São muitas as razões pelas quais a Igreja celebra a santidade do Papa São Silvestre I desde 336, apenas um ano após sua morte. Era a esse cristão que Constantino I ouvia, e é a ele que devemos o fato deste imperador ter publicado no ano de 314, poucos dias antes de São Silvestre ser eleito papa, o Édito de Milão, concedendo ao Catolicismo liberdade de culto em terras do Império Romano.
Não se pode esquecer, porém, que para esse feito também contribuíram a influência de Santa Helena, mãe do imperador e de família fortemente cristã, e o sonho que ele próprio teve, na noite anterior a uma decisiva batalha em 312, quando viu uma Cruz na qual estava escrito: "Sob este símbolo vencerás." De fato, na manhã seguinte ele mandou que pintassem a Cruz nos escudos de seus soldados, e assim obteve uma grande vitória na Batalha de Ponte Milvio, uma das mais importantes sobre o Rio Tibre, localizada em Saxa Rubra, arredores de Roma.
São Silvestre foi o paciente conversor desse imperador, que só em seus últimos dias pediu o Batismo. Não obstante, levou uma vida tão correta aos olhos de Deus, graças aos frequentes conselhos de sua mãe e de nosso Santo Papa, que também se tornou Santo. Foi igualmente por velada sugestão de São Silvestre que Constantino I convocou o Primeiro Concílio de Niceia, em 325, onde foi debatida e afastada a heresia do arianismo, entre outras.
Sábio, nosso Santo tudo fazia com humilde discrição para não dar ocasião à discórdia. Soube ser o Papa dos primeiros anos da Igreja livre, após, como romano, por algumas décadas ter sido testemunha ocular de brutais perseguições e martírios. Ora, o próprio Pilatos, por força do paganismo que praticava, já usava de extrema violência para com os judeus. São Lucas registrou: "Neste mesmo tempo, contavam alguns o que tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara aos seus sacrifícios." Lc 13,1
Com efeito, São Silvestre havia convocado o Primeiro Sínodo de Arles, em 314, no qual se examinou e foi banida a heresia criada por Donato, chamada donatismo, que não admitia que a Igreja perdoasse pecados cometidos após o Batismo. Mas esse Sínodo terminou provocando uma das primeiras divisões da Igreja, levando São Silvestre a provocar Constantino para que convocasse o referido Concílio de Niceia, que seguiu debelando outras heresias.
É de seu tempo, e com uma grande ajuda do imperador, a construção da primeira Basílica de São Pedro, no mesmo lugar da atual, no Monte Vaticano, onde o Príncipe dos Apóstolos foi crucificado, pois era lugar de um antigo cemitério pagão. Ainda de seu tempo é a construção da Basílica de São João de Latrão, a Catedral do Papa, e a Basílica de São Paulo (Extra-Muros), que também contaram com virtuosos auxílios de Constantino I.
Entre outras coisas de grande valor, como a estátua de Roma Eterna, o imperador ainda doou o Palácio Lateranense para servir de moradia para o clero. Com todos esses monumentos, os cristãos saíram de pequenas e escondidas capelas espalhadas por toda Roma, assim como das catacumbas, para abertamente viver a fé em prédios dignos de louvor a Deus.
Apesar de a mãe do imperador ser católica, era São Silvestre quem pregava e dava teológicos embasamentos que cada vez mais convenciam Constantino I da Verdade da manifestação de Cristo, através da inspiração e do poder de oratória que lhe concedia o Espírito Santo, além de seu testemunho de vida, de evidente e tocante simplicidade.
Teve um longo papado, de 21 anos, entrando para a História da Igreja como um homem de profunda espiritualidade e hábil conciliador, apesar de todos heréticos movimentos que surgiram durante os anos em que esteve na Cátedra de São Pedro.
Foi sepultado numa basílica que passou a levar seu nome, construção iniciada por ele mesmo a partir da casa de uma família cristã, cujos subterrâneos foram escavados para abrigar um oratório devotado aos primeiros mártires da Igreja e usado por muitos cristãos que, às escondidas, aí se encontravam para reviver e atualizar a Paixão de Cristo, pelo ritual da Santa Missa. O primeiro altar a ele dedicado ainda pode ser visto.
A atual construção é do Império Carolíngio, ou seja, do século IX, mas suas colunas são originais, do século V, quando foi concluída. Nela também foram depositados os restos mortais do venerado Papa São Martinho I, e foi concluída pelo padre São Carlos Borromeu, já no século XVI, que ativamente trabalhou em suas feitorias, melhoramentos e adornos.
Não se pode esquecer, porém, que para esse feito também contribuíram a influência de Santa Helena, mãe do imperador e de família fortemente cristã, e o sonho que ele próprio teve, na noite anterior a uma decisiva batalha em 312, quando viu uma Cruz na qual estava escrito: "Sob este símbolo vencerás." De fato, na manhã seguinte ele mandou que pintassem a Cruz nos escudos de seus soldados, e assim obteve uma grande vitória na Batalha de Ponte Milvio, uma das mais importantes sobre o Rio Tibre, localizada em Saxa Rubra, arredores de Roma.
São Silvestre foi o paciente conversor desse imperador, que só em seus últimos dias pediu o Batismo. Não obstante, levou uma vida tão correta aos olhos de Deus, graças aos frequentes conselhos de sua mãe e de nosso Santo Papa, que também se tornou Santo. Foi igualmente por velada sugestão de São Silvestre que Constantino I convocou o Primeiro Concílio de Niceia, em 325, onde foi debatida e afastada a heresia do arianismo, entre outras.
Sábio, nosso Santo tudo fazia com humilde discrição para não dar ocasião à discórdia. Soube ser o Papa dos primeiros anos da Igreja livre, após, como romano, por algumas décadas ter sido testemunha ocular de brutais perseguições e martírios. Ora, o próprio Pilatos, por força do paganismo que praticava, já usava de extrema violência para com os judeus. São Lucas registrou: "Neste mesmo tempo, contavam alguns o que tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara aos seus sacrifícios." Lc 13,1
Com efeito, São Silvestre havia convocado o Primeiro Sínodo de Arles, em 314, no qual se examinou e foi banida a heresia criada por Donato, chamada donatismo, que não admitia que a Igreja perdoasse pecados cometidos após o Batismo. Mas esse Sínodo terminou provocando uma das primeiras divisões da Igreja, levando São Silvestre a provocar Constantino para que convocasse o referido Concílio de Niceia, que seguiu debelando outras heresias.
É de seu tempo, e com uma grande ajuda do imperador, a construção da primeira Basílica de São Pedro, no mesmo lugar da atual, no Monte Vaticano, onde o Príncipe dos Apóstolos foi crucificado, pois era lugar de um antigo cemitério pagão. Ainda de seu tempo é a construção da Basílica de São João de Latrão, a Catedral do Papa, e a Basílica de São Paulo (Extra-Muros), que também contaram com virtuosos auxílios de Constantino I.
Entre outras coisas de grande valor, como a estátua de Roma Eterna, o imperador ainda doou o Palácio Lateranense para servir de moradia para o clero. Com todos esses monumentos, os cristãos saíram de pequenas e escondidas capelas espalhadas por toda Roma, assim como das catacumbas, para abertamente viver a fé em prédios dignos de louvor a Deus.
Apesar de a mãe do imperador ser católica, era São Silvestre quem pregava e dava teológicos embasamentos que cada vez mais convenciam Constantino I da Verdade da manifestação de Cristo, através da inspiração e do poder de oratória que lhe concedia o Espírito Santo, além de seu testemunho de vida, de evidente e tocante simplicidade.
Teve um longo papado, de 21 anos, entrando para a História da Igreja como um homem de profunda espiritualidade e hábil conciliador, apesar de todos heréticos movimentos que surgiram durante os anos em que esteve na Cátedra de São Pedro.
Foi sepultado numa basílica que passou a levar seu nome, construção iniciada por ele mesmo a partir da casa de uma família cristã, cujos subterrâneos foram escavados para abrigar um oratório devotado aos primeiros mártires da Igreja e usado por muitos cristãos que, às escondidas, aí se encontravam para reviver e atualizar a Paixão de Cristo, pelo ritual da Santa Missa. O primeiro altar a ele dedicado ainda pode ser visto.
São Silvestre, rogai por nós!