Muito antes de o Dogma da Imaculada Conceição de Maria, que define a miraculosa forma como ela foi concebida no ventre de Santa Ana, ser declarado na Bula Ineffabilis Deus pelo Papa Pio IX, fato dado em 1854, a Santa Igreja Católica já celebrava essa obra da Divina Graça. Há registro destas festas em Constantinopla no século VII, embora ainda não tivesse sido oficializada pela Santa Sé.
Pois o termo 'imaculada' foi usado muito antes, na primeira metade do século III, pelo teólogo Orígenes que escreveu na obra 'Homilia Inter Collectas Ex Variis Locis': "Desposada com José, mas não carnalmente unida. A Mãe d'Este foi Mãe Imaculada, Mãe Incorrupta, Mãe Intacta. A Mãe d'Este, de qual Este? A Mãe do Senhor, Unigênito de Deus, do Rei Universal, do Salvador e Redentor de todos."
E no século XIII, São João Damasceno expressamente tornou a usá-lo. Em exemplo, ao tratar de sua Assunção aos Céus: "Como é possível que aquela que no parto ultrapassou todos limites da natureza, agora se submeta às leis desta, e seu imaculado corpo se sujeite à morte?" E ao tratar da Transubstanciação do Santíssimo Sacramento: "... se, finalmente, a própria Palavra de Deus Se fez Homem e Se encarnou do puríssimo e imaculado sangue da santa e sempre Virgem, por que não seria capaz de fazer do pão Seu Corpo, e do vinho e da água Seu Sangue?"
No século XIII, enfim, o Beato John Duns Scot, teólogo e filósofo franciscano de Escócia, fiel seguidor das inspirações e da veneração de São Francisco de Assis à Santíssima Virgem, concluiu que foi a vontade de Deus preservá-la da falta da Graça Santificante, que acomete a humanidade desde o pecado original. Para conceber o Filho de Deus, portanto, quis o Pai que Maria viesse ao mundo já 'agraciada' (cf. Lc 1,28), isto é, dotada da Graça maior que é a vitória sobre o pecado, pois tão somente de sua carne, ou seja, sem a carne de São José, seria gerada a Carne de Seu Filho (cf. Rm 1,3).
Ora, no Livro de Jó, este personagem lembra que todos nós trazemos a marca do pecado, lançando o óbvio argumento de que a gestação de Jesus só se poderia dar através de uma mulher pura: "O homem nascido da mulher vive pouco tempo e é cheio de muitas misérias. Quem fará sair o Puro do impuro?" Jó 14,1.4
Como já era da Sagrada Tradição, pois, a absoluta pureza de Nossa Senhora foi devotamente contemplada por São Francisco, e por seu exemplo o inspirado Beato John Scot chegou aos termos da inicial argumentação a respeito desta singular Graça: a divina intervenção aconteceu desde o primeiro momento da Concepção de Maria no ventre de Santa Ana.
De fato, ao cantar o Magnificat, Nossa Mãe Celeste aponta não apenas uma maravilha que lhe foi concedida por Deus, das quais, sem dúvida, a maior delas é a gestação do Senhor, mas maravilhas. Está no Evangelho Segundo São Lucas: "Por isto, desde agora, todas gerações proclamá-me-ão bem-aventurada, porque em mim realizou maravilhas Aquele que é poderoso, e Cujo Nome é Santo." Lc 1,48b-49
E quase dois séculos mais tarde, em 1474, o Papa Sisto IV instituiu a Festa da Imaculada Conceição para toda Igreja Católica Apostólica Romana, escolhendo como data oficial o dia 8 de dezembro, mesmo sem proclamar esse Dogma, porque simplesmente não julgava necessário. O Papa Pio V, pouco menos de um século depois, em 1570, confirmou e formalizou a festa com a publicação do Novo Ofício da Igreja, e o Papa Clemente XI, por fim, tornou-a obrigatória para toda Igreja no início do século XVIII.
Não por acaso, na Aparição de Paris, dada em 27 de novembro de 1830, Nossa Senhora foi vista por Santa Catarina Labouré sob a luminosa frase: "Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós." E ela pediu que esta frase, que está expressa na Medalha Milagrosa, fosse pronunciada após o fim de cada mistério do Terço.
Ora, no Livro de Jó, este personagem lembra que todos nós trazemos a marca do pecado, lançando o óbvio argumento de que a gestação de Jesus só se poderia dar através de uma mulher pura: "O homem nascido da mulher vive pouco tempo e é cheio de muitas misérias. Quem fará sair o Puro do impuro?" Jó 14,1.4
Como já era da Sagrada Tradição, pois, a absoluta pureza de Nossa Senhora foi devotamente contemplada por São Francisco, e por seu exemplo o inspirado Beato John Scot chegou aos termos da inicial argumentação a respeito desta singular Graça: a divina intervenção aconteceu desde o primeiro momento da Concepção de Maria no ventre de Santa Ana.
De fato, ao cantar o Magnificat, Nossa Mãe Celeste aponta não apenas uma maravilha que lhe foi concedida por Deus, das quais, sem dúvida, a maior delas é a gestação do Senhor, mas maravilhas. Está no Evangelho Segundo São Lucas: "Por isto, desde agora, todas gerações proclamá-me-ão bem-aventurada, porque em mim realizou maravilhas Aquele que é poderoso, e Cujo Nome é Santo." Lc 1,48b-49
E quase dois séculos mais tarde, em 1474, o Papa Sisto IV instituiu a Festa da Imaculada Conceição para toda Igreja Católica Apostólica Romana, escolhendo como data oficial o dia 8 de dezembro, mesmo sem proclamar esse Dogma, porque simplesmente não julgava necessário. O Papa Pio V, pouco menos de um século depois, em 1570, confirmou e formalizou a festa com a publicação do Novo Ofício da Igreja, e o Papa Clemente XI, por fim, tornou-a obrigatória para toda Igreja no início do século XVIII.
Não por acaso, na Aparição de Paris, dada em 27 de novembro de 1830, Nossa Senhora foi vista por Santa Catarina Labouré sob a luminosa frase: "Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós." E ela pediu que esta frase, que está expressa na Medalha Milagrosa, fosse pronunciada após o fim de cada mistério do Terço.
E em 11 de fevereiro de 1858, ou seja, apenas quatro anos depois da declaração do Dogma por Pio IX, Nossa Senhora apareceu na comuna de Lourdes, em França, a Santa Bernardete Soubirous, e apresentou-se exatamente assim: "Eu sou a Imaculada Conceição." A idade de Santa Bernardete, que contava 14 anos, sua condição de pobre e pouca alfabetização, além do improvável conhecimento da proclamação desse Dogma, à época ignorada até mesmo por muitos padres pelo mundo afora por causa dificuldades de comunicação e das distâncias, concorreram como fortes indícios para a confirmação da aparição.
Afirmativamente, Nossa Senhora estava fazendo uso de um título que, com toda Justiça, lhe era devido desde seu nascimento. E respondia à proclamação do Dogma pelo Papa com uma celestial manifestação! Assim somos levados a reconhecer que, desde Adão e Eva, Maria é o primeiro e único ser humano a vir ao mundo totalmente isento do pecado. Ela é, portanto, perfeita imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1,26).
Para sustentar esse Dogma, entre tantos outros argumentos, o Papa Pio IX valeu-se de conclusões obtidas de passagens bíblicas:
- Maria não traz nem sequer a mancha do pecado, como está no Livro de Cântico dos Cânticos. O Amado, que deve ser entendido como o próprio Deus, canta a Sua amada: "És toda bela, ó minha amada, e não há mancha em ti." Ct 4,7
- Ela é a Incorruptível Arca da Aliança, o que se depreende do Livro de Deuteronômio, quando Moisés diz das ordens que recebeu de Deus: "Fiz, pois, uma Arca de incorruptível madeira..." Dt 10,3
- No Livro de Apocalipse de São João, Nossa Mãe Celeste surge como a definitiva Arca da Aliança, pois na anterior eram guardadas as Tábuas da Lei e em seu ventre veio Jesus, o próprio Verbo Encarnado (cf. Jo 1,14), isto é, a Palavra de Deus por excelência. Nessa ocasião, ademais, também se atesta sua luz e sua coroação: "Abriu-se o Templo de Deus no Céu, e em Seu Templo apareceu a Arca de Seu Testamento. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e forte saraiva. Em seguida apareceu um grande sinal no Céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo de seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas." Ap 11,19;12,1
Afirmativamente, Nossa Senhora estava fazendo uso de um título que, com toda Justiça, lhe era devido desde seu nascimento. E respondia à proclamação do Dogma pelo Papa com uma celestial manifestação! Assim somos levados a reconhecer que, desde Adão e Eva, Maria é o primeiro e único ser humano a vir ao mundo totalmente isento do pecado. Ela é, portanto, perfeita imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1,26).
Para sustentar esse Dogma, entre tantos outros argumentos, o Papa Pio IX valeu-se de conclusões obtidas de passagens bíblicas:
- Maria não traz nem sequer a mancha do pecado, como está no Livro de Cântico dos Cânticos. O Amado, que deve ser entendido como o próprio Deus, canta a Sua amada: "És toda bela, ó minha amada, e não há mancha em ti." Ct 4,7
- Ela é a Incorruptível Arca da Aliança, o que se depreende do Livro de Deuteronômio, quando Moisés diz das ordens que recebeu de Deus: "Fiz, pois, uma Arca de incorruptível madeira..." Dt 10,3
- No Livro de Apocalipse de São João, Nossa Mãe Celeste surge como a definitiva Arca da Aliança, pois na anterior eram guardadas as Tábuas da Lei e em seu ventre veio Jesus, o próprio Verbo Encarnado (cf. Jo 1,14), isto é, a Palavra de Deus por excelência. Nessa ocasião, ademais, também se atesta sua luz e sua coroação: "Abriu-se o Templo de Deus no Céu, e em Seu Templo apareceu a Arca de Seu Testamento. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e forte saraiva. Em seguida apareceu um grande sinal no Céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo de seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas." Ap 11,19;12,1
Conforme os Mandamentos da Santa Madre Igreja, este é um dos 4 dias de preceito em Brasil, junto ao Natal, ao Corpus Christi e ao dia de Solenidade da Santíssima Mãe de Deus, em 1º de janeiro. São dias, portanto, que devem ser guardados como o próprio Domingo, participando-se da Santa Missa.
Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

