É o nascimento de São João Batista, comemorado hoje, que nos leva à data do Nascimento de Jesus. Zacarias, seu pai, era sacerdote da classe de Abias, e esta classe, segundo a tradição judaica (cf. 1 Crô 24,10), servia no Templo de Jerusalém na última semana do mês de setembro. O Evangelho Segundo São Lucas registrou: "Nos tempos de Herodes, rei de Judeia, houve um sacerdote por nome Zacarias, da classe de Abias. Ora, exercendo Zacarias diante de Deus as funções de sacerdote, na ordem da sua classe..." Lc 1,5a.8
Em seguida, este evangelista aponta a Anunciação do Arcanjo São Gabriel a Nossa Senhora seis meses após este fato, portanto na última semana de março, indicando que Jesus nasceu na última semana de dezembro: "No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade de Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria." Lc 1,26-27
E ao questioná-lo, pois vieram para levar informações às lideranças religiosas de Jerusalém, obtiveram o prenúncio da chegada do Salvador: "'Pois, então, quem és?', perguntaram-lhe eles. 'És tu Elias?' Disse ele: 'Não o sou.' 'És tu o Profeta?' Ele respondeu: 'Não.' Perguntaram-lhe de novo: 'Dize-nos, afinal, quem és, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo?' Ele respondeu: 'Eu sou a voz que clama no deserto...' Continuaram a perguntar-lhe: 'Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?' João respondeu: 'Eu batizo com água, mas em meio a vós está Quem vós não conheceis.'" Jo 1,21-23.25-26
"Ouvindo isto, seus discípulos foram tomar seu corpo e depositaram-no num sepulcro." Mc 6,29
E bem sabiam o que fazer em seguida: "Depois foram dar a notícia a Jesus." Mt 14,12b
Além de Zacarias, que era um santo sacerdote, sua mulher Isabel também era uma religiosa judia: "Ambos eram justos diante de Deus e irrepreensivelmente observavam todos Mandamentos e preceitos do Senhor. Mas não tinham filho, porque Isabel era estéril e ambos de avançada idade." Lc 1,6-7
E quando o Arcanjo Gabriel apareceu a Zacarias no Templo, deixou-o assustado: "Mas o anjo disse-lhe: 'Não temas, Zacarias, porque tua oração foi ouvida: Isabel, tua mulher, dá-te-á um filho, e chamá-lo-ás João. Ele será para ti motivo de gozo e alegria, e muitos alegrar-se-ão com seu nascimento. Porque será grande diante do Senhor e não beberá vinho nem cerveja, e desde o ventre de sua mãe será cheio do Espírito Santo. Ele converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, Seu Deus, e irá adiante de Deus com o Espírito e poder de Elias, para reconduzir os corações dos pais aos filhos e os rebeldes à Sabedoria dos justos, para preparar ao Senhor um povo bem disposto." Lc 1,13-17
O Espírito de Elias, vale esclarecer, pouco tem a ver com a própria pessoa de Elias, como adiante veremos Jesus afirmar. Diz respeito ao próprio Espírito Santo, que animava os Profetas, como foi dito a Deus no Livro de Neemias: "Vossa paciência para com eles durou muitos anos. Vós fazíei-lhes admoestações pela inspiração de Vosso Espírito, que animava Vossos Profetas." Ne 9,30a
Aliás, foi o que aconteceu com Eliseu, que sucedeu esse grande Profeta. Ou seja, aí nada tem de reencarnação, como delirantes tendenciosos afirmam. O Segundo Livro de Reis apontou: "Os filhos dos Profetas que estavam em Jericó, vendo o que acontecera defronte deles, disseram: 'O Espírito de Elias repousa sobre Eliseu.'" 2 Rs 2,15a
Aliás, foi o que aconteceu com Eliseu, que sucedeu esse grande Profeta. Ou seja, aí nada tem de reencarnação, como delirantes tendenciosos afirmam. O Segundo Livro de Reis apontou: "Os filhos dos Profetas que estavam em Jericó, vendo o que acontecera defronte deles, disseram: 'O Espírito de Elias repousa sobre Eliseu.'" 2 Rs 2,15a
Inicialmente, porém, mesmo diante da aparição do Arcanjo, nosso idoso sacerdote duvidou do milagre: "Zacarias perguntou ao anjo: 'Como terei certeza disso? Pois sou velho e minha mulher é de avançada idade.' O anjo respondeu-lhe: 'Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para falar-te e trazer-te esta Feliz Nova. Eis que ficarás mudo e não poderás falar até o dia em que estas coisas aconteçam, visto que não deste crédito a minhas palavras, que hão de cumprir-se a seu tempo." Lc 1,18-20
Inscrevendo-se na História, pois, deu-se o milagre da concepção de nosso Batista, que desfazia uma desventura entre as mulheres de israelitas: "Algum tempo depois Isabel, sua mulher, concebeu. E por cinco meses ocultava-se, dizendo: 'Eis a Graça que o Senhor me fez, quando lançou os olhos sobre mim para tirar meu opróbrio dentre os homens.'" Lc 1,24-25
Antes deste memorável nascimento, porém, ainda em seu sexto mês de gestação, Santa Isabel recebeu a visita de Nossa Senhora, sua parenta, que, embora apenas engravidara de Jesus, foi ajudá-la. Esse episódio já mostrava o quanto a presença e a voz de Maria eram especiais: traziam em si o Espírito de Deus. E assim se cumpriu a unção de São João Batista, anunciado por São Gabriel Arcanjo (cf. Lc 1,15): "Naqueles dias, Maria partiu para a montanhosa região, dirigindo-se às pressas a uma cidade de Judeia. Entrou na casa de Zacarias, e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo." Lc 1,39-41
Um detalhe interessante é que, se Nossa Senhora, como parenta de Santa isabel, era sua prima de 1º ou 2º grau, São João Batista era primo de 3º ou 4º grau de Jesus! E conforme a Sagrada Tradição, esta cidade nas montanhas de Judeia é Aim Karim, que ficava a 6 quilômetros da antiga Jerusalém.
Um detalhe interessante é que, se Nossa Senhora, como parenta de Santa isabel, era sua prima de 1º ou 2º grau, São João Batista era primo de 3º ou 4º grau de Jesus! E conforme a Sagrada Tradição, esta cidade nas montanhas de Judeia é Aim Karim, que ficava a 6 quilômetros da antiga Jerusalém.
Enfim, é então nessa visita que Santa Isabel vai proclamar Nossa Senhora como Mãe de Deus: "Com um grande grito exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres, e é bendito o Fruto de teu ventre! Como posso merecer que a Mãe de Meu Senhor venha visitar-me?" Lc 1,42-43
Mas a Santíssima Virgem não teria visto São João Batista nascer, pois sua gravidez entrava nos meses de maiores cuidados e várias outras mulheres já cuidavam de Santa Isabel. Por isso, São Zacarias e seus vizinhos acenderam uma grande fogueira para avisá-la, pois de Nazaré podia ser vista à noite, e daí vem nossa tradição: "Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa. Completando-se para Isabel o tempo de dar à luz, teve um filho. Seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe manifestara Sua Misericórdia, e congratulavam-se com ela." Lc 1,56-58
E quando ele foi circuncidado, coube a seu pai confirmar-lhe nome, como o São Gabriel Arcanjo havia determinado: "No oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam chamá-lo pelo nome de seu pai, Zacarias. Mas sua mãe interveio: 'Não, ele chamar-se-á João.' Replicaram-lhe: 'Não há ninguém em tua família que se chame por este nome.' E perguntavam por acenos a seu pai como queria que se chamasse. Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nela as palavras: 'João é seu nome.' Todos ficaram pasmados." Lc 1,59-63
Nesse momento, ele recuperou a voz e começou a louvar a Deus. Os habitantes de Judeia ficaram ainda mais admirados: "E logo se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua, e ele falou, bendizendo a Deus. O temor apoderou-se de todos seus vizinhos. O fato divulgou-se por todas montanhas de Judeia. Todos que o ouviam, conservavam-no no coração, dizendo: 'Quem será este menino?' Porque a mão do Senhor estava com ele." Lc 1,66
Zacarias então profetizou a missão de São João Batista, assim como a de Jesus, a Quem claramente trata como Deus: "E tu, menino, serás chamado Profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e Lhe prepararás o caminho, para dar a Seu povo conhecer a Salvação, pelo perdão dos pecados. Graças à ternura e Misericórdia de Nosso Deus, que do alto vai trazer-nos a visita do Sol Nascente, que há de iluminar aqueles que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir nossos passos no caminho da Paz." Lc 1,76-79
No versículo seguinte, pelo registro do lugar onde habitaria, temos a indicação de que São João Batista era essênio: "O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel." Lc 1,80
E mais uma vez aqui, pouco antes de começar a exortar o povo à Confissão, quando foi anotada sua área de missão: "... sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a Palavra do Senhor no deserto a João, filho de Zacarias. Ele percorria toda região do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para remissão dos pecados..." Lc 3,2-3
Vemos, no Evangelho Segundo São Mateus, que suas vestes e alimentação também indicavam hábitos essênios: "João usava uma vestimenta de pelos de camelo, e um cinto de couro em volta dos rins. Alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre." Mt 3,4
No versículo seguinte, pelo registro do lugar onde habitaria, temos a indicação de que São João Batista era essênio: "O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel." Lc 1,80
E mais uma vez aqui, pouco antes de começar a exortar o povo à Confissão, quando foi anotada sua área de missão: "... sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a Palavra do Senhor no deserto a João, filho de Zacarias. Ele percorria toda região do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para remissão dos pecados..." Lc 3,2-3
Vemos, no Evangelho Segundo São Mateus, que suas vestes e alimentação também indicavam hábitos essênios: "João usava uma vestimenta de pelos de camelo, e um cinto de couro em volta dos rins. Alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre." Mt 3,4
Assim como seu desprendimento material e doutrina de partilha: "Perguntava-lhe a multidão: 'Que devemos fazer?' Ele respondia: 'Quem tem duas túnicas, dê uma ao que não tem. E quem tem o que comer, faça o mesmo.'" Lc 3,10-11
Nosso eremita falava com Deus, como se depreende de seu comentário que fez sobre Jesus depois de batizá-Lo, do Evangelho Segundo São João: "Eu não O conhecia, mas Aquele que me mandou batizar em água, disse-me: 'Sobre Quem vires descer e repousar o Espírito, este é Quem batiza no Espírito Santo.'" Jo 1,33
Nosso eremita falava com Deus, como se depreende de seu comentário que fez sobre Jesus depois de batizá-Lo, do Evangelho Segundo São João: "Eu não O conhecia, mas Aquele que me mandou batizar em água, disse-me: 'Sobre Quem vires descer e repousar o Espírito, este é Quem batiza no Espírito Santo.'" Jo 1,33
E como podia esperar-se, ele mostrava-se intransigente com a falta de compromisso com Deus, advertindo da aproximação do Juízo Particular: "Dizia, pois, ao povo que vinha para ser batizado por ele: 'Raça de víboras! Quem vos ensinou a fugir da iminente ira? Fazei uma realmente frutuosa conversão, e não comeceis a dizer: 'Temos Abraão por pai.' Pois, digo-vos: Deus tem poder para destas pedras suscitar filhos a Abraão. O machado já está posto à raiz das árvores. E toda árvore que não der bom fruto, será cortada e lançada ao fogo.'" Lc 3,7-9
Ora, os poderosos saduceus, importantes religiosos de Israel, e mesmo os radicais fariseus, que se fariam ferrenhos opositores de Jesus, também buscavam batizar-se por ele, que absolutamente não os reverenciava. Bem ao contrário, dava-lhes o mesmo tratamento que aos demais: "Ao ver, porém, que muitos dos fariseus e dos saduceus vinham a seu batismo, disse-lhes: 'Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da vindoura cólera? Dai, pois, frutos de verdadeira penitência.'" Mt 3,7-8
Ora, os poderosos saduceus, importantes religiosos de Israel, e mesmo os radicais fariseus, que se fariam ferrenhos opositores de Jesus, também buscavam batizar-se por ele, que absolutamente não os reverenciava. Bem ao contrário, dava-lhes o mesmo tratamento que aos demais: "Ao ver, porém, que muitos dos fariseus e dos saduceus vinham a seu batismo, disse-lhes: 'Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da vindoura cólera? Dai, pois, frutos de verdadeira penitência.'" Mt 3,7-8
Mesmo coletores de impostos e soldados romanos acorriam a seu batismo, e pediam-lhe aconselhamento espiritual com ele: "Publicanos também vieram para ser batizados, e perguntaram-lhe: 'Mestre, que devemos fazer?' Ele respondeu-lhes: 'Não exijais mais que vos foi ordenado.' Do mesmo modo, os soldados perguntavam-lhe: 'E nós, que devemos fazer?' Respondeu-lhes: 'Não pratiqueis violência nem defraudeis a ninguém, e contentai-vos com vosso soldo.'" Lc 3,12-14
Mas as pregações que nos chegaram deste Santo foram sumamente resumidas no Evangelhos. Ele certamente ensinou muito mais! Nosso Amado Médico fez este apontamento: "É assim que ele anunciava ao povo a Boa Nova, e ainda lhe dirigia muitas outras exortações." Lc 3,16b-18
Mas as pregações que nos chegaram deste Santo foram sumamente resumidas no Evangelhos. Ele certamente ensinou muito mais! Nosso Amado Médico fez este apontamento: "É assim que ele anunciava ao povo a Boa Nova, e ainda lhe dirigia muitas outras exortações." Lc 3,16b-18
Os próprios Apóstolos deram este testemunho logo após seu martírio: "Os Apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-Lhe tudo que ele havia feito e ensinado." Mc 6,30
E antes de serem batizados, tinham que fazer a Confissão dos pecados: "Pessoas de Jerusalém, de toda Judeia e de toda circunvizinhança do Jordão vinham a ele. Confessavam seus pecados e eram batizados por ele nas águas do Jordão." Mt 3,5-6
Tão fulgurosa e arrebatadora era sua pessoa, que a gente de Israel chegou mesmo a pensar que fosse o Messias: "Ora, como o povo estivesse na expectativa, e como todos perguntassem em seus corações se talvez João fosse o Cristo, ele tomou a palavra, dizendo a todos: 'Eu batizo-vos na água, mas eis que vem Outro mais poderoso que eu, a Quem não sou digno de desatar-Lhe a correia das sandálias. Ele batizá-vos-á no Espírito Santo e no fogo. Ele tem a pá na mão e limpará Sua eira. E recolherá o trigo a Seu celeiro, mas queimará as palhas num inextinguível fogo.'" Lc 3,15-17
Tão fulgurosa e arrebatadora era sua pessoa, que a gente de Israel chegou mesmo a pensar que fosse o Messias: "Ora, como o povo estivesse na expectativa, e como todos perguntassem em seus corações se talvez João fosse o Cristo, ele tomou a palavra, dizendo a todos: 'Eu batizo-vos na água, mas eis que vem Outro mais poderoso que eu, a Quem não sou digno de desatar-Lhe a correia das sandálias. Ele batizá-vos-á no Espírito Santo e no fogo. Ele tem a pá na mão e limpará Sua eira. E recolherá o trigo a Seu celeiro, mas queimará as palhas num inextinguível fogo.'" Lc 3,15-17
E ao questioná-lo, pois vieram para levar informações às lideranças religiosas de Jerusalém, obtiveram o prenúncio da chegada do Salvador: "'Pois, então, quem és?', perguntaram-lhe eles. 'És tu Elias?' Disse ele: 'Não o sou.' 'És tu o Profeta?' Ele respondeu: 'Não.' Perguntaram-lhe de novo: 'Dize-nos, afinal, quem és, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo?' Ele respondeu: 'Eu sou a voz que clama no deserto...' Continuaram a perguntar-lhe: 'Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?' João respondeu: 'Eu batizo com água, mas em meio a vós está Quem vós não conheceis.'" Jo 1,21-23.25-26
São João Evangelista também apontou o lugar onde ele estava, quando Jesus seria batizado. Significativamente, o mesmo nome do lugar onde Ele ascenderia aos Céus (cf. Lc 24,50), no arredores de Jerusalém. Betânia significa 'casa dos pobres':"Este diálogo passou-se em Betânia-além-Jordão, onde João estava batizando. No dia seguinte, João viu Jesus que vinha a ele..." Jo 1,28-29a
Era, enfim, o grande dia da vida do Batista: "De Galileia foi Jesus ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele." Mt 3,13
Ao vê-Lo, "João dá testemunho d'Ele numa exclamação: 'Eis Aquele de Quem eu disse: O que vem depois de mim é maior que eu, porque existia antes de mim.'" Jo 1,15
Mas quando Jesus Se preparou para ser batizado, "João recusava-se: 'Eu devo ser batizado por Ti e Tu vens a mim?' Mas Jesus respondeu-lhe: 'Deixa por agora, pois convém cumprirmos a completa justiça.' Então João cedeu." Mt 3,14-15
O Evangelho Segundo São Marcos segue: "... e foi batizado por João, no rio Jordão. No momento em que Jesus saía da água, João viu os Céus abertos..." Mc 1,9b-10
São Lucas complementa: "E estando Jesus a orar... o Espírito Santo desceu sobre Ele em corpórea forma, como uma pomba. E veio do Céu uma voz: 'Tu és Meu Amado Filho. Em Ti ponho Minha afeição.'" Lc 3,21-22
E depois São João Apóstolo: "No dia seguinte, João viu Jesus que vinha a Ele e disse: 'Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.' João havia declarado: 'Vi o Espírito descer do Céu em forma de uma pomba, e repousar sobre Ele. Eu não O conhecia, mas, se vim batizar em água, é para que Ele Se torne conhecido em Israel... dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus.'" Jo 1,29.31-32.34
Daí em diante, dois dos discípulos de João, mais tarde acompanhados de muitos outros, começaram a seguir Jesus: "André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João e que O tinham seguido." Jo 1,40
O início da vida pública de Jesus, no entanto, será após a prisão de São João Batista, mas, tal qual o eremita, Ele continuará exortando todos ao Sacramento da Confissão: "Depois que João foi preso, Jesus dirigiu-Se para Galileia. Pregava a Boa Notícia de Deus, e dizia: 'Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Fazei penitência e crede no Evangelho.'" Mc 1,14-15
Mas por Seu jeito por demais humano, Jesus surpreendeu inclusive ao Batista: "Tendo João, em sua prisão, ouvido falar das obras de Cristo, mandou-Lhe dizer por seus discípulos: 'Sois vós Aquele que deve vir, ou devemos esperar por Outro?' Respondeu-lhes Jesus: 'Ide e contai a João o que ouvistes e o que vistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, o Evangelho é anunciado aos pobres...'" Mt 11,2-5
É quando Jesus exalta São João Batista como o último Profeta do Antigo Testamento, apontando-o como o 'Elias', o Profeta e eremita que deveria retornar antes da Vinda do Messias, conforme a profecia do Livro do Profeta Malaquias. Ele cita-a: "Tendo eles partido, disse Jesus à multidão a respeito de João: 'Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que fostes ver, então? Um homem vestido com luxuosas roupas? Mas os que se vestem de tais roupas vivem nos palácios dos reis. Então por que fostes para lá? Para ver um Profeta? Sim, digo-vos Eu, mais que um Profeta. É dele que está escrito: Eis que Eu envio Meu mensageiro diante de Ti para preparar-Te o caminho (Ml 3,1). Em Verdade, digo-vos: entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior que ele. Desde a época de João Batista até o presente, o Reino dos Céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam. Porque os Profetas e a Lei tiveram a Palavra até João. E, se quereis compreender, é ele o Elias que devia voltar.'" Mt 11,7-14
Era uma promessa de Deus mesmo, que falou através de Malaquias: "Vou mandar-vos o Profeta Elias, antes que venha o grande e temível Dia do Senhor. E ele converterá o coração dos pais para os filhos, e o coração dos filhos para os pais, de sorte que não mais ferirei de interdito a Terra." Ml 3,23-24
São Mateus, que escreveu o primeiro Evangelho, fê-lo em aramaico, a língua fala em Israel a seu tempo. Ou seja, escreveu para os judeus, e assim sempre buscava relacionar a vida de Jesus com as Escrituras. E ele pertinentemente viu em São João Batista o cumprimento de uma profecia do Livro do Profeta Isaías (cf. Mt 3,3): "Uma voz clama no deserto: 'Abri um caminho para o Senhor.' Na estepe: 'Aplainai uma vereda para Nosso Deus.' Todo vale seja aterrado, todo monte e toda colina sejam nivelados. Transformem-se os lugares escarpados em planície, e as elevações, em largos vales. Então a Glória do Senhor há de revelar-se e toda carne, de uma só vez, O verá, pois a boca do Senhor o afirmou." Is 4,3-5
O início da vida pública de Jesus, no entanto, será após a prisão de São João Batista, mas, tal qual o eremita, Ele continuará exortando todos ao Sacramento da Confissão: "Depois que João foi preso, Jesus dirigiu-Se para Galileia. Pregava a Boa Notícia de Deus, e dizia: 'Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Fazei penitência e crede no Evangelho.'" Mc 1,14-15
Mas por Seu jeito por demais humano, Jesus surpreendeu inclusive ao Batista: "Tendo João, em sua prisão, ouvido falar das obras de Cristo, mandou-Lhe dizer por seus discípulos: 'Sois vós Aquele que deve vir, ou devemos esperar por Outro?' Respondeu-lhes Jesus: 'Ide e contai a João o que ouvistes e o que vistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, o Evangelho é anunciado aos pobres...'" Mt 11,2-5
É quando Jesus exalta São João Batista como o último Profeta do Antigo Testamento, apontando-o como o 'Elias', o Profeta e eremita que deveria retornar antes da Vinda do Messias, conforme a profecia do Livro do Profeta Malaquias. Ele cita-a: "Tendo eles partido, disse Jesus à multidão a respeito de João: 'Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que fostes ver, então? Um homem vestido com luxuosas roupas? Mas os que se vestem de tais roupas vivem nos palácios dos reis. Então por que fostes para lá? Para ver um Profeta? Sim, digo-vos Eu, mais que um Profeta. É dele que está escrito: Eis que Eu envio Meu mensageiro diante de Ti para preparar-Te o caminho (Ml 3,1). Em Verdade, digo-vos: entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior que ele. Desde a época de João Batista até o presente, o Reino dos Céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam. Porque os Profetas e a Lei tiveram a Palavra até João. E, se quereis compreender, é ele o Elias que devia voltar.'" Mt 11,7-14
Era uma promessa de Deus mesmo, que falou através de Malaquias: "Vou mandar-vos o Profeta Elias, antes que venha o grande e temível Dia do Senhor. E ele converterá o coração dos pais para os filhos, e o coração dos filhos para os pais, de sorte que não mais ferirei de interdito a Terra." Ml 3,23-24
São Mateus, que escreveu o primeiro Evangelho, fê-lo em aramaico, a língua fala em Israel a seu tempo. Ou seja, escreveu para os judeus, e assim sempre buscava relacionar a vida de Jesus com as Escrituras. E ele pertinentemente viu em São João Batista o cumprimento de uma profecia do Livro do Profeta Isaías (cf. Mt 3,3): "Uma voz clama no deserto: 'Abri um caminho para o Senhor.' Na estepe: 'Aplainai uma vereda para Nosso Deus.' Todo vale seja aterrado, todo monte e toda colina sejam nivelados. Transformem-se os lugares escarpados em planície, e as elevações, em largos vales. Então a Glória do Senhor há de revelar-se e toda carne, de uma só vez, O verá, pois a boca do Senhor o afirmou." Is 4,3-5
Contudo, mesmo diante de tão grandes sinais, como não deve ser novidade, a soberba e a vaidade endureciam os corações dos poderosos de Jerusalém: "Ouvindo-O (Jesus) todo povo, e mesmo os publicanos, deram razão a Deus, pois deixaram batizar-se por João. Os fariseus, porém, e os doutores da Lei, recusando seu batismo, frustraram o desígnio de Deus a seu respeito." Lc 7,29-30
Mas como o próprio Jesus disse, a humanidade como um todo é mesmo assim: não sabe nem mesmo o que diz: "... veio João Batista, que nem comia pão nem bebia vinho, e dizeis: 'Ele está possuído do Demônio.' Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: 'Eis um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e libertinos.'" Lc 7,33-34
Até mesmo entre aqueles que continuavam seguindo São João Batista surgiam dúvidas, pois hesitavam em acolher seu testemunho sobre o Messias: "Ora, surgiu uma discussão entre os discípulos de João e um judeu, a respeito da purificação. Foram e disseram-lhe: 'Mestre, Aquele que contigo estava além do Jordão, de Quem tu deste testemunho, ei-Lo que está batizando e todos vão ter com Ele...' João replicou: 'Ninguém pode atribuir-se a si mesmo senão o que lhe foi dado do Céu. Importa que Ele cresça e que eu diminua. Aquele que vem da Terra é terreno, e fala de terrenas coisas. Aquele que vem do Céu é superior a todos. Com efeito, Aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque sem medidas Ele concede o Espírito. O Pai ama o Filho e confiou-Lhe todas coisas.'" Jo 3,25-27.30-31.34-35
E eles chegaram a questionar Jesus, quando Ele lhes explicou a realização das profecias e a instauração da Nova Aliança, que se concretizava por Sua Pessoa: "Então os discípulos de João, dirigindo-se a Ele, perguntaram: 'Por que jejuamos nós e os fariseus, e Teus discípulos não?' Jesus respondeu: 'Podem os amigos do Esposo afligir-se enquanto o Esposo está com eles? Dias virão em que Lhes será tirado o Esposo, então eles jejuarão. Ninguém põe um remendo de novo pano em velha veste, porque arrancaria uma parte da veste e o rasgão ficaria pior. Tampouco se coloca novo vinho em velhos odres. Do contrário, os odres rompem-se, o vinho derrama-se e os odres perdem-se. Coloca-se, porém, novo vinho em novos odres, e assim tanto um como outro se conservam.'" Mt 9,14-17
SANTO GUARDIÃO DO SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO
SANTO GUARDIÃO DO SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO
São João Batista foi preso ao denunciar que o rei vivia em adultério com a cunhada, e pagou com a vida por seu testemunho: "João tinha dito a Herodes: 'Não te é permitido ter a mulher de teu irmão.' Por isso, Herodíades odiava-o e queria matá-lo, não o conseguindo, porém. Pois Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e Santo. Protegia-o e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Mas, mesmo assim, de boa mente ouvia-o. Chegou, porém, um dia favorável em que Herodes, por ocasião de seu natalício, deu um banquete aos grandes de sua corte, aos seus oficiais e aos principais de Galileia. A filha de Herodíades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e de seus convivas. Disse o rei à moça: 'Pede-me o que quiseres, e eu dá-te-ei.' E jurou-lhe: 'Tudo que me pedires, dá-te-ei, ainda que seja a metade de meu reino.' Ela saiu e perguntou a sua mãe: 'Que hei de pedir?' E a mãe respondeu: 'A cabeça de João Batista.' Apressadamente tornando a entrar à presença do rei, exprimiu-lhe seu desejo: 'Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista.' O rei entristeceu-se. Todavia, por causa de sua promessa e dos convivas, não quis recusar. Sem tardar, enviou um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no cárcere, trouxe sua cabeça num prato e deu-a à moça, e esta entregou-a a sua mãe." Mc 6,17-28
Tão trágico foi seu fim, e tanto impressionou a humanidade, que inúmeros artistas através dos séculos retrataram seu martírio.
"Ouvindo isto, seus discípulos foram tomar seu corpo e depositaram-no num sepulcro." Mc 6,29
E bem sabiam o que fazer em seguida: "Depois foram dar a notícia a Jesus." Mt 14,12b
Mas, por sua tão poderosa voz, o Batista não foi tão facilmente esquecido: "O rei Herodes ouviu falar de Jesus, Cujo Nome Se tornara célebre. Dizia-se: 'João Batista ressurgiu dos mortos, e por isso o poder de fazer milagres nele opera.' Uns afirmavam: 'É Elias!' Diziam outros: 'É um Profeta como qualquer outro.' Ouvindo isto, Herodes repetia: 'É João, a quem mandei decapitar. Ele ressuscitou!'" Mc 6,14-16
Ora, seu ministério tanto impressionou Israel, que, meses após sua morte, ainda ofuscava o ministério do próprio Cristo, mesmo com todos Seus ensinamentos e milagres: o povo achava que Jesus era ele, redivivo: "Jesus saiu com Seus discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe, e pelo caminho perguntou-lhes: 'Quem dizem os homens que Eu sou?' Responderam-lhe os discípulos: 'João Batista.'" Mc 8,27-28a
E tamanha é sua importância que ele não seria esquecido pelos próprios Apóstolos, que irão mencioná-lo como um marco na História da Salvação. No Livro de Atos dos Apóstolos, São Pedro disse a Cornélio, sua família e amigos, instantes antes do 'Pentecostes dos Gentios': "Vós sabeis como tudo isso aconteceu em Judeia, depois de ter começado em Galileia, após o batismo que João pregou, como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com o poder... " At 10,37-38a
Até São Paulo, anos depois da Ascensão do Senhor, invocou sua passagem e viu-se na necessidade de esclarecer quem o Batista era, pois, ainda ao fim de seu ministério e depois de tantas explicações, o povo e seus discípulos o tinham como o possível Messias. Ele pregou aos judeus na sinagoga de Antioquia de Pisídia: "Deus fez sair para Israel o Salvador Jesus. João tinha pregado, desde antes de Sua Vinda, o batismo de arrependimento a todo o povo de Israel. Terminando sua carreira, dizia: 'Eu não sou Aquele que vós pensais...'" At 13,23b-25a
Com efeito, tão luminoso foi o ministério de São João Batista que chegaria à distante cidade de Éfeso, em terras do extremo oeste de atual Turquia, e seu batismo ainda estava valendo tempos depois das primeiras das pregações de São Paulo, que só então vai batizá-los em Nome de Jesus e, observe-se, crismá-los, que é outro Sacramento: "'Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?' Responderam-lhe: 'Não, nem sequer ouvimos dizer que há um Espírito Santo!' 'Então em que batismo fostes batizados?', perguntou Paulo. Disseram: 'No batismo de João.' Então Paulo replicou: 'João só dava um batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse n'Aquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus.' Ouvindo isso, foram batizados em Nome do Senhor Jesus. E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em estranhas línguas e profetizavam." At 19,2-6
Aliás, por isso já havia sido corrigido o sábio pregador Santo Apolo, que assim ensinou em Corinto e depois em Éfeso: “Entrementes, um judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloquente e muito versado nas Escrituras, chegou a Éfeso. Era instruído no caminho do Senhor, falava com fervor de espírito e ensinava com precisão a respeito de Jesus, embora conhecesse somente o batismo de João. Começou, pois, a falar na sinagoga com desassombro. Como Priscila e Áquila o ouvissem, levaram-no consigo, e expuseram-lhe mais profundamente o caminho do Senhor." At 18,24-26
Em maiores detalhes, Nosso Senhor assim lhes explicou a esperada volta do Profeta Elias, que anunciaria o Salvador: "Jesus respondeu-lhes: 'Elias, de fato, deve voltar e restabelecer todas coisas. Mas Eu digo-vos que Elias já veio, mas não o conheceram. Antes fizeram com ele o quanto quiseram. Do mesmo modo farão sofrer o Filho do Homem.' Os discípulos compreenderam, então, que Ele lhes falava de João Batista." Mt 17,11-13
E falando aos judeus sobre Sua Divina Filiação, de novo Jesus evocou a figura do Batista: "Vós enviastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da Verdade. João era uma lâmpada que arde e ilumina. Vós, porém, só por uma hora quisestes alegrar-vos com sua luz. Mas tenho maior testemunho que o de João, porque as obras que Meu Pai Me deu para executar, essas mesmas obras que faço, testemunham a Meu respeito que o Pai Me enviou." Jo 5,33.35-36
Mas logo o povo começou a perceber a distinção entre o arauto e o Salvador: "Muitos foram a Jesus e diziam entre si: 'João não fez milagre algum, mas tudo que João falou deste Homem era verdade.' E muitos acreditaram n'Ele." Jo 10,41
Mas logo o povo começou a perceber a distinção entre o arauto e o Salvador: "Muitos foram a Jesus e diziam entre si: 'João não fez milagre algum, mas tudo que João falou deste Homem era verdade.' E muitos acreditaram n'Ele." Jo 10,41
E quando os religiosos questionaram a autoridade de Jesus, Ele respondeu-lhes com outra pergunta, lembrando sempre e mais uma vez o Batista, Seu mensageiro (cf. Ml 3,1): "'De onde procedia o batismo de João: do Céu ou dos homens?' Ora, eles raciocinavam entre si: 'Se respondermos: Do Céu, Ele nos dirá: Por que não crestes nele? E se dissermos: Dos homens, é de temer-se a multidão, porque todo mundo considera João como Profeta.' Responderam a Jesus: 'Não sabemos'.' Pois Eu tampouco vos digo', retorquiu Jesus, 'com que direito faço estas coisas.'" Mt 21,25-27
A inspiração dos Apóstolos, para pedir que Jesus os ensinasse a rezar, também veio das práticas de São João Batista. E foi nessa ocasião que Ele lhes ensinou o Pai Nosso: "Um dia, num certo lugar, estava Jesus a rezar. Terminando a oração, disse-Lhe um de Seus discípulos: 'Senhor, ensina-nos a rezar, como João também ensinou a seus discípulos.'" Lc 11,1
Por fim, falando a impenitentes e tomando João como exemplo de confessor, Jesus anuncia a verdadeira ordem de entrada no Céu, isto é, a purificação final, o Purgatório, que a despeito da data da morte estabelece outra sequência. Isso retarda a chegada de alguns ao seio do Pai, em função da não Confissão ou da gravidade de seus pecados: "Em Verdade, digo-vos: os cobradores de impostos e as prostitutas entram primeiro que vós no Reino de Deus! João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes nele. Os publicanos e as prostitutas, porém, creram nele. E vós, vendo isto, nem fostes tocados de arrependimento para nele crerdes." Mt 21,31-32
E São João Evangelista, pródigo em falar em testemunhar e em crer, faz esse singelo resumo da vida de nosso Santo, sem dúvida um grande exemplo para todo cristão: "Houve um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este veio como testemunha, para dar testemunho da Luz, a fim de que todos cressem por meio dele." Jo 1,6-7
Por fim, temos estas palavras de Jesus ditas a Santa Brígida: "Pelo Meu bem, eles (Zacarias e Isabel) deram a vida a Meu mais querido amigo, João. (...) Em Verdade, João foi uma cana cheia de doçura e mel, pois nada impuro jamais entrou em sua boca nem jamais transpassou os limites da necessidade para obter o que necessitava para viver. Nunca saiu sêmen de seu corpo, por esta razão podemos chamá-lo de anjo e virgem." (Livro I, Capítulo XX)
Segundo muito antiga tradição, o crânio de São João Batista teria sido recuperado pela esposa do procurador de Herodes, Joana de Cuza (cf. Lc 8,3), e por muito tempo suas relíquias foram veneradas na cripta da igreja da cidade de Sebaste, em antiga Samaria, sobre a qual foi construída uma grande catedral em meados do século IV. Suas ruínas agora são parte de uma mesquita.
Em posterior registro, o Martirológico Romano relata a redescoberta de seu crânio, que teria sido transportado para a Igreja de São Silvestre in Capite, em Campo Marzio, Roma, que é do século VIII e tem essa denominação justamente em função desta relíquia. É o único Santo de quem a Santa Igreja Católica comemora o nascimento, além, claro, dos nascimentos de Jesus e de Nossa Senhora.