Jesus demonstrou como os valores deste mundo estão flagrantemente invertidos, em oposição à vontade de Deus. É fato: quando se amadurece sob Sua Luz, Seus ensinamentos, revelações e profecias vão-se confirmando como estrondosas verdades. Por exemplo: profetizando Seu acolhimento por estrangeiros e rejeição pelos judeus, apesar de ser o povo inicialmente escolhido por Deus para divulgar a Salvação, Ele sentencia: "Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos." Mt 20,16
Com efeito, mesmo em países onde não há grande divulgação de Sua Palavra, a semente da santidade tem dado frutos por obra da Divina Graça, pois Deus é muito cioso da Salvação de Seus filhos, como Jesus revelou na parábola dos talentos: "Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei." Mt 25,26
Mais: Ele ensina que o Pai sequer admite ambíguas atitudes e posturas: "Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." Lc 16,13
E fulmina a hipocrisia e as mundanas ilusões: "Ora, ouviam tudo isto os fariseus, que eram amigos do dinheiro, e d'Ele zombavam. Jesus disse-lhes: 'Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus conhece-vos os corações. Pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus.'" Lc 16,14-15
Denunciava, então, a maior das abominações, a razão de toda incredulidade: "Como podeis crer, vós que recebeis a glória uns dos outros e não buscais a Glória que é só de Deus?" Jo 5,44
Segundo Nosso Salvador, e o que foi experimentado por pessoas como São Domingos, São Francisco, Santo Antonio, Madre Tereza, entre outros, o portentoso Reino dos Céus não será um lugar de poderosos, como vistos neste mundo, mas de humilde gente. Jesus dizia dos líderes dos judeus, ensinando aos Apóstolos: "Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés. Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas. Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens. Porém, o maior dentre vós será vosso servo. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado." Mt 23,2.6-7.11-12
E recomenda outra motivação para festivas ocasiões: "Quando deres alguma ceia, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem parentes, nem ricos vizinhos. Porque, por sua vez, eles convidá-te-ão e assim te retribuirão. Mas quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas sê-te-á retribuído na Ressurreição dos justos." Lc 14,12-14
Na Igreja, portanto, por singularidade da Sã Doutrina, a verdadeira autoridade não significa poder, mas serviço. Jesus determinou: "Os reis dos pagãos dominam como senhores, e aqueles que sobre eles exercem autoridade chamam-se benfeitores. Que não seja assim entre vós, mas o que é o maior, torne-se como o último; e o que governa seja como o servo." Lc 22,25-26
Com efeito, toda comunidade de fé deve dar-se conta que ainda há muito que aprender, pois, quando bem observamos, coisas essenciais são frequentemente deixadas de lado. Cabe crescermos no sincero amor para percebê-las, ao invés de rejeitá-las, porque foi exatamente isso que aconteceu em Israel durante a Vinda do Cristo: "Então Jesus disse a eles: 'Vós nunca lestes na Escritura: A pedra que os construtores deixaram de lado tornou-se a mais importante pedra. Isso foi feito pelo Senhor, e é admirável aos nossos olhos'?" Mt 21,42
Por isso, Ele advertia do maior absurdo: "Bem-aventurado aquele para quem Eu não for ocasião de queda!" Mt 6,11
A MATURIDADE ESPIRITUAL
E se Jesus não tolerava nenhuma acomodação no processo amadurecimento espiritual, muito mais sério era Seu recado às pessoas que se recorrem apenas dos mundanos cuidados: "Pois quem quiser salvar sua vida, vai perdê-la. Mas quem perde sua vida por causa de Mim, vai encontrá-la." Mt 16,25
Com efeito, mesmo em países onde não há grande divulgação de Sua Palavra, a semente da santidade tem dado frutos por obra da Divina Graça, pois Deus é muito cioso da Salvação de Seus filhos, como Jesus revelou na parábola dos talentos: "Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei." Mt 25,26
Mais: Ele ensina que o Pai sequer admite ambíguas atitudes e posturas: "Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." Lc 16,13
E fulmina a hipocrisia e as mundanas ilusões: "Ora, ouviam tudo isto os fariseus, que eram amigos do dinheiro, e d'Ele zombavam. Jesus disse-lhes: 'Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus conhece-vos os corações. Pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus.'" Lc 16,14-15
Denunciava, então, a maior das abominações, a razão de toda incredulidade: "Como podeis crer, vós que recebeis a glória uns dos outros e não buscais a Glória que é só de Deus?" Jo 5,44
Segundo Nosso Salvador, e o que foi experimentado por pessoas como São Domingos, São Francisco, Santo Antonio, Madre Tereza, entre outros, o portentoso Reino dos Céus não será um lugar de poderosos, como vistos neste mundo, mas de humilde gente. Jesus dizia dos líderes dos judeus, ensinando aos Apóstolos: "Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés. Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas. Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens. Porém, o maior dentre vós será vosso servo. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado." Mt 23,2.6-7.11-12
E recomenda outra motivação para festivas ocasiões: "Quando deres alguma ceia, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem parentes, nem ricos vizinhos. Porque, por sua vez, eles convidá-te-ão e assim te retribuirão. Mas quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas sê-te-á retribuído na Ressurreição dos justos." Lc 14,12-14
Na Igreja, portanto, por singularidade da Sã Doutrina, a verdadeira autoridade não significa poder, mas serviço. Jesus determinou: "Os reis dos pagãos dominam como senhores, e aqueles que sobre eles exercem autoridade chamam-se benfeitores. Que não seja assim entre vós, mas o que é o maior, torne-se como o último; e o que governa seja como o servo." Lc 22,25-26
De fato, Ele foi bem enfático quando falou aos impenitentes religiosos de Sua época, denunciando o infame pecado da hipocrisia e anunciando o fim da primazia dos judeus no projeto de Deus que é a Igreja: "Pois Eu garanto a vós: os cobradores de impostos e as prostitutas entrarão antes de vocês no Reino do Céu. Porque João veio até vós para mostrar o Caminho da justiça, e vós não acreditastes nele. Os cobradores de impostos e as prostitutas acreditaram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes. Por isso, digo-vos: sê-vos-á tirado o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele." Mt 21,31-32.43
Muitas pessoas, entretanto, já perceberam que o simples rigor da lei religiosa pode levar à cegueira, porque, assim como o racionalismo, que é a grande ilusão da atualidade, o legalismo é uma perigosa armadilha. E aqui, mais uma vez, Jesus 'inverte' a posição das coisas: "O sábado foi feito para servir ao homem, e não o homem para servir ao sábado." Mc 2,27
Muitas pessoas, entretanto, já perceberam que o simples rigor da lei religiosa pode levar à cegueira, porque, assim como o racionalismo, que é a grande ilusão da atualidade, o legalismo é uma perigosa armadilha. E aqui, mais uma vez, Jesus 'inverte' a posição das coisas: "O sábado foi feito para servir ao homem, e não o homem para servir ao sábado." Mc 2,27
Tocando na vaidade dos que se julgam melhores que outros, que é mais um corriqueiro flagrante entre supostos religiosos, Ele deixou claro que estava terminantemente do lado dos que, mesmo empenhando-se muito para segui-Lo, ainda se reconhecem errantes: "Eu não vim para chamar justos, e sim pecadores." Mc 2,17
E para exemplificar os cuidados de Deus para com os mais fracos, o Divino Mestre deixou-nos uma belíssima imagem do amor do Pai e de Sua Misericórdia, onde as coisas também se apresentam às avessas: "E Eu declaro-lhes: assim, haverá no Céu mais alegria por um só pecador que se converte, que por noventa e nove justos que não precisam de conversão." Lc 15,7
Por isso, Ele advertia do maior absurdo: "Bem-aventurado aquele para quem Eu não for ocasião de queda!" Mt 6,11
A MATURIDADE ESPIRITUAL
E se Jesus não tolerava nenhuma acomodação no processo amadurecimento espiritual, muito mais sério era Seu recado às pessoas que se recorrem apenas dos mundanos cuidados: "Pois quem quiser salvar sua vida, vai perdê-la. Mas quem perde sua vida por causa de Mim, vai encontrá-la." Mt 16,25
Ainda que um tanto enigmático, Ele não deixava de falar sobre as espirituais recompensas que nos revigoram ainda nessa vida. Referindo-se à inspiração do Espírito Santo e à fé, tão importantes para enfrentar as desilusões, Ele asseverou: "Pois a quem tem, será dado ainda mais, será dado em abundância. Mas daquele que não tem, será tirado até o pouco que tem." Mt 13,12
Temos a mesma lição quando Ele Se referiu ao Santíssimo Sacramento. Havemos de escolher entre o que parece real e o que realmente tem valor: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a Vida Eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois n'Ele Deus, o Pai, imprimiu Seu sinal." Jo, 6,27
Sem dúvida, não é por acaso que a maioria dos judeus continuam alheios ao Banquete Eucarístico realizado na Santa Missa. São palavras de Jesus na conclusão de uma parábola: "Pois vos digo: nenhum daqueles homens, que foram convidados, provará Minha Ceia." Lc 21,24
Esses aparentes contrassensos apontados por Jesus sempre causaram surpresa, e assim foi desde Seu Batismo, quando São João Batista Lhe questionou: "Eu devo ser batizado por Ti e Tu vens a mim?" Mt 3,14
Aliás, assim foi quando Deus indicou o lugar onde Jesus nasceria, falando através do Profeta Miqueias: "Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre os clãs de Judá, é de ti que para Mim sairá Aquele que é chamado a governar Israel. Suas origens remontam aos antigos tempos, aos dias do longínquo passado. Por isso, Deus deixá-los-á até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz. Então o resto de Seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel. Ele levantar-Se-á para apascentá-los com o poder do Senhor, com a majestade do Nome do Senhor, Seu Deus. Os Seus viverão em segurança, porque Ele será exaltado até os confins da terra. E assim será a Paz." Mq 5,1-4a
Ou quando indicou o lugar onde Ele viveria, a Galileia das Nações, profetizado através de Isaías: "O povo que andava nas trevas, viu uma grande Luz. Sobre aqueles que habitavam uma tenebrosa região, resplandeceu uma Luz." Is 9,1
Em divina manifestação nem sempre ostensiva, desde Seu Nascimento Ele já Se colocava em oposição a tudo que se pretende majestoso nesse mundo, como quando foi anunciado aos pastores de Belém: "O anjo disse-lhes: 'Não temais, eis que vos anuncio uma Boa Nova que será alegria para todo povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um Recém-Nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura.'" Lc 2,10-12
Da mesma forma, ao ser apresentado no Templo de Jerusalém, um religioso profetizou os dilemas que Jesus provocaria, bem como as dores de Sua Mãe: "Simeão abençoou-Os e disse a Maria, Sua Mãe: 'Eis que este Menino está destinado a ser causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará tua alma.'" Lc 2,34-35
Afirmativamente, a maioria dos religiosos de Sua época viveram aterradoras dúvidas, embora coubesse a eles mesmos deduzir, por tudo que viam e ouviam, os tempos em que viviam: "Os judeus rodearam-nO e perguntaram-Lhe: 'Até quando nos deixarás na incerteza? Se Tu és o Cristo, dize-nos claramente.'" Jo 10,24
Mas, por conta da dureza de seus corações, as palavras de Jesus causavam-lhes o oposto efeito, e nesses casos as consequências são sempre muito tristes: "Então se aproximaram d'Ele Seus discípulos e disseram-Lhe: 'Sabes que os fariseus se escandalizaram com as palavras que ouviram?' Jesus respondeu: 'Toda planta que Meu Pai celeste não plantou será arrancada pela raiz. Deixai-os. São cegos e guias de cegos. Ora, se um cego conduz a outro, tombarão ambos na mesma vala.'" Mt 15,12-14
Eles chegavam mesmo a conclusões absolutamente absurdas: "A propósito dessas palavras, originou-se nova divisão entre os judeus. Muitos deles diziam: 'Ele está possuído do Demônio. Ele delira. Por que O escutais vós?'" Jo 10,19-20
Jesus apontou uma afronta ainda maior: "Se chamaram de Beelzebul ao Pai de Família, quanto mais o farão às pessoas de Sua Casa!" Mt 10,25b
Contudo, também São Pedro estranhou os desígnios de Deus quando Jesus anunciou Sua Paixão: "Pedro então começou a interpelá-Lo e protestar nestes termos: 'Que Deus não permita isto, Senhor! Isto não Te acontecerá!'" Mt 16,22
Tornou a estranhar Seu gesto de humildade na ocasião do Lava-Pés: "Senhor, queres lavar-me os pés?..." Jo 13,6
E na noite da Santa Ceia, Ele mesmo avisou aos Apóstolos: "Disse-lhes então Jesus: 'Esta noite serei para todos vós uma ocasião de queda. Porque está escrito: 'Ferirei o Pastor, e as ovelhas do rebanho serão dispersadas (Zc 13,7).' Mas, depois da Minha Ressurreição, Eu precedê-vos-ei na Galileia.'" Mt 26,31-32
No entanto, mesmo levando em conta os misteriosos planos de Deus, na maioria das vezes é a própria má vontade ou a insensibilidade do ser humano que o faz sofrer. Isso explica porque Jesus não fazia questão de converter desde o primeiro instante as pessoas com quem Se encontrava: "É por isso que Eu uso parábolas para falar com eles: assim eles olham e não vêem, ouvem e não escutam nem compreendem. Desse modo, cumpre-se para eles a profecia de Isaías: 'É certo que vós ouvireis, porém nada compreenderão. É certo que vós enxergareis, porém nada verão. Porque o coração desse povo tornou-se insensível. Eles são duros de ouvido e fecharam os olhos, para não ver com os olhos, e não ouvir com os ouvidos, não compreender com o coração e não se converter. E assim Eu os cure (Is 6,9s).'" Mt 13,13-15
Temos a mesma lição quando Ele Se referiu ao Santíssimo Sacramento. Havemos de escolher entre o que parece real e o que realmente tem valor: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a Vida Eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois n'Ele Deus, o Pai, imprimiu Seu sinal." Jo, 6,27
Sem dúvida, não é por acaso que a maioria dos judeus continuam alheios ao Banquete Eucarístico realizado na Santa Missa. São palavras de Jesus na conclusão de uma parábola: "Pois vos digo: nenhum daqueles homens, que foram convidados, provará Minha Ceia." Lc 21,24
Esses aparentes contrassensos apontados por Jesus sempre causaram surpresa, e assim foi desde Seu Batismo, quando São João Batista Lhe questionou: "Eu devo ser batizado por Ti e Tu vens a mim?" Mt 3,14
Aliás, assim foi quando Deus indicou o lugar onde Jesus nasceria, falando através do Profeta Miqueias: "Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre os clãs de Judá, é de ti que para Mim sairá Aquele que é chamado a governar Israel. Suas origens remontam aos antigos tempos, aos dias do longínquo passado. Por isso, Deus deixá-los-á até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz. Então o resto de Seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel. Ele levantar-Se-á para apascentá-los com o poder do Senhor, com a majestade do Nome do Senhor, Seu Deus. Os Seus viverão em segurança, porque Ele será exaltado até os confins da terra. E assim será a Paz." Mq 5,1-4a
Ou quando indicou o lugar onde Ele viveria, a Galileia das Nações, profetizado através de Isaías: "O povo que andava nas trevas, viu uma grande Luz. Sobre aqueles que habitavam uma tenebrosa região, resplandeceu uma Luz." Is 9,1
Em divina manifestação nem sempre ostensiva, desde Seu Nascimento Ele já Se colocava em oposição a tudo que se pretende majestoso nesse mundo, como quando foi anunciado aos pastores de Belém: "O anjo disse-lhes: 'Não temais, eis que vos anuncio uma Boa Nova que será alegria para todo povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um Recém-Nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura.'" Lc 2,10-12
Da mesma forma, ao ser apresentado no Templo de Jerusalém, um religioso profetizou os dilemas que Jesus provocaria, bem como as dores de Sua Mãe: "Simeão abençoou-Os e disse a Maria, Sua Mãe: 'Eis que este Menino está destinado a ser causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará tua alma.'" Lc 2,34-35
Afirmativamente, a maioria dos religiosos de Sua época viveram aterradoras dúvidas, embora coubesse a eles mesmos deduzir, por tudo que viam e ouviam, os tempos em que viviam: "Os judeus rodearam-nO e perguntaram-Lhe: 'Até quando nos deixarás na incerteza? Se Tu és o Cristo, dize-nos claramente.'" Jo 10,24
Mas, por conta da dureza de seus corações, as palavras de Jesus causavam-lhes o oposto efeito, e nesses casos as consequências são sempre muito tristes: "Então se aproximaram d'Ele Seus discípulos e disseram-Lhe: 'Sabes que os fariseus se escandalizaram com as palavras que ouviram?' Jesus respondeu: 'Toda planta que Meu Pai celeste não plantou será arrancada pela raiz. Deixai-os. São cegos e guias de cegos. Ora, se um cego conduz a outro, tombarão ambos na mesma vala.'" Mt 15,12-14
Eles chegavam mesmo a conclusões absolutamente absurdas: "A propósito dessas palavras, originou-se nova divisão entre os judeus. Muitos deles diziam: 'Ele está possuído do Demônio. Ele delira. Por que O escutais vós?'" Jo 10,19-20
Jesus apontou uma afronta ainda maior: "Se chamaram de Beelzebul ao Pai de Família, quanto mais o farão às pessoas de Sua Casa!" Mt 10,25b
Contudo, também São Pedro estranhou os desígnios de Deus quando Jesus anunciou Sua Paixão: "Pedro então começou a interpelá-Lo e protestar nestes termos: 'Que Deus não permita isto, Senhor! Isto não Te acontecerá!'" Mt 16,22
Tornou a estranhar Seu gesto de humildade na ocasião do Lava-Pés: "Senhor, queres lavar-me os pés?..." Jo 13,6
E na noite da Santa Ceia, Ele mesmo avisou aos Apóstolos: "Disse-lhes então Jesus: 'Esta noite serei para todos vós uma ocasião de queda. Porque está escrito: 'Ferirei o Pastor, e as ovelhas do rebanho serão dispersadas (Zc 13,7).' Mas, depois da Minha Ressurreição, Eu precedê-vos-ei na Galileia.'" Mt 26,31-32
No entanto, mesmo levando em conta os misteriosos planos de Deus, na maioria das vezes é a própria má vontade ou a insensibilidade do ser humano que o faz sofrer. Isso explica porque Jesus não fazia questão de converter desde o primeiro instante as pessoas com quem Se encontrava: "É por isso que Eu uso parábolas para falar com eles: assim eles olham e não vêem, ouvem e não escutam nem compreendem. Desse modo, cumpre-se para eles a profecia de Isaías: 'É certo que vós ouvireis, porém nada compreenderão. É certo que vós enxergareis, porém nada verão. Porque o coração desse povo tornou-se insensível. Eles são duros de ouvido e fecharam os olhos, para não ver com os olhos, e não ouvir com os ouvidos, não compreender com o coração e não se converter. E assim Eu os cure (Is 6,9s).'" Mt 13,13-15
Os sábios deste mundo, ademais, não estão nos primeiros planos de Deus. Foi o que disse Jesus ao atestar a vitória dos Apóstolos sobre os maus espíritos, na primeira missão à qual os enviou: "Naquele mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: 'Pai, Senhor do Céu e da terra, Eu dou-Te graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-Te porque assim foi de Teu agrado.'" Lc 10,21
Isso já estava previsto no Eclesiástico: "Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que Ele revela Seus mistérios. Porque grande é o poder do Senhor, mas é pelos humildes que Ele é glorificado." Eclo 3,20b-21
Na verdade, a ambiguidade está em nossos corações, que insiste em entender as coisas pela lógica do mundo. Porém, ainda que vagando entre contradições, se mostrarmos arrependimento Deus acolhe-nos e perdoa-nos, como Jesus revelou nessa parábola: "O que vocês acham disto? Certo homem tinha dois filhos. Ele foi ao mais velho, e disse: 'Filho, vá hoje trabalhar na vinha.' O filho respondeu: 'Não quero.' Mas depois se arrependeu e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho, e disse a mesma coisa. Esse respondeu: 'Sim, senhor, eu vou.' Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?" Mt 21,28-30
Isso já estava previsto no Eclesiástico: "Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que Ele revela Seus mistérios. Porque grande é o poder do Senhor, mas é pelos humildes que Ele é glorificado." Eclo 3,20b-21
Na verdade, a ambiguidade está em nossos corações, que insiste em entender as coisas pela lógica do mundo. Porém, ainda que vagando entre contradições, se mostrarmos arrependimento Deus acolhe-nos e perdoa-nos, como Jesus revelou nessa parábola: "O que vocês acham disto? Certo homem tinha dois filhos. Ele foi ao mais velho, e disse: 'Filho, vá hoje trabalhar na vinha.' O filho respondeu: 'Não quero.' Mas depois se arrependeu e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho, e disse a mesma coisa. Esse respondeu: 'Sim, senhor, eu vou.' Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?" Mt 21,28-30
Por isso, Ele recomenda uma improvável aquisição de celestiais favores, como vemos na parábola do infiel administrador: "Eu digo-vos: fazei-vos amigos com a injusta riqueza, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos eternos tabernáculos." Lc 16,9
Tal concessão a bem da obediência está em conformidade com o 'paradoxo da pacífica dominação', que Ele previu para a Nova Terra: "Felizes os mansos, porque possuirão a terra." Mt 5,5
Tal concessão a bem da obediência está em conformidade com o 'paradoxo da pacífica dominação', que Ele previu para a Nova Terra: "Felizes os mansos, porque possuirão a terra." Mt 5,5
Ora, onde mais os pobres poderiam herdar alguma coisa senão segundo os planos de Deus? Pois, ainda no Sermão da Montanha, Ele prometeu: "Felizes os pobres, porque deles é o Reino do Céu." Mt 5,3
Com efeito, havia muito um dos amigos de Jó já percebera os 'tortos' desígnios divinos: "Oh! Se Deus pudesse falar, e abrir Seus lábios para responder-te, revelar-te os mistérios da Sabedoria que são ambíguos para o espírito..." Jó 11,5-6a
CONTRA TODAS CHANCES
E a Vinda do Messias? Teria sido um acontecimento reservado apenas para os mais Santos e justos? Não, por certo. Deu-se num momento em que a humanidade, mesmo imersa no pecado, já tinha alguma maturidade para receber a mensagem do Deus de amor. Quantos, porém, O perceberam? Quantos ainda hoje não se veem contrariados diante do 'paradoxo do Deus morto'? No entanto, Jesus atestou o privilégio daquela geração, assim como dos Apóstolos: "Eu garanto a vós: muitos Profetas e justos desejaram ver o que vós estais vendo, e não puderam ver. Desejaram ouvir o que vós estais ouvindo, e não puderam ouvir." Mt 13,17
Pois segundo a lógica dos judeus, o Salvador jamais poderia ser o Servo Sofredor, apesar de ter sido predito pelo Profeta Isaías. E assim como pareceu estranho a São Pedro e aos demais Apóstolos, eles não entendiam: "A multidão respondeu-Lhe: 'Nós temos ouvido da Lei que o Cristo permanece para sempre. Como dizes Tu: Importa que o Filho do Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem?'" Jo 12,34
E se os Doze pareciam uma muito pequena comunidade para ajudar a salvar tanta gente, e assim iniciar a construção do Reino de Deus, Jesus disse-lhes: "O Reino do Céu é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia em seu campo. Embora ela seja a menor de todas sementes, quando cresce, fica maior que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros do céu vêm e fazem ninhos em seus ramos." Mt 13,31-32
Com efeito, havia muito um dos amigos de Jó já percebera os 'tortos' desígnios divinos: "Oh! Se Deus pudesse falar, e abrir Seus lábios para responder-te, revelar-te os mistérios da Sabedoria que são ambíguos para o espírito..." Jó 11,5-6a
CONTRA TODAS CHANCES
E a Vinda do Messias? Teria sido um acontecimento reservado apenas para os mais Santos e justos? Não, por certo. Deu-se num momento em que a humanidade, mesmo imersa no pecado, já tinha alguma maturidade para receber a mensagem do Deus de amor. Quantos, porém, O perceberam? Quantos ainda hoje não se veem contrariados diante do 'paradoxo do Deus morto'? No entanto, Jesus atestou o privilégio daquela geração, assim como dos Apóstolos: "Eu garanto a vós: muitos Profetas e justos desejaram ver o que vós estais vendo, e não puderam ver. Desejaram ouvir o que vós estais ouvindo, e não puderam ouvir." Mt 13,17
Pois segundo a lógica dos judeus, o Salvador jamais poderia ser o Servo Sofredor, apesar de ter sido predito pelo Profeta Isaías. E assim como pareceu estranho a São Pedro e aos demais Apóstolos, eles não entendiam: "A multidão respondeu-Lhe: 'Nós temos ouvido da Lei que o Cristo permanece para sempre. Como dizes Tu: Importa que o Filho do Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem?'" Jo 12,34
E se os Doze pareciam uma muito pequena comunidade para ajudar a salvar tanta gente, e assim iniciar a construção do Reino de Deus, Jesus disse-lhes: "O Reino do Céu é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia em seu campo. Embora ela seja a menor de todas sementes, quando cresce, fica maior que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros do céu vêm e fazem ninhos em seus ramos." Mt 13,31-32
Explicitamente falando quanto ao pequeno número de Seus seguidores, Ele estimula-nos: "Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de Vosso Pai dar-vos o Reino!" Lc 12,32
E o que poderia fazer tão pequena comunidade diante de um mundo tão violento? Isso certamente é mais um contrassenso, mas mesmo assim Jesus nos encoraja: "Eu envio-vos como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas." Mt 10,16
E o que poderia fazer tão pequena comunidade diante de um mundo tão violento? Isso certamente é mais um contrassenso, mas mesmo assim Jesus nos encoraja: "Eu envio-vos como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas." Mt 10,16
Quanto à nossas limitações, claramente observadas no dia-a-dia, Ele vai lembrar os auxílios de Deus: "Caminhando, viu Jesus um cego de nascença. Seus discípulos indagaram d'Ele: 'Mestre, quem pecou, este homem ou seus pais, para que nascesse cego?' Jesus respondeu: 'Nem este pecou nem seus pais, mas é necessário que nele se manifestem as obras de Deus.'" Jo 9,1-3
Ou ainda: se a Ressurreição da Carne parece um absurdo, temos aí mais um projeto de Deus com base em opostas naturezas. São Paulo escreveu: "O mesmo acontece com a Ressurreição dos Mortos: o corpo é semeado corruptível, mas ressuscita incorruptível; é semeado desprezível, mas ressuscita glorioso; é semeado na fraqueza, mas ressuscita cheio de força; é semeado corpo animal, mas ressuscita corpo espiritual." 1 Cor 15,42-44
O Apóstolo dos Gentios, por sinal, bem entendia essas 'contradições': "Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se julga sábio à maneira deste mundo, faça-se louco para tornar-se sábio, porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus. Pois diz a Escritura: 'Ele apanhará os sábios em sua própria astúcia (Jó 5,13).'" 1 Cor 3,18-19
De singular inspiração, ele assim entendia o erro dos judeus ao não acolher o Cristo, prevendo que mais tarde eles O reconheceriam: "Mas de sua queda resultou a Salvação dos pagãos, para incitar-lhes o ciúme. E se seu pecado ocasionou a riqueza do mundo, e sua decadência a riqueza dos pagãos, que não fará sua conversão em massa?!" Rm 11,11b-12
Ele mesmo experimentava, e sofridamente, a cruz de sua missão: "Ademais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para esbofetear-me e livrar-me do perigo da vaidade. Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas Ele disse-me: 'Basta-te Minha Graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente Minha força.'" 2 Cor 12,7-9a
Sobre sua espiritual condição, pois, ele vai concluir: "Portanto, prefiro gloriar-me de minhas fraquezas, para que em mim habite a força de Cristo. Eis porque sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor a Cristo. Porque, quando me sinto fraco, então é que sou forte." 2 Cor 12,9b-10
E foi nestes termos que ele expressou o poder do Evangelho nas mãos de meros seres humanos: "Porém, temos este tesouro em vasos de barro, para que claramente transpareça que este extraordinário poder provém de Deus e não de nós. Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbimos. Vivemos em completa penúria, mas não desesperamos. Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos. Sempre trazemos em nosso corpo os traços da morte de Jesus, para que também a Vida de Jesus se manifeste em nosso corpo. Estando embora vivos, somos a toda hora entregues à morte por causa de Jesus, para que também a Vida de Jesus apareça em nossa carne mortal. Assim em nós opera a morte, e em vós a Vida." 2 Cor 4,7-12
Por isso, declarou: "O que é estulto no mundo, Deus escolheu para confundir os sábios. E o que é fraco no mundo, Deus escolheu para confundir os fortes. E o que é vil e desprezível no mundo, Deus escolheu, como também aquelas coisas que nada são, para destruir as que são." 1 Cor 1,27-28
E evocava as Escrituras: "Está escrito: 'Destruirei a sabedoria dos sábios, e anularei a prudência dos prudentes (Is 29,14).'" 1 Cor 1,19
Ora, não foi exatamente isso o que viveram os Apóstolos nos primeiríssimos anos da Igreja? "Chamaram os Apóstolos e mandaram açoitá-los. Ordenaram-lhes então que não pregassem mais em Nome de Jesus, e soltaram-nos. Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo Nome de Jesus." At 5,40-41
Ou ainda: se a Ressurreição da Carne parece um absurdo, temos aí mais um projeto de Deus com base em opostas naturezas. São Paulo escreveu: "O mesmo acontece com a Ressurreição dos Mortos: o corpo é semeado corruptível, mas ressuscita incorruptível; é semeado desprezível, mas ressuscita glorioso; é semeado na fraqueza, mas ressuscita cheio de força; é semeado corpo animal, mas ressuscita corpo espiritual." 1 Cor 15,42-44
O Apóstolo dos Gentios, por sinal, bem entendia essas 'contradições': "Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se julga sábio à maneira deste mundo, faça-se louco para tornar-se sábio, porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus. Pois diz a Escritura: 'Ele apanhará os sábios em sua própria astúcia (Jó 5,13).'" 1 Cor 3,18-19
De singular inspiração, ele assim entendia o erro dos judeus ao não acolher o Cristo, prevendo que mais tarde eles O reconheceriam: "Mas de sua queda resultou a Salvação dos pagãos, para incitar-lhes o ciúme. E se seu pecado ocasionou a riqueza do mundo, e sua decadência a riqueza dos pagãos, que não fará sua conversão em massa?!" Rm 11,11b-12
Ele mesmo experimentava, e sofridamente, a cruz de sua missão: "Ademais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para esbofetear-me e livrar-me do perigo da vaidade. Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas Ele disse-me: 'Basta-te Minha Graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente Minha força.'" 2 Cor 12,7-9a
Sobre sua espiritual condição, pois, ele vai concluir: "Portanto, prefiro gloriar-me de minhas fraquezas, para que em mim habite a força de Cristo. Eis porque sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor a Cristo. Porque, quando me sinto fraco, então é que sou forte." 2 Cor 12,9b-10
E foi nestes termos que ele expressou o poder do Evangelho nas mãos de meros seres humanos: "Porém, temos este tesouro em vasos de barro, para que claramente transpareça que este extraordinário poder provém de Deus e não de nós. Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbimos. Vivemos em completa penúria, mas não desesperamos. Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos. Sempre trazemos em nosso corpo os traços da morte de Jesus, para que também a Vida de Jesus se manifeste em nosso corpo. Estando embora vivos, somos a toda hora entregues à morte por causa de Jesus, para que também a Vida de Jesus apareça em nossa carne mortal. Assim em nós opera a morte, e em vós a Vida." 2 Cor 4,7-12
Por isso, declarou: "O que é estulto no mundo, Deus escolheu para confundir os sábios. E o que é fraco no mundo, Deus escolheu para confundir os fortes. E o que é vil e desprezível no mundo, Deus escolheu, como também aquelas coisas que nada são, para destruir as que são." 1 Cor 1,27-28
E evocava as Escrituras: "Está escrito: 'Destruirei a sabedoria dos sábios, e anularei a prudência dos prudentes (Is 29,14).'" 1 Cor 1,19
Ora, não foi exatamente isso o que viveram os Apóstolos nos primeiríssimos anos da Igreja? "Chamaram os Apóstolos e mandaram açoitá-los. Ordenaram-lhes então que não pregassem mais em Nome de Jesus, e soltaram-nos. Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo Nome de Jesus." At 5,40-41
São Paulo bem percebeu as consequências de seus sacrifícios: "Meus irmãos, quero fazer-vos saber que os acontecimentos que me envolvem estão redundando em maior proveito do Evangelho. Em todo pretório e por toda parte tornou-se conhecido que é por causa de Cristo que estou preso. A maior parte dos irmãos, ante a notícia de minhas cadeias, cobrou nova confiança no Senhor e maior entusiasmo em anunciar, sem temor, a Palavra de Deus. É verdade que alguns pregam Cristo por inveja a mim e por discórdia, mas outros o fazem com a melhor boa vontade." Fl 1,12-15
O que não pode acontecer, pois, é que fiquemos do lado dos insensíveis, sem enxergar os mais gritantes sinais dos Céus: "Jesus então disse: 'Vim a este mundo para fazer uma discriminação: os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos.'" Jo 9,39
Era isso o que Ele mais condenava nos religiosos de então: o desprezo pelos verdadeiros valores espirituais: "Ai de vós, hipócritas escribas e fariseus! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os mais importantes preceitos da Lei: a justiça, a Misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante. Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo." Mt 23,23-24
E invocando a já reverenciada ciência, Jesus acenava com o estrondoso sinal que seria Sua Ressurreição: "Ele respondeu-lhes: 'Quando vem a tarde, dizeis: 'Haverá bom tempo, porque o céu está avermelhado.' E de manhã: 'Hoje haverá tormenta, porque o céu está de um sombrio vermelho.' Hipócritas! Sabeis distinguir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos? Essa perversa e adúltera raça pede um milagre! Mas não lhe será dado outro sinal senão o de Jonas!'" Mt 16,2-4a
Mas Ele também advertia que nem mesmo Sua Ressurreição levaria petrificados corações à conversão, como revelou na parábola do rico, que vai para o inferno, e do mendigo Lázaro, que vai para o Céu: "O rico disse: 'Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para testemunhar-lhes, a fim de que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos.' Abraão respondeu: 'Eles lá têm Moisés e os Profetas. Ouçam-nos!' O rico replicou: 'Não, pai Abraão. Mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão.' Abraão respondeu-lhe: 'Se não ouvirem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos.'" Lc 16,27-31
Por isso, e por mais contraditório que pareça, Jesus avisou que, ao contrário da Unidade na Igreja, no mundo Ele provocaria ainda mais sérias divisões: "Não julgueis que vim trazer a Paz à terra. Vim trazer não a Paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem ama seu filho mais que a Mim, não é digno de Mim." Mt 10,34-37
E assim deve ser nossa opção: temos que nos juntarmos aos que mais sofrem: "Se alguém quiser vir Comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-Me." Mt 16,24
Pois foi na Cruz que Ele chegou à Glória: "Respondeu-lhes Jesus: 'É chegada a hora para o Filho do Homem ser glorificado.'" Jo 12,23
Nela Ele atingiria o ápice de Sua Missão: "E quando Eu for levantado da terra, a Mim atrairei todos homens." Jo 12,32
Isto apesar de a crucificação representar, segundo as próprias Escrituras, o mais terrível castigo: "... porque aquele que é pendurado é um objeto de maldição divina." Dt 21,23b
Ora, isto é apenas mais um paradoxo da crucificação, como São Paulo escreveu: "Cristo remiu-nos da maldição da Lei, fazendo-Se por nós maldição, pois está escrito: 'Maldito todo aquele que é suspenso no madeiro (Dt 21,23).'" Gl 3,13
E por Suas indizíveis dores temos o bálsamo da Redenção, como São Pedro relembrou Isaías: "Por fim, por Suas chagas fomos curados (Is 53,5)." 1 Pd 1,24b
Ainda que diante de tantos paradoxos, portanto, não se deve perder a fé e a esperança, nem se deixar levar pela tristeza. O já vasto testemunho dos Santos comprovam que devemos perseverar confiantes no Cristo, mesmo contra todas probabilidades. Com razão, mesmo que misterioso e 'escrevendo por linhas tortas', Deus é fiel. E apesar de citar grandes adversidades, Jesus disse de Sua Paixão e Ressurreição: "Em Verdade, em Verdade, digo-vos: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo há de alegrar-se. E haveis de estar tristes, mas vossa tristeza há de transformar-se em alegria." Jo 16,20
E essa é a verdadeira alegria, que é fruto do sofrer cristão diante da pecaminosidade desse mundo. São Pedro assim se referia à Salvação: "É isto que constitui vossa alegria, apesar das passageiras aflições ainda a serem-vos causadas por diversas provações, para que a prova a que é submetida vossa fé (mais preciosa que o ouro perecível, o qual, entretanto, não deixamos de provar ao fogo) redunde para vosso louvor, para vossa honra e para vossa glória, quando Jesus Cristo Se manifestar." 1 Pd 1,6-7
Ele diz mais: "E até sereis felizes, se padecerdes alguma coisa por causa da justiça! Portanto, não temais suas ameaças e não vos turbeis. Antes em vossos corações santificai Cristo, o Senhor. Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito." 1 Pd 3,14-15
Pois Cristo oferecerá a definitiva cura de todos males àqueles que enfrentarem as tribulações, como foi registrado da celestial visão que teve São João Evangelista: "Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum os abrasará, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será Seu Pastor e os levará às fontes de Águas Vivas..." Ap 7,15b-16a
"Jesus Cristo deu-nos Vida por Sua Morte!"
O que não pode acontecer, pois, é que fiquemos do lado dos insensíveis, sem enxergar os mais gritantes sinais dos Céus: "Jesus então disse: 'Vim a este mundo para fazer uma discriminação: os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos.'" Jo 9,39
Era isso o que Ele mais condenava nos religiosos de então: o desprezo pelos verdadeiros valores espirituais: "Ai de vós, hipócritas escribas e fariseus! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os mais importantes preceitos da Lei: a justiça, a Misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante. Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo." Mt 23,23-24
E invocando a já reverenciada ciência, Jesus acenava com o estrondoso sinal que seria Sua Ressurreição: "Ele respondeu-lhes: 'Quando vem a tarde, dizeis: 'Haverá bom tempo, porque o céu está avermelhado.' E de manhã: 'Hoje haverá tormenta, porque o céu está de um sombrio vermelho.' Hipócritas! Sabeis distinguir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos? Essa perversa e adúltera raça pede um milagre! Mas não lhe será dado outro sinal senão o de Jonas!'" Mt 16,2-4a
Mas Ele também advertia que nem mesmo Sua Ressurreição levaria petrificados corações à conversão, como revelou na parábola do rico, que vai para o inferno, e do mendigo Lázaro, que vai para o Céu: "O rico disse: 'Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para testemunhar-lhes, a fim de que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos.' Abraão respondeu: 'Eles lá têm Moisés e os Profetas. Ouçam-nos!' O rico replicou: 'Não, pai Abraão. Mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão.' Abraão respondeu-lhe: 'Se não ouvirem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos.'" Lc 16,27-31
Por isso, e por mais contraditório que pareça, Jesus avisou que, ao contrário da Unidade na Igreja, no mundo Ele provocaria ainda mais sérias divisões: "Não julgueis que vim trazer a Paz à terra. Vim trazer não a Paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem ama seu filho mais que a Mim, não é digno de Mim." Mt 10,34-37
E assim deve ser nossa opção: temos que nos juntarmos aos que mais sofrem: "Se alguém quiser vir Comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-Me." Mt 16,24
Pois foi na Cruz que Ele chegou à Glória: "Respondeu-lhes Jesus: 'É chegada a hora para o Filho do Homem ser glorificado.'" Jo 12,23
Nela Ele atingiria o ápice de Sua Missão: "E quando Eu for levantado da terra, a Mim atrairei todos homens." Jo 12,32
Isto apesar de a crucificação representar, segundo as próprias Escrituras, o mais terrível castigo: "... porque aquele que é pendurado é um objeto de maldição divina." Dt 21,23b
Ora, isto é apenas mais um paradoxo da crucificação, como São Paulo escreveu: "Cristo remiu-nos da maldição da Lei, fazendo-Se por nós maldição, pois está escrito: 'Maldito todo aquele que é suspenso no madeiro (Dt 21,23).'" Gl 3,13
E por Suas indizíveis dores temos o bálsamo da Redenção, como São Pedro relembrou Isaías: "Por fim, por Suas chagas fomos curados (Is 53,5)." 1 Pd 1,24b
Ainda que diante de tantos paradoxos, portanto, não se deve perder a fé e a esperança, nem se deixar levar pela tristeza. O já vasto testemunho dos Santos comprovam que devemos perseverar confiantes no Cristo, mesmo contra todas probabilidades. Com razão, mesmo que misterioso e 'escrevendo por linhas tortas', Deus é fiel. E apesar de citar grandes adversidades, Jesus disse de Sua Paixão e Ressurreição: "Em Verdade, em Verdade, digo-vos: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo há de alegrar-se. E haveis de estar tristes, mas vossa tristeza há de transformar-se em alegria." Jo 16,20
E essa é a verdadeira alegria, que é fruto do sofrer cristão diante da pecaminosidade desse mundo. São Pedro assim se referia à Salvação: "É isto que constitui vossa alegria, apesar das passageiras aflições ainda a serem-vos causadas por diversas provações, para que a prova a que é submetida vossa fé (mais preciosa que o ouro perecível, o qual, entretanto, não deixamos de provar ao fogo) redunde para vosso louvor, para vossa honra e para vossa glória, quando Jesus Cristo Se manifestar." 1 Pd 1,6-7
Ele diz mais: "E até sereis felizes, se padecerdes alguma coisa por causa da justiça! Portanto, não temais suas ameaças e não vos turbeis. Antes em vossos corações santificai Cristo, o Senhor. Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito." 1 Pd 3,14-15
Pois Cristo oferecerá a definitiva cura de todos males àqueles que enfrentarem as tribulações, como foi registrado da celestial visão que teve São João Evangelista: "Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum os abrasará, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será Seu Pastor e os levará às fontes de Águas Vivas..." Ap 7,15b-16a
"Jesus Cristo deu-nos Vida por Sua Morte!"