Descrente que o mundo anda da vida espiritual, até religiosos esquecem-se que Jesus não nos prometeu conforto material nessa vida, mas consolação espiritual. Ele propôs à multidão, quando saiu pregando após convocar e instruir os Doze Apóstolos: "Tomai Meu jugo sobre vós e recebei Minha Doutrina, porque Eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para vossas almas." Mt 11,29
É a mesma oferta de Deus Pai, como depreendemos da saudação da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: "Bendito seja Deus, o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das Misericórdias, Deus de toda consolação..." 2 Cor 1,3
E ainda segundo ele, Deus tem uma evidente preferência: "Deus, porém, que consola os humildes..." 2 Cor 7,6
Essa também é uma das principais funções de Sua Palavra. Diz o penúltimo capítulo da Carta de São Paulo aos Romanos: "... e pela consolação que dão as Escrituras, tenhamos esperança." Rm 15,4
Mas, claro, essa não é uma consolação qualquer. Ela prepara-nos para a eternidade, conforme a Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses: "Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, Nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação..." 2 Ts 2,16
Como prefigura do repouso em Cristo, a Terra Santa, prometida a Abraão, foi citada por Deus como 'Seu descanso' durante o Êxodo, quando Moisés guiava o povo pelo deserto. Os seguidores da tradição de São Paulo, na Carta aos Hebreus, argumentam recitando um cântico: "Porque somos incorporados a Cristo, mas sob a condição de, até o fim, firme conservarmos nossa fé dos primeiros dias, enquanto se nos diz: 'Hoje, se ouvirdes Sua voz, não endureçais vossos corações como aconteceu no tempo da revolta.' E quais foram os que se revoltaram contra o Senhor depois de terem ouvido Sua voz? E a quem jurou o Senhor que não entrariam em Seu descanso, senão a estes rebeldes?" Hb 3,14-16a.18
Esse repouso, portanto, é parte da Nova Aliança: "A Boa Nova foi trazida a nós como foi a eles. ... Deus, após muitos anos, por meio de Davi estabelece um novo dia, um hoje, ao pronunciar as mencionadas palavras: 'Hoje, se ouvirdes Sua voz, não endureçais vossos corações...' Por isso, resta um sabático repouso para o povo de Deus. E quem entrar nesse repouso descansará de suas obras, assim como Deus descansou das Suas. Apressemo-nos, pois, a entrar neste descanso para não cairmos, por nossa vez, na mesma incredulidade." Hb 4,1-2a.7.9-11
Ele foi previsto no Livro do Profeta Sofonias como dádiva à Igreja, àqueles que realmente abraçam o Salvador: "Aqueles que restarem de Israel, abster-se-ão do Mal e não proferirão a mentira. Em sua boca não mais se achará enganosa língua, porque serão apascentados e repousarão sem haver quem os inquiete." Sf 3,13
O Livro do Eclesiástico, dele falando, revelou um imponderado contraste: "Filho, realiza teus trabalhos com mansidão e serás mais amado que um generoso homem." Eclo 3,19
Jesus, no Sermão da Montanha, também expressou a benesse de quem cultua essa Graça: "Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a Terra!" Mt 5,5
Prometeu consolação: "Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!" Mt 5,4
E foi isso que Ele determinou a São Pedro, Seu Sumo Pontífice, confiando-lhe de cordeiros a ovelhas, isto é, de fiéis a Sacerdotes, todo Seu rebanho, em distintas designações: "Apascenta Meus cordeiros. Apascenta Minhas ovelhas." Jo 21,15b.17b
Para Sofonias, porém, apenas os humildes estariam à disposição do Pai. Ele aconselha-os: "Procurai Javé, todos pobres da Terra. Vós que obedeceis a Seus Mandamentos, procurai a justiça, procurai a pobreza. Talvez assim acheis refúgio no Dia da ira de Javé." Sf 2,3
Pois o Divino Espírito, que gera e instrui os filhos de Deus, não nos acoberta em qualquer situação, como o Livro da Sabedoria ensina: "... o Espírito Santo Educador das almas fugirá da perfídia, afastar-Se-á dos insensatos pensamentos, e a iniquidade que sobrevém repeli-Lo-á." Sb 1,5
Porque a verdade é que a vida está em nossas almas, não em nossa carne. Foi o que disse Jesus após oferecer Seu Corpo e Seu Sangue como alimento da Vida eterna: "O Espírito é que vivifica, a carne de nada serve." Jo 6,63
Assim foi que São Paulo atestou a ressurreição, por ele mesmo realizada, de um cristão de Trôade, que havia caído do terceiro andar durante sua pregação: "Paulo desceu, debruçou-se sobre ele, tomou-o nos braços e disse: 'Não vos perturbeis, porque sua alma está nele.'" At 20,10
Episódio, aliás, que bem lembra a ressurreição realizado pelo Profeta Elias, do filho da viúva de Sarepta de Sidon. Está no Primeiro Livro de Reis: "Estendeu-se, em seguida, sobre o menino por três vezes, de novo invocando o Senhor: 'Senhor, Meu Deus, rogo-vos que a alma deste menino volte a ele.' O Senhor ouviu a oração de Elias: a alma do menino voltou a ele, e ele recuperou a vida." 1 Rs 17,21-22
Jesus, pois, dava muito mais importância à existência além da carne. Ele instruiu os Apóstolos quando os convocou, preparando-os para verdadeiros martírios, como de fato viria a acontecer: "Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes temei Aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena." Mt 10,28
Sem dúvida, Deus é, antes de tudo, o Pai de nossas almas. Os seguidores de São Paulo disseram: "Aliás, na Terra temos nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com respeito. Com quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas, o Qual nos dará a Vida?" Hb 12,9
Assim foi que Nossa Senhora louvou a Deus no Magnificat: "E Maria disse: 'Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, Meu Salvador, porque olhou para Sua pobre serva. Por isto, desde agora, todas gerações, proclamá-me-ão bem-aventurada, porque em mim realizou maravilhas Aquele que é poderoso, e Cujo Nome é Santo.'" Lc 1,46-49
Na Carta de São Tiago, ademais, ao falar sobre Salvação, refere-se exclusivamente às almas: "Rejeitai, pois, toda impureza e todo vestígio de malícia, e recebei com mansidão a Palavra em vós semeada, que pode salvar vossas almas." Tg 1,21
O mesmo diz a Primeira Carta de São Pedro: "Este Jesus, vós amai-Lo sem O terdes visto. N'Ele credes ainda sem O verdes, e isto é para vós a fonte de uma inefável e gloriosa alegria, porque vós estais certos de obter, ao preço de vossa fé, a Salvação de vossas almas." 1 Pd 1,8-9
A Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, em extremo caso, chega a recomendar que se abandone um mau cristão ao poder do inimigo, e justamente em tentativa de salvar-lhe a alma: "... seja esse homem entregue a Satanás para mortificação de seu corpo, a fim de que sua alma seja salva no Dia do Senhor Jesus." 1 Cor 5,5
Com razão, Jesus é Nosso Pastor, mas prioritariamente Pastor das necessidades de nossas almas. É o que o Príncipe dos Apóstolos diz aos que viviam como criados, recomendando-lhes obediência a seus senhores, bons ou maus: "Porque éreis como desgarradas ovelhas, mas agora retornastes ao Pastor e Guarda de vossas almas." 1 Pd 2,25
No mesmo sentido, conforme o Livro dos Salmos, Deus cuida dos espirituais anseios dos justos: "O Senhor ama aqueles que detestam o mal, vela pelas almas de Seus servos e livra-os das mãos dos ímpios." Sl 96,10
E, a bem da verdade, devemos estar atentos à suposta prosperidade de algumas pessoas, pois não é Deus que promove sucesso meramente material, nem corresponde às ambições dos ímpios. Assim foi o testemunho dado pelo cego de nascença curado por Jesus em Jerusalém: "Sabemos, porém, que Deus não ouve a pecadores, mas atende a quem Lhe presta culto e faz Sua vontade." Jo 9,31
Por isso, devemos conhecer a verdadeira Doutrina de Cristo, e assim nos afastar dos falsos mestres e dos amantes do dinheiro. Na Carta de São Paulo a São Tito, o Último Apóstolo prescreveu como devem portar-se nossos Sacerdotes: "Ao contrário, seja hospitaleiro, amigo do bem, prudente, justo, piedoso, continente, firmemente apegado à Doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a Sã Doutrina e rebater aqueles que a contradizem. Com efeito, há muitos insubmissos, charlatães e sedutores, principalmente entre os da circuncisão. É necessário tapar-lhes a boca, porque transtornam inteiras famílias ensinando o que não convém, e isso por vil espírito de lucro." Tt 1,8,11
A SANTIFICAÇÃO DA ALMA
Antiga revelação, como alertava um amigo no Livro de Jó, Deus sempre Se faz presente para salvar-nos primeiro a alma, e para tanto, ocasionalmente, também a vida terrena: "Pois Deus fala de uma maneira e de outra, e não prestas atenção. Por meio dos sonhos, de noturnas visões, quando um profundo sono pesa sobre os humanos, enquanto o homem está adormecido em seu leito, então abre seu ouvido e o assusta com Suas aparições, a fim de desviá-lo do pecado e preservá-lo do orgulho, para salvar-lhe a alma do fosso, e sua vida, da mortífera seta." Jo 33,14-18
De fato, bem antes de Jesus já éramos informados de que Deus nos afasta das verdadeiras tribulações: as espirituais. O que é muito pertinente, pois é em nossas almas que padecemos os maiores tormentos, como o salmista disse sobre reações diante de aparentes desastres naturais: "... suas almas definhavam em angústias." Sl 106,26
E falando pelo próprio Cristo, que Se dirigia ao Pai, bem como de Seu projeto, o salmista já garantia: "Por isso, Meu Coração alegra-se e Minha Alma exulta. Até Meu Corpo descansará seguro, porque Vós não abandonareis Minha Alma na habitação dos mortos, nem permitireis que Vosso Santo conheça a corrupção. Vós ensiná-Me-eis o Caminho da Vida, há abundância de alegria junto a Vós, e eternas delícias à Vossa direita." Sl 15,19-11
Assim, para os cristãos, os sofrimentos causados por mundanas forças não devem ser razão de grande tristeza. Ao contrário, devem ser motivo da verdadeira alegria, sinal de que estamos no caminho certo, como aconteceu com os líderes da Igreja ao cair nas mãos dos judeus de Jerusalém, pouco depois do Pentecostes: "Chamaram os Apóstolos e mandaram açoitá-los. Ordenaram-lhes, então, que não mais pregassem em Nome de Jesus, e soltaram-nos. Eles saíram da sala do Grande Conselho cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo Nome de Jesus." At 5,40-41
Por isso, São Pedro recomenda que confiantemente entreguemos nossas almas nas mãos de Deus: "Assim aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus, também encomendem suas almas ao Fiel Criador, praticando o bem." 1 Pd 4,19
Esse, de fato, é o Caminho da Salvação, pelo qual São Paulo, junto a todos Santos, foi ainda mais além: tal qual Jesus, entregou-se por completo em sacrifício pelas almas de seus semelhantes. Ele escreveu aos coríntios: "De mui boa vontade darei o que é meu, e dar-me-ei a mim mesmo por vossas almas, ainda que, mais amando-vos, seja menos amado por vós." 2 Cor 12,15
Ora, na Primeira Carta de São João, este Apóstolo também já havia chegado a essa conclusão, pois exortou: "Nisto temos conhecido o amor: Ele (Jesus) deu Sua vida por nós. Nós também devemos dar nossa vida pelos nossos irmãos." 1 Jo 3,16
É a mesma oferta de Deus Pai, como depreendemos da saudação da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: "Bendito seja Deus, o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das Misericórdias, Deus de toda consolação..." 2 Cor 1,3
E ainda segundo ele, Deus tem uma evidente preferência: "Deus, porém, que consola os humildes..." 2 Cor 7,6
Essa também é uma das principais funções de Sua Palavra. Diz o penúltimo capítulo da Carta de São Paulo aos Romanos: "... e pela consolação que dão as Escrituras, tenhamos esperança." Rm 15,4
Mas, claro, essa não é uma consolação qualquer. Ela prepara-nos para a eternidade, conforme a Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses: "Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, Nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação..." 2 Ts 2,16
Como prefigura do repouso em Cristo, a Terra Santa, prometida a Abraão, foi citada por Deus como 'Seu descanso' durante o Êxodo, quando Moisés guiava o povo pelo deserto. Os seguidores da tradição de São Paulo, na Carta aos Hebreus, argumentam recitando um cântico: "Porque somos incorporados a Cristo, mas sob a condição de, até o fim, firme conservarmos nossa fé dos primeiros dias, enquanto se nos diz: 'Hoje, se ouvirdes Sua voz, não endureçais vossos corações como aconteceu no tempo da revolta.' E quais foram os que se revoltaram contra o Senhor depois de terem ouvido Sua voz? E a quem jurou o Senhor que não entrariam em Seu descanso, senão a estes rebeldes?" Hb 3,14-16a.18
Esse repouso, portanto, é parte da Nova Aliança: "A Boa Nova foi trazida a nós como foi a eles. ... Deus, após muitos anos, por meio de Davi estabelece um novo dia, um hoje, ao pronunciar as mencionadas palavras: 'Hoje, se ouvirdes Sua voz, não endureçais vossos corações...' Por isso, resta um sabático repouso para o povo de Deus. E quem entrar nesse repouso descansará de suas obras, assim como Deus descansou das Suas. Apressemo-nos, pois, a entrar neste descanso para não cairmos, por nossa vez, na mesma incredulidade." Hb 4,1-2a.7.9-11
Ele foi previsto no Livro do Profeta Sofonias como dádiva à Igreja, àqueles que realmente abraçam o Salvador: "Aqueles que restarem de Israel, abster-se-ão do Mal e não proferirão a mentira. Em sua boca não mais se achará enganosa língua, porque serão apascentados e repousarão sem haver quem os inquiete." Sf 3,13
O Livro do Eclesiástico, dele falando, revelou um imponderado contraste: "Filho, realiza teus trabalhos com mansidão e serás mais amado que um generoso homem." Eclo 3,19
Jesus, no Sermão da Montanha, também expressou a benesse de quem cultua essa Graça: "Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a Terra!" Mt 5,5
Prometeu consolação: "Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!" Mt 5,4
E foi isso que Ele determinou a São Pedro, Seu Sumo Pontífice, confiando-lhe de cordeiros a ovelhas, isto é, de fiéis a Sacerdotes, todo Seu rebanho, em distintas designações: "Apascenta Meus cordeiros. Apascenta Minhas ovelhas." Jo 21,15b.17b
Para Sofonias, porém, apenas os humildes estariam à disposição do Pai. Ele aconselha-os: "Procurai Javé, todos pobres da Terra. Vós que obedeceis a Seus Mandamentos, procurai a justiça, procurai a pobreza. Talvez assim acheis refúgio no Dia da ira de Javé." Sf 2,3
Pois o Divino Espírito, que gera e instrui os filhos de Deus, não nos acoberta em qualquer situação, como o Livro da Sabedoria ensina: "... o Espírito Santo Educador das almas fugirá da perfídia, afastar-Se-á dos insensatos pensamentos, e a iniquidade que sobrevém repeli-Lo-á." Sb 1,5
Porque a verdade é que a vida está em nossas almas, não em nossa carne. Foi o que disse Jesus após oferecer Seu Corpo e Seu Sangue como alimento da Vida eterna: "O Espírito é que vivifica, a carne de nada serve." Jo 6,63
Assim foi que São Paulo atestou a ressurreição, por ele mesmo realizada, de um cristão de Trôade, que havia caído do terceiro andar durante sua pregação: "Paulo desceu, debruçou-se sobre ele, tomou-o nos braços e disse: 'Não vos perturbeis, porque sua alma está nele.'" At 20,10
Episódio, aliás, que bem lembra a ressurreição realizado pelo Profeta Elias, do filho da viúva de Sarepta de Sidon. Está no Primeiro Livro de Reis: "Estendeu-se, em seguida, sobre o menino por três vezes, de novo invocando o Senhor: 'Senhor, Meu Deus, rogo-vos que a alma deste menino volte a ele.' O Senhor ouviu a oração de Elias: a alma do menino voltou a ele, e ele recuperou a vida." 1 Rs 17,21-22
Jesus, pois, dava muito mais importância à existência além da carne. Ele instruiu os Apóstolos quando os convocou, preparando-os para verdadeiros martírios, como de fato viria a acontecer: "Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes temei Aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena." Mt 10,28
Sem dúvida, Deus é, antes de tudo, o Pai de nossas almas. Os seguidores de São Paulo disseram: "Aliás, na Terra temos nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com respeito. Com quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas, o Qual nos dará a Vida?" Hb 12,9
Assim foi que Nossa Senhora louvou a Deus no Magnificat: "E Maria disse: 'Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, Meu Salvador, porque olhou para Sua pobre serva. Por isto, desde agora, todas gerações, proclamá-me-ão bem-aventurada, porque em mim realizou maravilhas Aquele que é poderoso, e Cujo Nome é Santo.'" Lc 1,46-49
Na Carta de São Tiago, ademais, ao falar sobre Salvação, refere-se exclusivamente às almas: "Rejeitai, pois, toda impureza e todo vestígio de malícia, e recebei com mansidão a Palavra em vós semeada, que pode salvar vossas almas." Tg 1,21
O mesmo diz a Primeira Carta de São Pedro: "Este Jesus, vós amai-Lo sem O terdes visto. N'Ele credes ainda sem O verdes, e isto é para vós a fonte de uma inefável e gloriosa alegria, porque vós estais certos de obter, ao preço de vossa fé, a Salvação de vossas almas." 1 Pd 1,8-9
A Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, em extremo caso, chega a recomendar que se abandone um mau cristão ao poder do inimigo, e justamente em tentativa de salvar-lhe a alma: "... seja esse homem entregue a Satanás para mortificação de seu corpo, a fim de que sua alma seja salva no Dia do Senhor Jesus." 1 Cor 5,5
Com razão, Jesus é Nosso Pastor, mas prioritariamente Pastor das necessidades de nossas almas. É o que o Príncipe dos Apóstolos diz aos que viviam como criados, recomendando-lhes obediência a seus senhores, bons ou maus: "Porque éreis como desgarradas ovelhas, mas agora retornastes ao Pastor e Guarda de vossas almas." 1 Pd 2,25
No mesmo sentido, conforme o Livro dos Salmos, Deus cuida dos espirituais anseios dos justos: "O Senhor ama aqueles que detestam o mal, vela pelas almas de Seus servos e livra-os das mãos dos ímpios." Sl 96,10
E, a bem da verdade, devemos estar atentos à suposta prosperidade de algumas pessoas, pois não é Deus que promove sucesso meramente material, nem corresponde às ambições dos ímpios. Assim foi o testemunho dado pelo cego de nascença curado por Jesus em Jerusalém: "Sabemos, porém, que Deus não ouve a pecadores, mas atende a quem Lhe presta culto e faz Sua vontade." Jo 9,31
Por isso, devemos conhecer a verdadeira Doutrina de Cristo, e assim nos afastar dos falsos mestres e dos amantes do dinheiro. Na Carta de São Paulo a São Tito, o Último Apóstolo prescreveu como devem portar-se nossos Sacerdotes: "Ao contrário, seja hospitaleiro, amigo do bem, prudente, justo, piedoso, continente, firmemente apegado à Doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a Sã Doutrina e rebater aqueles que a contradizem. Com efeito, há muitos insubmissos, charlatães e sedutores, principalmente entre os da circuncisão. É necessário tapar-lhes a boca, porque transtornam inteiras famílias ensinando o que não convém, e isso por vil espírito de lucro." Tt 1,8,11
A SANTIFICAÇÃO DA ALMA
Antiga revelação, como alertava um amigo no Livro de Jó, Deus sempre Se faz presente para salvar-nos primeiro a alma, e para tanto, ocasionalmente, também a vida terrena: "Pois Deus fala de uma maneira e de outra, e não prestas atenção. Por meio dos sonhos, de noturnas visões, quando um profundo sono pesa sobre os humanos, enquanto o homem está adormecido em seu leito, então abre seu ouvido e o assusta com Suas aparições, a fim de desviá-lo do pecado e preservá-lo do orgulho, para salvar-lhe a alma do fosso, e sua vida, da mortífera seta." Jo 33,14-18
De fato, bem antes de Jesus já éramos informados de que Deus nos afasta das verdadeiras tribulações: as espirituais. O que é muito pertinente, pois é em nossas almas que padecemos os maiores tormentos, como o salmista disse sobre reações diante de aparentes desastres naturais: "... suas almas definhavam em angústias." Sl 106,26
E falando pelo próprio Cristo, que Se dirigia ao Pai, bem como de Seu projeto, o salmista já garantia: "Por isso, Meu Coração alegra-se e Minha Alma exulta. Até Meu Corpo descansará seguro, porque Vós não abandonareis Minha Alma na habitação dos mortos, nem permitireis que Vosso Santo conheça a corrupção. Vós ensiná-Me-eis o Caminho da Vida, há abundância de alegria junto a Vós, e eternas delícias à Vossa direita." Sl 15,19-11
Assim, para os cristãos, os sofrimentos causados por mundanas forças não devem ser razão de grande tristeza. Ao contrário, devem ser motivo da verdadeira alegria, sinal de que estamos no caminho certo, como aconteceu com os líderes da Igreja ao cair nas mãos dos judeus de Jerusalém, pouco depois do Pentecostes: "Chamaram os Apóstolos e mandaram açoitá-los. Ordenaram-lhes, então, que não mais pregassem em Nome de Jesus, e soltaram-nos. Eles saíram da sala do Grande Conselho cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo Nome de Jesus." At 5,40-41
Por isso, São Pedro recomenda que confiantemente entreguemos nossas almas nas mãos de Deus: "Assim aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus, também encomendem suas almas ao Fiel Criador, praticando o bem." 1 Pd 4,19
Esse, de fato, é o Caminho da Salvação, pelo qual São Paulo, junto a todos Santos, foi ainda mais além: tal qual Jesus, entregou-se por completo em sacrifício pelas almas de seus semelhantes. Ele escreveu aos coríntios: "De mui boa vontade darei o que é meu, e dar-me-ei a mim mesmo por vossas almas, ainda que, mais amando-vos, seja menos amado por vós." 2 Cor 12,15
Ora, na Primeira Carta de São João, este Apóstolo também já havia chegado a essa conclusão, pois exortou: "Nisto temos conhecido o amor: Ele (Jesus) deu Sua vida por nós. Nós também devemos dar nossa vida pelos nossos irmãos." 1 Jo 3,16
E aproximar-se de Deus é aproximar-se também das santas almas, que chegaram à perfeição. Os seguidores da tradição do Apóstolo dos Gentios ensinam: "Vós, ao contrário, aproximaste-vos da montanha de Sião, da cidade do Deus Vivo, da Jerusalém celestial, das miríades de anjos, da festiva assembleia dos primeiros inscritos no Livro dos Céus, e de Deus, Universal Juiz, e das almas dos justos que chegaram à perfeição, enfim, de Jesus, o Mediador da Nova Aliança, e do Sangue da aspersão, que com mais eloquência fala que o sangue de Abel." Hb 12, 22-24
Ora, as almas dos Santos já estão diante de Deus e a Ele intercedem por justiça, como o Amado Discípulo viu e anotou no Livro do Apocalipse: "Quando abriu o quinto selo, debaixo do altar vi as almas dos homens imolados por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam em alta voz, dizendo: 'Até quando Tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar nosso sangue contra os habitantes da Terra?'" Ap 6,9-10
Os Santos, portanto, já estão nos Céus, embora ainda não em corpo, e lá se assentam em tronos e recebem o poder de julgar, além de interceder por nós: "Também vi tronos, sobre os quais se assentaram aqueles que receberam o poder de julgar: eram as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus..." Ap 20,4
Poder que está em vigor já neste mundo, como Jesus mesmo prometeu, porque após o Juízo Final não haverá pagãs nações: "Então, ao vencedor, ao que praticar Minhas obras até o fim, dá-lhe-ei poder sobre as pagãs nações. Ele regê-las-á com cetro de ferro, como se quebra um vaso de argila..." Ap 2,26-27
Por tão grande responsabilidade, a Igreja e Seus Sacerdotes, além de nossa confiança, merecem nosso mais profundo respeito e gratidão. Seguem os seguidores de São Paulo: "Sede submissos e obedecei aos que vos guiam, pois eles velam por vossas almas e delas devem dar conta." Hb 13,17
Ora, na Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, ele mesmo já pedia: "Suplicamo-vos, irmãos, que reconheçais aqueles que arduamente trabalham entre vós para dirigir-vos no Senhor e admoestar-vos. Tende para com eles singular amor, em vista do cargo que exercem. Conservai a Paz entre vós." 1 Ts 5,12-13
Afirmativamente, os Sacerdotes são representantes de Deus, que d'Ele recebem e nos comunicam a Divina Sabedoria: "Ela derrama-se de geração em geração nas santas almas e forma os amigos e os intérpretes de Deus, porque Deus só ama quem vive com a Sabedoria!" Sb 7,27-28
Com efeito, após ungidos, os dons que eles recebem não podem ser maculados por suas condutas, e assim os Sacramentos que ministram são sempre válidos, como São Paulo afirma: "Pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis." Rm 11,29
O próprio Jesus garantiu aos Apóstolos, em diálogo após a Santa Ceia: "Não fostes vós que Me escolhestes, mas Eu escolhi-vos e constituí-vos para que vades e produzais fruto, e vosso fruto permaneça." Jo 15,16a
Com efeito, Deus já havia prometido ainda no Livro do Profeta Jeremias, dizendo de Suas ovelhas, de Seus Sacerdotes e de Cristo: "Escolherei para elas pastores que as apascentarão, de sorte que não tenham receios nem temores, e já nenhuma delas se extravie - Oráculo do Senhor. Dias virão - Oráculo do Senhor - em que farei brotar de Davi um Justo Rebento, que será Rei e governará com Sabedoria e exercerá na Terra o direito e a equidade." Jr 23,4-5
Ora, as almas dos Santos já estão diante de Deus e a Ele intercedem por justiça, como o Amado Discípulo viu e anotou no Livro do Apocalipse: "Quando abriu o quinto selo, debaixo do altar vi as almas dos homens imolados por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam em alta voz, dizendo: 'Até quando Tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar nosso sangue contra os habitantes da Terra?'" Ap 6,9-10
Os Santos, portanto, já estão nos Céus, embora ainda não em corpo, e lá se assentam em tronos e recebem o poder de julgar, além de interceder por nós: "Também vi tronos, sobre os quais se assentaram aqueles que receberam o poder de julgar: eram as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus..." Ap 20,4
Poder que está em vigor já neste mundo, como Jesus mesmo prometeu, porque após o Juízo Final não haverá pagãs nações: "Então, ao vencedor, ao que praticar Minhas obras até o fim, dá-lhe-ei poder sobre as pagãs nações. Ele regê-las-á com cetro de ferro, como se quebra um vaso de argila..." Ap 2,26-27
Por tão grande responsabilidade, a Igreja e Seus Sacerdotes, além de nossa confiança, merecem nosso mais profundo respeito e gratidão. Seguem os seguidores de São Paulo: "Sede submissos e obedecei aos que vos guiam, pois eles velam por vossas almas e delas devem dar conta." Hb 13,17
Ora, na Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, ele mesmo já pedia: "Suplicamo-vos, irmãos, que reconheçais aqueles que arduamente trabalham entre vós para dirigir-vos no Senhor e admoestar-vos. Tende para com eles singular amor, em vista do cargo que exercem. Conservai a Paz entre vós." 1 Ts 5,12-13
Afirmativamente, os Sacerdotes são representantes de Deus, que d'Ele recebem e nos comunicam a Divina Sabedoria: "Ela derrama-se de geração em geração nas santas almas e forma os amigos e os intérpretes de Deus, porque Deus só ama quem vive com a Sabedoria!" Sb 7,27-28
Com efeito, após ungidos, os dons que eles recebem não podem ser maculados por suas condutas, e assim os Sacramentos que ministram são sempre válidos, como São Paulo afirma: "Pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis." Rm 11,29
O próprio Jesus garantiu aos Apóstolos, em diálogo após a Santa Ceia: "Não fostes vós que Me escolhestes, mas Eu escolhi-vos e constituí-vos para que vades e produzais fruto, e vosso fruto permaneça." Jo 15,16a
Com efeito, Deus já havia prometido ainda no Livro do Profeta Jeremias, dizendo de Suas ovelhas, de Seus Sacerdotes e de Cristo: "Escolherei para elas pastores que as apascentarão, de sorte que não tenham receios nem temores, e já nenhuma delas se extravie - Oráculo do Senhor. Dias virão - Oráculo do Senhor - em que farei brotar de Davi um Justo Rebento, que será Rei e governará com Sabedoria e exercerá na Terra o direito e a equidade." Jr 23,4-5
Por isso, São Paulo até questiona, escrevendo aos romanos: "Quem poderia acusar os escolhidos de Deus? É Deus Quem os justifica." Rm 8,33
Devemos, portanto, receber da Igreja o Evangelho de Deus e confiar. E por mais difícil que seja de entender, em hipótese alguma podemos entregar-nos ao pecado: "Em Verdade, grandes e impenetráveis são Vossos juízos, Senhor! Por isso, grosseiras almas caíram no erro." Sb 17,1
Jamais podemos perder-nos pelos caminhos dos insensatos: "... eles desconhecem os segredos de Deus, não esperam que a santidade seja recompensada, e não acreditam na glorificação das puras almas." Sb 2,22
Porque é exatamente isso que pedimos no Pai Nosso: "... e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal." Mt 6,13
Perfeitamente ciente do perigo, na Carta de São Paulo aos Gálatas, ele deixou-nos essa advertência: "Irmãos, se alguém for surpreendido numa falta, vós, que sois animados pelo Espírito, admoestai-o em espírito de mansidão. E tem cuidado de ti mesmo, para que também não caias em tentação!" Gl 6,1
Devemos buscar, pelas virtudes que nos concede o Espírito de Deus, a Divina Luz. Pois, segundo o Eclesiástico é "... essa Sabedoria, impenetrável às fracas almas." Eclo 24,38
Porque muitos que se encontram ao sabor das incertezas, como consta na Segunda Carta de São Pedro, e acabam sendo arrastados por más companhias dentro da própria Igreja: "Mas estes, quais brutos pela lei natural destinados a presa e à perdição, injuriam o que ignoram, e assim da mesma forma perecerão. Este será o salário de sua iniquidade. Encontram suas delícias em entregar-se em pleno dia às suas libertinagens. Pervertidos e imundos homens, sentem prazer em enganar enquanto se banqueteiam convosco. Têm os olhos cheios de adultério e são insaciáveis no pecar. Seduzem por seus atrativos as inconstantes almas, têm o coração acostumado à cobiça, são filhos da maldição..." 2 Pd 2,14
São Paulo também alerta: "Não vos deixeis enganar: más companhias corrompem bons costumes. Despertai como convém, e não pequeis! Porque alguns vivem na total ignorância de Deus. Para vossa vergonha, digo-o." 1 Cor 15,33-34
E na Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo, ele expressamente recomenda-lhe buscar os que frequentam nossa Santa Missa: "Foge das paixões da mocidade, busca com empenho a justiça, a fé, a caridade, a Paz, em companhia daqueles que invocam o Senhor com pureza de coração." 2 Tm 2,22
Para com aqueles que estão fora da Igreja, ele aconselha: "Rejeita as tolas e absurdas discussões, visto que geram contendas. Não convém a um servo do Senhor altercar. Bem ao contrário, seja ele condescendente com todos, capaz de ensinar, paciente em suportar os males. É com brandura que deve corrigir os adversários, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento e o conhecimento da Verdade, e voltem a si, uma vez livres dos laços do Demônio, que os mantém cativos e submetidos a seus caprichos." 2 Tm 2,23-26
Se olharmos para o mundo com Sabedoria, portanto, invariavelmente vamos concluir o mesmo que o sagrado autor: "Tudo está em completa confusão: sangue, homicídio, furto, fraude, corrupção, deslealdade, revolta, perjúrio, perseguição dos bons, esquecimento dos benefícios, contaminação das almas, perversão dos sexos, instabilidade das uniões, adultérios e impudicícias..." Sb 14,25-26
E são estes pecados que arrastam a alma para o inferno, conforme o Eclesiástico: "Foge do pecado como se foge de uma serpente, porque, se dela te aproximares, ela mordê-te-á. Seus dentes são dentes de leão, que matam as almas dos homens." Eclo 21,2-3
O Juízo Final, pois, será o dia da Verdade para as almas. Com efeito, como justo pagamento, cada um receberá "... seu fruto, no Dia da retribuição das almas." Sb 3,13
"Salvador do mundo, salvai-nos. Vós que nos libertastes pela Cruz e Ressurreição!"
Devemos, portanto, receber da Igreja o Evangelho de Deus e confiar. E por mais difícil que seja de entender, em hipótese alguma podemos entregar-nos ao pecado: "Em Verdade, grandes e impenetráveis são Vossos juízos, Senhor! Por isso, grosseiras almas caíram no erro." Sb 17,1
Jamais podemos perder-nos pelos caminhos dos insensatos: "... eles desconhecem os segredos de Deus, não esperam que a santidade seja recompensada, e não acreditam na glorificação das puras almas." Sb 2,22
Porque é exatamente isso que pedimos no Pai Nosso: "... e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal." Mt 6,13
Perfeitamente ciente do perigo, na Carta de São Paulo aos Gálatas, ele deixou-nos essa advertência: "Irmãos, se alguém for surpreendido numa falta, vós, que sois animados pelo Espírito, admoestai-o em espírito de mansidão. E tem cuidado de ti mesmo, para que também não caias em tentação!" Gl 6,1
Devemos buscar, pelas virtudes que nos concede o Espírito de Deus, a Divina Luz. Pois, segundo o Eclesiástico é "... essa Sabedoria, impenetrável às fracas almas." Eclo 24,38
Porque muitos que se encontram ao sabor das incertezas, como consta na Segunda Carta de São Pedro, e acabam sendo arrastados por más companhias dentro da própria Igreja: "Mas estes, quais brutos pela lei natural destinados a presa e à perdição, injuriam o que ignoram, e assim da mesma forma perecerão. Este será o salário de sua iniquidade. Encontram suas delícias em entregar-se em pleno dia às suas libertinagens. Pervertidos e imundos homens, sentem prazer em enganar enquanto se banqueteiam convosco. Têm os olhos cheios de adultério e são insaciáveis no pecar. Seduzem por seus atrativos as inconstantes almas, têm o coração acostumado à cobiça, são filhos da maldição..." 2 Pd 2,14
São Paulo também alerta: "Não vos deixeis enganar: más companhias corrompem bons costumes. Despertai como convém, e não pequeis! Porque alguns vivem na total ignorância de Deus. Para vossa vergonha, digo-o." 1 Cor 15,33-34
E na Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo, ele expressamente recomenda-lhe buscar os que frequentam nossa Santa Missa: "Foge das paixões da mocidade, busca com empenho a justiça, a fé, a caridade, a Paz, em companhia daqueles que invocam o Senhor com pureza de coração." 2 Tm 2,22
Para com aqueles que estão fora da Igreja, ele aconselha: "Rejeita as tolas e absurdas discussões, visto que geram contendas. Não convém a um servo do Senhor altercar. Bem ao contrário, seja ele condescendente com todos, capaz de ensinar, paciente em suportar os males. É com brandura que deve corrigir os adversários, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento e o conhecimento da Verdade, e voltem a si, uma vez livres dos laços do Demônio, que os mantém cativos e submetidos a seus caprichos." 2 Tm 2,23-26
Se olharmos para o mundo com Sabedoria, portanto, invariavelmente vamos concluir o mesmo que o sagrado autor: "Tudo está em completa confusão: sangue, homicídio, furto, fraude, corrupção, deslealdade, revolta, perjúrio, perseguição dos bons, esquecimento dos benefícios, contaminação das almas, perversão dos sexos, instabilidade das uniões, adultérios e impudicícias..." Sb 14,25-26
E são estes pecados que arrastam a alma para o inferno, conforme o Eclesiástico: "Foge do pecado como se foge de uma serpente, porque, se dela te aproximares, ela mordê-te-á. Seus dentes são dentes de leão, que matam as almas dos homens." Eclo 21,2-3
O Juízo Final, pois, será o dia da Verdade para as almas. Com efeito, como justo pagamento, cada um receberá "... seu fruto, no Dia da retribuição das almas." Sb 3,13
"Salvador do mundo, salvai-nos. Vós que nos libertastes pela Cruz e Ressurreição!"