No quente verão do ano de 64 da nossa era, abrindo espaço para seus megalômanos projetos urbanísticos, criminosamente Nero mandou atear fogo em algumas construções no centro de Roma, que eram em maioria de madeira e palha, e acabou queimando até às cinzas boa parte do centro da cidade durante seis dias. Para eximir-se das acusações, que logo vazariam por revoltados inconfidentes, ele culpou os cristãos, a maior e mais transformadora novidade que se dava na capital do Império Romano, aos quais cultuava ódio por não lhe reverenciarem como deus.
Assim ele deflagrou a primeira grande perseguição à Igreja, ordenando o massacre de todos seguidores com maior emprego de crueldade possível, e apressou-se em assassinar São Pedro, por inveja de seu carisma e por ser o representante máximo de Cristo, e pouco depois também São Paulo.
Milhares de cristãos entregaram suas almas a Deus nesse período, e padecendo bestiais brutalidades: as mulheres eram ultrajadas dos mais infames modos; nem mesmo crianças e idosos tiveram suas vidas poupadas. Para tornar o 'espetáculo' ainda mais apelativo, todas formas de execução foram permitidas.
Mas todos morriam sem renegar a fé em Cristo, fato que, em favor dos argumentos de Nero, ajudou a difundir entre os romanos que os cristãos 'não gostavam de viver' e 'odiavam o ser humano'.
Essa fervorosa fé dos romanos, porém, não era exatamente uma novidade no mundo cristão. São Paulo mesmo deixou um precioso registro em sua Carta aos Romanos, escrita uns 7 anos antes do início dos martírios, do fogo do Espírito Santo que já os abrasava havia anos: "Primeiramente, dou graças a Meu Deus, por meio de Jesus Cristo, por todos vós, porque em todo mundo é celebrada vossa fé." Rm 1,8
E os fiéis eram muitos, ou não teriam incomodado o imperador, e certamente formavam várias comunidades, ainda segundo registro deste Apóstolo: "... a todos vós que estais em Roma..." Rm 1,7a
Tão expressivo rebando que o próprio São Paulo, mesmo sabendo ser domínio de São Pedro, se programava para ir lá. E mais uma vez ele ressalta a fé que eles tinha: "Ardentemente desejo ver-vos, a fim de comunicar-vos alguma Graça espiritual, com que sejais confirmados, ou melhor, para juntamente convosco encorajar-me naquela vossa e minha fé que nos é comum. Pois não quero que ignoreis, irmãos, como muitas vezes me tenho proposto ir ter convosco. Eu queria recolher algum fruto entre vós, como entre outros pagãos, mas até agora tenho sido impedido. Sou devedor a gregos e a bárbaros, a sábios e a simples. Daí o ardente desejo que sinto de também anunciar Evangelho a vós, que habitais em Roma." Rm 1,11-15
De fato, ele mesmo divulgava o respeito às dioceses de outros Apóstolos, como escreveu aos próprios romanos: "E empenhei-me por anunciar o Evangelho onde ainda não havia sido anunciado o Nome de Cristo, pois não queria edificar sobre fundamento lançado por outro." Rm 15,20
Também o disse aos coríntios, expressamente falando em domínio: "Assim esperamos levar o Evangelho aos países que ficam além de vós, sem nos gloriarmos das obras realizadas por outros dentro do domínio reservado a eles." 2 Cor 10,16
E por isso, ao fim da Carta aos Romanos, ele deixou claro que aí estaria apenas 'de passagem': "... espero ver-vos de passagem, quando eu for à Espanha. Também espero ser conduzido por vós até lá, depois que tiver satisfeito, ao menos em parte, meu desejo de estar convosco." Rm 15,24
Contudo, poucos anos mais tarde, o próprio Jesus determinou que ele fosse a Roma, quando ele foi preso em Jerusalém: "Na noite seguinte, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: 'Coragem! Deste testemunho de Mim em Jerusalém, assim também importa que o dês em Roma.'" At 23,11
Os jardins, pois, onde o imperador Calígula havia construído um 'circo', também passaram a ser usados por Nero para um espetáculo 'circense' com os mais horrendos sacrifícios, mas agora como uma 'festa' popular de massivas execuções que se estenderiam por três tenebrosos anos: flecha após flecha os cristãos eram alvejados deixando por último artérias e órgãos vitais; eram dilacerados e mutilados a golpes de espadas para lentamente morrerem, ou simplesmente decapitados; feridos e esmagados com bizarras armas letais; destroçados por cavalos e bigas de guerra em alta velocidade; soltos na arena para o ataque de furiosos touros, famintos leões e outros grandes felinos; mortos na fogueira ou por armas em brasa; hediondas torturas, crucificações e as insanas 'tochas humanas', quando eram untados com piche para arder em chamas 'iluminando' a noite.
À luz do dia, as vítimas eram banhadas em sangue e revestidos com peles de animais para o escárnio e espancamento pelos cidadãos romanos, e depois serem atacadas por cachorros nas ruas. Para presenciar e incitar tais atrocidades, o próprio Nero misturava-se ao povo, disfarçado, ou ensandecidamente conduzindo sua própria biga, dando voltas na arena dos jardins.
O termo 'protomártires', em grego, designa esses primeiros mártires cristãos, sacrifícios que séculos mais tarde muitas nações também viriam a padecer, como durante a invasão da Terra Santa, pelos muçulmanos, a 'Reforma Protestante', patrocinada por príncipes e senhores feudais, e ainda pelas mãos de alguns movimentos ditos 'humanistas' como a torpe Revolução Francesa, a abjeta Guerra Civil Espanhola, a praga do Socialismo pelo mundo e a aberração do Comunismo, iniciada na Rússia mas amplamente replicada, todas levadas a cabo pelo ateísmo militante.
E todos esses mártires têm no diácono Santo Estevão o primeiríssimo exemplo, cujo sacrifício se deu ainda no tempo dos Apóstolos, pouco depois do Pentecostes, e que em breve seria seguido por São Tiago Maior, primeiro Apóstolo a ser martirizado, assim como mais tarde foram todos demais, à exceção de São João Evangelista, exatamente como profetizou Jesus. De fato, diante dos questionamentos de São Pedro sobre o destino do Amado Discípulo, Ele também o interrogou: "Respondeu-lhe Jesus: 'Que te importa se Eu quero que ele fique até que Eu venha? Segue-Me tu.' Correu, por isso, o boato entre os irmãos de que aquele discípulo não morreria. Mas Jesus não lhe disse: 'Não morrerá', mas: 'Que te importa se quero que ele fique assim até que Eu venha?'" Jo 21,22-23
Essa carnificina perpetrada por Nero, em específico, que durou de 64 até sua morte, em 67, explica, pelo absoluto caos que instalou entre os cristãos, os poucos registros que atestam Roma como a sede da Igreja, a Primazia de Pedro como líder de todos cristãos, além dos próprios sacrifícios dele e de São Paulo. Com efeito, como prova de um desmonte quase total do cerne da Comunidade Messiânica, o Livro dos Atos dos Apóstolos, escrito por São Lucas, simplesmente para no tempo, é uma obra inacabada.
Eis porque São Clemente, que foi o quarto Papa entre os anos de 88 e 97, vai atestar o 'martírio', que é o sentido original da palavra 'testemunho', como autêntico destino de um cristão, a inspiração da nossa Santa Missa: "Encontramo-nos na mesma arena e combatemos o mesmo combate. Deixemos as inúteis preocupações e os vãos cuidados e voltemo-nos para a gloriosa e venerável regra de nossa tradição: consideremos o que é belo, o que é bom e o que é agradável ao Nosso Criador."
Ora, Santo Inácio de Antioquia, terceiro bispo desta diocese depois de São Pedro e Evódio, e que seria martirizado no ano de 100 ou 107 da nossa era, cujas cartas são preciosos registros da História da Igreja, atestou a continuação dessas perseguições ainda a seu tempo: "Agora começo a ser discípulo. Nenhuma visível ou invisível criatura me atrai para si, até que eu esteja em Jesus Cristo. Fogo e cruz, fileiras de feras, lacerações, esquartejamento, ruptura dos ossos, mutilação dos membros, trituração de todo corpo, todos cruéis tormentos do Diabo caiam sobre mim, desde que eu chegue à posse de Jesus Cristo."
À luz do dia, as vítimas eram banhadas em sangue e revestidos com peles de animais para o escárnio e espancamento pelos cidadãos romanos, e depois serem atacadas por cachorros nas ruas. Para presenciar e incitar tais atrocidades, o próprio Nero misturava-se ao povo, disfarçado, ou ensandecidamente conduzindo sua própria biga, dando voltas na arena dos jardins.
Em seus últimos anos, São Paulo deixou na Segunda Carta a São Timóteo um registro do medo e da resignação entre os cristãos, por força dos tristes espetáculos que estavam em curso: "Em minha primeira defesa, ninguém me assistiu, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja levado em conta. Mas o Senhor veio em meu auxílio e deu-me forças. Assim, pude completar a proclamação da mensagem, para que todas nações a ouçam. E eu fui libertado da boca do leão." 2 Tm 4,17
Ora, São João Evangelista menciona esses mártires no Livro do Apocalipse, que foi escrito ao fim do século I: "Então um dos Anciãos (querubins?) falou comigo e perguntou-me: 'Esses, que estão revestidos de brancas vestes, quem são e de onde vêm?' Respondi-lhe: 'Meu Senhor, tu o sabes!' E ele disse-me: 'Esses são os sobreviventes da grande tribulação. Lavaram suas vestes e alvejaram-nas no Sangue do Cordeiro.'" Ap 7,13-14
Mas como escrevia por volta do ano 100, foi-lhes dito que a perseguição não se encerraria por aí, apesar da intercessão deles: "Quando abriu o quinto selo, debaixo do Altar vi as almas dos homens imolados por causa da Palavra de Deus, e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam em alta voz, dizendo: 'Até quando Tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar nosso sangue contra os habitantes da Terra?' Então foi dada a cada um deles uma branca veste, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e irmãos que com eles estavam para serem mortos." Ap 6,9-10
Ficou evidente, contudo, que pelo martírio muitos deles atingiram a santidade, o que fez de Roma a cidade da cristandade por excelência: "Também vi tronos, sobre os quais se assentaram aqueles que receberam o poder de julgar: eram as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e todos aqueles que não tinham adorado a Fera ou sua imagem, que não tinham recebido seu sinal na fronte nem nas mãos. Eles viveram uma Nova Vida e com Cristo reinaram por mil anos." Ap 20,4
O Amado Discípulo também mencionou os sacrifícios de São Pedro e São Paulo, porém usando termos codificados, como fez em todo Livro do Apocalipse para que não fosse censurado e destruído, pois as perseguições continuavam. Jesus disse-lhe: "Mas incumbirei às Minhas duas testemunhas, vestidas de saco, de profetizarem por mil duzentos e sessenta dias. São eles as duas oliveiras e os dois candelabros que se mantêm diante do Senhor da Terra. Entretanto, depois de terem terminado integralmente seu testemunho, a Fera que sobe do abismo fá-lhes-á guerra, vencê-los-á e matá-los-á. Seus cadáveres jazerão na rua da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde Seu Senhor foi crucificado. Muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações virão para vê-los por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados. Os habitantes da Terra alegrar-se-ão por causa deles, mutuamente felicitar-se-ão e mandarão presentes uns aos outros, porque esses dois Profetas tinham sido seu tormento." Ap 11,3-4.7-10
Ora, São João Evangelista menciona esses mártires no Livro do Apocalipse, que foi escrito ao fim do século I: "Então um dos Anciãos (querubins?) falou comigo e perguntou-me: 'Esses, que estão revestidos de brancas vestes, quem são e de onde vêm?' Respondi-lhe: 'Meu Senhor, tu o sabes!' E ele disse-me: 'Esses são os sobreviventes da grande tribulação. Lavaram suas vestes e alvejaram-nas no Sangue do Cordeiro.'" Ap 7,13-14
Mas como escrevia por volta do ano 100, foi-lhes dito que a perseguição não se encerraria por aí, apesar da intercessão deles: "Quando abriu o quinto selo, debaixo do Altar vi as almas dos homens imolados por causa da Palavra de Deus, e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam em alta voz, dizendo: 'Até quando Tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar nosso sangue contra os habitantes da Terra?' Então foi dada a cada um deles uma branca veste, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e irmãos que com eles estavam para serem mortos." Ap 6,9-10
Ficou evidente, contudo, que pelo martírio muitos deles atingiram a santidade, o que fez de Roma a cidade da cristandade por excelência: "Também vi tronos, sobre os quais se assentaram aqueles que receberam o poder de julgar: eram as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e todos aqueles que não tinham adorado a Fera ou sua imagem, que não tinham recebido seu sinal na fronte nem nas mãos. Eles viveram uma Nova Vida e com Cristo reinaram por mil anos." Ap 20,4
O Amado Discípulo também mencionou os sacrifícios de São Pedro e São Paulo, porém usando termos codificados, como fez em todo Livro do Apocalipse para que não fosse censurado e destruído, pois as perseguições continuavam. Jesus disse-lhe: "Mas incumbirei às Minhas duas testemunhas, vestidas de saco, de profetizarem por mil duzentos e sessenta dias. São eles as duas oliveiras e os dois candelabros que se mantêm diante do Senhor da Terra. Entretanto, depois de terem terminado integralmente seu testemunho, a Fera que sobe do abismo fá-lhes-á guerra, vencê-los-á e matá-los-á. Seus cadáveres jazerão na rua da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde Seu Senhor foi crucificado. Muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações virão para vê-los por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados. Os habitantes da Terra alegrar-se-ão por causa deles, mutuamente felicitar-se-ão e mandarão presentes uns aos outros, porque esses dois Profetas tinham sido seu tormento." Ap 11,3-4.7-10
O termo 'protomártires', em grego, designa esses primeiros mártires cristãos, sacrifícios que séculos mais tarde muitas nações também viriam a padecer, como durante a invasão da Terra Santa, pelos muçulmanos, a 'Reforma Protestante', patrocinada por príncipes e senhores feudais, e ainda pelas mãos de alguns movimentos ditos 'humanistas' como a torpe Revolução Francesa, a abjeta Guerra Civil Espanhola, a praga do Socialismo pelo mundo e a aberração do Comunismo, iniciada na Rússia mas amplamente replicada, todas levadas a cabo pelo ateísmo militante.
E todos esses mártires têm no diácono Santo Estevão o primeiríssimo exemplo, cujo sacrifício se deu ainda no tempo dos Apóstolos, pouco depois do Pentecostes, e que em breve seria seguido por São Tiago Maior, primeiro Apóstolo a ser martirizado, assim como mais tarde foram todos demais, à exceção de São João Evangelista, exatamente como profetizou Jesus. De fato, diante dos questionamentos de São Pedro sobre o destino do Amado Discípulo, Ele também o interrogou: "Respondeu-lhe Jesus: 'Que te importa se Eu quero que ele fique até que Eu venha? Segue-Me tu.' Correu, por isso, o boato entre os irmãos de que aquele discípulo não morreria. Mas Jesus não lhe disse: 'Não morrerá', mas: 'Que te importa se quero que ele fique assim até que Eu venha?'" Jo 21,22-23
Essa carnificina perpetrada por Nero, em específico, que durou de 64 até sua morte, em 67, explica, pelo absoluto caos que instalou entre os cristãos, os poucos registros que atestam Roma como a sede da Igreja, a Primazia de Pedro como líder de todos cristãos, além dos próprios sacrifícios dele e de São Paulo. Com efeito, como prova de um desmonte quase total do cerne da Comunidade Messiânica, o Livro dos Atos dos Apóstolos, escrito por São Lucas, simplesmente para no tempo, é uma obra inacabada.
Eis porque São Clemente, que foi o quarto Papa entre os anos de 88 e 97, vai atestar o 'martírio', que é o sentido original da palavra 'testemunho', como autêntico destino de um cristão, a inspiração da nossa Santa Missa: "Encontramo-nos na mesma arena e combatemos o mesmo combate. Deixemos as inúteis preocupações e os vãos cuidados e voltemo-nos para a gloriosa e venerável regra de nossa tradição: consideremos o que é belo, o que é bom e o que é agradável ao Nosso Criador."
Ora, Santo Inácio de Antioquia, terceiro bispo desta diocese depois de São Pedro e Evódio, e que seria martirizado no ano de 100 ou 107 da nossa era, cujas cartas são preciosos registros da História da Igreja, atestou a continuação dessas perseguições ainda a seu tempo: "Agora começo a ser discípulo. Nenhuma visível ou invisível criatura me atrai para si, até que eu esteja em Jesus Cristo. Fogo e cruz, fileiras de feras, lacerações, esquartejamento, ruptura dos ossos, mutilação dos membros, trituração de todo corpo, todos cruéis tormentos do Diabo caiam sobre mim, desde que eu chegue à posse de Jesus Cristo."
Autêntico mártir, ele não aceitou ser poupado da boca dos leões, e, como bispo, deu exemplo aos que iriam ser sacrificados no mesmo dia, para que morressem na fé. Assim se despediu: "Adeus! Sejam fortes até o fim no sofrer por Cristo."
É a partir dos primeiros santos mártires, portanto, que surgem as catacumbas subterrâneas de Roma, muitas delas atribuídas a São Calisto, que eram construídas ao longo dos lados das estradas com objetivo de secretamente, com os devidos cerimoniais, sepultar os cristãos e mais tarde possibilitar as rezas e os cultos junto a seus túmulos, prática esta que se perpetrou até as primeiras décadas do século IV, quando o Catolicismo finalmente foi permitido no Império Romano. Algumas dessas catacumbas chegam a ter cinco andares e dezenas de quilômetros. São evidências de um costume judeu, que depositavam os corpos de seus mortos em largos sepulcros escavados em rochas ou encostas, com espaço para entes de toda família. Aliás, como foi o próprio sepulcro de Jesus.
Inversamente, porém, tamanha era a crueldade de Nero associada ao destemor e ao exemplo de fé dos cristãos ao longo daqueles anos, que terminaram por conquistar a compaixão e a alma da grande maioria dos romanos, que vieram a conhecer o Evangelho e se maravilharam com a resignação e o amor a Deus demonstrados pelos fiéis. Sem dúvida, só Deus e a firme convicção da Vida Eterna poderiam consolar e animar aquelas almas.
Por isso, concluiu Tertuliano, historiador que viveu entre os anos de 160 e 220: "O sangue dos mártires é a semente dos cristãos."
E o próprio Jesus havia anunciado esse 'testemunho', que se iniciaria ainda em Israel: "Cuidai-vos dos homens. Eles levá-vos-ão a seus tribunais e açoitá-vos-ão com varas em suas sinagogas. Sereis por Minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de testemunho para eles e para os pagãos." Mt 10,17-18
Eram patentes sacrifícios, como se veem ainda hoje: "Então sereis entregues aos tormentos, matá-vos-ão e sereis por Minha causa objeto de ódio para todas nações." Mt 24,9
E chegaria ao seio familiar, como flagrantemente se viu no Comunismo: "Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós. Por todos sereis odiados por causa do Meu Nome." Lc 21,16-17
Esse era o 'batismo' que Jesus havia profetizado aos Apóstolos São Tiago Maior e São João Evangelista, quando estes Lhe pediram o privilégio de sentarem-se à Sua direita e à Sua esquerda em Sua Glória: "Vós bebereis o cálice que Eu devo beber, e sereis batizados no batismo em que Eu devo ser batizado." Mc 10,39
Toda essa horrenda perseguição dos primeiros séculos, no entanto, sinalizava, como Jesus sentenciou, o rompimento do Cristianismo com o Judaísmo, perante o qual os Apóstolos cumpriram missão tentando reformá-lo, bem como os últimos sacrifícios das pagãs e politeístas religiões da Europa, além de, através dos séculos, o ódio perpetrado pelos muçulmanos: "Expulsá-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus. Procederão deste modo porque não conheceram o Pai, nem a Mim." Jo 16,2-3
Nascia assim, ao modo do próprio Sacrifício de Cristo, por esse batismo e pelo sangue dos primeiros mártires, a gloriosa Igreja Católica Apostólica Romana.
Santos Protomártires, rogai por nós!
Inversamente, porém, tamanha era a crueldade de Nero associada ao destemor e ao exemplo de fé dos cristãos ao longo daqueles anos, que terminaram por conquistar a compaixão e a alma da grande maioria dos romanos, que vieram a conhecer o Evangelho e se maravilharam com a resignação e o amor a Deus demonstrados pelos fiéis. Sem dúvida, só Deus e a firme convicção da Vida Eterna poderiam consolar e animar aquelas almas.
Por isso, concluiu Tertuliano, historiador que viveu entre os anos de 160 e 220: "O sangue dos mártires é a semente dos cristãos."
E o próprio Jesus havia anunciado esse 'testemunho', que se iniciaria ainda em Israel: "Cuidai-vos dos homens. Eles levá-vos-ão a seus tribunais e açoitá-vos-ão com varas em suas sinagogas. Sereis por Minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de testemunho para eles e para os pagãos." Mt 10,17-18
Eram patentes sacrifícios, como se veem ainda hoje: "Então sereis entregues aos tormentos, matá-vos-ão e sereis por Minha causa objeto de ódio para todas nações." Mt 24,9
E chegaria ao seio familiar, como flagrantemente se viu no Comunismo: "Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós. Por todos sereis odiados por causa do Meu Nome." Lc 21,16-17
Esse era o 'batismo' que Jesus havia profetizado aos Apóstolos São Tiago Maior e São João Evangelista, quando estes Lhe pediram o privilégio de sentarem-se à Sua direita e à Sua esquerda em Sua Glória: "Vós bebereis o cálice que Eu devo beber, e sereis batizados no batismo em que Eu devo ser batizado." Mc 10,39
Toda essa horrenda perseguição dos primeiros séculos, no entanto, sinalizava, como Jesus sentenciou, o rompimento do Cristianismo com o Judaísmo, perante o qual os Apóstolos cumpriram missão tentando reformá-lo, bem como os últimos sacrifícios das pagãs e politeístas religiões da Europa, além de, através dos séculos, o ódio perpetrado pelos muçulmanos: "Expulsá-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus. Procederão deste modo porque não conheceram o Pai, nem a Mim." Jo 16,2-3
Nascia assim, ao modo do próprio Sacrifício de Cristo, por esse batismo e pelo sangue dos primeiros mártires, a gloriosa Igreja Católica Apostólica Romana.
Santos Protomártires, rogai por nós!