O Batismo de Jesus, a despeito da humildade que Ele aí demonstrou, é uma das três Epifanias do Senhor, ou seja, Suas grandes Manifestações enquanto Deus. E nessa ocasião, especificamente, tem-se um dos registros bíblicos de simultânea manifestação das Três Pessoas da Santíssima Trindade, pois também se viu o Espírito Santo, em forma de pomba, e se ouviu a voz de Deus Pai, vinda do Céu.
O Evangelho segundo São Mateus narrou-o:
"Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto de Judeia. Dizia ele:
- Fazei penitência, porque o Reino dos Céus está próximo!
Este é aquele de quem falou o Profeta Isaías, quando disse: 'Uma voz clama no deserto: Preparai o Caminho do Senhor, endireitai Suas veredas' (Is 40,3).
João usava uma vestimenta de pelos de camelo e um cinto de couro em volta dos rins. Alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
Pessoas de Jerusalém, de toda Judeia e de toda circunvizinhança do Jordão vinham a ele. Confessavam seus pecados e por ele eram batizadas nas águas do Jordão.
Ao ver, porém, que muitos dos fariseus e dos saduceus vinham ao seu batismo, disse-lhes:
- Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da vindoura cólera? Dai, pois, frutos de verdadeira penitência.
Não digais em de vós: 'Nós temos a Abraão por pai!' Pois eu digo-vos: Deus é poderoso para destas pedras suscitar filhos a Abraão.
O machado já está posto à raiz das árvores: toda árvore que não produzir bons frutos será cortada e lançada ao fogo.
Eu batizo-vos com água, em sinal de penitência, mas Aquele que virá depois de mim é mais poderoso que eu, e nem sou digno de desatar Suas sandálias. Ele batizá-vos-á no Espírito Santo e no fogo. Tem na mão a pá, limpará Sua eira e recolherá o trigo para o celeiro. As palhas, porém, queimá-las-á em inextinguível fogo.
Da Galileia foi Jesus ao Jordão, ter com João, a fim de ser batizado por ele.
João recusava-se:
- Eu devo ser batizado por Ti, e Tu vens a mim?
Mas Jesus respondeu-lhe:
- Deixa por agora, pois convém cumprirmos toda justiça.
Então João cedeu.
Depois que Jesus foi batizado, logo saiu da água. Eis que os Céus se abriram, e se viu sobre Ele descer, em forma de pomba, o Espírito de Deus. E do Céu baixou uma voz:
- Eis Meu Amado Filho, em Quem ponho Minha afeição."
Mt 3,1-17
O exato lugar em que se deu o Batismo do Senhor foi indicado no Evangelho segundo São João: "Este diálogo passou-se em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando. No dia seguinte, João viu Jesus que vinha a ele e disse: 'Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.'" Jo 1,28-29
O exato lugar em que se deu o Batismo do Senhor foi indicado no Evangelho segundo São João: "Este diálogo passou-se em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando. No dia seguinte, João viu Jesus que vinha a ele e disse: 'Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.'" Jo 1,28-29
Aliás, significativamente o mesmo lugar da Ascensão do Senhor. Ou seja, Ele inicia Sua vida pública exatamente onde terminaria, como se lê no Evangelho segundo São Lucas: "Depois, levou-os para Betânia e, levantando as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, separou-Se deles e foi arrebatado ao Céu." Lc 24,50-51
O Batista, pois, deu este testemunho, revelando que falava com Deus Pai: "É Este de Quem eu disse: 'Depois de mim virá um Homem que me é superior, porque existe antes de mim.' Eu não O conhecia, mas, se vim batizar em água, é para que Ele Se torne conhecido em Israel. Eu não O conhecia, mas Aquele que me mandou batizar em água, disse-me: 'Sobre Quem vires descer e repousar o Espírito, Este é Quem batiza no Espírito Santo.' Eu vi-O e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus." Jo 1,30-34
E o aviso que ele havia dado aos judeus, antes mesmo de batizar Jesus, continua valendo para a grande maioria de nós: "Eu batizo com água, mas no meio de vós está Quem vós não conheceis." Jo 1,26
A instituição do Batismo, enquanto inarredável missão da Santa Igreja, foi feita pelo próprio Jesus, pouco antes de Sua Ascensão aos Céus, quando disse aos Apóstolos: "Ide, pois, e ensinai a todas nações. Batizai-as em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo." Mt 28,19
Pois, ainda segundo Jesus, ele é requisito para a Salvação, como o Evangelho segundo São Marcos apontou: "Quem crer e for batizado será salvo..." Mc 16,16a
Mas os Apóstolos já batizavam desde o início da vida pública de Jesus. Faziam-no, porém, nos moldes do batismo de São João Batista, pois o Espírito Santo ainda não havia sido derramado. Ou seja, eles também exigiam a prévia Confissão de pecados, como vimos acima: "Em seguida, foi Jesus com Seus discípulos para os campos de Judeia, e ali Se deteve com eles, e batizava. ... se bem que não era Jesus quem batizava, mas Seus discípulos..." Jo 3,22;4,2
E essa sempre foi a prática, pois logo depois que Jesus constituiu os Doze passou a enviá-los dois a dois: "Eles partiram e pregaram a penitência." Mc 6,12
Aliás, como fazia o próprio Jesus desde Suas primeiríssimas palavras, em mais um procedimento que confirmava o ministério do Batista: "Desde então Jesus começou a pregar: 'Fazei penitência, pois o Reino dos Céus está próximo.'" Mt 4,17
O Batismo, portanto, tornou-se o primeiro Sacramento da Santa Igreja Católica, pois representa a imediata consequência de quem acolhe o Evangelho. É o que se lê no Livro dos Atos dos Apóstolos logo após a pregação de São Pedro, no dia do Pentecostes: "Aqueles que receberam sua palavra foram batizados. E naquele dia elevou-se a mais ou menos três mil o número de fiéis." At 2,41
Porque desde então já se podia aplicar o Batismo instituído por Jesus, como Ele mesmo previu: "... porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias." At 1,5
E assim ele tem sido ministrado a adultos e crianças, exatamente o que o Príncipe dos Apóstolos pregou ainda neste dia: "Pedro respondeu-lhes: 'Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em Nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos que de longe ouvirem o apelo do Senhor, Nosso Deus.'" At 2,38-39
Ora, Jesus mesmo disse aos Apóstolos: "Deixai vir a Mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos Céus é para aqueles que se lhes assemelham." Mt 19,14b
De fato, São Pedro mandou batizar, além de todos reunidos, toda família de Cornélio, quando se deu o 'Pentecostes dos Gentios': "Cornélio estava esperando-os, tendo convidado seus parentes e mais íntimos amigos. E, falando com ele, entrou e achou ali muitas pessoas que se tinham reunido... Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos que ouviam a Palavra. Então Pedro tomou a palavra: 'Porventura pode-se negar a Água do Batismo a estes que receberam o Espírito Santo como nós?' E mandou que fossem batizados em Nome de Jesus Cristo." At 10,24b.27.44.47-48a
E o aviso que ele havia dado aos judeus, antes mesmo de batizar Jesus, continua valendo para a grande maioria de nós: "Eu batizo com água, mas no meio de vós está Quem vós não conheceis." Jo 1,26
A instituição do Batismo, enquanto inarredável missão da Santa Igreja, foi feita pelo próprio Jesus, pouco antes de Sua Ascensão aos Céus, quando disse aos Apóstolos: "Ide, pois, e ensinai a todas nações. Batizai-as em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo." Mt 28,19
Pois, ainda segundo Jesus, ele é requisito para a Salvação, como o Evangelho segundo São Marcos apontou: "Quem crer e for batizado será salvo..." Mc 16,16a
Mas os Apóstolos já batizavam desde o início da vida pública de Jesus. Faziam-no, porém, nos moldes do batismo de São João Batista, pois o Espírito Santo ainda não havia sido derramado. Ou seja, eles também exigiam a prévia Confissão de pecados, como vimos acima: "Em seguida, foi Jesus com Seus discípulos para os campos de Judeia, e ali Se deteve com eles, e batizava. ... se bem que não era Jesus quem batizava, mas Seus discípulos..." Jo 3,22;4,2
E essa sempre foi a prática, pois logo depois que Jesus constituiu os Doze passou a enviá-los dois a dois: "Eles partiram e pregaram a penitência." Mc 6,12
Aliás, como fazia o próprio Jesus desde Suas primeiríssimas palavras, em mais um procedimento que confirmava o ministério do Batista: "Desde então Jesus começou a pregar: 'Fazei penitência, pois o Reino dos Céus está próximo.'" Mt 4,17
O Batismo, portanto, tornou-se o primeiro Sacramento da Santa Igreja Católica, pois representa a imediata consequência de quem acolhe o Evangelho. É o que se lê no Livro dos Atos dos Apóstolos logo após a pregação de São Pedro, no dia do Pentecostes: "Aqueles que receberam sua palavra foram batizados. E naquele dia elevou-se a mais ou menos três mil o número de fiéis." At 2,41
Porque desde então já se podia aplicar o Batismo instituído por Jesus, como Ele mesmo previu: "... porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias." At 1,5
E assim ele tem sido ministrado a adultos e crianças, exatamente o que o Príncipe dos Apóstolos pregou ainda neste dia: "Pedro respondeu-lhes: 'Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em Nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos que de longe ouvirem o apelo do Senhor, Nosso Deus.'" At 2,38-39
Ora, Jesus mesmo disse aos Apóstolos: "Deixai vir a Mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos Céus é para aqueles que se lhes assemelham." Mt 19,14b
De fato, São Pedro mandou batizar, além de todos reunidos, toda família de Cornélio, quando se deu o 'Pentecostes dos Gentios': "Cornélio estava esperando-os, tendo convidado seus parentes e mais íntimos amigos. E, falando com ele, entrou e achou ali muitas pessoas que se tinham reunido... Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos que ouviam a Palavra. Então Pedro tomou a palavra: 'Porventura pode-se negar a Água do Batismo a estes que receberam o Espírito Santo como nós?' E mandou que fossem batizados em Nome de Jesus Cristo." At 10,24b.27.44.47-48a
São Paulo procedia do mesmo modo. Em sua passagem pela cidade de Tiatira, por exemplo: "Uma mulher, chamada Lídia, da cidade dos tiatirenos, vendedora de púrpura, temente a Deus, escutava-nos. O Senhor abriu-lhe o coração para atender às coisas que Paulo dizia. Foi batizada com sua família e fez-nos este pedido: 'Se julgais que tenho fé no Senhor, entrai em minha casa e ficai comigo.' E obrigou-nos a isso." At 16,14-15
Assim também se deu com o carcereiro desta cidade, que viu o cárcere, onde estavam presos São Paulo e São Silvano, miraculosamente aberto. Ele acabou levando-os à sua casa, onde com sua família foi batizado em casa, no meio da madrugada: "Então, naquela mesma hora da noite, ele cuidou deles e lavou-lhes as chagas. Imediatamente foi batizado, ele e toda sua família." At 16,33
E ainda foi o caso de uma família em Corinto, que a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios relata: "Aliás, também batizei a família de Estéfanas. Além destes, não me consta ter batizado ninguém mais." 1 Cor 1,16
A tradição de penitência dos judeus, ademais, desde sempre incluía as crianças, como vemos na convocação feita aos tempos do Livro do Profeta Joel: "'Agora, portanto,' Oráculo do Senhor, 'voltai a Mim de todo vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos de luto.' Rasgai vossos corações e não vossas vestes. Voltai ao Senhor Vosso Deus, porque Ele é bom e compassivo, longânime e indulgente, e compadece-Se da desgraça. Tocai a trombeta em Sião: publicai o jejum, convocai a assembleia, reuni o povo. Santificai a assembleia, agrupai os anciãos, congregai as crianças e os meninos de peito. Saia o recém-casado de seus aposentos, e a esposa de sua câmara nupcial." Jl 2,12-13.15-16
Quanto ao ministério do Batismo, nem mesmo seria pessoalmente realizado pelos Apóstolos, que perante convertidos apenas se ocupariam de Crismar. Foi o que vimos fazer São Pedro, mandando que seus companheiros batizassem a família e os amigos de Cornélio (cf. At 10,48), e o próprio São Paulo vai alegar: "Cristo não me enviou para batizar..." 1 Cor 1,17a
Pois também desde os primeiríssimos tempos existe a distinção entre o Batismo e a Crisma, que se dão em diferentes momentos, no caso a seguir pelo ministério de São Pedro e São João Evangelista, ao realizarem o 'Pentecostes dos Samaritanos': "Os Apóstolos que se achavam em Jerusalém, tendo ouvido que a Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João. Estes, assim que chegaram, fizeram oração pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo, visto que não havia descido ainda sobre nenhum deles, mas tinham sido somente batizados em Nome do Senhor Jesus." At 8,14-16
Ou na chegada de o Apóstolo dos Gentios a Éfeso: "'Então em que batismo fostes batizados?', perguntou Paulo. Disseram: 'No batismo de João.' Paulo então replicou: 'João só dava um batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse n'Aquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus.' Ouvindo isso, foram batizados em Nome do Senhor Jesus. E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam." At 19,3-6
Assim também se deu com o carcereiro desta cidade, que viu o cárcere, onde estavam presos São Paulo e São Silvano, miraculosamente aberto. Ele acabou levando-os à sua casa, onde com sua família foi batizado em casa, no meio da madrugada: "Então, naquela mesma hora da noite, ele cuidou deles e lavou-lhes as chagas. Imediatamente foi batizado, ele e toda sua família." At 16,33
E ainda foi o caso de uma família em Corinto, que a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios relata: "Aliás, também batizei a família de Estéfanas. Além destes, não me consta ter batizado ninguém mais." 1 Cor 1,16
A tradição de penitência dos judeus, ademais, desde sempre incluía as crianças, como vemos na convocação feita aos tempos do Livro do Profeta Joel: "'Agora, portanto,' Oráculo do Senhor, 'voltai a Mim de todo vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos de luto.' Rasgai vossos corações e não vossas vestes. Voltai ao Senhor Vosso Deus, porque Ele é bom e compassivo, longânime e indulgente, e compadece-Se da desgraça. Tocai a trombeta em Sião: publicai o jejum, convocai a assembleia, reuni o povo. Santificai a assembleia, agrupai os anciãos, congregai as crianças e os meninos de peito. Saia o recém-casado de seus aposentos, e a esposa de sua câmara nupcial." Jl 2,12-13.15-16
Quanto ao ministério do Batismo, nem mesmo seria pessoalmente realizado pelos Apóstolos, que perante convertidos apenas se ocupariam de Crismar. Foi o que vimos fazer São Pedro, mandando que seus companheiros batizassem a família e os amigos de Cornélio (cf. At 10,48), e o próprio São Paulo vai alegar: "Cristo não me enviou para batizar..." 1 Cor 1,17a
Pois também desde os primeiríssimos tempos existe a distinção entre o Batismo e a Crisma, que se dão em diferentes momentos, no caso a seguir pelo ministério de São Pedro e São João Evangelista, ao realizarem o 'Pentecostes dos Samaritanos': "Os Apóstolos que se achavam em Jerusalém, tendo ouvido que a Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João. Estes, assim que chegaram, fizeram oração pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo, visto que não havia descido ainda sobre nenhum deles, mas tinham sido somente batizados em Nome do Senhor Jesus." At 8,14-16
Ou na chegada de o Apóstolo dos Gentios a Éfeso: "'Então em que batismo fostes batizados?', perguntou Paulo. Disseram: 'No batismo de João.' Paulo então replicou: 'João só dava um batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse n'Aquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus.' Ouvindo isso, foram batizados em Nome do Senhor Jesus. E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam." At 19,3-6
E apesar do que falsos mestres ensinam, o mais importante elemento para o Batismo, esses exemplos comprovam, é a Água ministrada pelo Sacerdote da Igreja, e não um rio ou uma lagoa. De forma pontual, e a despeito do literal significado da palavra batismo, Jesus tão somente falou em renascer da Água, e nada sobre a necessidade de uma prática de imersão: "Em Verdade, em Verdade, digo-te: quem não renascer da Água e do Espírito, não poderá entrar no Reino de Deus." Jo 3,5
A pergunta é: se em Jerusalém não havia rio, mas apenas um riacho no Vale do Cedron, e que só corria no inverno, onde foram batizados os três mil cristãos que abraçaram a Igreja de Jesus no dia de Pentecostes, após a pregação de São Pedro? Teriam ido ao rio Jordão, que fica a quarenta quilômetros da Cidade Santa, e voltado no mesmo dia? Como visto: "Os que receberam sua palavra foram batizados. E naquele dia elevou-se a mais ou menos três mil o número de fiéis. Perseveravam eles na Doutrina dos Apóstolos, na reunião em comum, na fração do Pão e nas orações." At 2,41,42
Ademais, assim como na casa de Cornélio ou do carcereiro de Filipos, no caminho de Jerusalém a Gaza também não há rio nem lago, apenas pequenos córregos. Isso é Geografia! E foi num deles que São Filipe Diácono batizou o ministro da rainha da Etiópia, primeiro guiado por um anjo, e em seguida pelo próprio Espírito Santo: "Um anjo do Senhor dirigiu-se a Filipe e disse: 'Levanta-te e vai para o Sul, em direção do caminho que desce de Jerusalém a Gaza, a Deserta.' Filipe levantou-se e partiu. Ora, um etíope, eunuco, ministro da rainha Candace, da Etiópia, e superintendente de todos seus tesouros, tinha ido a Jerusalém para adorar. Voltava sentado em seu carro, lendo o Profeta Isaías. O Espírito disse a Filipe: 'Aproxima-te deste carro.' Então Filipe começou a falar, e, principiando por essa passagem da Escritura, anunciou-lhe Jesus. Continuando o caminho, encontraram água, e disse o eunuco: 'Eis aí a água. Que impede que eu seja batizado?' Filipe respondeu: 'Se crês de todo coração, podes sê-lo.' 'Eu creio', disse ele, 'que Jesus Cristo é o Filho de Deus.' E mandou parar o carro. Ambos desceram à água e Filipe batizou o eunuco." At 8,26-29.35-38
O Batismo do próprio São Paulo também não registra nenhuma imersão, senão um ritual que teria acontecido na própria casa onde se recolhera em Damasco: "Ananias foi. Entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: 'Saulo, meu irmão, o Senhor, esse Jesus que te apareceu no caminho, enviou-me para que recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo.' No mesmo instante, caíram dos olhos de Saulo coisas como escamas, e recuperou a vista. Levantou-se e foi batizado. Depois tomou alimento e sentiu-se fortalecido." At 9,17-19a
De fato, mais que uma predisposição nossa para a purificação, o Batismo é a própria infusão do Divino Paráclito em nós, que se dá por Sua absoluta autonomia, que, claro!, está em perfeita Comunhão com a Missão de Jesus. A Carta de São Paulo a São Tito ensina: "E não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de Sua Misericórdia, Ele salvou-nos mediante o Batismo de regeneração e renovação, pelo Espírito Santo, que em profusão nos foi concedido por meio de Cristo, Nosso Salvador, para que a justificação obtida por Sua Graça nos torne, em esperança, herdeiros da Vida Eterna. Certa é esta Doutrina, e quero que a ensines com constância e firmeza." Tt 3,5-8a
Foi o que testemunhou o próprio São João Batista, ao falar da unção de Jesus: "... porque Deus concede o Espírito sem medidas." Jo 3,34b
A Primeira Carta de São Pedro, do mesmo modo, não se refere a uma voluntária apresentação para obter indulgência de impurezas da carne, mas a um humilde pedido de reorientação espiritual pela purificação da alma, que neste Sacramento por Deus é concedida: "Esta Água prefigurava o Batismo de agora, que também salva a vós, não pela purificação das impurezas do corpo, mas pela que consiste em pedir a Deus uma boa consciência, em nome da Ressurreição de Jesus Cristo." 1 Pd 3,21
Quanto ao real significado, o Batismo é um exorcismo simples, a renúncia às tramas do Demônio e seus anjos, que no caso de crianças é assumida por pais e padrinhos. Pois por ele, segundo a Carta de São Paulo aos Colossenses, morre-se para o mundo: "Sepultados com Ele no Batismo, com Ele também ressuscitastes por vossa fé no poder de Deus, que O ressuscitou dos mortos. Mortos por vossos pecados e pela incircuncisão de vossa carne, novamente chamou-vos à Vida em companhia a Ele. É Ele que nos perdoou todos pecados, cancelando o documento escrito contra nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o em definitivo ao cravá-lo na Cruz. Espoliou principados e potestades, e expô-los ao ridículo, deles triunfando pela Cruz." Cl 2,12-15
E assim, através da Redenção realizada pela Paixão de Nosso Senhor, se obtém a justificação. A Carta de São Paulo aos Romanos questiona e exorta: "Ou ignorais que todos que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados em Sua morte? Fomos, pois, sepultados com Ele em Sua morte pelo Batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela Glória do Pai, assim nós também vivamos uma Nova Vida. ... pois sabemos que Cristo, tendo ressurgido dos mortos, já não morre, nem a morte terá mais domínio sobre Ele. O pecado já não vos dominará, porque agora não estais mais sob a Lei, e sim sob a Graça." Rm 6,3-4.9.14
Enquanto Sacramento que anula o pecado original, pois, é ele que permite que nos aproximemos de Deus, o que também se dá na Primeira Comunhão. Esse é o argumento dos seguidores da tradição de São Paulo, na Carta aos Hebreus: "E dado que temos um Sumo Sacerdote estabelecido sobre a Casa de Deus, acheguemo-nos a Ele com sincero coração, com plena firmeza da fé, o mais íntimo da alma isento de toda mácula de pecado e o corpo lavado com a purificadora Água do Batismo." Hb 10,21-22
Ora, essa era uma antiga promessa de Deus, feita no Livro do Profeta Ezequiel, e que Ele realizaria por Si mesmo, por Seu puro amor, e, note-se, sem falar em imersão: "Sobre vós derramarei Água, e sereis purificados." Ez 36,25a
E durante a Grande Tribulação, quando martírios invariavelmente ocorrerão, isto é, Batismos de sangue, semelhante sinal será feito pelos próprios anjos de Deus, e os assinalados são preservados. Está no Livro do Apocalipse de São João: "Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de Nosso Deus em suas frontes." Ap 7,3
Sem dúvida, diante do insólito pedido feito por São Tiago Maior e São João Evangelista, Jesus profetizou o 'Batismo' de Sua Paixão para Apóstolos e seguidores: "Vós bebereis o cálice que Eu devo beber, e sereis batizados no Batismo em que Eu devo ser batizado." Mc 10,39b
Temos, enfim, estas luminosas palavras do mais inspirado filósofo da Patrística, São Gregório Nazianzeno, insigne Doutor da Igreja do século IV: "Tal é a Graça e o poder do Batismo: não uma subjugação do mundo como antigamente, mas uma purificação dos pecados de cada indivíduo, e uma limpeza completa de todas contusões e manchas do pecado. E uma vez que somos feitos de duas maneiras, quero dizer, de corpo e alma, e uma parte é visível, a outra invisível, então a limpeza também é dupla, pela água e pelo Espírito; uma recebida visivelmente no corpo, a outra concorrendo com ela invisivelmente e à parte do corpo; uma típica, a outra real e limpando as profundezas."
O Batismo do próprio São Paulo também não registra nenhuma imersão, senão um ritual que teria acontecido na própria casa onde se recolhera em Damasco: "Ananias foi. Entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: 'Saulo, meu irmão, o Senhor, esse Jesus que te apareceu no caminho, enviou-me para que recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo.' No mesmo instante, caíram dos olhos de Saulo coisas como escamas, e recuperou a vista. Levantou-se e foi batizado. Depois tomou alimento e sentiu-se fortalecido." At 9,17-19a
De fato, mais que uma predisposição nossa para a purificação, o Batismo é a própria infusão do Divino Paráclito em nós, que se dá por Sua absoluta autonomia, que, claro!, está em perfeita Comunhão com a Missão de Jesus. A Carta de São Paulo a São Tito ensina: "E não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de Sua Misericórdia, Ele salvou-nos mediante o Batismo de regeneração e renovação, pelo Espírito Santo, que em profusão nos foi concedido por meio de Cristo, Nosso Salvador, para que a justificação obtida por Sua Graça nos torne, em esperança, herdeiros da Vida Eterna. Certa é esta Doutrina, e quero que a ensines com constância e firmeza." Tt 3,5-8a
Foi o que testemunhou o próprio São João Batista, ao falar da unção de Jesus: "... porque Deus concede o Espírito sem medidas." Jo 3,34b
A Primeira Carta de São Pedro, do mesmo modo, não se refere a uma voluntária apresentação para obter indulgência de impurezas da carne, mas a um humilde pedido de reorientação espiritual pela purificação da alma, que neste Sacramento por Deus é concedida: "Esta Água prefigurava o Batismo de agora, que também salva a vós, não pela purificação das impurezas do corpo, mas pela que consiste em pedir a Deus uma boa consciência, em nome da Ressurreição de Jesus Cristo." 1 Pd 3,21
Quanto ao real significado, o Batismo é um exorcismo simples, a renúncia às tramas do Demônio e seus anjos, que no caso de crianças é assumida por pais e padrinhos. Pois por ele, segundo a Carta de São Paulo aos Colossenses, morre-se para o mundo: "Sepultados com Ele no Batismo, com Ele também ressuscitastes por vossa fé no poder de Deus, que O ressuscitou dos mortos. Mortos por vossos pecados e pela incircuncisão de vossa carne, novamente chamou-vos à Vida em companhia a Ele. É Ele que nos perdoou todos pecados, cancelando o documento escrito contra nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o em definitivo ao cravá-lo na Cruz. Espoliou principados e potestades, e expô-los ao ridículo, deles triunfando pela Cruz." Cl 2,12-15
E assim, através da Redenção realizada pela Paixão de Nosso Senhor, se obtém a justificação. A Carta de São Paulo aos Romanos questiona e exorta: "Ou ignorais que todos que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados em Sua morte? Fomos, pois, sepultados com Ele em Sua morte pelo Batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela Glória do Pai, assim nós também vivamos uma Nova Vida. ... pois sabemos que Cristo, tendo ressurgido dos mortos, já não morre, nem a morte terá mais domínio sobre Ele. O pecado já não vos dominará, porque agora não estais mais sob a Lei, e sim sob a Graça." Rm 6,3-4.9.14
Enquanto Sacramento que anula o pecado original, pois, é ele que permite que nos aproximemos de Deus, o que também se dá na Primeira Comunhão. Esse é o argumento dos seguidores da tradição de São Paulo, na Carta aos Hebreus: "E dado que temos um Sumo Sacerdote estabelecido sobre a Casa de Deus, acheguemo-nos a Ele com sincero coração, com plena firmeza da fé, o mais íntimo da alma isento de toda mácula de pecado e o corpo lavado com a purificadora Água do Batismo." Hb 10,21-22
Ora, essa era uma antiga promessa de Deus, feita no Livro do Profeta Ezequiel, e que Ele realizaria por Si mesmo, por Seu puro amor, e, note-se, sem falar em imersão: "Sobre vós derramarei Água, e sereis purificados." Ez 36,25a
E durante a Grande Tribulação, quando martírios invariavelmente ocorrerão, isto é, Batismos de sangue, semelhante sinal será feito pelos próprios anjos de Deus, e os assinalados são preservados. Está no Livro do Apocalipse de São João: "Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de Nosso Deus em suas frontes." Ap 7,3
Sem dúvida, diante do insólito pedido feito por São Tiago Maior e São João Evangelista, Jesus profetizou o 'Batismo' de Sua Paixão para Apóstolos e seguidores: "Vós bebereis o cálice que Eu devo beber, e sereis batizados no Batismo em que Eu devo ser batizado." Mc 10,39b
Temos, enfim, estas luminosas palavras do mais inspirado filósofo da Patrística, São Gregório Nazianzeno, insigne Doutor da Igreja do século IV: "Tal é a Graça e o poder do Batismo: não uma subjugação do mundo como antigamente, mas uma purificação dos pecados de cada indivíduo, e uma limpeza completa de todas contusões e manchas do pecado. E uma vez que somos feitos de duas maneiras, quero dizer, de corpo e alma, e uma parte é visível, a outra invisível, então a limpeza também é dupla, pela água e pelo Espírito; uma recebida visivelmente no corpo, a outra concorrendo com ela invisivelmente e à parte do corpo; uma típica, a outra real e limpando as profundezas."
"Mandai Vosso Espírito Santo!"