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quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Nossa Senhora da Apresentação
Conta o Proto-Evangelho de São Tiago, um livro apócrifo, ou seja, não reconhecido pela Igreja como totalmente inspirado pelo Espírito Santo, que aos 3 anos de idade foi Nossa Senhora apresentada no Templo de Jerusalém por São Joaquim e Santa Ana. Assim está escrito:
"Os meses foram passando para a menina, e quando ela completou dois anos, Joaquim disse a Ana:
- Vamos levá-la ao Templo do Senhor para cumprirmos a promessa que fizemos, para que o Senhor não reclame e nossa oferenda não se torne inaceitável a Seus olhos.
Ana respondeu:
- Vamos esperar que ela complete três anos, para que não venha sentir saudade de nós.
E Joaquim respondeu:
- Vamos aguardar.
Quando completou três anos, Joaquim disse:
- Chame as meninas hebreias, virgens, e que, duas a duas, tomem uma lâmpada acesa para que a menina [Maria] não olhe para trás, e Seu coração não se prenda por algo fora do Templo de Deus.
E assim foi feito e subiram ao Templo do Senhor. O sacerdote então a recebeu, beijou-a e abençoou-a. E disse [a Maria]:
- O Senhor engrandeceu teu nome diante de todas gerações. No final dos tempos, em ti manifestará Sua Redenção aos filhos de Israel.
Então fez [Maria] sentar-se no terceiro degrau do altar, e o Senhor derramou Sua Graça sobre ela. Ela dançou e cativou toda casa de Israel.
Seus pais foram embora cheios de admiração, e louvaram ao Senhor porque a menina não olhou para trás. E Maria passou a ficar no Templo como uma pequena pomba, recebendo seu sustento das mãos de um anjo."
Segundo esse mesmo apócrifo, Maria teria vivido no Templo até os 12 anos de idade, como era a instrução escolar àqueles tempos: 7 anos, de 5 aos 12. Exatamente como o próprio Jesus viria a ter.
Embora tenhamos essas informações de um livro não totalmente inspirado, nessas linhas vê-se a preparação de Nossa Senhora, já desde sua Imaculada Conceição, para ser a Mãe do Salvador. Tão Santa, ela não poderia ter sido criada em outro lugar, senão na Casa do Senhor.
E reza a Liturgia das Horas: "Neste dia, em que se lembra a dedicação da Igreja de Santa Maria, a Nova, construída próximo do Templo de Jerusalém no ano 543, comemoramos junto aos cristãos da igreja oriental a 'dedicação' que Maria fez de si mesma a Deus desde a infância, motivada pelo Espírito Santo, de Cuja Graça estava repleta desde sua Imaculada Concepção."
A Igreja, portanto, celebra a Apresentação de Nossa Senhora no Templo de Jerusalém desde o século VIII. Em 1372, o Papa Gregório XI estabeleceu essa comemoração na corte papal, em Avignon, e em 1585, por fim, Sixto V decretou que ela fosse celebrada por toda Igreja.
Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!
Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!
São Gelásio I
Foi eleito sucessor de São Pedro aos 82 anos, o que nos dá uma ideia de seu vigor espiritual e de sua importância para a Igreja. Conduziu a 'Barca de Pedro' por apenas 4 anos, entre os anos de 492 e 496, mas os cardeais, plenamente iluminados pelo Espírito de Deus, bem sabiam o que estavam fazendo, pois em tão pouco tempo ele realizou grandes obras que ainda hoje vigoram na Liturgia, no Direito Canônico e na hierarquia da Igreja.
Na Epístola 'Duo sunt' (Há dois), endereçada ao imperador Anastácio I, que estava queixoso por sua eleição não lhe ter sido comunicada, nosso Santo declarou a autonomia da Igreja diante de todo e qualquer poder terreno ou autoridade política: "Há dois poderes, augusto Imperador, através dos quais se governa o mundo: a sagrada autoridade dos Pontífices e o poder real. Destes dois, é mais grave o peso dos Sacerdotes, pois estes deverão prestar contas por ocasião do Divino Julgamento, inclusive pelos próprios reis da humanidade. Na verdade, tu sabes, clementíssimo filho, que em razão de tua dignidade és o primeiro de todos homens e o Imperador do mundo. Todavia, sê submisso aos representantes da religião e suplica-lhes o que é indispensável para tua Salvação."
Ele defendeu que os bispos são autoridades superiores aos poderes temporais, e que a autoridade espiritual do Papa é absoluta na Terra, ele é a ponte entre Deus e os seres humanos, entre o Céu e a Terra, e suas atitudes, portanto, não podem ser julgadas por ninguém. Tal afirmação foi a primeira a oficializar a autoridade do Bispo de Roma, sucessor da Sé de São Pedro, sobre toda Igreja, o que de fato já era praticado desde os tempos do Príncipe dos Apóstolos, quando os Doze responderam no Sinédrio, que era o conselho dos religiosos judeus, quando foram presos em Jerusalém pela segunda vez, conforme o Livro dos Atos dos Apóstolos: "Pedro e os Apóstolos replicaram: 'Importa obedecer antes a Deus que aos homens.'" At 5,29
A Primeira Carta de São Pedro, ademais, não deixou de afirmar a postura de humildade do Papa, como era bem a seu modo, dirigindo-se aos presbíteros de então, nossos atuais padres: "Velai sobre o rebanho de Deus, que vos é confiado. Dele tende cuidado, não constrangidos, mas espontaneamente; não por amor de sórdido interesse, mas com dedicação; não como absolutos dominadores sobre as comunidades que vos são confiadas, mas como modelos para vosso rebanho." 1 Pd 5,2-3
Através daquele que ficou conhecido como o Decretum Gelasianum, nosso Santo oficialmente ratificou quais livros bíblicos eram canônicos e quais os apócrifos, como bem antes de Santo Irineu, que viveu no século II, já era de uso da Igreja. Sábio e resoluto, com seus escritos combateu as heresias de seu tempo. Foram elas: o monofisismo e o arianismo, que negavam as duas naturezas de Cristo, humana e divina; o pelagianismo, que negava o pecado original e a corrupção da natureza humana; e o maniqueísmo, que dividia todas coisas entre o bem e o mal, e via todo mundo material como essencialmente mau. Ora, a Primeira Carta de São Paulo a São Timóteo expressamente diz: "Pois tudo que Deus criou é bom e nada há de reprovável, quando se usa com ação de graças." 1 Tm 4,4"
Na Epístola 'Duo sunt' (Há dois), endereçada ao imperador Anastácio I, que estava queixoso por sua eleição não lhe ter sido comunicada, nosso Santo declarou a autonomia da Igreja diante de todo e qualquer poder terreno ou autoridade política: "Há dois poderes, augusto Imperador, através dos quais se governa o mundo: a sagrada autoridade dos Pontífices e o poder real. Destes dois, é mais grave o peso dos Sacerdotes, pois estes deverão prestar contas por ocasião do Divino Julgamento, inclusive pelos próprios reis da humanidade. Na verdade, tu sabes, clementíssimo filho, que em razão de tua dignidade és o primeiro de todos homens e o Imperador do mundo. Todavia, sê submisso aos representantes da religião e suplica-lhes o que é indispensável para tua Salvação."
Ele defendeu que os bispos são autoridades superiores aos poderes temporais, e que a autoridade espiritual do Papa é absoluta na Terra, ele é a ponte entre Deus e os seres humanos, entre o Céu e a Terra, e suas atitudes, portanto, não podem ser julgadas por ninguém. Tal afirmação foi a primeira a oficializar a autoridade do Bispo de Roma, sucessor da Sé de São Pedro, sobre toda Igreja, o que de fato já era praticado desde os tempos do Príncipe dos Apóstolos, quando os Doze responderam no Sinédrio, que era o conselho dos religiosos judeus, quando foram presos em Jerusalém pela segunda vez, conforme o Livro dos Atos dos Apóstolos: "Pedro e os Apóstolos replicaram: 'Importa obedecer antes a Deus que aos homens.'" At 5,29
Pois, nas palavras do Evangelho segundo São Mateus, o próprio Jesus, enquanto preparava os Apóstolos, discípulos e seguidores, firmou: "Portanto, quem der testemunho de Mim diante dos homens, Eu também darei testemunho dele diante de Meu Pai, que está nos Céus." Mt 10,32
Também garantiu especialíssima assistência, como se lê no Evangelho segundo São Lucas: "Quando, porém, vos levarem às sinagogas, perante os magistrados e as autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de falar em vossa defesa, porque o Espírito Santo vos inspirará naquela hora o que deveis dizer." Lc 12,11-12
Também garantiu especialíssima assistência, como se lê no Evangelho segundo São Lucas: "Quando, porém, vos levarem às sinagogas, perante os magistrados e as autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de falar em vossa defesa, porque o Espírito Santo vos inspirará naquela hora o que deveis dizer." Lc 12,11-12
A Carta de São Paulo aos Romanos, por outro lado e em complemento, explicava sobre mundanos assuntos, ou seja, que não dizem respeito à Igreja: "Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Assim, aquele que resiste à autoridade, se opõe à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação." Rm 13,1-2
Também diz a Carta de São Paulo a São Tito: "Admoesta-os a que sejam submissos aos magistrados e às autoridades, sejam obedientes, estejam prontos para qualquer obra boa..." Tt 3,1A Primeira Carta de São Pedro, ademais, não deixou de afirmar a postura de humildade do Papa, como era bem a seu modo, dirigindo-se aos presbíteros de então, nossos atuais padres: "Velai sobre o rebanho de Deus, que vos é confiado. Dele tende cuidado, não constrangidos, mas espontaneamente; não por amor de sórdido interesse, mas com dedicação; não como absolutos dominadores sobre as comunidades que vos são confiadas, mas como modelos para vosso rebanho." 1 Pd 5,2-3
Através daquele que ficou conhecido como o Decretum Gelasianum, nosso Santo oficialmente ratificou quais livros bíblicos eram canônicos e quais os apócrifos, como bem antes de Santo Irineu, que viveu no século II, já era de uso da Igreja. Sábio e resoluto, com seus escritos combateu as heresias de seu tempo. Foram elas: o monofisismo e o arianismo, que negavam as duas naturezas de Cristo, humana e divina; o pelagianismo, que negava o pecado original e a corrupção da natureza humana; e o maniqueísmo, que dividia todas coisas entre o bem e o mal, e via todo mundo material como essencialmente mau. Ora, a Primeira Carta de São Paulo a São Timóteo expressamente diz: "Pois tudo que Deus criou é bom e nada há de reprovável, quando se usa com ação de graças." 1 Tm 4,4"
Com a morte deste Papa, a eleição de São Gelásio foi uma natural aclamação. O Cisma em curso, porém, mostrou-se ainda mais complicado com a oposição à Igreja feita por Anastácio I, que comandava o Império a partir de Constantinopla. Mesmo usando de muita compreensão e paciência, nosso Santo não conseguiu sanar essas diferenças através das tratativas que estabeleceu com o patriarca Eufêmio, sucessor de Acácio, e elas terminaram perdurando por 34 anos até as "Aclamações de Constantinopla", em 519, seis dias após o fim do reinado de Anastácio I, quando na catedral de Santa Sofia a população exigiu de Justino I, seu sucessor, e de João II, novo patriarca, a expulsão e o anátema de Severo, o maniqueísta, que havia substituído Eufêmio de 512 até 518. De toda forma, por sua grande habilidade e sinceras demonstrações de amor à Igreja Universal, nosso Papa já havia conseguido de Eufêmio, ainda que relutante, algumas concessões, mas ele terminou sendo deposto pelo imperador.
São Gelásio convocou e presidiu o Sínodo de 494, quando foi aprovada uma grande renovação litúrgica. Aí foi instituído um código, depois conhecido como o Sacramentário Gelasiano, que uniformizou os ritos e as funções realizadas nas igrejas do mundo todo. Ele contém 50 prefácios de Liturgia e uma coletânea de orações para serem usadas na Santa Missa.
Enfrentando o senado, em 494 conseguiu pôr fim a um festival pastoral pagão, chamado de Lupercália, comemorado em fevereiro, que persistia em Roma mesmo entre cristãos, apesar das proibições de 391, pois promoveria a fertilidade e a purificação da Cidade Eterna. Como argumentação, e provocação, ele escreveu ao senador Andromaco: "Se vós afirmais que este rito tem força salutar, celebrai-no da maneira ancestral; correi nus para que possais realizar a zombaria de maneira adequada."
Enfrentando o senado, em 494 conseguiu pôr fim a um festival pastoral pagão, chamado de Lupercália, comemorado em fevereiro, que persistia em Roma mesmo entre cristãos, apesar das proibições de 391, pois promoveria a fertilidade e a purificação da Cidade Eterna. Como argumentação, e provocação, ele escreveu ao senador Andromaco: "Se vós afirmais que este rito tem força salutar, celebrai-no da maneira ancestral; correi nus para que possais realizar a zombaria de maneira adequada."
A norma eclesiástica da infalibilidade papal, que defende a correção das decisões papais, principalmente em assuntos de fé e moral, discutida desde o século I e tornada dogma em 1870 pelo Concílio Vaticano I, foi expressamente manifesta por São Gelásio, quando escreveu: "... o que a Sede Apostólica afirma em um sínodo, adquire valor jurídico; o que ela rechaça, não tem força de lei."
Viveu uma vida de frequentes e intensas orações, e sempre insistia com todo clero para que fizesse o mesmo. O diácono e historiador grego Dionísio, o pequeno, que viveu no seguinte século, registrou que São Gelásio mais servia que dominava, e que, não obstante tenha sido Papa, viveu e morreu em tocante humildade. Fazia caridade com extrema facilidade, dizia Dionísio, e reconhecidamente viveu para 'enriquecer' os mais carentes.
Deram-lhe a alcunha de 'o Papa dos pobres'!
Deram-lhe a alcunha de 'o Papa dos pobres'!
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Não há Deus sem Jesus
Jesus, sem dúvida, 'interpôs-Se' entre Deus e o mundo, apresentou-Se como o único caminho que leva ao Pai. Ele disse aos Apóstolos após a Santa Ceia, como o Evangelho segundo São João registrou: "Ninguém vem ao Pai senão por Mim." Jo 14,6b
Afirmou, ao fim da preparação que deu aos Apóstolos na narrativa do Evangelho segundo São Mateus, que só era possível conhecer o Pai se Ele O revelasse: "Ninguém conhece o Filho, senão o Pai. E ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-Lo." Mt 11,27b
Nas primeiras palavras de São João Evangelista, as próprias visões que até então se tinha de Deus seriam meras representações, e só em Jesus chegariam à plenitude: "Ninguém jamais viu Deus. O Único Filho, que está no seio do Pai, foi Quem O revelou." Jo 1,18
E na Segunda Carta de São João, ele foi categórico: "Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na Doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na Doutrina, este possui o Pai e o Filho." 2 Jo 1,9
Afirmou, ao fim da preparação que deu aos Apóstolos na narrativa do Evangelho segundo São Mateus, que só era possível conhecer o Pai se Ele O revelasse: "Ninguém conhece o Filho, senão o Pai. E ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-Lo." Mt 11,27b
Nas primeiras palavras de São João Evangelista, as próprias visões que até então se tinha de Deus seriam meras representações, e só em Jesus chegariam à plenitude: "Ninguém jamais viu Deus. O Único Filho, que está no seio do Pai, foi Quem O revelou." Jo 1,18
E na Segunda Carta de São João, ele foi categórico: "Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na Doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na Doutrina, este possui o Pai e o Filho." 2 Jo 1,9
Só por Jesus, portanto, devemos viver, porque assim é o projeto do Pai. É o que a Primeira Carta de São João diz: "Nisto manifestou-se o amor de Deus para conosco: em ter-nos enviado ao mundo Seu Único Filho, para que por Ele vivamos." 1 Jo 4,9
A Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, invocando Sua Paixão, afirma o mesmo, pois a Comunhão dos Santos envolve a Igreja itinerante, que está na Terra, e a santificante, que está no Purgatório: "Ele morreu por nós, a fim de que nós, quer em estado de vigília, quer de sono, vivamos em união com Ele." 1 Ts 5,10
E conforme o inspirado testemunho de São João Batista, após o Batismo de Nosso Senhor, só através da manifestação de Jesus que podemos atestar a veracidade de Deus: "Aquele que recebe Seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro." Jo 3,33
Nosso Salvador, porém, foi ainda mais longe e deu-nos um novo conceito de Deus, que mais tarde seria entendido como a Santíssima Trindade. Ele afirmou perante os judeus no Templo de Jerusalém, durante a Festa da Dedicação: "Eu e o Pai somos Um." Jo 10,30
De fato, em Sua última Páscoa, clamando em Jerusalém, Ele explicou-Se nestes termos: "Aquele que crê em Mim, crê não em Mim, mas n'Aquele que Me enviou. E aquele que Me vê, vê Aquele que Me enviou." Jo 12,44b-45
Mas até mesmo os Apóstolos mostraram-se irrequietos, como vemos na noite em que seria preso: "Disse-lhe Filipe: 'Senhor, mostra-nos o Pai e isso basta-nos.' Respondeu Jesus: 'Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheceste, Filipe! Aquele que Me viu, também viu o Pai. Como, pois, dizes: Mostra-nos o Pai?..." Jo 14,8-9
E denunciando o ódio que o mundo tem a Deus, Jesus sentenciou nessa mesma ocasião, quando menciona uma passagem do Livro dos Salmos: "Se Eu não viesse e não lhes tivesse falado, não teriam pecado. Mas agora não há desculpa para seu pecado. Se Eu não tivesse feito entre eles obras, como nenhum outro fez, não teriam pecado. Mas agora as viram e odiaram a Mim e a Meu Pai. Foi, porém, para que se cumpra a Palavra que está escrita em Sua Lei: 'Odiaram-Me sem motivo (Sl 34,19; 68,5).'" Jo 15,22.24-25
Disse, em Sua primeira passagem por Jerusalém em vida pública, que o Juízo já havia sido pronunciado: "Ora, este é o Julgamento: a Luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas que a Luz, pois suas obras eram más." Jo 3,19
Também disse aos judeus que, por Sua Palavra, que corresponde ao veredicto, o Pai seria honrado. Foi depois que curou o cego de nascença na Cidade Santa: "Porque o Pai não julga ninguém, mas entregou todo Julgamento ao Filho. Desse modo, todos honrarão o Filho, bem como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho, não honra o Pai, que O enviou." Jo 5,22-23
Rejeitar o Evangelho, portanto, o que implica rejeitar Jesus, no mínimo já significará a condenação ao Purgatório. Está entre Suas últimas recomendações aos Apóstolos no Evangelho segundo São Marcos: "Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado." Mc 16,15b-16
E rejeitar a Igreja, que é o sustentáculo da Verdade, é rejeitar Deus. Ele disse aos 72 discípulos enviados adiante aos lugares onde havia de ir, na leitura do Evangelho segundo São Lucas: "Quem vos ouve, a Mim ouve. E quem vos rejeita, a Mim rejeita. E quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou." Lc 10,16
Porque a Ressurreição da Carne se dará por Jesus, e, estejamos certos, nosso acesso a Ele depende da vontade de Deus, como Ele mesmo ensinou na sinagoga de Cafarnaum: "Ninguém pode vir a Mim se o Pai, que Me enviou, não o atrair. E Eu hei de ressuscitá-lo no Último Dia." Jo 6,44
Apresentando-Se como Deus, Ele explica citando o Livro do Profeta Isaías: "Está escrito nos Profetas: 'Todos serão ensinados por Deus (Is 54,13).' Assim, todo aquele que ouviu o Pai e por Ele foi instruído, vem a Mim." Jo 6,54
E prometeu aos Apóstolos, ainda nos primeiros encontros, que sobre Ele seria vista a escada para o Céu, a conexão entre a terra e o Paraíso como havia sonhado o patriarca Jacó (cf. Gn 28,12): "Em Verdade, em Verdade, digo-vos: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem." Jo 1,51b
Sua Vinda, pois, é a apoteose do projeto do Pai para a Salvação das almas. Ele afirmou em Jerusalém a Nicodemos, um notável fariseu que O recebeu como um enviado de Deus: "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo que lhe deu Seu Único Filho, para que todo aquele que n'Ele crer não pereça, mas tenha a Vida Eterna. Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que por Ele o mundo seja salvo. Quem n'Ele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não crê no Nome do Filho Único de Deus." Jo 3,16-18
Era a confirmação do milenar projeto de Deus, iniciado em Abraão, e o completo desmanche de tudo mais que se pretenda religião, como Ele disse à samaritana no poço de Jacó, em Sicar: "Vós adorais O que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, porque a Salvação vem dos judeus." Jo 4,22
E assim Ele resumiu a obra da Redenção perante uma multidão à margem do Mar da Galileia, após multiplicar pães e peixes e falar do Pão do Céu: "Perguntaram-Lhe: 'Que faremos para praticar as obras de Deus?' Respondeu-lhes Jesus: 'A obra de Deus é esta: que creiais n'Aquele que Ele enviou.'" Jo 6,28-29
Sabia, entretanto, que provocaria uma completa inversão de valores, como se viu em Jerusalém: "Jesus então disse: 'Vim a este mundo para fazer uma discriminação: os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos.' Alguns dos fariseus, que estavam com Ele, ouviram-nO e perguntaram-Lhe: 'Acaso nós também somos cegos?...' Respondeu-lhes Jesus: 'Se fôsseis cegos, não teríeis pecado. Mas agora que pretendeis ver, vosso pecado subsiste.'" Jo 9,39-41
Isso havia sido profetizado por um religioso no Templo de Jerusalém, no dia em que Jesus foi apresentado ao Senhor: "Simeão abençoou-Os e disse a Maria, Sua mãe: 'Eis que este Menino está destinado a ser causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações.'" Lc 2,34-35a
O próprio Jesus via na rejeição, que os judeus Lhe têm, o cumprimento de outra profecia, cantada nos Salmos. Ele questionou a multidão depois do Domingo de Ramos: "Nunca lestes estas palavras da Escritura: 'A pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular. Isto é obra do Senhor e é admirável a nossos olhos (Sl 117,22s)'?" Mc 12,10-11
E tinha por certo que nem Sua Ressurreição provocaria neles o devido impacto, pois ensinou na parábola do mau rico e do pobre Lázaro: "Se não ouvirem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão convencer ainda que ressuscite algum dos mortos." Lc 16,31
Ele até tentou argumentar com os judeus durante Sua segunda festa em Jerusalém, invocando o testemunho de São João Batista, Seus milagres e as Escrituras: "Mas tenho maior testemunho que o de João, porque as obras que Meu Pai Me deu para executar, essas mesmas obras que faço, testemunham a Meu respeito que o Pai Me enviou. E o Pai que Me enviou, Ele mesmo deu testemunho de Mim. Vós nunca ouvistes Sua voz nem vistes Sua face... e não tendes Sua Palavra permanentemente em vós, pois não credes n'Aquele que Ele enviou. Vós perscrutais as Escrituras, nelas julgando encontrar a Vida Eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de Mim. E vós não quereis vir a Mim para que tenhais a Vida... Não espero Minha Glória dos homens, mas sei que não tendes em vós o amor de Deus. Vim em Nome de Meu Pai, mas não Me recebeis. Se outro vier em seu próprio nome, haveis de recebê-lo... Como podeis crer, vós que recebeis a glória uns dos outros, e não buscais a Glória que é só de Deus?" Jo 5,36-44
Não deixou, contudo, de denunciá-los numa de Suas idas à Cidade Santa: "Jesus replicou: 'Se Deus fosse vosso pai, vós amá-Me-íeis porque Eu saí de Deus. É d'Ele que Eu provenho, porque não Vim de Mim mesmo, mas foi Ele Quem Me enviou. Por que não compreendeis Minha linguagem? É porque não podeis ouvir Minha Palavra. Vós tendes como pai o Demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na Verdade, porque a Verdade não está nele. Quando diz a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas Eu, porque vos digo a Verdade, não Me credes. Quem de vós Me acusará de pecado? E se vos falo a Verdade, por que Me não credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus, e se vós não as ouvis é porque não sois de Deus.'" Jo 8,42-47
Por isso, iria dizer-lhes: "Eu sou o Bom Pastor. Conheço Minhas ovelhas e Minhas ovelhas conhecem a Mim, como Meu Pai Me conhece e Eu conheço o Pai." Jo 10,14-15a
Também disse a Pilatos, quando por ele foi julgado: "É para dar testemunho da Verdade que nasci e vim ao mundo. Todo aquele que é da Verdade ouve Minha voz." Jo 18,37b
E em despedida, prevendo idênticas controvérsias para os Apóstolos na condução da Igreja, deu-lhes esta justificativa, onde está implícito que O amar é amar o Pai: "Se Me perseguiram, também hão de perseguir-vos. Se guardaram Minha Palavra, também hão de guardar a vossa. Mas fá-vos-ão tudo isso por causa de Meu Nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou. Aquele que Me odeia, também odeia a Meu Pai." Jo 15,20b-21.23
O TESTEMUNHO DO PAI E DO ESPÍRITO SANTO
Jesus avisava-os, ao mesmo tempo, da manifestação do Espírito Santo, que no Pentecostes completaria a Revelação da Santíssima Trindade, como mais uma oportunidade para n'Ele crer: "Entretanto, digo-vos a Verdade: a vós convém que Eu vá! Porque se Eu não for, o Paráclito não virá a vós. Mas se Eu for, enviá-Lo-ei. Ele convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em Mim." Jo 16,7.9
É mesmo específica a missão do Santo Espírito, ainda segundo Ele nesta mesma oportunidade: "Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim. Ele glorificá-Me-á, porque receberá do que é Meu e anunciá-vos-á." Jo 15,26;16,14
Ela não é fácil nem imediata, porém, porque Ele age em função da Igreja, não do mundo. Ele prosseguiu: "Se Me amais, guardareis Meus Mandamentos. E Eu rogarei ao Pai, e Ele dá-vos-á outro Paráclito, para que convosco fique eternamente. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece. Mas vós conhecê-Lo-eis, porque convosco permanecerá e em vós estará." Jo 14,15-17
A Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, de fato, atestaria Sua imprescindível inspiração para que se proclame a divindade de Jesus: "... ninguém pode dizer: 'Jesus é o Senhor', senão sob a ação do Espírito Santo." 1 Cor 12,3b
Pois Jesus abertamente falou aos judeus de Jerusalém, durante a Festa das Tendas: "Ele disse-lhes: 'Vós sois cá de baixo, Eu sou lá de cima. Vós sois deste mundo, Eu não sou deste mundo.'" Jo 8,23
Até explicou o porque da confusão que eles viviam: "Respondeu Jesus: 'Não conheceis nem a Mim nem a Meu Pai. Se Me conhecêsseis, certamente também conheceríeis a Meu Pai.'" Jo 8,19b
O governador da Judeia também ouviu d'Ele: "Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-Lhe: 'És Tu o Rei dos judeus?' Jesus respondeu: 'Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de Mim?' Disse Pilatos: 'Acaso sou judeu? Tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-Te a mim. Que fizeste?' Respondeu Jesus: 'Meu Reino não é deste mundo. Se Meu Reino fosse deste mundo, Meus súditos certamente teriam pelejado para que Eu não fosse entregue aos judeus.'" Jo 18,33-36a
E diria aos Apóstolos, pouco antes de Sua Ascensão aos Céus: "Toda autoridade foi-me dada no Céu e na Terra." Mt 28,18b
Por isso, São João Apóstolo é tão incisivo: "Quem é mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse é o Anticristo, que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho, não tem o Pai." 1 Jo 2,22-23a
Apontando o agir do Espírito de Deus, ele realmente fazia uma abrupta distinção: "Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo. Nisto reconhece-se o Espírito de Deus: todo espírito que proclama que Jesus Cristo Se encarnou, é de Deus. Todo espírito que não proclama Jesus, esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo, de cuja vinda tendes ouvido e agora já está no mundo." 1 Jo 4,1-3
E como previu Jesus, o Amado Discípulo indicava outro sinal dado pelo Santo Paráclito: "Quem conhece a Deus, ouve-nos. Quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro." 1 Jo 4,6b
Ele ressaltou o amor com Sua marca: "Se mutuamente nos amarmos, Deus permanece em nós e em nós Seu amor é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos n'Ele e Ele em nós: por Ele ter-nos dado Seu Espírito." 1 Jo 4,12b-13
Assim justificava a estranheza que o mundo tem para com a Igreja: "Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não O conheceu." 1 Jo 3,1b
Sintetizou ainda mais: "Aquele que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor." 1 Jo 4,8
E nestes termos descreve aqueles que realmente conhecem a Jesus: "Eis como sabemos que O conhecemos: se guardamos Seus Mandamentos. Aquele que diz conhecê-Lo e não guarda Seus Mandamentos, é mentiroso e nele a Verdade não está." 1 Jo 2,3-4
Como São João Batista, ele apontava-O como Aquele que revelou o Pai: "Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro. E estamos no Verdadeiro, nós que estamos em Seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a Vida Eterna." 1 Jo 5,20
Dizia que o maior dom de Deus Pai, a Vida Eterna, está em Cristo: "E o testemunho é este: Deus deu-nos a Vida Eterna, e esta Vida está em Seu Filho. Quem possui o Filho, possui a Vida. Quem não tem o Filho de Deus, não tem a Vida." 1 Jo 5,11-12
De fato, Ele mesmo disse a São Tomé em Sua última noite entre os Apóstolos: "Jesus respondeu-lhe: 'Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.'" Jo 14,6a
E ainda segundo São João Evangelista, Jesus é o principal testemunho de Deus Pai: "Aquele que crê no Filho de Deus, em si tem o testemunho de Deus. Aquele que não crê em Deus, d'Ele faz um mentiroso, porque não crê no testemunho que Ele deu em favor de Seu Filho." 1 Jo 5,10
Nisso, pois, consiste nosso 'renascer do Espírito Santo': "Quem crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus. E todo que ama Aquele que O gerou, também ama Aquele que d'Ele foi gerado." 1 Jo 5,1
E como o Livro dos Atos dos Apóstolos registrou, São Pedro foi taxativo perante os judeus no dia em que foi julgado no Sinédrio: "Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-Se a pedra angular. Em nenhum outro há Salvação, porque debaixo do Céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos." At 4,12
A Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, invocando Sua Paixão, afirma o mesmo, pois a Comunhão dos Santos envolve a Igreja itinerante, que está na Terra, e a santificante, que está no Purgatório: "Ele morreu por nós, a fim de que nós, quer em estado de vigília, quer de sono, vivamos em união com Ele." 1 Ts 5,10
E conforme o inspirado testemunho de São João Batista, após o Batismo de Nosso Senhor, só através da manifestação de Jesus que podemos atestar a veracidade de Deus: "Aquele que recebe Seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro." Jo 3,33
Nosso Salvador, porém, foi ainda mais longe e deu-nos um novo conceito de Deus, que mais tarde seria entendido como a Santíssima Trindade. Ele afirmou perante os judeus no Templo de Jerusalém, durante a Festa da Dedicação: "Eu e o Pai somos Um." Jo 10,30
De fato, em Sua última Páscoa, clamando em Jerusalém, Ele explicou-Se nestes termos: "Aquele que crê em Mim, crê não em Mim, mas n'Aquele que Me enviou. E aquele que Me vê, vê Aquele que Me enviou." Jo 12,44b-45
Mas até mesmo os Apóstolos mostraram-se irrequietos, como vemos na noite em que seria preso: "Disse-lhe Filipe: 'Senhor, mostra-nos o Pai e isso basta-nos.' Respondeu Jesus: 'Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheceste, Filipe! Aquele que Me viu, também viu o Pai. Como, pois, dizes: Mostra-nos o Pai?..." Jo 14,8-9
E denunciando o ódio que o mundo tem a Deus, Jesus sentenciou nessa mesma ocasião, quando menciona uma passagem do Livro dos Salmos: "Se Eu não viesse e não lhes tivesse falado, não teriam pecado. Mas agora não há desculpa para seu pecado. Se Eu não tivesse feito entre eles obras, como nenhum outro fez, não teriam pecado. Mas agora as viram e odiaram a Mim e a Meu Pai. Foi, porém, para que se cumpra a Palavra que está escrita em Sua Lei: 'Odiaram-Me sem motivo (Sl 34,19; 68,5).'" Jo 15,22.24-25
Disse, em Sua primeira passagem por Jerusalém em vida pública, que o Juízo já havia sido pronunciado: "Ora, este é o Julgamento: a Luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas que a Luz, pois suas obras eram más." Jo 3,19
Também disse aos judeus que, por Sua Palavra, que corresponde ao veredicto, o Pai seria honrado. Foi depois que curou o cego de nascença na Cidade Santa: "Porque o Pai não julga ninguém, mas entregou todo Julgamento ao Filho. Desse modo, todos honrarão o Filho, bem como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho, não honra o Pai, que O enviou." Jo 5,22-23
Rejeitar o Evangelho, portanto, o que implica rejeitar Jesus, no mínimo já significará a condenação ao Purgatório. Está entre Suas últimas recomendações aos Apóstolos no Evangelho segundo São Marcos: "Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado." Mc 16,15b-16
E rejeitar a Igreja, que é o sustentáculo da Verdade, é rejeitar Deus. Ele disse aos 72 discípulos enviados adiante aos lugares onde havia de ir, na leitura do Evangelho segundo São Lucas: "Quem vos ouve, a Mim ouve. E quem vos rejeita, a Mim rejeita. E quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou." Lc 10,16
Apresentando-Se como Deus, Ele explica citando o Livro do Profeta Isaías: "Está escrito nos Profetas: 'Todos serão ensinados por Deus (Is 54,13).' Assim, todo aquele que ouviu o Pai e por Ele foi instruído, vem a Mim." Jo 6,54
E prometeu aos Apóstolos, ainda nos primeiros encontros, que sobre Ele seria vista a escada para o Céu, a conexão entre a terra e o Paraíso como havia sonhado o patriarca Jacó (cf. Gn 28,12): "Em Verdade, em Verdade, digo-vos: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem." Jo 1,51b
Sua Vinda, pois, é a apoteose do projeto do Pai para a Salvação das almas. Ele afirmou em Jerusalém a Nicodemos, um notável fariseu que O recebeu como um enviado de Deus: "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo que lhe deu Seu Único Filho, para que todo aquele que n'Ele crer não pereça, mas tenha a Vida Eterna. Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que por Ele o mundo seja salvo. Quem n'Ele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não crê no Nome do Filho Único de Deus." Jo 3,16-18
Era a confirmação do milenar projeto de Deus, iniciado em Abraão, e o completo desmanche de tudo mais que se pretenda religião, como Ele disse à samaritana no poço de Jacó, em Sicar: "Vós adorais O que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, porque a Salvação vem dos judeus." Jo 4,22
E assim Ele resumiu a obra da Redenção perante uma multidão à margem do Mar da Galileia, após multiplicar pães e peixes e falar do Pão do Céu: "Perguntaram-Lhe: 'Que faremos para praticar as obras de Deus?' Respondeu-lhes Jesus: 'A obra de Deus é esta: que creiais n'Aquele que Ele enviou.'" Jo 6,28-29
Sabia, entretanto, que provocaria uma completa inversão de valores, como se viu em Jerusalém: "Jesus então disse: 'Vim a este mundo para fazer uma discriminação: os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos.' Alguns dos fariseus, que estavam com Ele, ouviram-nO e perguntaram-Lhe: 'Acaso nós também somos cegos?...' Respondeu-lhes Jesus: 'Se fôsseis cegos, não teríeis pecado. Mas agora que pretendeis ver, vosso pecado subsiste.'" Jo 9,39-41
Isso havia sido profetizado por um religioso no Templo de Jerusalém, no dia em que Jesus foi apresentado ao Senhor: "Simeão abençoou-Os e disse a Maria, Sua mãe: 'Eis que este Menino está destinado a ser causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações.'" Lc 2,34-35a
O próprio Jesus via na rejeição, que os judeus Lhe têm, o cumprimento de outra profecia, cantada nos Salmos. Ele questionou a multidão depois do Domingo de Ramos: "Nunca lestes estas palavras da Escritura: 'A pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular. Isto é obra do Senhor e é admirável a nossos olhos (Sl 117,22s)'?" Mc 12,10-11
E tinha por certo que nem Sua Ressurreição provocaria neles o devido impacto, pois ensinou na parábola do mau rico e do pobre Lázaro: "Se não ouvirem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão convencer ainda que ressuscite algum dos mortos." Lc 16,31
Ele até tentou argumentar com os judeus durante Sua segunda festa em Jerusalém, invocando o testemunho de São João Batista, Seus milagres e as Escrituras: "Mas tenho maior testemunho que o de João, porque as obras que Meu Pai Me deu para executar, essas mesmas obras que faço, testemunham a Meu respeito que o Pai Me enviou. E o Pai que Me enviou, Ele mesmo deu testemunho de Mim. Vós nunca ouvistes Sua voz nem vistes Sua face... e não tendes Sua Palavra permanentemente em vós, pois não credes n'Aquele que Ele enviou. Vós perscrutais as Escrituras, nelas julgando encontrar a Vida Eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de Mim. E vós não quereis vir a Mim para que tenhais a Vida... Não espero Minha Glória dos homens, mas sei que não tendes em vós o amor de Deus. Vim em Nome de Meu Pai, mas não Me recebeis. Se outro vier em seu próprio nome, haveis de recebê-lo... Como podeis crer, vós que recebeis a glória uns dos outros, e não buscais a Glória que é só de Deus?" Jo 5,36-44
Não deixou, contudo, de denunciá-los numa de Suas idas à Cidade Santa: "Jesus replicou: 'Se Deus fosse vosso pai, vós amá-Me-íeis porque Eu saí de Deus. É d'Ele que Eu provenho, porque não Vim de Mim mesmo, mas foi Ele Quem Me enviou. Por que não compreendeis Minha linguagem? É porque não podeis ouvir Minha Palavra. Vós tendes como pai o Demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na Verdade, porque a Verdade não está nele. Quando diz a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas Eu, porque vos digo a Verdade, não Me credes. Quem de vós Me acusará de pecado? E se vos falo a Verdade, por que Me não credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus, e se vós não as ouvis é porque não sois de Deus.'" Jo 8,42-47
Por isso, iria dizer-lhes: "Eu sou o Bom Pastor. Conheço Minhas ovelhas e Minhas ovelhas conhecem a Mim, como Meu Pai Me conhece e Eu conheço o Pai." Jo 10,14-15a
Também disse a Pilatos, quando por ele foi julgado: "É para dar testemunho da Verdade que nasci e vim ao mundo. Todo aquele que é da Verdade ouve Minha voz." Jo 18,37b
E em despedida, prevendo idênticas controvérsias para os Apóstolos na condução da Igreja, deu-lhes esta justificativa, onde está implícito que O amar é amar o Pai: "Se Me perseguiram, também hão de perseguir-vos. Se guardaram Minha Palavra, também hão de guardar a vossa. Mas fá-vos-ão tudo isso por causa de Meu Nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou. Aquele que Me odeia, também odeia a Meu Pai." Jo 15,20b-21.23
O TESTEMUNHO DO PAI E DO ESPÍRITO SANTO
Jesus avisava-os, ao mesmo tempo, da manifestação do Espírito Santo, que no Pentecostes completaria a Revelação da Santíssima Trindade, como mais uma oportunidade para n'Ele crer: "Entretanto, digo-vos a Verdade: a vós convém que Eu vá! Porque se Eu não for, o Paráclito não virá a vós. Mas se Eu for, enviá-Lo-ei. Ele convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em Mim." Jo 16,7.9
É mesmo específica a missão do Santo Espírito, ainda segundo Ele nesta mesma oportunidade: "Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim. Ele glorificá-Me-á, porque receberá do que é Meu e anunciá-vos-á." Jo 15,26;16,14
Ela não é fácil nem imediata, porém, porque Ele age em função da Igreja, não do mundo. Ele prosseguiu: "Se Me amais, guardareis Meus Mandamentos. E Eu rogarei ao Pai, e Ele dá-vos-á outro Paráclito, para que convosco fique eternamente. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece. Mas vós conhecê-Lo-eis, porque convosco permanecerá e em vós estará." Jo 14,15-17
A Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, de fato, atestaria Sua imprescindível inspiração para que se proclame a divindade de Jesus: "... ninguém pode dizer: 'Jesus é o Senhor', senão sob a ação do Espírito Santo." 1 Cor 12,3b
Pois Jesus abertamente falou aos judeus de Jerusalém, durante a Festa das Tendas: "Ele disse-lhes: 'Vós sois cá de baixo, Eu sou lá de cima. Vós sois deste mundo, Eu não sou deste mundo.'" Jo 8,23
Até explicou o porque da confusão que eles viviam: "Respondeu Jesus: 'Não conheceis nem a Mim nem a Meu Pai. Se Me conhecêsseis, certamente também conheceríeis a Meu Pai.'" Jo 8,19b
O governador da Judeia também ouviu d'Ele: "Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-Lhe: 'És Tu o Rei dos judeus?' Jesus respondeu: 'Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de Mim?' Disse Pilatos: 'Acaso sou judeu? Tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-Te a mim. Que fizeste?' Respondeu Jesus: 'Meu Reino não é deste mundo. Se Meu Reino fosse deste mundo, Meus súditos certamente teriam pelejado para que Eu não fosse entregue aos judeus.'" Jo 18,33-36a
E diria aos Apóstolos, pouco antes de Sua Ascensão aos Céus: "Toda autoridade foi-me dada no Céu e na Terra." Mt 28,18b
Por isso, São João Apóstolo é tão incisivo: "Quem é mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse é o Anticristo, que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho, não tem o Pai." 1 Jo 2,22-23a
Apontando o agir do Espírito de Deus, ele realmente fazia uma abrupta distinção: "Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo. Nisto reconhece-se o Espírito de Deus: todo espírito que proclama que Jesus Cristo Se encarnou, é de Deus. Todo espírito que não proclama Jesus, esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo, de cuja vinda tendes ouvido e agora já está no mundo." 1 Jo 4,1-3
E como previu Jesus, o Amado Discípulo indicava outro sinal dado pelo Santo Paráclito: "Quem conhece a Deus, ouve-nos. Quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro." 1 Jo 4,6b
Ele ressaltou o amor com Sua marca: "Se mutuamente nos amarmos, Deus permanece em nós e em nós Seu amor é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos n'Ele e Ele em nós: por Ele ter-nos dado Seu Espírito." 1 Jo 4,12b-13
Assim justificava a estranheza que o mundo tem para com a Igreja: "Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não O conheceu." 1 Jo 3,1b
Sintetizou ainda mais: "Aquele que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor." 1 Jo 4,8
E nestes termos descreve aqueles que realmente conhecem a Jesus: "Eis como sabemos que O conhecemos: se guardamos Seus Mandamentos. Aquele que diz conhecê-Lo e não guarda Seus Mandamentos, é mentiroso e nele a Verdade não está." 1 Jo 2,3-4
Como São João Batista, ele apontava-O como Aquele que revelou o Pai: "Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro. E estamos no Verdadeiro, nós que estamos em Seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a Vida Eterna." 1 Jo 5,20
Dizia que o maior dom de Deus Pai, a Vida Eterna, está em Cristo: "E o testemunho é este: Deus deu-nos a Vida Eterna, e esta Vida está em Seu Filho. Quem possui o Filho, possui a Vida. Quem não tem o Filho de Deus, não tem a Vida." 1 Jo 5,11-12
De fato, Ele mesmo disse a São Tomé em Sua última noite entre os Apóstolos: "Jesus respondeu-lhe: 'Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.'" Jo 14,6a
E ainda segundo São João Evangelista, Jesus é o principal testemunho de Deus Pai: "Aquele que crê no Filho de Deus, em si tem o testemunho de Deus. Aquele que não crê em Deus, d'Ele faz um mentiroso, porque não crê no testemunho que Ele deu em favor de Seu Filho." 1 Jo 5,10
Nisso, pois, consiste nosso 'renascer do Espírito Santo': "Quem crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus. E todo que ama Aquele que O gerou, também ama Aquele que d'Ele foi gerado." 1 Jo 5,1
E como o Livro dos Atos dos Apóstolos registrou, São Pedro foi taxativo perante os judeus no dia em que foi julgado no Sinédrio: "Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-Se a pedra angular. Em nenhum outro há Salvação, porque debaixo do Céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos." At 4,12
Com razão, a Primeira Carta de São Paulo a São Timóteo exalta a Redenção no Sacrifício de Cristo, referindo-se à Sua humanidade, pois Sua morte foi redentora. Mas Jesus é o próprio Deus, e a Igreja não ficaria sem intercessores: "Porque há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens: um homem, Jesus Cristo, que por todos Se entregou como resgate." 1 Tm 2,5-6a
Enfim, está escrito na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: "Se nosso Evangelho ainda estiver encoberto, está encoberto para aqueles que se perdem, para os incrédulos, cujas inteligências o deus deste mundo obcecou a tal ponto que não percebem a Luz do Evangelho, onde resplandece a Glória de Cristo, que é a imagem de Deus. De fato, não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor. Quanto a nós, consideramo-nos vossos servos por amor a Jesus. Porque Deus, que disse: 'Das trevas brilhe a Luz,' também é Aquele que em nossos corações fez brilhar Sua Luz, para que irradiássemos o conhecimento do esplendor de Deus, que se reflete na face de Cristo. Porém, temos este tesouro em vasos de barro, para que claramente transpareça que este extraordinário poder provém de Deus e não de nós." 2 Cor 4,3-7
Mas, mesmo submetendo-Se em Sacrifício, Jesus cumpria o primeiro Mandamento e tratava de deixar bem claro aos Apóstolos, dizendo em últimas palavras: "O mundo, porém, deve saber que amo o Pai e procedo como o Pai Me ordenou." Jo 14,31a
Ele havia afirmado aos judeus em Jerusalém: "O Pai ama-Me porque dou Minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de Mim, mas Eu dou-a de Mim mesmo, pois tenho o poder para dá-la como tenho o poder para reassumi-la. Tal é a ordem que recebi de Meu Pai." Jo 10,17-18
A Comunhão da Santíssima Trindade, portanto, é uma Comunhão de amor, como aquela que especificamente há entre Jesus e o Pai. Esta na Oração da Unidade, que Ele rezou pelos Apóstolos e por nós, que os ouviríamos: "Pai, aqueles que Tu Me deste, quero que eles estejam Comigo, onde Eu estiver, para que contemplem a Glória que Me deste, pois Me amaste antes da criação do mundo." Jo 17,24
O próprio Pai confirmou-o, quando da Transfiguração de Jesus: "E daquela Nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: 'Eis Meu Amado Filho, em Quem pus toda Minha afeição. Ouvi-O!.'" Mt 17,5
E Jesus prometeu-nos o mesmo amor do Pai, quando de Glória ungiu os Apóstolos para firmar a Unidade da Igreja, que é sinal de Sua passagem entre nós e do amor de Deus, e assim a Comunhão dos Santos: "Dei-lhes a Glória que Me deste, para que sejam Um, como Nós somos Um: Eu neles e Tu em Mim. Para que sejam Perfeitos na Unidade, e o mundo reconheça que Me enviaste e os amaste como amaste a Mim." Jo 17,22-23
Ele usou idêntico argumento, como vimos, para justificar aos judeus a rejeição que eles Lhe tinham: "Jesus replicou: 'Se Deus fosse Vosso Pai, vós amá-Me-íeis porque Eu saí de Deus.'" Jo 8,42a
Mas literalmente prometia à Igreja a Comunhão dos Santos, como a evidencia a própria Comunhão da Santíssima Trindade, que se realizaria a partir de Sua Ressurreição: "Naquele dia conhecereis que estou em Meu Pai, e vós em Mim e Eu em vós." Jo 14,20
Admitia, pois, alguma incompreensão quanto à Sua Pessoa, por força do Mistério de Cristo, mas avisou que inconfessos pecados contra o Divino Paráclito não teriam o 'automático' perdão, que é Graça da Divina Misericórdia. Nem mesmo pelo Purgatório: "Por isso, Eu digo-vos: todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não lhes será perdoada. Todo aquele que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste século nem no vindouro." Mt 12,31-32
Porque falando de Sua natureza meramente humana, Ele era sincero: "Se Me amardes, certamente haveis de alegrar-vos por Eu ir para junto do Pai, porque o Pai é maior que Eu." Jo 14,28b
Dizia, como visto: "... porque não vim de Mim mesmo, mas foi Ele Quem Me enviou." Jo 8,42b
E afirmava nossa total dependência de Deus, explicando a razão de Sua diferenciação: "De Mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço e Meu Julgamento é justo, porque não busco Minha vontade, mas a vontade d'Aquele que Me enviou." Jo 5,30
Essa era mesmo a razão de Sua existência: "Meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que Me enviou, e cumprir Sua obra." Jo 4,34
Vontade que Ele levou às últimas consequências, como se viu no Horto das Oliveiras: "Adiantou-Se um pouco e, prostrando-Se com a face por terra, assim rezou: 'Meu Pai, se é possível, afasta de Mim este cálice! Todavia não se faça o que Eu quero, mas sim o que Tu queres.'" Mt 26,39
Experimentou, enfim, na Cruz do Calvário, a condição humana em toda sua profundidade: "E à hora nona Jesus bradou em alta voz: 'Elói, Elói, lammá sabactáni?', que quer dizer: 'Meu Deus, Meu Deus, por que Me abandonaste (Sl 21,2)?'" Mc 15,34
Suas obras, no entanto, eram testemunhos de Deus Pai, e por elas, invocando a Comunhão da Santíssima Trindade, humildemente pedia aos Apóstolos na noite da Santa Ceia: "As palavras que vos digo, não as digo de Mim mesmo, mas o Pai, que permanece em Mim, é que realiza Suas próprias obras. Crede-Me: estou no Pai e o Pai em Mim. Crede-o ao menos por causa destas obras." Jo 14,10b-11
Pois tais obras glorificam o Pai, e por isso prometia: "Em Verdade, em Verdade, digo-vos: aquele que crê em Mim também fará as obras que Eu faço e ainda maiores que estas, porque vou para o Pai. E tudo que pedirdes ao Pai em Meu Nome, Eu farei, para que o Pai seja glorificado no Filho." Jo 14,12-13
E diante da dúvida dos religiosos de Jerusalém, Ele explicou-lhes enquanto passeava no Pórtico de Salomão: "Os judeus rodearam-nO e perguntaram-Lhe: 'Até quando nos deixarás na incerteza? Se Tu és o Cristo, dize-nos claramente.' Jesus respondeu-lhes: 'Eu digo-o, mas não credes. As obras que faço em Nome de Meu Pai, dão testemunho de Mim. Entretanto, não credes, porque não sois de Minhas ovelhas.'" Jo 10,24-26
Deu aos Apóstolos estes detalhes sobre Sua Palavra, assegurando-lhes a integridade do Evangelho: "Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz Seu Senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de Meu Pai." Jo 15,15
A Carta de São Judas, de fato, vai atestar que a Revelação foi completa: "... de uma vez para sempre confiada aos Santos." Jd 3b
Enquanto o próprio Verbo de Deus, Jesus explicou à multidão em Jerusalém, na Páscoa em que seria crucificado: "Em Verdade, não falei por Mim mesmo, mas o Pai, que Me enviou, Ele mesmo prescreveu-Me o que devo dizer e o que devo ensinar. Portanto, o que digo, digo-o segundo falou-Me o Pai." Jo 12,49.50b
E reconhecendo a fé que os Apóstolos tinham no Pai, pediu-lhes: "Vós credes em Deus... Também crede em Mim!" Jo 14,1b
Enfim, está escrito na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: "Se nosso Evangelho ainda estiver encoberto, está encoberto para aqueles que se perdem, para os incrédulos, cujas inteligências o deus deste mundo obcecou a tal ponto que não percebem a Luz do Evangelho, onde resplandece a Glória de Cristo, que é a imagem de Deus. De fato, não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor. Quanto a nós, consideramo-nos vossos servos por amor a Jesus. Porque Deus, que disse: 'Das trevas brilhe a Luz,' também é Aquele que em nossos corações fez brilhar Sua Luz, para que irradiássemos o conhecimento do esplendor de Deus, que se reflete na face de Cristo. Porém, temos este tesouro em vasos de barro, para que claramente transpareça que este extraordinário poder provém de Deus e não de nós." 2 Cor 4,3-7
A PREGAÇÃO E A NEGAÇÃO DA REVELAÇÃO
Contudo, como Jesus apontou acima, a rejeição ao Messias já estava prevista nas Escrituras. São João Evangelista registrou essa conclusão, antes de narrar a Semana Santa: "Embora tivesse feito tantos milagres na presença deles, não acreditavam n'Ele. Assim se cumpria o Oráculo do Profeta Isaías: 'Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor (Is 53,1)?'" Jo 12,37-38
No Primeiro Livro de Reis, o Profeta Miqueias era desprezado justamente por dizer a Verdade, mas quando questionado seguia dizendo: "Miqueias replicou: 'Ouve o Oráculo do Senhor: Eu vi o Senhor sentado em Seu trono, e todo Exército dos Céus ao redor d'Ele, à direita e à esquerda." 1 Rs 22,19
Ora, de tão surpreendente que foi Sua Palavra, os próprios Apóstolos escandalizaram-se quando Ele prometeu Sua Carne e Seu Sangue como alimento da Vida Eterna: "Então Jesus perguntou aos Doze: 'Quereis vós também vos retirar?' Respondeu-Lhe Simão Pedro: 'Senhor, a quem iríamos nós?' Tu tens as palavras da Vida Eterna. E nós cremos e sabemos que Tu és o Santo de Deus!'" Jo 6,67-69
Com efeito, Jesus estabeleceu uma radical divisão, pois realmente pede amor a Deus sobre todas coisas, e assim foi desde que preparava os Apóstolos: "Não julgueis que vim trazer a Paz à Terra. Vim trazer não a Paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem ama seu filho mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma sua cruz e não Me segue, não é digno de Mim. Aquele que tentar salvar sua vida, perdê-la-á. Aquele que a perder, por Minha causa, reencontrá-la-á. Quem vos recebe, a Mim recebe. E quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou." Mt 10,34-40
Por isso, mesmo antes do início de Sua Paixão, pediu constante vigília: "Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o Senhor da Casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã. Para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: vigiai!" Mc 13,35-37
E pontualmente preparou os Onze: "Se o mundo vos odeia, sabei que Me odiou antes que a vós. Se fôsseis do mundo, o mundo amá-vos-ia como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo escolhi-vos, o mundo odeia-vos." Jo 15,18-19
Deu-lhes a mesma explicação que havia dado aos judeus: "Procederão deste modo porque não conheceram o Pai, nem a Mim." Jo 16,3
Tornou, ademais, a explicar-lhes o sentido de Sua Missão quando lhes apareceu no Domingo da Ressurreição, e encarregou-os de testemunhar: "Então lhes abriu o espírito, para que compreendessem as Escrituras, dizendo: 'Assim é que está escrito, e assim era necessário que Cristo padecesse, mas que ao terceiro dia ressurgisse dos mortos. E que em Seu Nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de tudo isso.'" Lc 24,45-48
Garantiu-lhes, porém, o poderoso auxílio do Divino Paráclito: "... descerá sobre vós o Espírito Santo e dá-vos-á força. E sereis Minhas testemunhas em Jerusalém, em toda Judeia e Samaria e até os confins do mundo." At 1,8
Assim eles fizeram. Começaram testemunhando Sua Ressurreição, como São Pedro novamente vai pregar perante o Sinédrio, e sempre com a ajuda do Espírito de Cristo. Não lhes era permitido calar diante de tantas maravilhas: "Pedro e os Apóstolos replicaram: 'Importa obedecer antes a Deus que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, que vós matastes suspendendo-O num madeiro. Deus elevou-O pela mão direita como Príncipe e Salvador, a fim de dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados. Deste fato nós somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus deu a todos que Lhe obedecem.'" At 5,30-32
E testemunhar é o que tem feito a Igreja desde então, como São Pedro admoesta a Cornélio e família, ocasião em que se deu o 'Pentecostes dos Gentios': "Vós sabeis como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com o poder, como Ele andou fazendo o bem e curando todos oprimidos do Demônio, porque Deus estava com Ele. E nós somos testemunhas de tudo que Ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles mataram-nO, suspendendo-O num madeiro. Mas Ele mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que é Ele Quem por Deus foi constituído Juiz dos vivos e dos mortos. D'Ele todos Profetas dão testemunho, anunciando que todos que n'Ele creem recebem o perdão dos pecados por meio de Seu Nome." At 10,38-39.42-43
A RELAÇÃO ENTRE JESUS E O PAI
No Primeiro Livro de Reis, o Profeta Miqueias era desprezado justamente por dizer a Verdade, mas quando questionado seguia dizendo: "Miqueias replicou: 'Ouve o Oráculo do Senhor: Eu vi o Senhor sentado em Seu trono, e todo Exército dos Céus ao redor d'Ele, à direita e à esquerda." 1 Rs 22,19
Ora, de tão surpreendente que foi Sua Palavra, os próprios Apóstolos escandalizaram-se quando Ele prometeu Sua Carne e Seu Sangue como alimento da Vida Eterna: "Então Jesus perguntou aos Doze: 'Quereis vós também vos retirar?' Respondeu-Lhe Simão Pedro: 'Senhor, a quem iríamos nós?' Tu tens as palavras da Vida Eterna. E nós cremos e sabemos que Tu és o Santo de Deus!'" Jo 6,67-69
Com efeito, Jesus estabeleceu uma radical divisão, pois realmente pede amor a Deus sobre todas coisas, e assim foi desde que preparava os Apóstolos: "Não julgueis que vim trazer a Paz à Terra. Vim trazer não a Paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem ama seu filho mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma sua cruz e não Me segue, não é digno de Mim. Aquele que tentar salvar sua vida, perdê-la-á. Aquele que a perder, por Minha causa, reencontrá-la-á. Quem vos recebe, a Mim recebe. E quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou." Mt 10,34-40
Por isso, mesmo antes do início de Sua Paixão, pediu constante vigília: "Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o Senhor da Casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã. Para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: vigiai!" Mc 13,35-37
E pontualmente preparou os Onze: "Se o mundo vos odeia, sabei que Me odiou antes que a vós. Se fôsseis do mundo, o mundo amá-vos-ia como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo escolhi-vos, o mundo odeia-vos." Jo 15,18-19
Deu-lhes a mesma explicação que havia dado aos judeus: "Procederão deste modo porque não conheceram o Pai, nem a Mim." Jo 16,3
Tornou, ademais, a explicar-lhes o sentido de Sua Missão quando lhes apareceu no Domingo da Ressurreição, e encarregou-os de testemunhar: "Então lhes abriu o espírito, para que compreendessem as Escrituras, dizendo: 'Assim é que está escrito, e assim era necessário que Cristo padecesse, mas que ao terceiro dia ressurgisse dos mortos. E que em Seu Nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de tudo isso.'" Lc 24,45-48
Garantiu-lhes, porém, o poderoso auxílio do Divino Paráclito: "... descerá sobre vós o Espírito Santo e dá-vos-á força. E sereis Minhas testemunhas em Jerusalém, em toda Judeia e Samaria e até os confins do mundo." At 1,8
Assim eles fizeram. Começaram testemunhando Sua Ressurreição, como São Pedro novamente vai pregar perante o Sinédrio, e sempre com a ajuda do Espírito de Cristo. Não lhes era permitido calar diante de tantas maravilhas: "Pedro e os Apóstolos replicaram: 'Importa obedecer antes a Deus que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, que vós matastes suspendendo-O num madeiro. Deus elevou-O pela mão direita como Príncipe e Salvador, a fim de dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados. Deste fato nós somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus deu a todos que Lhe obedecem.'" At 5,30-32
E testemunhar é o que tem feito a Igreja desde então, como São Pedro admoesta a Cornélio e família, ocasião em que se deu o 'Pentecostes dos Gentios': "Vós sabeis como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com o poder, como Ele andou fazendo o bem e curando todos oprimidos do Demônio, porque Deus estava com Ele. E nós somos testemunhas de tudo que Ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles mataram-nO, suspendendo-O num madeiro. Mas Ele mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que é Ele Quem por Deus foi constituído Juiz dos vivos e dos mortos. D'Ele todos Profetas dão testemunho, anunciando que todos que n'Ele creem recebem o perdão dos pecados por meio de Seu Nome." At 10,38-39.42-43
A RELAÇÃO ENTRE JESUS E O PAI
Mas, mesmo submetendo-Se em Sacrifício, Jesus cumpria o primeiro Mandamento e tratava de deixar bem claro aos Apóstolos, dizendo em últimas palavras: "O mundo, porém, deve saber que amo o Pai e procedo como o Pai Me ordenou." Jo 14,31a
Ele havia afirmado aos judeus em Jerusalém: "O Pai ama-Me porque dou Minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de Mim, mas Eu dou-a de Mim mesmo, pois tenho o poder para dá-la como tenho o poder para reassumi-la. Tal é a ordem que recebi de Meu Pai." Jo 10,17-18
A Comunhão da Santíssima Trindade, portanto, é uma Comunhão de amor, como aquela que especificamente há entre Jesus e o Pai. Esta na Oração da Unidade, que Ele rezou pelos Apóstolos e por nós, que os ouviríamos: "Pai, aqueles que Tu Me deste, quero que eles estejam Comigo, onde Eu estiver, para que contemplem a Glória que Me deste, pois Me amaste antes da criação do mundo." Jo 17,24
O próprio Pai confirmou-o, quando da Transfiguração de Jesus: "E daquela Nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: 'Eis Meu Amado Filho, em Quem pus toda Minha afeição. Ouvi-O!.'" Mt 17,5
E Jesus prometeu-nos o mesmo amor do Pai, quando de Glória ungiu os Apóstolos para firmar a Unidade da Igreja, que é sinal de Sua passagem entre nós e do amor de Deus, e assim a Comunhão dos Santos: "Dei-lhes a Glória que Me deste, para que sejam Um, como Nós somos Um: Eu neles e Tu em Mim. Para que sejam Perfeitos na Unidade, e o mundo reconheça que Me enviaste e os amaste como amaste a Mim." Jo 17,22-23
Ele usou idêntico argumento, como vimos, para justificar aos judeus a rejeição que eles Lhe tinham: "Jesus replicou: 'Se Deus fosse Vosso Pai, vós amá-Me-íeis porque Eu saí de Deus.'" Jo 8,42a
Mas literalmente prometia à Igreja a Comunhão dos Santos, como a evidencia a própria Comunhão da Santíssima Trindade, que se realizaria a partir de Sua Ressurreição: "Naquele dia conhecereis que estou em Meu Pai, e vós em Mim e Eu em vós." Jo 14,20
Admitia, pois, alguma incompreensão quanto à Sua Pessoa, por força do Mistério de Cristo, mas avisou que inconfessos pecados contra o Divino Paráclito não teriam o 'automático' perdão, que é Graça da Divina Misericórdia. Nem mesmo pelo Purgatório: "Por isso, Eu digo-vos: todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não lhes será perdoada. Todo aquele que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste século nem no vindouro." Mt 12,31-32
Porque falando de Sua natureza meramente humana, Ele era sincero: "Se Me amardes, certamente haveis de alegrar-vos por Eu ir para junto do Pai, porque o Pai é maior que Eu." Jo 14,28b
Dizia, como visto: "... porque não vim de Mim mesmo, mas foi Ele Quem Me enviou." Jo 8,42b
E afirmava nossa total dependência de Deus, explicando a razão de Sua diferenciação: "De Mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço e Meu Julgamento é justo, porque não busco Minha vontade, mas a vontade d'Aquele que Me enviou." Jo 5,30
Essa era mesmo a razão de Sua existência: "Meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que Me enviou, e cumprir Sua obra." Jo 4,34
Vontade que Ele levou às últimas consequências, como se viu no Horto das Oliveiras: "Adiantou-Se um pouco e, prostrando-Se com a face por terra, assim rezou: 'Meu Pai, se é possível, afasta de Mim este cálice! Todavia não se faça o que Eu quero, mas sim o que Tu queres.'" Mt 26,39
Experimentou, enfim, na Cruz do Calvário, a condição humana em toda sua profundidade: "E à hora nona Jesus bradou em alta voz: 'Elói, Elói, lammá sabactáni?', que quer dizer: 'Meu Deus, Meu Deus, por que Me abandonaste (Sl 21,2)?'" Mc 15,34
Suas obras, no entanto, eram testemunhos de Deus Pai, e por elas, invocando a Comunhão da Santíssima Trindade, humildemente pedia aos Apóstolos na noite da Santa Ceia: "As palavras que vos digo, não as digo de Mim mesmo, mas o Pai, que permanece em Mim, é que realiza Suas próprias obras. Crede-Me: estou no Pai e o Pai em Mim. Crede-o ao menos por causa destas obras." Jo 14,10b-11
Pois tais obras glorificam o Pai, e por isso prometia: "Em Verdade, em Verdade, digo-vos: aquele que crê em Mim também fará as obras que Eu faço e ainda maiores que estas, porque vou para o Pai. E tudo que pedirdes ao Pai em Meu Nome, Eu farei, para que o Pai seja glorificado no Filho." Jo 14,12-13
E diante da dúvida dos religiosos de Jerusalém, Ele explicou-lhes enquanto passeava no Pórtico de Salomão: "Os judeus rodearam-nO e perguntaram-Lhe: 'Até quando nos deixarás na incerteza? Se Tu és o Cristo, dize-nos claramente.' Jesus respondeu-lhes: 'Eu digo-o, mas não credes. As obras que faço em Nome de Meu Pai, dão testemunho de Mim. Entretanto, não credes, porque não sois de Minhas ovelhas.'" Jo 10,24-26
Deu aos Apóstolos estes detalhes sobre Sua Palavra, assegurando-lhes a integridade do Evangelho: "Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz Seu Senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de Meu Pai." Jo 15,15
A Carta de São Judas, de fato, vai atestar que a Revelação foi completa: "... de uma vez para sempre confiada aos Santos." Jd 3b
Enquanto o próprio Verbo de Deus, Jesus explicou à multidão em Jerusalém, na Páscoa em que seria crucificado: "Em Verdade, não falei por Mim mesmo, mas o Pai, que Me enviou, Ele mesmo prescreveu-Me o que devo dizer e o que devo ensinar. Portanto, o que digo, digo-o segundo falou-Me o Pai." Jo 12,49.50b
E reconhecendo a fé que os Apóstolos tinham no Pai, pediu-lhes: "Vós credes em Deus... Também crede em Mim!" Jo 14,1b
CRER, SEGUNDO SÃO JOÃO EVANGELISTA
Teólogo, em suas observações São João constantemente afirma a fé em Jesus. E num mundo dividido entre judeus e pagãos, viveu a mística cristã, pois além de ser dos três mais íntimos Apóstolos ao Salvador, por anos também teve a fortíssima influência da espiritualidade da Santíssima Mãe de Deus: "Quando Jesus viu Sua mãe, e perto dela o discípulo que amava, disse à Sua mãe: 'Mulher, eis aí teu filho.' Depois disse ao discípulo: 'Eis aí tua mãe.' E dessa hora em diante o discípulo levou-a para sua casa." Jo 19,26-27
Sem dúvida, o Amado Discípulo até chegou a afastar-se de São Pedro, de quem era braço-direito, quando com ela foi habitar em Éfeso, para protegê-la da perseguição dos judeus. É anotação do Livro do Apocalipse de São João: "A Mulher então fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias." Ap 6,7
Mas assim, entre o Céu e a Terra, era a própria missão dele e dos Apóstolos, como logo anuncia no início de sua Primeira Carta: "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com nossos olhos, o que temos contemplado e o que nossas mãos têm apalpado no tocante ao Verbo da Vida, porque a Vida se manifestou, nós temo-la visto, damos testemunho e anunciamo-vos a Vida Eterna, que estava no Pai e que nos apareceu. O que vimos e ouvimos nós anunciamo-vos, para que vós também tenhais Comunhão conosco. Ora, nossa Comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo." 1 Jo 1,1-3
Aliás, também inicia seu Evangelho indicando esse fim: "O Verbo era a verdadeira Luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e por Ele o mundo foi feito, e o mundo não O reconheceu. Mas a todos aqueles que O receberam, aos que creem em Seu Nome, deu-lhes o poder de tornarem-se filhos de Deus..." Jo 1,12
Em momento de absoluta importância, ele mesmo declara ter acreditado na Ressurreição de Jesus tão somente ao ver vazia a sepultura: "Chegou Simão Pedro, que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão. Também viu o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte. Então também entrou o discípulo que primeiro havia chegado ao sepulcro. Viu e creu." Jo 20,6-8
Igualmente havia afirmado a fé dos Apóstolos desde que Jesus transformou água em vinho nas Bodas de Caná: "Este foi o primeiro milagre de Jesus. Realizou-o em Caná da Galileia. Manifestou Sua Glória, e Seus discípulos creram n'Ele." Jo 2,11
E mais uma vez depois de Sua Ressurreição, lembrando o momento em que Ele Se identificou com o Templo de Jerusalém e prometeu que ressuscitaria ao terceiro dia: "Depois que ressurgiu dos mortos, Seus discípulos lembraram-se destas palavras e creram na Escritura e na Palavra de Jesus." Jo 2,22
Ainda afirmou a fé que os judeus já Lhe depositavam em Jerusalém, desde a primeira Páscoa em Sua vida pública: "Enquanto Jesus celebrava em Jerusalém a festa da Páscoa, muitos creram em Seu Nome, à vista dos milagres que fazia." Jo 2,23
Assim como a dos samaritanos: "Muitos foram os samaritanos daquela cidade que creram n'Ele por causa da palavra da mulher, que lhes declarara: 'Ele disse-me tudo quanto tenho feito...'" Jo 4,39
E não só pela palavra da samaritana: "Assim, quando os samaritanos foram ter com Ele, pediram que ficasse com eles. Ali permaneceu Ele dois dias. Ainda muitos outros creram n'Ele por causa de Suas Palavras. E diziam à mulher: 'Já não é por causa de tua declaração que cremos, mas nós mesmos ouvimos e sabemos ser este verdadeiramente o Salvador do mundo.'" Jo 4,40-42
Da mesma forma, foi Sua segunda Páscoa em Jerusalém: "Muitos do povo, porém, creram n'Ele e perguntavam: 'Quando vier o Cristo, fará mais milagres que Este faz?'" Jo 7,31
Já havia, então, um grupo de judeus que O seguia, e Ele exortava-os a perseverar: "E Jesus dizia aos judeus que n'Ele creram: 'Se permanecerdes em Minha Palavra, sereis Meus verdadeiros discípulos. Conhecereis a Verdade, e a Verdade libertá-vos-á.'" Jo 8,31-32
Outros judeus passaram a acreditar após presenciar quando Ele ressuscitou São Lázaro: "Depois destas palavras, exclamou em alta voz: 'Lázaro, vem para fora!' E o morto saiu, tendo os pés e as mãos atados com faixas, e o rosto coberto por um sudário. Então ordenou Jesus: 'Desligai-o e deixai-o ir.' Muitos dos judeus, que tinham vindo a Marta e Maria e viram o que Jesus fizera, creram n'Ele." Jo 11,43-45
Aliás, até muitos saduceus, após Sua triunfal entrada em Jerusalém no Domingo de Ramos: "Não obstante, muitos dos chefes também creram n'Ele, mas por causa dos fariseus não o manifestavam, para não serem expulsos da sinagoga." Jo 12,42
Ou, enfim, a fé dos não-judeus, como quando Jesus curou o filho de um oficial romano: "'Vai', disse-lhe Jesus, 'teu filho está passando bem!' O homem acreditou na Palavra de Jesus e partiu. Enquanto ia descendo, os criados vieram-lhe ao encontro e disseram-lhe: 'Teu filho está passando bem.' Indagou deles a hora em que se sentira melhor. Responderam-lhe: 'Ontem à sétima hora a febre deixou-o.' Reconheceu o pai ser a mesma hora em que Jesus dissera: 'Teu filho está passando bem.' E creu, tanto ele como toda sua casa." Jo 4,50-53
Ora, muitos do povo acreditavam n'Ele tão somente por ouvir suas pregações. Em oração ao Pai, Ele mesmo disse: "Manifestei Teu Nome aos homens que do mundo Me deste. Eram Teus e deste-Mos, e guardaram Tua Palavra. Porque lhes transmiti as palavras que Tu Me confiaste e eles as receberam, e verdadeiramente reconheceram que saí de Ti, creram que Tu Me enviaste." Jo 17,6.8
Por isso, de tanto evidenciar a divindade de Jesus através da acolhida que Ele teve, este Apóstolo assim justifica os milagres que descreve em seu Evangelho: "Mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a Vida em Seu Nome." Jo 20,31
"Vosso Filho permaneça entre nós!"
Teólogo, em suas observações São João constantemente afirma a fé em Jesus. E num mundo dividido entre judeus e pagãos, viveu a mística cristã, pois além de ser dos três mais íntimos Apóstolos ao Salvador, por anos também teve a fortíssima influência da espiritualidade da Santíssima Mãe de Deus: "Quando Jesus viu Sua mãe, e perto dela o discípulo que amava, disse à Sua mãe: 'Mulher, eis aí teu filho.' Depois disse ao discípulo: 'Eis aí tua mãe.' E dessa hora em diante o discípulo levou-a para sua casa." Jo 19,26-27
Sem dúvida, o Amado Discípulo até chegou a afastar-se de São Pedro, de quem era braço-direito, quando com ela foi habitar em Éfeso, para protegê-la da perseguição dos judeus. É anotação do Livro do Apocalipse de São João: "A Mulher então fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias." Ap 6,7
Mas assim, entre o Céu e a Terra, era a própria missão dele e dos Apóstolos, como logo anuncia no início de sua Primeira Carta: "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com nossos olhos, o que temos contemplado e o que nossas mãos têm apalpado no tocante ao Verbo da Vida, porque a Vida se manifestou, nós temo-la visto, damos testemunho e anunciamo-vos a Vida Eterna, que estava no Pai e que nos apareceu. O que vimos e ouvimos nós anunciamo-vos, para que vós também tenhais Comunhão conosco. Ora, nossa Comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo." 1 Jo 1,1-3
Aliás, também inicia seu Evangelho indicando esse fim: "O Verbo era a verdadeira Luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e por Ele o mundo foi feito, e o mundo não O reconheceu. Mas a todos aqueles que O receberam, aos que creem em Seu Nome, deu-lhes o poder de tornarem-se filhos de Deus..." Jo 1,12
Em momento de absoluta importância, ele mesmo declara ter acreditado na Ressurreição de Jesus tão somente ao ver vazia a sepultura: "Chegou Simão Pedro, que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão. Também viu o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte. Então também entrou o discípulo que primeiro havia chegado ao sepulcro. Viu e creu." Jo 20,6-8
Igualmente havia afirmado a fé dos Apóstolos desde que Jesus transformou água em vinho nas Bodas de Caná: "Este foi o primeiro milagre de Jesus. Realizou-o em Caná da Galileia. Manifestou Sua Glória, e Seus discípulos creram n'Ele." Jo 2,11
E mais uma vez depois de Sua Ressurreição, lembrando o momento em que Ele Se identificou com o Templo de Jerusalém e prometeu que ressuscitaria ao terceiro dia: "Depois que ressurgiu dos mortos, Seus discípulos lembraram-se destas palavras e creram na Escritura e na Palavra de Jesus." Jo 2,22
Ainda afirmou a fé que os judeus já Lhe depositavam em Jerusalém, desde a primeira Páscoa em Sua vida pública: "Enquanto Jesus celebrava em Jerusalém a festa da Páscoa, muitos creram em Seu Nome, à vista dos milagres que fazia." Jo 2,23
Assim como a dos samaritanos: "Muitos foram os samaritanos daquela cidade que creram n'Ele por causa da palavra da mulher, que lhes declarara: 'Ele disse-me tudo quanto tenho feito...'" Jo 4,39
E não só pela palavra da samaritana: "Assim, quando os samaritanos foram ter com Ele, pediram que ficasse com eles. Ali permaneceu Ele dois dias. Ainda muitos outros creram n'Ele por causa de Suas Palavras. E diziam à mulher: 'Já não é por causa de tua declaração que cremos, mas nós mesmos ouvimos e sabemos ser este verdadeiramente o Salvador do mundo.'" Jo 4,40-42
Da mesma forma, foi Sua segunda Páscoa em Jerusalém: "Muitos do povo, porém, creram n'Ele e perguntavam: 'Quando vier o Cristo, fará mais milagres que Este faz?'" Jo 7,31
Já havia, então, um grupo de judeus que O seguia, e Ele exortava-os a perseverar: "E Jesus dizia aos judeus que n'Ele creram: 'Se permanecerdes em Minha Palavra, sereis Meus verdadeiros discípulos. Conhecereis a Verdade, e a Verdade libertá-vos-á.'" Jo 8,31-32
Outros judeus passaram a acreditar após presenciar quando Ele ressuscitou São Lázaro: "Depois destas palavras, exclamou em alta voz: 'Lázaro, vem para fora!' E o morto saiu, tendo os pés e as mãos atados com faixas, e o rosto coberto por um sudário. Então ordenou Jesus: 'Desligai-o e deixai-o ir.' Muitos dos judeus, que tinham vindo a Marta e Maria e viram o que Jesus fizera, creram n'Ele." Jo 11,43-45
Aliás, até muitos saduceus, após Sua triunfal entrada em Jerusalém no Domingo de Ramos: "Não obstante, muitos dos chefes também creram n'Ele, mas por causa dos fariseus não o manifestavam, para não serem expulsos da sinagoga." Jo 12,42
Ou, enfim, a fé dos não-judeus, como quando Jesus curou o filho de um oficial romano: "'Vai', disse-lhe Jesus, 'teu filho está passando bem!' O homem acreditou na Palavra de Jesus e partiu. Enquanto ia descendo, os criados vieram-lhe ao encontro e disseram-lhe: 'Teu filho está passando bem.' Indagou deles a hora em que se sentira melhor. Responderam-lhe: 'Ontem à sétima hora a febre deixou-o.' Reconheceu o pai ser a mesma hora em que Jesus dissera: 'Teu filho está passando bem.' E creu, tanto ele como toda sua casa." Jo 4,50-53
Ora, muitos do povo acreditavam n'Ele tão somente por ouvir suas pregações. Em oração ao Pai, Ele mesmo disse: "Manifestei Teu Nome aos homens que do mundo Me deste. Eram Teus e deste-Mos, e guardaram Tua Palavra. Porque lhes transmiti as palavras que Tu Me confiaste e eles as receberam, e verdadeiramente reconheceram que saí de Ti, creram que Tu Me enviaste." Jo 17,6.8
Por isso, de tanto evidenciar a divindade de Jesus através da acolhida que Ele teve, este Apóstolo assim justifica os milagres que descreve em seu Evangelho: "Mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a Vida em Seu Nome." Jo 20,31
"Vosso Filho permaneça entre nós!"
terça-feira, 19 de novembro de 2024
A Encarnação do Cristo (II)
A DOUTRINA DE CRISTO
Como não aceitar, então, a Doutrina da Comunhão, do amor de Cristo? De profunda espiritualidade, a Segunda Carta de São João pragmaticamente sentenciou: "Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na Doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na Doutrina, este possui o Pai e o Filho." 2 Jo 1,9
Por isso, em reflexões, a Carta de São Paulo aos Efésios também se encanta com Sua obra que é a Igreja: "Grande é este mistério, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja." Ef 5,32
Como visto, classes de anjos vêm contemplar as coisas que só através da Igreja se realizam: "... coube-me a Graça de anunciar entre os pagãos a inexplorável riqueza de Cristo, e a todos manifestar o salvador desígnio de Deus, mistério desde a eternidade oculto em Deus, que tudo criou. Assim, de ora em diante, as celestes dominações e potestades podem conhecer, pela Igreja, a infinita diversidade da divina Sabedoria, de acordo com o eterno desígnio que Deus realizou em Jesus Cristo, Nosso Senhor. Pela fé que n'Ele depositamos, temos plena confiança de aproximarmo-nos de Deus." Ef 3,8-12
Resta-nos, pois, estar bem informados das coisas de Deus para mantermos acesa a fé, como a Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo diz sobre a chegada sua hora de testemunhar com a própria vida: "Combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé." 2 Tm 4,7
Isso significa abraçar a Redentora Verdade, e assim guardar a fé da Unidade, a fé da Comunhão que nos faz participar do Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, e espiritualmente amadurecer tendo Cristo como modelo. O Último Apóstolo diz desta que é a principal obra de Cristo: "A uns Ele constituiu Apóstolos, a outros, profetas, a outros, evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do Corpo de Cristo, até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo." Ef 4,13
Esse amadurecimento espiritual é essencial, como os seguidores da tradição de São Paulo disseram na Carta aos Hebreus: "Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois para achegar-se a Ele primeiro é necessário que se creia que Ele existe, e que recompensa aqueles que O procuram." Hb 11,6
Pois, conforme a Carta de São Paulo aos Gálatas, "... pela fé recebemos o Prometido Espírito." Gl 3,14b
Pois, conforme a Carta de São Paulo aos Gálatas, "... pela fé recebemos o Prometido Espírito." Gl 3,14b
A Primeira Carta de São João, de fato, usa a manifestação do Santo Paráclito como critério: "Quem observa Seus Mandamentos (de Deus), permanece em Deus e Deus nele. É nisto que reconhecemos que Ele permanece em nós: pelo Espírito que nos deu." 1 Jo 3,24
E segundo a Carta de São Paulo aos Romanos, só por esta certeza chegamos à indizível Paz: "... pela fé temos a Paz com Deus, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo." Rm 5,1
Seus seguidores exortam: "Desse modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de testemunhas, desvencilhemo-nos das correntes de pecado. Corramos com perseverança ao proposto combate, com o olhar fixo no Autor e Consumador de nossa fé, Jesus." Hb 12,1
Porque foi através deste ser humano, que desde então foi percebido como Deus, que se obtém a Graça da Salvação, a qual pelo arrependimento prevalece sobremaneira contra o pecado original: "Pois se a falta de um só (Adão) causou a morte de todos outros, com muito mais razão o dom de Deus e o benefício da Graça obtida por um só homem, Jesus Cristo, foram copiosamente concedidos a todos." Rm 5,15b
E segundo a Carta de São Paulo aos Romanos, só por esta certeza chegamos à indizível Paz: "... pela fé temos a Paz com Deus, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo." Rm 5,1
Seus seguidores exortam: "Desse modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de testemunhas, desvencilhemo-nos das correntes de pecado. Corramos com perseverança ao proposto combate, com o olhar fixo no Autor e Consumador de nossa fé, Jesus." Hb 12,1
Porque foi através deste ser humano, que desde então foi percebido como Deus, que se obtém a Graça da Salvação, a qual pelo arrependimento prevalece sobremaneira contra o pecado original: "Pois se a falta de um só (Adão) causou a morte de todos outros, com muito mais razão o dom de Deus e o benefício da Graça obtida por um só homem, Jesus Cristo, foram copiosamente concedidos a todos." Rm 5,15b
É Ele Quem nos oferece os Céus pela invocação de Seu Nome, como se lê na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: "... aos fiéis santificados em Jesus Cristo, chamados à santidade, junto a todos que, em qualquer lugar que estejam, invocam o Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo..." 1 Cor 1,2
Este Apóstolo, portanto, exorta-nos a abraçar o Cristo e vencer a mundana vida: "Ao contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não façais caso da carne nem lhe satisfaçais os apetites." Rm 13,14
Revestir-se de Cristo significa deixar-nos envolver pelo mistério de Seu amor, por Seu Espírito: "... a fim de que possais, com todos cristãos, compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto é, conhecer a caridade de Cristo, que desafia todo conhecimento, e sejais cheios da plenitude de Deus." Ef 3,18-19
Porque só se entregando a Ele, alcança-se a perfeição. É texto da Carta de São Paulo aos Filipenses: "... que vossa caridade cada vez mais se enriqueça de compreensão e critério, com que possais discernir o que é mais perfeito e torneis-vos puros e irrepreensíveis para o Dia de Cristo..." Fl 1,10
Grande exemplo de santidade, o Apóstolo dos Gentios tudo trocou para aprofundar-se na Revelação do Cristo: "Na Verdade, julgo como perda todas coisas em comparação a esse supremo bem: o conhecimento de Jesus Cristo, Meu Senhor. Por Ele tudo desprezei... Anseio pelo conhecimento de Cristo..." Fl 3,8.10
Sem dúvida, em Cristo todos têm a esperança de retornar à perfeição dos filhos de Deus, como a Carta de São Paulo aos Colossenses diz sobre os judeus: "A estes quis Deus dar a conhecer a riqueza e Glória deste mistério entre os gentios: Cristo em vós, esperança da Glória! A Ele é que anunciamos, admoestando todos homens e instruindo-os em toda Sabedoria, para tornar todo homem perfeito em Cristo." Cl 1,27-28
Pois Sua Palavra, que nos ilumina e alegra, é simplesmente imprescindível: "A Palavra de Cristo permaneça entre vós em toda sua riqueza, de sorte que mutuamente possais instruir-vos e exortar-vos com toda Sabedoria. Sob a inspiração da Graça, de todo coração a Deus cantai salmos, hinos e cânticos espirituais." Cl 3,16
E nós devemos buscar a plenitude de Seus ensinamentos: "Pelo que, transpondo os elementares ensinamentos da Doutrina de Cristo, procuremos alcançar-lhe a plenitude." Hb 6,1
Quanto aos meramente terrenos bens, Jesus foi categórico desde o início de Suas pregações, como está no Evangelho segundo São Mateus: "Antes buscai o Reino de Deus e Sua justiça, e todas estas coisas sê-vos-ão dadas em acréscimo." Mt 6,33
Quanto aos meramente terrenos bens, Jesus foi categórico desde o início de Suas pregações, como está no Evangelho segundo São Mateus: "Antes buscai o Reino de Deus e Sua justiça, e todas estas coisas sê-vos-ão dadas em acréscimo." Mt 6,33
Porque abrir nosso entendimento ao Cristo é descobrir os Céus, a Vida Plena. A Segunda Carta de São Pedro assim resume a máxima realização do ser humano: "... Graça e Paz sejam-vos dadas em abundância por um profundo conhecimento de Deus e de Jesus, Nosso Senhor! O divino poder deu-nos tudo que contribui para a Vida e a piedade, fazendo-nos conhecer Aquele que nos chamou por Sua Glória e Sua Virtude. ... esforçai-vos quanto possível por unir à vossa fé a virtude, à virtude a ciência, à ciência a temperança, à temperança a paciência, à paciência a piedade, à piedade o fraterno amor, e ao fraterno amor à caridade. Se estas virtudes abundantemente em vós se acharem, não vos deixarão inativos nem infrutuosos no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo." 2 Pd 1,2-3.5-8
'O VERBO FEZ-SE CARNE'
A Encarnação do Cristo assim foi descrita no Evangelho segundo São João: "E o Verbo fez-Se carne, e habitou entre nós. E vimos Sua Glória, a Glória que o Único Filho recebe de Seu Pai, cheio de Graça e de Verdade." Jo 1,14
Como se vê, o Verbo, ou seja, a Palavra de Deus, é o próprio Jesus. E o mistério da Comunhão da Santíssima Trindade, aqui mencionados apenas o Pai e o Filho, existe 'desde o início dos tempos'. O Amado Discípulo tentou descrevê-lo: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto a Deus, e o Verbo era Deus. Tudo foi feito por Ele, e sem Ele nada foi feito." Jo 1,1.3
Seu Nascimento, portanto, era o pleno cumprimento de mais uma profecia, pois Maria era da tribo de Davi: "Este Evangelho outrora prometera Deus por Seus Profetas, na Sagrada Escritura, acerca de Seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor, descendente de Davi quanto à carne..." Rm 1,2-3
E ainda que São José não fosse Seu pai biológico, igualmente tinha essa ascendência. É registro do Evangelho segundo São Lucas: "José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi... " Lc 2,4
Entretanto, do povo escolhido por Deus para ser mensageiro da Salvação, muitos não acolheram o Cristo, talvez por ser 'humano demais', ou ainda, haveria 'dois deuses'? Imaginem então a compreensão da Terceira Pessoa, o Espírito Santo? Mas, quanto ao Jesus humano, Deus não nos fez à Sua imagem e semelhança? São João Evangelista segue: "Estava no mundo e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O reconheceu. Veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam. Mas a todos aqueles que O receberam, aos que creem em Seu Nome, deu-lhes o poder de tornarem-se filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus." Jo 1,10-13
De fato, apesar de atestarem Seus portentosos poderes, n'Ele viam apenas um homem, como na ocasião em que demonstrou a suma importância da remissão dos pecados, pois antes de tudo veio para a Salvação de nossas almas: "Eis que Lhe apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico: 'Meu filho, coragem! Teus pecados são-te perdoados.' Ouvindo isto, alguns escribas murmuraram entre si: 'Este homem blasfema.' Jesus, penetrando-lhes os pensamentos, perguntou-lhes: 'Por que pensais mal em vossos corações? Que é mais fácil dizer: Teus pecados são-te perdoados, ou: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na Terra o poder de perdoar os pecados: Levanta-te', disse Ele ao paralítico, 'toma tua maca e volta para tua casa.' Levantou-se aquele homem e foi para sua casa. Vendo isto, a multidão encheu-se de medo e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens." Mt 9,2-8
A Encarnação do Cristo assim foi descrita no Evangelho segundo São João: "E o Verbo fez-Se carne, e habitou entre nós. E vimos Sua Glória, a Glória que o Único Filho recebe de Seu Pai, cheio de Graça e de Verdade." Jo 1,14
Como se vê, o Verbo, ou seja, a Palavra de Deus, é o próprio Jesus. E o mistério da Comunhão da Santíssima Trindade, aqui mencionados apenas o Pai e o Filho, existe 'desde o início dos tempos'. O Amado Discípulo tentou descrevê-lo: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto a Deus, e o Verbo era Deus. Tudo foi feito por Ele, e sem Ele nada foi feito." Jo 1,1.3
Seu Nascimento, portanto, era o pleno cumprimento de mais uma profecia, pois Maria era da tribo de Davi: "Este Evangelho outrora prometera Deus por Seus Profetas, na Sagrada Escritura, acerca de Seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor, descendente de Davi quanto à carne..." Rm 1,2-3
E ainda que São José não fosse Seu pai biológico, igualmente tinha essa ascendência. É registro do Evangelho segundo São Lucas: "José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi... " Lc 2,4
Entretanto, do povo escolhido por Deus para ser mensageiro da Salvação, muitos não acolheram o Cristo, talvez por ser 'humano demais', ou ainda, haveria 'dois deuses'? Imaginem então a compreensão da Terceira Pessoa, o Espírito Santo? Mas, quanto ao Jesus humano, Deus não nos fez à Sua imagem e semelhança? São João Evangelista segue: "Estava no mundo e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O reconheceu. Veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam. Mas a todos aqueles que O receberam, aos que creem em Seu Nome, deu-lhes o poder de tornarem-se filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus." Jo 1,10-13
De fato, apesar de atestarem Seus portentosos poderes, n'Ele viam apenas um homem, como na ocasião em que demonstrou a suma importância da remissão dos pecados, pois antes de tudo veio para a Salvação de nossas almas: "Eis que Lhe apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico: 'Meu filho, coragem! Teus pecados são-te perdoados.' Ouvindo isto, alguns escribas murmuraram entre si: 'Este homem blasfema.' Jesus, penetrando-lhes os pensamentos, perguntou-lhes: 'Por que pensais mal em vossos corações? Que é mais fácil dizer: Teus pecados são-te perdoados, ou: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na Terra o poder de perdoar os pecados: Levanta-te', disse Ele ao paralítico, 'toma tua maca e volta para tua casa.' Levantou-se aquele homem e foi para sua casa. Vendo isto, a multidão encheu-se de medo e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens." Mt 9,2-8
Os imundos espíritos, contudo, prontamente reconheciam-nO e tentavam revelar Sua identidade, como se viu em seu primeiro dia em Cafarnaum, á frente da casa de São Pedro: "De muitos saíam demônios, dizendo aos gritos: 'Tu és o Filho de Deus.' Mas Ele severamente repreendia-os, não lhes permitindo falar, porque sabiam que Ele era o Cristo." Lc 4,41
Pois Sua Missão era muito específica, nas palavras de São João Apóstolo: "Eis porque o Filho de Deus Se manifestou: para destruir as obras do Demônio." 1 Jo 3,8b
Mas mesmo tentando 'retardar' Sua Revelação, Jesus não tinha, por força dos milagres que realizava, como viver no anonimato. O Evangelho segundo São Marcos apontou logo após Sua partida de Cafarnaum: "Aproximou-se d'Ele um leproso, suplicando-Lhe de joelhos: 'Se queres, podes limpar-me.' Jesus compadeceu-Se dele, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: 'Eu quero. Sê curado!' E imediatamente dele desapareceu a lepra e foi purificado. Jesus logo o despediu com esta severa admoestação: 'Vê que não o digas a ninguém. Mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta, por tua purificação, a oferenda prescrita por Moisés para servir de testemunho.' Este homem, porém, assim que se foi, começou a propagar e divulgar o acontecido, de modo que publicamente Jesus não podia entrar numa cidade. Conservava-Se fora, em despovoados lugares, e de toda parte vinham ter com Ele." Mc 1,40-45
Em Sicar, a samaritana que tirava água do poço de Jacó, assim como todo povo judeu, bem sabia da eminente Vinda do Salvador. Ela disse a Jesus, ainda sem saber com Quem falava: "Sei que deve vir o Messias (que se chama Cristo). Pois, quando vier, Ele nos fará conhecer todas coisas." Jo 4,25
Pois Sua Missão era muito específica, nas palavras de São João Apóstolo: "Eis porque o Filho de Deus Se manifestou: para destruir as obras do Demônio." 1 Jo 3,8b
Mas mesmo tentando 'retardar' Sua Revelação, Jesus não tinha, por força dos milagres que realizava, como viver no anonimato. O Evangelho segundo São Marcos apontou logo após Sua partida de Cafarnaum: "Aproximou-se d'Ele um leproso, suplicando-Lhe de joelhos: 'Se queres, podes limpar-me.' Jesus compadeceu-Se dele, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: 'Eu quero. Sê curado!' E imediatamente dele desapareceu a lepra e foi purificado. Jesus logo o despediu com esta severa admoestação: 'Vê que não o digas a ninguém. Mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta, por tua purificação, a oferenda prescrita por Moisés para servir de testemunho.' Este homem, porém, assim que se foi, começou a propagar e divulgar o acontecido, de modo que publicamente Jesus não podia entrar numa cidade. Conservava-Se fora, em despovoados lugares, e de toda parte vinham ter com Ele." Mc 1,40-45
Em Sicar, a samaritana que tirava água do poço de Jacó, assim como todo povo judeu, bem sabia da eminente Vinda do Salvador. Ela disse a Jesus, ainda sem saber com Quem falava: "Sei que deve vir o Messias (que se chama Cristo). Pois, quando vier, Ele nos fará conhecer todas coisas." Jo 4,25
Mas ela logo percebeu Sua onisciência, e foi chamar seu povo: "Vinde e vede um homem que me contou tudo que tenho feito. Não seria Ele, porventura, o Cristo?" Jo 4,29
Essa comunidade concluiu-o, porém, por próprias experiências: "Assim, quando os samaritanos foram ter com Ele, pediram que com eles ficasse. Ele ali permaneceu dois dias. Ainda muitos outros creram n'Ele por causa das Suas Palavras. E diziam à mulher: 'Já não é por causa de tua declaração que cremos, mas nós mesmos ouvimos e verdadeiramente sabemos ser Este o Salvador do mundo.'" Jo 4,40-42
O povo de Jerusalém, vendo Seus milagres e como Ele deixava sem palavras os religiosos, também começou a desconfiar de Sua verdadeira identidade. Foi durante a Festa das Tendas: "Algumas das pessoas de Jerusalém diziam: 'Não é Este Aquele a Quem procuram tirar a vida? Todavia, ei-Lo que fala em público e não Lhe dizem coisa alguma. Porventura reconheceram as autoridades que Ele é o Cristo?'" Jo 7,26
Essa comunidade concluiu-o, porém, por próprias experiências: "Assim, quando os samaritanos foram ter com Ele, pediram que com eles ficasse. Ele ali permaneceu dois dias. Ainda muitos outros creram n'Ele por causa das Suas Palavras. E diziam à mulher: 'Já não é por causa de tua declaração que cremos, mas nós mesmos ouvimos e verdadeiramente sabemos ser Este o Salvador do mundo.'" Jo 4,40-42
O povo de Jerusalém, vendo Seus milagres e como Ele deixava sem palavras os religiosos, também começou a desconfiar de Sua verdadeira identidade. Foi durante a Festa das Tendas: "Algumas das pessoas de Jerusalém diziam: 'Não é Este Aquele a Quem procuram tirar a vida? Todavia, ei-Lo que fala em público e não Lhe dizem coisa alguma. Porventura reconheceram as autoridades que Ele é o Cristo?'" Jo 7,26
Alguns, entretanto, mesmo atestando Suas obras, ficavam em dúvida: "Muitos do povo, porém, creram n'Ele e perguntavam: 'Quando vier o Cristo, fará mais milagres que Este faz?'" Jo 7,31
E os debates avolumavam-se: "Outros diziam: 'Este é o Cristo.' Mas outros protestavam: 'É acaso da Galileia que há de vir o Cristo? Não diz a Escritura: O Cristo há de vir da família de Davi, e da aldeia de Belém, onde vivia Davi?'" Jo 7,41-42
Quanto aos pais do cego de nascença, a quem Jesus curou, temeram testemunhar Quem Ele era: "Seus pais disseram isso porque temiam os judeus, pois os judeus tinham ameaçado expulsar da sinagoga todo aquele que reconhecesse Jesus como o Cristo." Jo 9,22
Sua Revelação, porém, tinha que ser completa, e, em Sua última Páscoa em Jerusalém, Ele mesmo começou a interrogar os fariseus sobre o Messias: "Que pensais vós do Cristo?" Mt 22,42
Mas já havia perguntado aos Apóstolos o que eles pensavam sobre Sua Pessoa, seis dias antes de Sua Transfiguração (cf. Mt 17,1): "E vós, quem dizeis que Eu sou?" Lc 9,20a
E São Pedro, sempre o primeiro e inspirado por Deus Pai (cf. Mt 16,17), respondeu: "O Cristo de Deus." Lc 9,20b
Contudo, Jesus ainda não queria que o povo o soubesse: "Energicamente ordenou-lhes que não o dissessem a ninguém." Lc 9,21
O Príncipe dos Apóstolos, porém, de sua profunda inspiração vai usar termos ainda mais fortes, quando Jesus ofereceu Sua Carne e Seu Sangue como o Pão do Céu: "Desde então, muitos dos Seus discípulos retiraram-se e já não andavam com Ele. Então Jesus perguntou aos Doze: 'Também quereis vós retirar-vos?' Respondeu-Lhe Simão Pedro: 'Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da Vida Eterna. E nós cremos e sabemos que Tu és o Santo de Deus!" Jo 6,66-69
Entretanto, a maioria dos religiosos de Jerusalém continuavam vacilantes, mesmo em Sua última Festa da Dedicação, quando O abordaram no Templo: "Os judeus rodearam-nO e perguntaram-Lhe: 'Até quando nos deixarás na incerteza? Se Tu és o Cristo, dize-nos claramente.'" Jo 10,24
E a resposta de Jesus, por falta de amor à Verdade da parte deles, era mais uma acusação: "Eu digo-o, mas não credes. As obras que faço em Nome de Meu Pai, estas dão testemunho de Mim. Entretanto, não credes, porque não sois das Minhas ovelhas. Minhas ovelhas ouvem Minha voz, Eu conheço-as e elas seguem-Me." Jo 10,25-27
Mas desde o segundo anúncio de Sua Paixão, Ele já teria importantes assuntos para tratar com os Apóstolos: "Naquele tempo, Jesus e Seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando a Seus discípulos. E dizia-lhes: 'O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles matá-Lo-ão. Mas três dias após Sua morte, Ele ressuscitará.' Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar." Mc 9,30-32
Já o povo de Jerusalém, ao ouvi-Lo na semana de Sua Páscoa, tentava entender porque Ele teria que ser crucificado: "A multidão respondeu: 'Nós temos ouvido da Lei que o Cristo permanece para sempre. Como dizes Tu: Importa que o Filho do Homem seja levantado?'" Jo 12,34
E São Pedro, sempre o primeiro e inspirado por Deus Pai (cf. Mt 16,17), respondeu: "O Cristo de Deus." Lc 9,20b
Contudo, Jesus ainda não queria que o povo o soubesse: "Energicamente ordenou-lhes que não o dissessem a ninguém." Lc 9,21
O Príncipe dos Apóstolos, porém, de sua profunda inspiração vai usar termos ainda mais fortes, quando Jesus ofereceu Sua Carne e Seu Sangue como o Pão do Céu: "Desde então, muitos dos Seus discípulos retiraram-se e já não andavam com Ele. Então Jesus perguntou aos Doze: 'Também quereis vós retirar-vos?' Respondeu-Lhe Simão Pedro: 'Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da Vida Eterna. E nós cremos e sabemos que Tu és o Santo de Deus!" Jo 6,66-69
Entretanto, a maioria dos religiosos de Jerusalém continuavam vacilantes, mesmo em Sua última Festa da Dedicação, quando O abordaram no Templo: "Os judeus rodearam-nO e perguntaram-Lhe: 'Até quando nos deixarás na incerteza? Se Tu és o Cristo, dize-nos claramente.'" Jo 10,24
E a resposta de Jesus, por falta de amor à Verdade da parte deles, era mais uma acusação: "Eu digo-o, mas não credes. As obras que faço em Nome de Meu Pai, estas dão testemunho de Mim. Entretanto, não credes, porque não sois das Minhas ovelhas. Minhas ovelhas ouvem Minha voz, Eu conheço-as e elas seguem-Me." Jo 10,25-27
Mas desde o segundo anúncio de Sua Paixão, Ele já teria importantes assuntos para tratar com os Apóstolos: "Naquele tempo, Jesus e Seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando a Seus discípulos. E dizia-lhes: 'O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles matá-Lo-ão. Mas três dias após Sua morte, Ele ressuscitará.' Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar." Mc 9,30-32
Já o povo de Jerusalém, ao ouvi-Lo na semana de Sua Páscoa, tentava entender porque Ele teria que ser crucificado: "A multidão respondeu: 'Nós temos ouvido da Lei que o Cristo permanece para sempre. Como dizes Tu: Importa que o Filho do Homem seja levantado?'" Jo 12,34
Mais tarde, a Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios até tentou explicar a passagem de Deus que Se fez homem: "É verdade que Ele foi crucificado por fraqueza, mas está vivo pelo poder de Deus." 2 Cor 13,4a
A Primeira Carta de São Pedro também: "Padeceu a morte em Sua carne, mas foi vivificado quanto ao Espírito." 1 Pd 3,18b
Os discípulos de São Paulo, enfim, fazem esta distinção entre os antigos sacrifícios dos judeus e o impreterível surgimento da Igreja pelo Sacrifício Pascal: "Eis porque, ao entrar no mundo, Cristo diz: 'Não quiseste sacrifício nem oblação, mas um Corpo formaste-Me (Sl 39,7).'" Hb 10,5
São João Evangelista assim justifica a Vida em Comunhão: "Se, porém, andamos na Luz como Ele mesmo está na Luz, temos recíproca Comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, purifica-nos de todo pecado." 1 Jo 1,7
E São Paulo recomenda o mesmo a São Timóteo: "Foge das paixões da mocidade, com empenho busca a justiça, a fé, a caridade, a Paz, em companhia daqueles que invocam o Senhor com pureza de coração." 2 Tm 2,22
Mas a Verdade é que, para melhor interpretação dos fatos e das Escrituras, acolher Sua Revelação essencialmente passa pela Vontade de Deus, como Nosso Senhor mesmo ensinou em Cafarnaum, na sinagoga, dias depois de multiplicar pães e peixes: "Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o atrair..." Jo 6,44
A Primeira Carta de São Pedro também: "Padeceu a morte em Sua carne, mas foi vivificado quanto ao Espírito." 1 Pd 3,18b
Os discípulos de São Paulo, enfim, fazem esta distinção entre os antigos sacrifícios dos judeus e o impreterível surgimento da Igreja pelo Sacrifício Pascal: "Eis porque, ao entrar no mundo, Cristo diz: 'Não quiseste sacrifício nem oblação, mas um Corpo formaste-Me (Sl 39,7).'" Hb 10,5
São João Evangelista assim justifica a Vida em Comunhão: "Se, porém, andamos na Luz como Ele mesmo está na Luz, temos recíproca Comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, purifica-nos de todo pecado." 1 Jo 1,7
E São Paulo recomenda o mesmo a São Timóteo: "Foge das paixões da mocidade, com empenho busca a justiça, a fé, a caridade, a Paz, em companhia daqueles que invocam o Senhor com pureza de coração." 2 Tm 2,22
Mas a Verdade é que, para melhor interpretação dos fatos e das Escrituras, acolher Sua Revelação essencialmente passa pela Vontade de Deus, como Nosso Senhor mesmo ensinou em Cafarnaum, na sinagoga, dias depois de multiplicar pães e peixes: "Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o atrair..." Jo 6,44
Com efeito, quando São Pedro O identificou como o Cristo, Ele declarou: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas Meu Pai que está nos Céus." Mt 16,17
E sempre Se referindo a revelações pessoais, Jesus rezou ao Pai em Sua última noite entre os Apóstolos: "Manifestei Teu Nome aos homens que do mundo Me deste. Eram Teus e deste-Mos, e guardaram Tua palavra." Jo 17,6
Segundo São Paulo, isso dá-se por obra do Autor da Graça: "... ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo." 1 Cor 12,3
São João Apóstolo afirma algo semelhante: "Nisto é que conhecemos que n'Ele estamos e Ele em nós: por Ele ter-nos dado Seu Espírito. E nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou Seu Filho como Salvador do mundo. Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, nele permanece Deus e ele em Deus." 1 Jo 4,13-15
Santa Marta, porém, atestando sua intimidade com Jesus, pouco antes da Ressurreição de São Lázaro, seu irmão, já não tinha mais dúvida: "Sim, Senhor. Eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, Aquele que devia vir ao mundo." Jo 11,27
E antes de partir para o Horto das Oliveiras, lugar de Sua prisão pelos guardas do sumo sacerdote, na Oração da Unidade Jesus já não escondia Sua perfeita unidade com o Pai: "Agora, pois, Pai, glorifica-Me junto de ti, concedendo-Me a Glória que tive junto a Ti antes que o mundo fosse criado." Jo 17,5
Santa Marta, porém, atestando sua intimidade com Jesus, pouco antes da Ressurreição de São Lázaro, seu irmão, já não tinha mais dúvida: "Sim, Senhor. Eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, Aquele que devia vir ao mundo." Jo 11,27
E antes de partir para o Horto das Oliveiras, lugar de Sua prisão pelos guardas do sumo sacerdote, na Oração da Unidade Jesus já não escondia Sua perfeita unidade com o Pai: "Agora, pois, Pai, glorifica-Me junto de ti, concedendo-Me a Glória que tive junto a Ti antes que o mundo fosse criado." Jo 17,5
Ele já havia declarado aos próprios judeus no Templo, durante a Festa das Tendas: "Ele disse-lhes: Vós sois cá de baixo, Eu sou lá de cima. Vós sois deste mundo, Eu não sou deste mundo. Por isso, disse-vos: morrereis em vosso pecado. Porque se não crerdes o que EU SOU, morrereis em vosso pecado." Jo 8,23-24
Mas mesmo quando foi preso e julgado pelo sumo sacerdote, embora também buscassem ouvir 'uma blasfêmia' para acusá-Lo, os judeus ainda estavam em grande dúvida. Segundo Jesus, Deus não lhes havia concedido tal Graça: "Perguntaram-Lhe: 'Dize-nos se és o Cristo!' Respondeu-lhes Ele: 'Se Eu disser, não Me acreditareis...'" Lc 22,67
Foi o mesmo que Ele disse a Pilatos: "Todo aquele que é da Verdade ouve Minha voz." Jo 18,37
Mas mesmo quando foi preso e julgado pelo sumo sacerdote, embora também buscassem ouvir 'uma blasfêmia' para acusá-Lo, os judeus ainda estavam em grande dúvida. Segundo Jesus, Deus não lhes havia concedido tal Graça: "Perguntaram-Lhe: 'Dize-nos se és o Cristo!' Respondeu-lhes Ele: 'Se Eu disser, não Me acreditareis...'" Lc 22,67
Foi o mesmo que Ele disse a Pilatos: "Todo aquele que é da Verdade ouve Minha voz." Jo 18,37
E nas aparições aos discípulos que iam a Emaús e aos Apóstolos, Ele, cobrando-lhes compromisso, falou de Sua Paixão e Ressurreição como essenciais para provocar arrependimento e conversão: "Como sois tardos de coração para crerdes em tudo que anunciaram os Profetas! Assim é que está escrito, e assim era necessário que Cristo padecesse, mas que ao terceiro dia ressurgisse dos mortos. E que em Seu Nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de tudo isso." Lc 24,25.46-48
Por isso, ao fim de seu Evangelho, São João diz porque registrara Seus milagres: "Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a Vida em Seu Nome." Jo 20,31
E nos apontamentos do Livro dos Atos dos Apóstolos, no dia da Vinda do Espírito Santo, que São Paulo chamou de Espírito da Adoção, à Igreja que ali nascia São Pedro declarou Quem realmente é Jesus: "Que toda casa de Israel saiba, portanto, com a maior certeza de que este Jesus, que vós crucificastes, Deus O constituiu Senhor e Cristo." At 2,36
Ora, já no dia da Apresentação do Menino Jesus no Templo de Jerusalém, Simeão, um justo homem, havia dito: "Eis que este Menino está destinado a ser causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações." Lc 2,34-35
Ora, já no dia da Apresentação do Menino Jesus no Templo de Jerusalém, Simeão, um justo homem, havia dito: "Eis que este Menino está destinado a ser causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações." Lc 2,34-35
Pois apegada a mundanos prazeres e materiais valores, a humanidade ainda reluta em aceitar Cristo enquanto Servo Sofredor, como profetizado por Isaías. O Príncipe dos Apóstolos, no entanto, viu na Crucificação apenas o cumprimento das Escrituras, ainda que essencial ao projeto da Salvação: "Deus, porém, assim cumpriu o que já antes anunciara pela boca de todos Profetas: que Seu Cristo devia padecer. ... a fim de que cada um se aparte de sua iniquidade." At 3,18.26b
"A REALIDADE É O CORPO DE CRISTO"
E são exatamente os mais poderosos que sempre perseguem Jesus, como o Livro dos Salmos anteviu: "Levantam-se os reis da Terra, e os príncipes reúnem-se em conselho contra o Senhor e contra Seu Cristo." Sl 2,2
E são exatamente os mais poderosos que sempre perseguem Jesus, como o Livro dos Salmos anteviu: "Levantam-se os reis da Terra, e os príncipes reúnem-se em conselho contra o Senhor e contra Seu Cristo." Sl 2,2
Ora, conforme as visões anotadas no Livro do Apocalipse de São João, essa tresloucada insanidade vai continuar e ensejar a própria Batalha Final, quando se dará o fim do mundo: "Eu vi a Fera e os reis da Terra com seus exércitos reunidos para fazer guerra ao Cavaleiro e ao Seu Exército." Ap 1,19
Mas logo Sua manifestação foi plenamente identificada com a Cruz, tornando-Se o elemento central da pregação dos Apóstolos e Diáconos. É o que se nota, por exemplo, após o martírio de Santo Estevão: "Assim Filipe desceu à cidade de Samaria, pregando-lhes o Cristo." At 8,5
E apesar de ter sido um fervoroso fariseu, após uma aparição de Nosso Senhor, o jovem São Paulo rapidamente percebeu onde estava a Verdade, entrando em ação lá mesmo no lugar de sua conversão: "Saulo, porém, sentia crescer seu poder e confundia os judeus de Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo." At 9,22
Pois como grande conhecedor do Antigo Testamento, deu-se conta que Nosso Salvador já havia encarnado e ressuscitado, como pregou em primeira visita aos judeus da cidade de Tessalônica, na Grécia: "Explicava e demonstrava, à base das Escrituras, que era necessário que Cristo padecesse e ressurgisse dos mortos. 'E este Cristo é Jesus que eu vos anuncio.'" At 17,3
Mas a Encarnação de Cristo, enquanto capítulo da Revelação da Santíssima Trindade, vai muito além do que as palavras dizem. Deus é muito maior do que podemos expressar. Este Apóstolo ensina aos fiéis da cidade de Corinto: "Ele (Deus) é que nos fez aptos para ser Ministros da Nova Aliança, não a da letra, e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica." 2 Cor 3,6
Mas a Encarnação de Cristo, enquanto capítulo da Revelação da Santíssima Trindade, vai muito além do que as palavras dizem. Deus é muito maior do que podemos expressar. Este Apóstolo ensina aos fiéis da cidade de Corinto: "Ele (Deus) é que nos fez aptos para ser Ministros da Nova Aliança, não a da letra, e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica." 2 Cor 3,6
E nem todos têm a Graça da presença do Espírito de Deus em si, como vimos nas palavras de São João Evangelista. Dentre estes, ele aponta os falsos mestres: "Muitos sedutores têm saído pelo mundo afora, os quais não proclamam Jesus Cristo encarnado." 2 Jo 1,7
Contudo, quem recebeu o Espírito Santo sabe Quem é Jesus, e também sabe que nasceu de novo: "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus..." 1 Jo 5,1
Por isso, na Primeira Carta de São Pedro, privilegiada testemunha da Transfiguração, ele afirma, citando classes de anjos, a absoluta Majestade de Jesus: "Esse Jesus Cristo, tendo subido ao Céu, está assentado à direita de Deus, depois de ter recebido a submissão dos anjos, dos principados e das potestades." 1 Pd 3,22
Ora, é exclusivamente d'Ele que falam as Escrituras, como São Paulo defendia e o próprio Jesus havia dito aos religiosos judeus: "Vós perscrutais as Escrituras, nelas julgando encontrar a Vida Eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de Mim." Jo 5,39
Ora, é exclusivamente d'Ele que falam as Escrituras, como São Paulo defendia e o próprio Jesus havia dito aos religiosos judeus: "Vós perscrutais as Escrituras, nelas julgando encontrar a Vida Eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de Mim." Jo 5,39
Ele provocou-os: "Pois se crêsseis em Moisés, certamente creríeis em Mim, porque ele escreveu a Meu respeito." Jo 5,46
São Pedro, após curar um aleijado no Templo, pregando à multidão que se juntou também se mostrava irredutível: "Todos Profetas, que sucessivamente têm falado desde Samuel, anunciaram estes dias." At 3,24
Sua Vida é nosso parâmetro, portanto, e representa o pleno cumprimento da Lei. Foi o que São Paulo concluiu, escrevendo aos cristãos da igreja de Roma: "Porque a finalidade da Lei é Cristo..." Rm 10,4
São Pedro, após curar um aleijado no Templo, pregando à multidão que se juntou também se mostrava irredutível: "Todos Profetas, que sucessivamente têm falado desde Samuel, anunciaram estes dias." At 3,24
Sua Vida é nosso parâmetro, portanto, e representa o pleno cumprimento da Lei. Foi o que São Paulo concluiu, escrevendo aos cristãos da igreja de Roma: "Porque a finalidade da Lei é Cristo..." Rm 10,4
Ele viu-O na rocha que acompanhava Moisés, enquanto guiava o povo de Deus pelo deserto: "... todos beberam da mesma bebida espiritual, pois todos bebiam da pedra espiritual que os seguia. E essa pedra era Cristo." 1 Cor 10,4
Pois como ele afirma aos da cidade de Colossos, por Jesus temos a definitiva purificação: "Há bem pouco tempo éreis vós alheios a Deus e inimigos por vossos pensamentos e más obras, mas eis que agora Ele vos reconciliou pela morte de Seu Corpo humano, para que vos possais apresentar Santos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai." Cl 1,21-22
E assim sabemos que, como Sua Doutrina, Jesus é eterno, é Deus: "Jesus Cristo sempre é o mesmo: ontem, hoje e por toda eternidade." Hb 13,8
E assim sabemos que, como Sua Doutrina, Jesus é eterno, é Deus: "Jesus Cristo sempre é o mesmo: ontem, hoje e por toda eternidade." Hb 13,8
De fato, em resposta a Santa Marta enquanto passava por Betânia e subia a Jerusalém para Sua Páscoa, Ele afirmou ser a própria Vida: "Eu sou a Ressurreição e a Vida." Jo 11,25
Ora, não nos confunda o fato de que, mesmo sendo a Segunda Pessoa através da Qual Deus Se deu a conhecer, Ele tenha vivido a humildade: "Assim Cristo também não atribuiu a Si mesmo a Glória de ser Pontífice." Hb 5,5
São Paulo recita o Hino Cristológico: "Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus. Sendo Ele de divina condição, não Se prevaleceu de Sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-Se aos homens. E sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-Se ainda mais, tornando-Se obediente até a morte, e morte de Cruz. Por isso, Deus soberanamente exaltou-O e outorgou-Lhe o Nome que está acima de todos nomes, para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho no Céu, na Terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a Glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor." Fl 2,5-11
São Paulo recita o Hino Cristológico: "Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus. Sendo Ele de divina condição, não Se prevaleceu de Sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-Se aos homens. E sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-Se ainda mais, tornando-Se obediente até a morte, e morte de Cruz. Por isso, Deus soberanamente exaltou-O e outorgou-Lhe o Nome que está acima de todos nomes, para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho no Céu, na Terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a Glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor." Fl 2,5-11
Este Santo bem compreendeu o que significa ser cristão neste mundo, ou seja, ser Igreja: "O que falta às tribulações de Cristo, completo em minha carne, por Seu Corpo que é a Igreja." Cl 1,24b
E aferindo Sua grandeza em comparação às tradições religiosas dos judeus, ele vai dizer: "Tudo isto não é mais que sombra d'Aquele que devia vir. A realidade é o Corpo de Cristo." Cl 2,17
Por fim, tempos essa luminosa revelação feita pelo próprio Jesus a Santa Brígida: "O Pai enviou-Me através d'Ele mesmo, juntamente com o Espírito Santo, para o útero da Virgem, embora não de forma que os anjos ficassem sem a visão e a presença de Deus. Eu, o Filho, que estava com o Pai e o Espírito Santo no ventre da Virgem, permaneci o mesmo Deus na visão dos anjos no Céu juntamente com o Pai e o Espírito Santo, governando e sustentando todas coisas. Entretanto, a natureza humana assumida pelo Único Filho ficou no útero de Maria." (Livro II, Capítulo XIII)
"Jesus Cristo deu-nos Vida por Sua morte!"
E aferindo Sua grandeza em comparação às tradições religiosas dos judeus, ele vai dizer: "Tudo isto não é mais que sombra d'Aquele que devia vir. A realidade é o Corpo de Cristo." Cl 2,17
Por fim, tempos essa luminosa revelação feita pelo próprio Jesus a Santa Brígida: "O Pai enviou-Me através d'Ele mesmo, juntamente com o Espírito Santo, para o útero da Virgem, embora não de forma que os anjos ficassem sem a visão e a presença de Deus. Eu, o Filho, que estava com o Pai e o Espírito Santo no ventre da Virgem, permaneci o mesmo Deus na visão dos anjos no Céu juntamente com o Pai e o Espírito Santo, governando e sustentando todas coisas. Entretanto, a natureza humana assumida pelo Único Filho ficou no útero de Maria." (Livro II, Capítulo XIII)
"Jesus Cristo deu-nos Vida por Sua morte!"