quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Santo Inácio de Antioquia


    Eis uma alma cujos escritos e vida perpetuaram importantes capítulos da Teologia, da Sagrada Tradição e da História da Igreja. Ele não era judeu e deve ter visto São Barnabé, este admirável discípulo de Jesus que chegou a ser chamado de Apóstolo (cf. At 14,14), chegar à sua cidade, pois muitos pagãos estavam convertendo-se. No Livro dos Atos dos Apóstolos, São Lucas assim narrou esse episódio: "A notícia dessas coisas chegou aos ouvidos da igreja de Jerusalém. Então enviaram Barnabé até Antioquia. Ao lá chegar, alegrou-se vendo a Graça de Deus, e a todos exortava a perseverar no Senhor com firmeza de coração, pois era um homem de bem, cheio do Espírito Santo e de . Assim uma grande multidão se uniu ao Senhor." At 11,22-24
    Ele também deve ter presenciado São Barnabé apresentar São Paulo à sua comunidade, um sábio e fervoroso Apóstolo, recém-convertido, de quem nosso Santo se tornaria fiel seguidor. E certamente viu os 'nazarenos', como inicialmente eram chamados os seguidores de Cristo (cf. At 24,5), passarem a ser chamados de 'cristãos', ainda segundo as letras de nosso Amado Médico: "Em seguida, partiu Barnabé para Tarso, à procura de Saulo. Achou-o e levou-o para Antioquia. Durante um ano inteiro, eles tomaram parte nas reuniões da comunidade e instruíram grande multidão, de maneira que em Antioquia é que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados pelo nome de cristãos." At 11,25-26
    O termo nazareno, contudo, não desapareceria definitivamente, e seria empregado décadas mais tarde quando São Paulo foi preso em Jerusalém pela primeira vez. No julgamento realizado em Cesareia perante Felix, governador da Judeia entre 52 e 60, o Apóstolo dos Gentios assim foi acusado pelo advogado do sumo sacerdote: "Encontramos este homem, uma peste, um indivíduo que fomenta discórdia entre os judeus no mundo inteiro. É um dos líderes da seita dos nazarenos." At 24,5
    Santo Inácio deve ter acompanhado as primeiras grandes decisões da Igreja, como a questão sobre circuncidar ou não os cristãos vindos do paganismo, que motivou o primeiro Concílio, em Jerusalém. Talvez até tenha dele participado, na qualidade de 'irmão' como São Lucas citou: "Alguns homens, descendo da Judeia, puseram-se a ensinar aos irmãos o seguinte: 'Se não vos circuncidais, segundo o rito de Moisés, não podeis ser salvos.' Originou-se, então, grande discussão de Paulo e Barnabé com eles, e resolveu-se que estes dois, com alguns irmãos, fossem tratar desta questão com os Apóstolos e os Anciãos em Jerusalém." At 15,1-2
    Também foi seguidor e sucessor do próprio São Pedro, logo após Evódio, no encargo de Bispo de Antioquia, precisamente do ano 68 até 107 da nossa era, quando foi martirizado. De fato, antes de ir a Roma pela primeira vez, foi em Antioquia que o Príncipe dos Apóstolos se refugiou ao ser libertado da cadeia por seu Anjo da Guarda, após ser preso por Herodes (cf. At 12,3). Por esses tempos a liderança da comunidade de Jerusalém já havia sido confiada a São Tiago Menor, como está no texto do Livro dos Atos dos Apóstolos: "Pedro continuava a bater. Afinal abriram a porta, viram-no e ficaram atônitos. Ele, acenando-lhes com a mão para que se calassem, contou como o Senhor o havia livrado da prisão, e disse: 'Comunicai-o a Tiago e aos irmãos.' Em seguida, saiu dali e retirou-se para outro lugar." At 12,17
    Mas acabou expulso de Roma com os judeus pelo Imperador Cláudio. São Lucas registrou esse fato, ao citar o encontro de São Paulo com judeus vindos de lá, que se deu em Corinto: "Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, e sua mulher Priscila. Pouco antes, eles haviam chegado da Itália, por Cláudio ter decretado que todos judeus saíssem de Roma." At 18,2a
    E assim São Pedro retornou a Antioquia, retomando seu episcopado, pois era a mais importante cidade da região, da qual Jerusalém era apenas mais uma cidade satélite. São Paulo indica sua chegada na Carta aos Gálatas, na inoportuna resistência que lhe fez, o que acabou apressando as decisões do Primeiro Concílio relativas aos incircuncisos: "Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, francamente resisti-lhe, porque era censurável. Pois antes de chegarem alguns homens da parte de Tiago, ele comia com os pagãos convertidos. Mas quando aqueles vieram, retraiu-se e separou-se destes, temendo os circuncidados." Gl 2,11-12
    De fato, mais tarde, como vemos na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, ele vai usar exatamente deste comportamento para não afetar a sensibilidade alheia, e até fingir não ter lei: "Para os que não têm lei, fiz-me como se eu não tivesse lei, ainda que eu não esteja isento da lei de Deus - porquanto estou sob a lei de Cristo -, a fim de ganhar os que não têm lei." 1 Cor 9,21
    Antioquia da Síria era uma das três grandes metrópoles do Império Romano, menor apenas que Roma e Alexandria. Lá já vivia uma grande comunidade de hebreus desde os tempos da Diáspora, quando eles se dispersaram pelo mundo, 600 anos antes da Vinda de Nosso Salvador. E para lá foram vários discípulos após o apedrejamento de Santo Estevão, fazendo com que se tornasse um grande e importante centro cristão: "Entretanto, aqueles que foram dispersados pela perseguição que houve no tempo de Estêvão, chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, pregando a Palavra só aos judeus. Alguns deles, porém, que eram de Chipre e de Cirene, entrando em Antioquia, também se dirigiram aos gregos, anunciando-lhes o Evangelho do Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles, e grande foi o número dos que receberam a fé e se converteram ao Senhor." At 11,19-22
    Aliás, da Antioquia, desde o início da vida pública de Jesus, já haviam saído grandes discípulos, como Nicolau, que, mesmo sem ser judeu de nascimento, fez parte do primeiro grupo de Diáconos. Ele foi, de fato, o primeiro gentio a entrar na Igreja, seguido do eunuco da da rainha da Etiópia, batizado por São Filipe Diácono, ambos antecipando-se ao 'Pentecostes dos Gentios' operado por São Pedro (cf. At 10,44): "Este parecer agradou a toda assembleia. Escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia." At 6,5
    E como São João Evangelista foi o último Apóstolo a morrer, por volta do ano 100 da nossa era, Santo Inácio, em consideração ao primeiríssimo Colégio, por Jesus pessoalmente convocado, muito valeu-se de sua companhia, sempre o procurando para esclarecer e resolver importantes questões relativas à Sã Doutrina.
    Desse tão próximo convívio com três fulgurantes Apóstolos, deixou-nos 7 preciosíssimas cartas. Para os mais sérios estudiosos, elas são consideradas tão importantes e reveladoras quanto as Cartas de São Paulo. Foram escritas no longo caminho que ele fez até Roma, após ser preso e condenado a morrer, por não renegar a fé em Cristo, pela boca dos leões no Coliseu, como aconteceu a muitos cristãos até o início do século IV. De notória santidade, e sendo bispo em tão importante cidade, o imperador romano quis fazer de sua morte um espetáculo para dispersar os muitos fiéis que ele representava, aos quais com grande êxito divulgava o Nome de Jesus.
    Em suas cartas, vemos Santo Inácio enfrentar as heresias que surgiam para desencaminhar a Sã Doutrina, demonstrando fervoroso empenho para manter a Unidade e Hierarquia da Igreja, ainda nascente. É ele, sem dúvida, um elo chave para compreendermos a Igreja confiada por Jesus aos Apóstolos. A Sagrada Tradição tem nele um especial capítulo. Por exemplo, ele foi o primeiro a chamar a Igreja de Católica, ou seja, Universal: "Onde está Cristo Jesus, está a Igreja Católica." in Epístola aos Erminiotas
    Além de mencionar a incorporação dos Anciãos à Hierarquia da Igreja, que era uma tradição judaica e viriam a ser nossos Padres, um grau de ordenação entre os bispos e diáconos de então, Santo Inácio apaixonadamente defendeu a autoridade dos bispos, únicos e legítimos sucessores dos Apóstolos: "É bom para vós em união proceder de acordo com o pensamento do Bispo, o que já fazeis. De fato, vosso colégio de Presbíteros, justamente famoso, digno de Deus, está assim harmoniosamente unido ao Bispo como as cordas à cítara. Por isso, em vossa concórdia e em vosso sinfônico amor Jesus Cristo é cantado. E assim vós, um por um, vos tornais coro, para que na sinfonia da concórdia, depois de ter tomado o trono de Deus na Unidade, canteis a uma só voz." in Epístola aos Efésios
    Tal respeito devotado aos Bispos é essencial, pois o título de Apóstolo coube apenas àqueles que Jesus pessoalmente chamou: "Ao amanhecer, chamou Seus discípulos e escolheu doze dentre Eles, que chamou de Apóstolos..." Lc 6,13
    Na lista dos Apóstolos, porém, inclui-se São Matias, pois ele acompanhou Nosso Senhor desde o princípio e testemunhou Sua Ressurreição, critério que São Pedro estabeleceu para substituir Judas Iscariotes: "'Convém que destes homens que têm estado em nossa companhia todo tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, a começar do Batismo de João até o dia em que de nosso meio foi arrebatado, um deles se torne conosco testemunha de Sua Ressurreição.' Deitaram sorte e caiu a sorte em Matias, que foi incorporado aos Onze Apóstolos." At 1,21-22.26
    E entre eles ainda devemos contar São Paulo, pois Jesus também pessoalmente o chamou, através de uma aparição: "Mas levanta-te e põe-te em pé, pois Eu te apareci para fazer-te ministro e testemunha das coisas que viste, e de outras para as quais hei de manifestar-Me a ti." At 26,16
    Deste capítulo, São Paulo deu testemunho, referindo-se ao apostolado como a um grupo já formado: "E, por último de todos, também apareceu a mim, como a um abortivo. Porque eu sou o menor dos Apóstolos, e não sou digno de ser chamado Apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus." I Cor 15,8-9
    Já àqueles tempos, Santo Inácio apontava o orgulho dos que não cultuavam a Cristo nas Santas Missas: "Se a oração de duas pessoas juntas tem tal força, quanto mais a do Bispo e de toda a Igreja! Aquele que não participa da reunião é orgulhoso e já está por si mesmo julgado, pois está escrito: 'Deus resiste aos orgulhosos [cf. Pr 3,34].' Tenhamos cuidado, portanto, para não resistirmos ao Bispo, a fim de estarmos submetidos a Deus." in Epístola aos Efésios
    Ele registrou a adoção do Domingo pelos cristãos: "Aqueles que viviam na antiga ordem de coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o Dia do Senhor, em que nossa vida se levantou por meio d'Ele e de Sua Morte. Alguns negam isso, mas é por meio desse Mistério que recebemos a fé e no qual perseveramos para ser discípulos de Jesus Cristo, Nosso Único Mestre." in Epístola aos Erminiotas
    Igualmente registrou a já iniciada veneração aos Santos, ao prometer sua intercessão também dos Céus: "Meu espírito sacrifica-se por vós, não somente agora, mas também quando eu chegar a Deus. Eu ainda estou exposto ao perigo, mas o Pai é fiel, em Jesus Cristo, para atender minha oração e a vossa. Que n'Ele sem reprovação sejais encontrados." in Epístola aos Trálios
    Registrou a Hierarquia da Igreja e a importância da Unidade da fé: "Eu ofereço minha vida por aqueles que são submetidos ao Bispo, aos Presbíteros e aos Diáconos. Que com eles eu possa ter parte em Deus. Trabalhai juntos uns para os outros, lutai juntos, correi juntos, sofrei juntos, dormi e vigiai juntos como administradores de Deus, Seus assessores e servos. Procurai agradar Àquele pelo Qual militais e do Qual recebeis os favores. Que nenhum de vós seja desertor. Vosso Batismo permaneça como um escudo, a fé como um elmo, a caridade como uma lança, a paciência como uma armadura." in Epístola a Policarpo
    Também registrou o nascimento da veneração à Virgem Maria, como tão grande mistério quanto a morte de Cristo: "E permaneceram ocultos ao príncipe desse mundo a virgindade de Maria e seu parto, bem como a morte do Senhor: três mistérios de clamor, realizados no silêncio de Deus." in Epístola aos Efésios
    Confiante, e para não desmerecer o Sacrifício de Cristo, não aceitou ser poupado da boca dos leões. Como bispo, deu exemplo aos demais cristãos que iriam ser sacrificados naquele mesmo dia, para que morressem na fé"Deixai-me ser alimento das feras. Sou trigo de Deus. É necessário que eu seja moído pelos dentes dos leões para tornar-me um pão digno de Cristo."


    Profícuo escritor, e testemunhando o martírio dos Apóstolos, seu amor pela Igreja era patente:

    "Como filhos da Luz e da Verdade, evitai a divisão e as perversas doutrinas; para onde vai o Pastor, devem segui-Lo as ovelhas."
    "Todos que pertencem a Deus e a Jesus Cristo estão em Comunhão com o Bispo; e todos que se arrependem e voltam à unidade da Igreja também pertencerão a Deus, para viverem segundo Jesus Cristo."
    "Sujeitai-vos ao Bispo como a Jesus Cristo... É necessário, como já praticais, nada fazerdes sem o Bispo, pois quem é de Deus e de Jesus Cristo está com o Bispo."
    "Nada exista entre vós que possa dividir-vos; vossa união com o Bispo e os Presbíteros seja a antecipada imagem e sinal da Vida Eterna."
    "Deveis estar estreitamente unidos ao Bispo, como a Igreja o é com Cristo, e como Cristo o é com o Pai."
    "Procurai, portanto, participar na única Eucaristia, porque uma só é a Carne de Nosso Senhor Jesus Cristo; um só é o Cálice que nos une em Seu Sangue; um só é o altar e um só é o Bispo com o Presbitério e os Diáconos, meus colaboradores no ministério."
    "Parti um só Pão, que é remédio de imortalidade."
    "Procurai reunir-vos com mais frequência para celebrar a Ação de Graças e o louvor de Deus. Quando vos reunis com frequência, abatem-se as forças de Satanás e seu destruidor poder é aniquilado pela concórdia de vossa fé."
    "Que nada façais à Igreja sem o conhecimento do Bispo. Que a celebração da Eucaristia seja válida quando celebrada pelo Bispo ou por quem este designar. Onde estiver o Bispo, esteja o povo, assim como onde está Jesus Cristo, está a Igreja Católica. Não é permitido casar-se ou batizar sem a autorização do Bispo; mas tudo que ele aprovar agrada a Deus. Com isso, tudo que fizerdes será valioso e uma prova contra o mal."
    "Quem faz o que quer que seja sem o Bispo, os Presbíteros e os Diáconos não tem pura a consciência."
    "Pelo fruto conhece-se a árvore; do mesmo modo, os que professam ser de Cristo reconhecem-se pelas suas obras."
    "Quem professa a fé, não peca; e quem possui a caridade, não odeia ninguém."
    "Onde reinam a divisão e a ira, aí não habita Deus."
    "Fugi das divisões como o principio de todos males."
    "Nada há mais precioso que a Paz, que desarma todo celeste ou terrestre inimigo."
    "Sustenta os outros como Deus te sustenta; suporta todos na caridade."
    "Sede indulgentes e afáveis uns com os outros, como Deus é convosco."
    "Nada vos faltará, se em Jesus Cristo tiverdes perfeita fé e caridade: a fé é o princípio da Vida, a caridade é o ápice. A união das duas é Deus mesmo; todas demais virtudes fazem cortejo a estas, para conduzir o homem à perfeição."
    "É como se houvesse duas moedas, uma de Deus e outra do mundo. Cada uma delas tem gravado seu próprio cunho. Os infiéis têm a imagem do mundo; os que permanecem fiéis na caridade, têm a imagem de Deus Pai, por intermédio de Jesus Cristo."
    "O que agora interessa não é apenas fazer profissão de fé, mas na prática da fé perseverar até ao fim."
    "Ao Senhor nada se esconde, até nossos mais íntimos segredos estão-Lhe próximos. Façamos, então, todas coisas em Sua presença, visto que somos Seus Templos."
    "Melhor é calar-se e ser, que falar e não ser."
    "É melhor ser cristão sem dizê-lo, que dizê-lo sem ser."
    "É bom ensinar, desde que se pratique o que se ensina."
    "Aquele que possui a Palavra de Jesus também é capaz de perceber Seu silêncio e chegar à perfeição, agindo segundo Sua Palavra e fazendo-se reconhecer por Seu silêncio."
    "Mostremo-nos aos outros que somos seus irmãos com nossa bondade; esforcemo-nos para imitar o Senhor. Quem mais que Ele sofreu a injustiça, a privação e o desprezo?"
    "Se não estamos dispostos a morrer para imitar a Paixão de Cristo, Sua Vida não está conosco."
    "O cristão não é patrão de si mesmo, mas está à disposição de Deus."
    "Mais me aproveita morrer em Cristo que imperar até os confins da terra."
    "Agora começo a ser discípulo. Nenhuma visível ou invisível criatura me atrai para si, até que eu esteja em Jesus Cristo. Fogo e cruz, fileiras de feras, lacerações, esquartejamento, ruptura dos ossos, mutilação dos membros, trituração de todo corpo, todos cruéis tormentos do Diabo caiam sobre mim, desde que eu chegue à posse de Jesus Cristo."
    "Deixai que eu me torne alimento para as feras, por meio das quais poderei chegar à posse de Deus."
    "Deixai-me partir para a pura Luz, quando ali tiver chegado, então verdadeiramente serei homem."
    "Toma e recebe, Senhor, toda minha inteligência e minha vontade. Quanto possuo, Tu deste-me: eu restituo-To. Tudo é para Ti: dispõe disso como Te agradar. Dá-me só Teu amor e Tua Graça: nada mais Te peço, ó Senhor."
    "Meu terreno desejo está crucificado, em mim não mais existe fogo de amor pela matéria. Uma Água Viva murmura em mim e diz-me lá dentro: 'Vem para o Pai!'"
    "É belo transpor o mundo e ressurgir em Deus."
    "Adeus! Sejam fortes até o fim no sofrer por Cristo."

    Suas restos mortais foram sepultados em Roma, no altar da antiquíssima Basílica de São Clemente, junto às relíquias deste Santo. Esse local havia sido um templo pagão, como se vê na cripta, mas foi convertido em Casa de Oração cristã ainda no século I.


    Santo Inácio de Antioquia, rogai por nós!