informar-lhe que o Bispo de Roma era o 'Patriarca Ecumênico'. Como realmente não o recebia, Miguel terminou sendo excomungado. Ele reagiu 'excomungando' o Cardeal e o Papa, iniciando o desligamento de oficial modo.
Está na Bíblia - Jesus disse aos Apóstolos, instantes antes de rezar ao Pai a Oração da Unidade: "Entretanto, digo-vos a Verdade: convém a vós que Eu vá! Porque, se Eu não for, o Paráclito não virá a vós. Mas se Eu for, enviá-Lo-ei." Jo 16,7
- Valdenses e albigenses: no fim do século XII, Pedro Valdo, um comerciante de Lyon que havia renunciado à sua fortuna, dizia que os cristãos não precisavam dos Sacerdotes da Igreja para salvarem-se, mas tão somente de oração e dos ensinamentos de Jesus. Contudo, não explicava como os ensinamentos de Jesus haviam chegado a ele. Os 'pastores', dizia esse heresiarca, homens comuns que não precisariam deixar suas famílias nem seus trabalhos, poderiam ler a Bíblia, comentá-la e ser conselheiros morais do povo.
Eles influenciaram outro movimento no sul da França, os albigenses, que se dividiam entre os 'perfeitos', pessoas que viviam em constante penitência, e os 'crentes', que acreditavam que só havia uma única absolvição dos pecados por toda vida, não podendo o cristão tornar a pecar. Os praticantes dessas correntes viviam esmolando, levando uma vida extremamente austera, e recusavam qualquer autoridade da Igreja.
Em 1209, o Papa Inocêncio III contou com a santidade de São Domingos para pôr fim a essas heresias, mas eles ainda resistiram de forma organizada até 1229. Desarticulados, no século XVI iriam abraçar o movimento 'reformador' de Calvino na França e depois influenciar a 'Reforma Protestante' na Suíça.
Está na Bíblia - Após anunciar aos Apóstolos Sua Paixão pela segunda vez, Jesus garantiu-lhes: "Quem vos ouve, a Mim ouve. E quem vos rejeita, a Mim rejeita. E quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou." Lc 10,16
Claramente disse-lhes sobre aquele que ofende a Deus: "Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se também recusar ouvir a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano." Mt 18,17
E nas revelações do Livro do Apocalipse de São João, por sete vez Ele determina que todo cristão ouça sua diocese, afirmando que é o Espírito Santo que fala através delas: "Eis o que diz Aquele que segura as sete estrelas em Sua mão direita, Aquele que anda pelo meio dos sete candelabros de ouro. Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" Ap 2,1b.7a
Sempre muito salutares, portanto, são essas palavras de um fervoroso defensor da Sã Doutrina, na Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo: "Empenha-te em apresentar-te diante de Deus como homem digno de aprovação, operário que não tem de que se envergonhar, íntegro distribuidor da Palavra da Verdade. Procura esquivar-te das frívolas conversas dos mundanos, que só contribuem para a impiedade. As palavras dessa gente destroem como a gangrena. Quem, portanto, se conservar puro e isento dessas doutrinas, será um nobre, santificado, útil instrumento a Seu Possuidor, preparado para todo benéfico uso." 2 Tm 2,15-17a.21
E nas revelações do Livro do Apocalipse de São João, por sete vez Ele determina que todo cristão ouça sua diocese, afirmando que é o Espírito Santo que fala através delas: "Eis o que diz Aquele que segura as sete estrelas em Sua mão direita, Aquele que anda pelo meio dos sete candelabros de ouro. Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" Ap 2,1b.7a
Sempre muito salutares, portanto, são essas palavras de um fervoroso defensor da Sã Doutrina, na Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo: "Empenha-te em apresentar-te diante de Deus como homem digno de aprovação, operário que não tem de que se envergonhar, íntegro distribuidor da Palavra da Verdade. Procura esquivar-te das frívolas conversas dos mundanos, que só contribuem para a impiedade. As palavras dessa gente destroem como a gangrena. Quem, portanto, se conservar puro e isento dessas doutrinas, será um nobre, santificado, útil instrumento a Seu Possuidor, preparado para todo benéfico uso." 2 Tm 2,15-17a.21
Recomendou-lhe mais: "Vigia a ti e a Doutrina. E persevera nestas coisas. Se isto fizeres, salvarás a ti mesmo e aos que te ouvirem." 1 Tm 4,16
Já a Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios expressa: "É que, de fato, não somos, como tantos outros, falsificadores da Palavra de Deus. Mas é em sua integridade, tal como procede de Deus, que nós a pregamos em Cristo, sob os olhares de Deus." 2 Cor 2,17
E exaltando a Comunhão que só em Cristo é promovida pelo Santo Paráclito, a Carta de São Paulo aos Efésios prescreve: "N'Ele (Cristo) vós, depois de terdes ouvido a Palavra da Verdade, o Evangelho de vossa Salvação no qual tendes crido, também fostes selados com o Espírito Santo que fora prometido, que é o penhor de nossa herança, enquanto esperamos a completa Redenção daqueles que Deus adquiriu para o louvor de Sua Glória." Ef 1,13-14
Sinal da Glória de Deus, da Comunhão da Santíssima Trindade e da passagem de Jesus entre nós, a Unidade da Igreja foi objeto de oração de Jesus ao Pai, quando rezou pelos Apóstolos e por todos que os ouviriam: "Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que, pela palavra deles, hão de crer em Mim. Para que todos sejam Um, assim como Tu, Pai, estás em Mim e Eu em Ti, para que eles também estejam em Nós e o mundo creia que Tu Me enviaste. Dei-lhes a Glória que Me deste, para que sejam Um, como Nós somos Um: Eu neles e Tu em Mim. Para que sejam perfeitos na Unidade e o mundo reconheça que Me enviaste e os amaste, como amaste a Mim." Jo 17,20-23
Pois Nosso Senhor mesmo defendia a Revelação e determinou a integral divulgação de Sua Doutrina. Foi o que disse em últimas palavras antes de Sua Ascensão: "Ensinai-as (nações) a observar tudo que vos prescrevi." Mt 28,20a
Ademais, quando os fariseus se escandalizaram com Seus ensinamentos sobre o que seriam 'alimentos impuros', pronunciou-Se sobre todos desvios da fé: "Toda planta que Meu Pai Celeste não plantou será arrancada pela raiz. Deixai-os. São cegos e guias de cegos. Ora, se um cego conduz a outro, ambos tombarão na mesma vala." Mt 15,13b-14
E como ensinava o amor ao próximo, essencialmente pedia amor entre Seus representantes. Quando Judas Iscariotes saiu para traí-Lo, Ele prometeu aos Apóstolos em despedida: "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." Jo 13,35
"Em Comunhão com toda a Igreja aqui estamos!"
Já a Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios expressa: "É que, de fato, não somos, como tantos outros, falsificadores da Palavra de Deus. Mas é em sua integridade, tal como procede de Deus, que nós a pregamos em Cristo, sob os olhares de Deus." 2 Cor 2,17
E exaltando a Comunhão que só em Cristo é promovida pelo Santo Paráclito, a Carta de São Paulo aos Efésios prescreve: "N'Ele (Cristo) vós, depois de terdes ouvido a Palavra da Verdade, o Evangelho de vossa Salvação no qual tendes crido, também fostes selados com o Espírito Santo que fora prometido, que é o penhor de nossa herança, enquanto esperamos a completa Redenção daqueles que Deus adquiriu para o louvor de Sua Glória." Ef 1,13-14
Sinal da Glória de Deus, da Comunhão da Santíssima Trindade e da passagem de Jesus entre nós, a Unidade da Igreja foi objeto de oração de Jesus ao Pai, quando rezou pelos Apóstolos e por todos que os ouviriam: "Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que, pela palavra deles, hão de crer em Mim. Para que todos sejam Um, assim como Tu, Pai, estás em Mim e Eu em Ti, para que eles também estejam em Nós e o mundo creia que Tu Me enviaste. Dei-lhes a Glória que Me deste, para que sejam Um, como Nós somos Um: Eu neles e Tu em Mim. Para que sejam perfeitos na Unidade e o mundo reconheça que Me enviaste e os amaste, como amaste a Mim." Jo 17,20-23
Pois Nosso Senhor mesmo defendia a Revelação e determinou a integral divulgação de Sua Doutrina. Foi o que disse em últimas palavras antes de Sua Ascensão: "Ensinai-as (nações) a observar tudo que vos prescrevi." Mt 28,20a
Ademais, quando os fariseus se escandalizaram com Seus ensinamentos sobre o que seriam 'alimentos impuros', pronunciou-Se sobre todos desvios da fé: "Toda planta que Meu Pai Celeste não plantou será arrancada pela raiz. Deixai-os. São cegos e guias de cegos. Ora, se um cego conduz a outro, ambos tombarão na mesma vala." Mt 15,13b-14
E como ensinava o amor ao próximo, essencialmente pedia amor entre Seus representantes. Quando Judas Iscariotes saiu para traí-Lo, Ele prometeu aos Apóstolos em despedida: "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." Jo 13,35
"Em Comunhão com toda a Igreja aqui estamos!"
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