Como parece bastante óbvio, não se pode chegar aos Céus sem uma completa purificação da alma. Foi o que apontaram os seguidores de São Paulo, ao falar do necessário processo de santificação na Carta aos Hebreus: "Procurai a Paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor." Hb 12,14
De fato, isso já era da cogitação do Livro dos Salmos: "Quem será digno de subir ao monte do Senhor? Ou de permanecer em Seu santo lugar? Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, cujo espírito não busca as vaidades nem perjura para enganar seu próximo. Este terá a bênção do Senhor, e a recompensa de Deus, Seu Salvador. Tal é a geração dos que O procuram, dos que buscam a face do Deus de Jacó." Sl 23,3-6
Por isso, ele só detectava a verdadeira felicidade na efetiva ação da Divina Misericórdia, que via de regra se dá mediante o arrependimento: "Feliz aquele cuja iniquidade foi perdoada, cujo pecado foi absolvido." Sl 31,1
Na Segunda Carta de São Pedro também se fala de como podemos participar das coisas de Deus, dentre elas certamente os Céus: "... a fim de tornar-vos, por este meio, participantes da natureza divina, subtraindo-vos à corrupção que a concupiscência gerou no mundo." 2 Pd 1,4b
Pois, na Primeira Carta de São Pedro, ele já havia afirmado que no Reino de Deus não há lugar para impureza alguma, porque em Cristo renascemos "... para uma incorruptível, incontaminável e imarcescível herança, reservada para vós nos Céus..." 1 Pd 1,4
E essa deve ser nossa condição já aqui na Terra, quando bem participamos das coisas da Igreja, como do Santíssimo Sacramento. Dizem aqueles da tradição de São Paulo: "E dado que temos um Sumo-Sacerdote estabelecido sobre a Casa de Deus, acheguemos-nos a Ele com sincero coração, com plena firmeza da fé, o mais íntimo da alma isento de toda mácula de pecados, e o corpo lavado com a Purificadora Água do Batismo." Hb 10,21-22
Sem dúvida, todos nós devemos preservar e espelhar essa pureza, pois "... Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela Água do Batismo com a Palavra, para a Si mesmo apresentá-la toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito, mas santa e irrepreensível." Ef 5,25b-27
Isso significa estar em perfeita Comunhão com os valores pregados por Jesus, pois só por Ele chegamos a Deus. Não por acaso, Ele peremptoriamente firmou após a Santa Ceia, como lemos no Evangelho segundo São João: "Ninguém vem ao Pai senão por Mim." Jo 14,6b
Embora nesta passagem mencionando apenas o valor da fé, porque ninguém pode revogar os Sacramentos instituídos pelo próprio Jesus, a Carta de São Paulo ao Efésios diz da importância de Seus divinos ensinamentos para termos acesso ao Pai: "Em Cristo, pela fé que n'Ele temos, conseguimos plena liberdade de aproximarmo-nos confiantemente de Deus." Ef 3,12
Pois, por certo, logo após a morte se segue o Juízo Particular: "Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o Juízo..." Hb 9,27
E conforme a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, aqueles que, mesmo tendo edificado suas vidas em Cristo, não alcançarem a imediata Redenção, serão purificados por um fogo devorador: "Agora, se alguém edifica sobre este fundamento (Cristo), com ouro, ou com prata, ou com preciosas pedras, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá. O Dia do Juízo demonstrá-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém de alguma maneira passando através do fogo." 1 Cor 3,12-16
São Pedro também sustenta que nossa obra passa por uma prova, e compara-a ao fogo: "É isto que constitui vossa alegria, apesar das passageiras aflições que por diversas provações ainda vos são causadas, para que a prova a que é submetida vossa fé (mais preciosa que o perecível ouro, o qual, entretanto, não deixamos de provar ao fogo) redunde para vosso louvor, para vossa honra e para vossa glória, quando Jesus Cristo Se manifestar." 1 Pd 1,6-7
Ora, ao falar do imorredouro 'verme' do pecado, Jesus mesmo havia dito do processo da Salvação, aqui na Terra ou no Purgatório. O Evangelho segundo São Marcos diz: "Porque todo homem será salgado pelo fogo." Mc 9,46
Com efeito, tal fogo já está em ação nesse mundo, para com aqueles que confessam e buscam a completa purificação de suas faltas. Assim se vê no Livro do Profeta Isaías: "'Ai de mim', gritava eu. 'Estou perdido porque sou um homem de impuros lábios, e habito com um povo também de impuros lábios, entretanto meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!' Porém, um dos serafins voou em minha direção, na mão trazendo uma brasa viva que com uma tenaz tinha tomado do Altar. Aplicou-a na minha boca e disse: 'Tendo esta brasa tocado teus lábios, teu pecado foi tirado, e tua falta, apagada.'" Is 6,5-7
E o mesmo dar-se-á com os sobreviventes da Grande Tribulação, como o Senhor disse no Livro do Profeta Zacarias: "'Espada, levanta-te contra Meu Pastor, contra Meu Companheiro, Oráculo do Senhor dos Exércitos. Fere o Pastor, que as ovelhas sejam dispersas. Voltarei Minha mão até mesmo contra os pequenos. Em toda Terra, Oráculo do Senhor, dois terços dos habitantes serão exterminados e um terço subsistirá. Mas este terço farei passar pelo fogo. Purificá-lo-ei como se purifica a prata, prová-lo-ei como se prova o ouro. Então ele invocará Meu Nome, Eu ouvi-lo-ei e direi: 'Este é Meu povo'; e ele responderá: 'O Senhor é Meu Deus.'" Zc 13,7-9
O Livro do Profeta Malaquias diz da mesma sequência de acontecimentos, quando se referiu à purificação feita por Jesus, através de Sua Palavra, para fundar Seu Reino de Sacerdotes: "Porque Ele é como o fogo do fundidor, como a lixívia dos lavadeiros. Sentar-Se-á para fundir e purificar a prata. Purificará os filhos de Levi e refiná-los-á, como se refinam o ouro e a prata. Então eles serão para o Senhor aqueles que apresentarão as ofertas como convêm." Ml 3,2b-3
O salmista, enfim, também falou em fogo ao referir-se ao Dia em que Deus Se pronunciará a respeito de nossos pecados: "... Nosso Deus vem vindo e não Se calará. Um abrasador fogo precede-O... Do alto Ele convoca os Céus e a Terra para julgar Seu povo: 'Escutai, ó Meu povo, que Eu vou falar. Israel, vou testemunhar contra ti. Deus, Teu Deus, sou Eu. Por que recitas Meus Mandamentos e tens na boca as palavras da Minha Aliança? Tu que aborreces Meus ensinamentos e rejeitas Minhas palavras?'" Sl 49,3a.4.7.16b-17
Mas há muito, desde o Livro do Deuteronômio, temos outra sentença de Deus, pronunciada depois do anúncio da Vinda do Cristo, que indica até onde vai Seu fogo purificador. Eis o Purgatório: "O fogo de Minha ira está a arder, e vai queimar até à mansão dos mortos..." Dt 32,22
Purificação essa que também se vislumbrava no Livro da Sabedoria: "Mas as almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará. Aparentemente estão mortos, aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça e sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na Paz! Se aos olhos dos homens suportaram uma correção, a esperança deles era portadora de imortalidade, e por terem sofrido um pouco, receberão grandes bens, porque Deus, que os provou, os achou dignos de Si. Ele provou-os como ouro na fornalha, e acolheu-os como holocausto." Sb 3,1-6
E a Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios fez várias menções ao Purgatório, claramente percebidas nas entrelinhas. Nesta, por exemplo, ele fala da Comunhão dos Santos, que inclui as almas que lá estão em penitência. De fato, quem já está no Céu não mais precisa de empenhar-se, e quem foi para o inferno já está condenado: "Por isso, também nos empenhamos em ser agradáveis a Ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado esta morada." 2 Cor 5,9
A Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses fez outra menção usando o termo 'sono', ao ainda mais explicitamente falar dessa Comunhão: "Ele morreu por nós, a fim de que nós, quer em estado de vigília, quer de sono, vivamos em união com Ele." 1 Ts 5,10
Ele dava essa simples porém sensata explicação: "Se nos examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, sendo julgados pelo Senhor, Ele castiga-nos para não sermos condenados com o mundo." 1 Cor 11,31-32
Afirmativamente, havia quase um século que o Purgatório era uma cogitação teológica recorrente entre o povo judeu, como vemos no Segundo Livro dos Macabeus, que data de quase dois séculos antes de Cristo. Diz de Judas Macabeus, o líder judeu que pôs fim a dominação dos gregos em Israel: "Mas se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que piedosamente morrem, esse era um bom e religioso pensamento. Eis porque ele pediu um expiatório sacrifício: para que os mortos fossem livres de suas faltas." 2 Mc 12,45-46
E o mesmo dar-se-á com os sobreviventes da Grande Tribulação, como o Senhor disse no Livro do Profeta Zacarias: "'Espada, levanta-te contra Meu Pastor, contra Meu Companheiro, Oráculo do Senhor dos Exércitos. Fere o Pastor, que as ovelhas sejam dispersas. Voltarei Minha mão até mesmo contra os pequenos. Em toda Terra, Oráculo do Senhor, dois terços dos habitantes serão exterminados e um terço subsistirá. Mas este terço farei passar pelo fogo. Purificá-lo-ei como se purifica a prata, prová-lo-ei como se prova o ouro. Então ele invocará Meu Nome, Eu ouvi-lo-ei e direi: 'Este é Meu povo'; e ele responderá: 'O Senhor é Meu Deus.'" Zc 13,7-9
O Livro do Profeta Malaquias diz da mesma sequência de acontecimentos, quando se referiu à purificação feita por Jesus, através de Sua Palavra, para fundar Seu Reino de Sacerdotes: "Porque Ele é como o fogo do fundidor, como a lixívia dos lavadeiros. Sentar-Se-á para fundir e purificar a prata. Purificará os filhos de Levi e refiná-los-á, como se refinam o ouro e a prata. Então eles serão para o Senhor aqueles que apresentarão as ofertas como convêm." Ml 3,2b-3
O salmista, enfim, também falou em fogo ao referir-se ao Dia em que Deus Se pronunciará a respeito de nossos pecados: "... Nosso Deus vem vindo e não Se calará. Um abrasador fogo precede-O... Do alto Ele convoca os Céus e a Terra para julgar Seu povo: 'Escutai, ó Meu povo, que Eu vou falar. Israel, vou testemunhar contra ti. Deus, Teu Deus, sou Eu. Por que recitas Meus Mandamentos e tens na boca as palavras da Minha Aliança? Tu que aborreces Meus ensinamentos e rejeitas Minhas palavras?'" Sl 49,3a.4.7.16b-17
Mas há muito, desde o Livro do Deuteronômio, temos outra sentença de Deus, pronunciada depois do anúncio da Vinda do Cristo, que indica até onde vai Seu fogo purificador. Eis o Purgatório: "O fogo de Minha ira está a arder, e vai queimar até à mansão dos mortos..." Dt 32,22
Purificação essa que também se vislumbrava no Livro da Sabedoria: "Mas as almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará. Aparentemente estão mortos, aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça e sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na Paz! Se aos olhos dos homens suportaram uma correção, a esperança deles era portadora de imortalidade, e por terem sofrido um pouco, receberão grandes bens, porque Deus, que os provou, os achou dignos de Si. Ele provou-os como ouro na fornalha, e acolheu-os como holocausto." Sb 3,1-6
E a Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios fez várias menções ao Purgatório, claramente percebidas nas entrelinhas. Nesta, por exemplo, ele fala da Comunhão dos Santos, que inclui as almas que lá estão em penitência. De fato, quem já está no Céu não mais precisa de empenhar-se, e quem foi para o inferno já está condenado: "Por isso, também nos empenhamos em ser agradáveis a Ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado esta morada." 2 Cor 5,9
A Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses fez outra menção usando o termo 'sono', ao ainda mais explicitamente falar dessa Comunhão: "Ele morreu por nós, a fim de que nós, quer em estado de vigília, quer de sono, vivamos em união com Ele." 1 Ts 5,10
Ele dava essa simples porém sensata explicação: "Se nos examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, sendo julgados pelo Senhor, Ele castiga-nos para não sermos condenados com o mundo." 1 Cor 11,31-32
Afirmativamente, havia quase um século que o Purgatório era uma cogitação teológica recorrente entre o povo judeu, como vemos no Segundo Livro dos Macabeus, que data de quase dois séculos antes de Cristo. Diz de Judas Macabeus, o líder judeu que pôs fim a dominação dos gregos em Israel: "Mas se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que piedosamente morrem, esse era um bom e religioso pensamento. Eis porque ele pediu um expiatório sacrifício: para que os mortos fossem livres de suas faltas." 2 Mc 12,45-46
E embora ao tempo de Rute, uma estrangeira que se converteu ao Deus de Israel, ainda não houvesse uma mais evidente noção, a ideia da Misericórdia de Deus também para com os que já estavam mortos não era estranha. Repete-se o argumento: se houvesse apenas Céu e inferno como destinos após a morte, Deus não teria porque Se compadecer dos mortos, pois, depois de julgados, ou eles já estariam totalmente salvos ou condenados para sempre. Mas está no Livro de Rute: "Noemi disse à nora (Rute): 'Que ele (Booz) seja abençoado por Javé, que não deixa de ter Misericórdia dos vivos e dos mortos.'" Rt 2,20
O renomado Profeta Isaías, mais especificamente, fala de uma temporária prisão: "Nesse Dia, Javé julgará no Céu o Exército do Céu, e na Terra, os reis da Terra. Eles serão reunidos como presos destinados à cova, serão encerrados na prisão, e só depois de muito tempo é que serão chamados às contas." Is 24,21-22
Também falando sobre os mortos, e claramente não Se referia às almas dos Santos, pois logo após Sua Ressurreição estariam com Ele no Céu, o próprio Jesus afirmou: "Eu sou a Ressurreição e a Vida. Aquele que crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá." Jo 11,25
E igualmente falou sobre Juízo Particular, que, como visto, se segue logo após a morte carnal, chamada de 'primeira morte' por São João Evangelista no Livro do Apocalipse. A prisão que sucede a esse Juízo não pode ser o inferno, pois fala de uma detenção que não é definitiva, do contrário não haveria como sair dela. Essa prisão é o Purgatório, onde se paga tudo que se deve. Nosso Senhor recomendou no Sermão da Montanha, quando, mais que 'não matarás (cf. Ex 20,13)', pedia isenção de toda má palavra contra os irmãos e iniciativa nas reconciliações. Está no Evangelho segundo São Mateus: "Sem demora, entra em acordo com teu adversário, enquanto com ele estás a caminho, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz entregue-te a seu ministro e sejas posto em prisão. Em Verdade, digo-te: dali não sairás antes de pagares o último centavo." Mt 5,25-26
Também falando sobre os mortos, e claramente não Se referia às almas dos Santos, pois logo após Sua Ressurreição estariam com Ele no Céu, o próprio Jesus afirmou: "Eu sou a Ressurreição e a Vida. Aquele que crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá." Jo 11,25
E igualmente falou sobre Juízo Particular, que, como visto, se segue logo após a morte carnal, chamada de 'primeira morte' por São João Evangelista no Livro do Apocalipse. A prisão que sucede a esse Juízo não pode ser o inferno, pois fala de uma detenção que não é definitiva, do contrário não haveria como sair dela. Essa prisão é o Purgatório, onde se paga tudo que se deve. Nosso Senhor recomendou no Sermão da Montanha, quando, mais que 'não matarás (cf. Ex 20,13)', pedia isenção de toda má palavra contra os irmãos e iniciativa nas reconciliações. Está no Evangelho segundo São Mateus: "Sem demora, entra em acordo com teu adversário, enquanto com ele estás a caminho, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz entregue-te a seu ministro e sejas posto em prisão. Em Verdade, digo-te: dali não sairás antes de pagares o último centavo." Mt 5,25-26
Aliás, ao falar sobre a obrigação que temos de perdoar quem nos ofende, Ele repetiu-Se ao falar sobre a necessidade de quitar 'toda dívida'. É a parábola do insensato devedor: "O Senhor então o chamou e lhe disse: 'Mau servo, eu perdoei-te toda dívida porque Me suplicaste. Não devias tu também te compadecer de teu companheiro de serviço, como Eu tive piedade de ti?' E o Senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda sua dívida. Assim vos tratará Meu Pai Celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração." Mt 18,34-35
E deixa igualmente claro que haverá duas possibilidades de perdão, em diferentes tempos. Ele referia-Se ao Juízo Particular e ao Juízo Final, afirmando que certos pecados, sem o necessário arrependimento, não terão perdão automático pela Divina Misericórdia: "Todo aquele que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste nem no vindouro século." Mt 12,32
E deixa igualmente claro que haverá duas possibilidades de perdão, em diferentes tempos. Ele referia-Se ao Juízo Particular e ao Juízo Final, afirmando que certos pecados, sem o necessário arrependimento, não terão perdão automático pela Divina Misericórdia: "Todo aquele que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste nem no vindouro século." Mt 12,32
Ora, Nosso Salvador especificamente fala em maiores e menores punições. E por repetida conclusão, estas só podem acontecer no Purgatório, pois no Céu não haverá nenhuma punição, e, no inferno, a punição será total, sem meio termo. No Purgatório, sim, conforme a gravidade dos pecados haverá as correspondentes e expiatórias punições, ou seja, as intermediárias punições: "Aquele servo que conheceu a vontade de Seu Senhor, mas não se preparou e não agiu conforme Sua vontade, será açoitado muitas vezes. Todavia, aquele que não a conheceu e tiver feito coisas dignas de chicotadas, será açoitado poucas vezes. Àquele a quem muito se deu, muito será pedido, e a quem muito se houver confiado, mais será reclamado." Lc 12,47-48
Tal dosagem de punição também pode ser observada nas sentenças de Jesus relativas às cidades onde realizou milagres, assim como a definitiva condenação de Cafarnaum, que pouco depois se cumpriu: "Depois Jesus começou a censurar as cidades, onde tinha feito grande número de Seus milagres, por terem recusado a arrepender-se: 'Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidônia tivessem sido feitos os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas ter-se-iam arrependido sob o cilício e a cinza. Por isso, digo-vos: no Dia do Juízo haverá menor rigor para Tiro e para Sidônia que para vós! E tu, Cafarnaum, serás elevada até o Céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro de teus muros, subsistiria até este dia. Por isso, digo-te: no Dia do Juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti!'" Mt 11,20-24
Tal dosagem de punição também pode ser observada nas sentenças de Jesus relativas às cidades onde realizou milagres, assim como a definitiva condenação de Cafarnaum, que pouco depois se cumpriu: "Depois Jesus começou a censurar as cidades, onde tinha feito grande número de Seus milagres, por terem recusado a arrepender-se: 'Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidônia tivessem sido feitos os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas ter-se-iam arrependido sob o cilício e a cinza. Por isso, digo-vos: no Dia do Juízo haverá menor rigor para Tiro e para Sidônia que para vós! E tu, Cafarnaum, serás elevada até o Céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro de teus muros, subsistiria até este dia. Por isso, digo-te: no Dia do Juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti!'" Mt 11,20-24
De fato, Jesus deixou evidente que algumas punições seriam bem maiores, como asseverou em uma das sete maldições contra os falsos religiosos, na versão de São Mateus: "Ai de vós, hipócritas escribas e fariseus! Devorais as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso, sereis castigados com muito maior rigor." Mt 23,14
Afirmação que por Ele foi repetida, agora apenas contra os escribas, no Evangelho segundo São Lucas: "Eles receberão mais rigoroso castigo." Lc 20,47b
Não por acaso, São Tiago Menor, em espírito de verdadeira piedade e penitência, dava um sério conselho aos que se pretendem conhecedores da Palavra, admitindo: "Meus irmãos, entre vós não haja muitos a arvorar-se em mestres. Sabeis que seremos mais severamente julgados, porque todos nós caímos em muitos pontos." Tg 3,1-2a
Afirmação que por Ele foi repetida, agora apenas contra os escribas, no Evangelho segundo São Lucas: "Eles receberão mais rigoroso castigo." Lc 20,47b
Não por acaso, São Tiago Menor, em espírito de verdadeira piedade e penitência, dava um sério conselho aos que se pretendem conhecedores da Palavra, admitindo: "Meus irmãos, entre vós não haja muitos a arvorar-se em mestres. Sabeis que seremos mais severamente julgados, porque todos nós caímos em muitos pontos." Tg 3,1-2a
Assim como será com os apóstatas, segundo os seguidores de São Paulo: "Quanto pior castigo julgais que merece quem calcar aos pés o Filho de Deus, profanar o Sangue da Aliança, em que foi santificado, e ultrajar o Espírito Santo, Autor da Graça!" Hb 10,29
Sem dúvida, um xingamento jamais poderia ser razão para a condenação eterna, mas sim, caso não haja o devido arrependimento, para o Purgatório. Contudo, Jesus indicava que o fogo de lá é o mesmo do inferno: "Mas Eu digo-vos: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: 'Idiota', será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: 'Louco', será condenado ao fogo da geena." Mt 5,22
Isso esclarece porque uns entrarão nos Céus antes de outros, a despeito da data de suas mortes. Lembrando aqueles que se arrependeram diante da manifestação de São João Batista, Jesus disse aos chefes dos sacerdotes e anciãos do povo: "Em Verdade, digo-vos: os cobradores de impostos e as prostitutas precedem-vos no Reino de Deus!" Mt 21,31
Também explica a diferença entre os Santos, que já ressuscitaram e estão reinando com Ele (Ap 20,4), ou seja, que participam da Primeira Ressurreição, e os que ainda estão purificando-se. O termo 'mil anos', empregado pelo Amado Discípulo, significa um perfeito, completo período, o tempo para a total purificação da alma: "Os outros mortos não tornaram à vida até que se completassem os mil anos. Esta é a Primeira Ressurreição. Feliz e Santo é aquele que toma parte na Primeira Ressurreição!" Ap 20,5-6a
Sim, os Santos são os vencedores, já não estão expostos à segunda morte, que dizer, ao inferno. Jesus, recomendando a todos cristãos que não deixem de ouvir suas dioceses, ditou a São João Evangelista: "Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: 'O vencedor não sofrerá dano algum da segunda morte.'" Ap 2,11
E se os Santos já chegaram ao Céu, isto é, suas almas, e as dos condenados no Juízo Particular seguem direto para o inferno, por que Jesus haveria de resgatar alguém da 'região dos mortos' senão após alguma purificação? "Pois estive morto, e eis-Me de novo, vivo pelos séculos dos séculos. Tenho as chaves da morte e da região dos mortos." Ap 1,18
Assim, após a passagem de Jesus entre nós, entre as almas dos 'mortos' há duas condições: os que já foram condenados ao inferno e os que ainda não passaram pela Primeira Ressurreição, pois os 'vivos' já chegaram à Gloria dos Céus. E, desta forma, por que Jesus haveria de ser Senhor dos condenados? Seus 'mortos' são os que estão no Purgatório, como a Carta de São Paulo aos Romanos diz: "Para isso é que Cristo morreu e retomou a Vida, para ser o Senhor tanto dos mortos como dos vivos." Rm 14,9
E também fica claro porque, mesmo após a passagem por esse mundo, alguns, para avançar na purificação, embora com a saída já garantida, ainda terão que andar nas 'trevas'. São palavras de Nosso Senhor, que disse em Jerusalém a poucos dias de Sua Paixão: "Ainda por pouco tempo a Luz estará em vosso meio. Andai enquanto tendes a Luz, para que as trevas não vos surpreendam. Quem caminha nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a Luz, crede na Luz, e assim vos tornareis filhos da Luz. Eu vim como Luz ao mundo. Assim, todo aquele que crer em Mim não ficará nas trevas." Jo 12,35-36.46
Noutra passagem, quando voltou a Betânia para ressuscitar São Lázaro mesmo sendo ameaçado de morte pelos judeus, Ele havia feito menção à oportunidade que representa a vida terrena, ou seja, esse período de Luz de que dispomos, assim como indicou o sofrimento que será andar nas trevas: "Não são doze as horas do dia? Quem caminha de dia não tropeça, porque vê a Luz deste mundo. Mas quem anda de noite tropeça, porque lhe falta a Luz." Jo 11,9-10
Com efeito, como São João Batista anunciou, Jesus veio para batizar-nos com o Espírito Santo e com fogo. Ou seja, haveremos de ser 'salgados', de qualquer maneira passar pelo fogo purificador, vale dizer, pela cruz de todo cristão, mesmo que seja apenas na vida terrena como acontece com os Santos, que alcançam a plena santificação: "Eu batizo-vos com água, em sinal de penitência, mas Aquele que virá depois de mim é mais poderoso que eu, e não sou digno sequer de tirar-Lhe as sandálias. Ele batizar-vos-á no Espírito Santo e em fogo." Mt 3,11
O Príncipe dos Apóstolos, falando de uma parcial condenação, também registrou a descida de Jesus à mansão dos mortos, que àquele tempo ainda não se distinguia muito bem entre Purgatório e inferno. Ou seja: dava-se aí uma intermediária punição: "Pois para isto o Evangelho também foi pregado aos mortos. Para que, embora sejam condenados em sua humanidade de carne, vivam segundo Deus quanto ao espírito." 1 Pd 4,6
Com efeito, o Advento representou a instalação do Perene Julgamento, pois Sua Palavra já é Seu veredito. Ele afirmou na Cidade Santa após o Domingo de Ramos: "Agora é o Juízo deste mundo! ... a Palavra que anunciei julgá-lo-á no Último Dia." Jo 12,31a.48b
São João Apóstolo, de fato, registrou a oração dos 24 'Sacerdotes' no Céu (anjos!), que prenunciava Seu Nascimento: "Irritaram-se os pagãos, mas eis que sobreveio Tua ira e o tempo de julgar os mortos, de dar a recompensa aos Teus servos, aos Profetas, aos Santos, aos que temem Teu Nome..." Ap 11,18
Sem dúvida, um xingamento jamais poderia ser razão para a condenação eterna, mas sim, caso não haja o devido arrependimento, para o Purgatório. Contudo, Jesus indicava que o fogo de lá é o mesmo do inferno: "Mas Eu digo-vos: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: 'Idiota', será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: 'Louco', será condenado ao fogo da geena." Mt 5,22
Isso esclarece porque uns entrarão nos Céus antes de outros, a despeito da data de suas mortes. Lembrando aqueles que se arrependeram diante da manifestação de São João Batista, Jesus disse aos chefes dos sacerdotes e anciãos do povo: "Em Verdade, digo-vos: os cobradores de impostos e as prostitutas precedem-vos no Reino de Deus!" Mt 21,31
Também explica a diferença entre os Santos, que já ressuscitaram e estão reinando com Ele (Ap 20,4), ou seja, que participam da Primeira Ressurreição, e os que ainda estão purificando-se. O termo 'mil anos', empregado pelo Amado Discípulo, significa um perfeito, completo período, o tempo para a total purificação da alma: "Os outros mortos não tornaram à vida até que se completassem os mil anos. Esta é a Primeira Ressurreição. Feliz e Santo é aquele que toma parte na Primeira Ressurreição!" Ap 20,5-6a
Sim, os Santos são os vencedores, já não estão expostos à segunda morte, que dizer, ao inferno. Jesus, recomendando a todos cristãos que não deixem de ouvir suas dioceses, ditou a São João Evangelista: "Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: 'O vencedor não sofrerá dano algum da segunda morte.'" Ap 2,11
E se os Santos já chegaram ao Céu, isto é, suas almas, e as dos condenados no Juízo Particular seguem direto para o inferno, por que Jesus haveria de resgatar alguém da 'região dos mortos' senão após alguma purificação? "Pois estive morto, e eis-Me de novo, vivo pelos séculos dos séculos. Tenho as chaves da morte e da região dos mortos." Ap 1,18
Assim, após a passagem de Jesus entre nós, entre as almas dos 'mortos' há duas condições: os que já foram condenados ao inferno e os que ainda não passaram pela Primeira Ressurreição, pois os 'vivos' já chegaram à Gloria dos Céus. E, desta forma, por que Jesus haveria de ser Senhor dos condenados? Seus 'mortos' são os que estão no Purgatório, como a Carta de São Paulo aos Romanos diz: "Para isso é que Cristo morreu e retomou a Vida, para ser o Senhor tanto dos mortos como dos vivos." Rm 14,9
E também fica claro porque, mesmo após a passagem por esse mundo, alguns, para avançar na purificação, embora com a saída já garantida, ainda terão que andar nas 'trevas'. São palavras de Nosso Senhor, que disse em Jerusalém a poucos dias de Sua Paixão: "Ainda por pouco tempo a Luz estará em vosso meio. Andai enquanto tendes a Luz, para que as trevas não vos surpreendam. Quem caminha nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a Luz, crede na Luz, e assim vos tornareis filhos da Luz. Eu vim como Luz ao mundo. Assim, todo aquele que crer em Mim não ficará nas trevas." Jo 12,35-36.46
Noutra passagem, quando voltou a Betânia para ressuscitar São Lázaro mesmo sendo ameaçado de morte pelos judeus, Ele havia feito menção à oportunidade que representa a vida terrena, ou seja, esse período de Luz de que dispomos, assim como indicou o sofrimento que será andar nas trevas: "Não são doze as horas do dia? Quem caminha de dia não tropeça, porque vê a Luz deste mundo. Mas quem anda de noite tropeça, porque lhe falta a Luz." Jo 11,9-10
Com efeito, como São João Batista anunciou, Jesus veio para batizar-nos com o Espírito Santo e com fogo. Ou seja, haveremos de ser 'salgados', de qualquer maneira passar pelo fogo purificador, vale dizer, pela cruz de todo cristão, mesmo que seja apenas na vida terrena como acontece com os Santos, que alcançam a plena santificação: "Eu batizo-vos com água, em sinal de penitência, mas Aquele que virá depois de mim é mais poderoso que eu, e não sou digno sequer de tirar-Lhe as sandálias. Ele batizar-vos-á no Espírito Santo e em fogo." Mt 3,11
O Príncipe dos Apóstolos, falando de uma parcial condenação, também registrou a descida de Jesus à mansão dos mortos, que àquele tempo ainda não se distinguia muito bem entre Purgatório e inferno. Ou seja: dava-se aí uma intermediária punição: "Pois para isto o Evangelho também foi pregado aos mortos. Para que, embora sejam condenados em sua humanidade de carne, vivam segundo Deus quanto ao espírito." 1 Pd 4,6
Com efeito, o Advento representou a instalação do Perene Julgamento, pois Sua Palavra já é Seu veredito. Ele afirmou na Cidade Santa após o Domingo de Ramos: "Agora é o Juízo deste mundo! ... a Palavra que anunciei julgá-lo-á no Último Dia." Jo 12,31a.48b
São João Apóstolo, de fato, registrou a oração dos 24 'Sacerdotes' no Céu (anjos!), que prenunciava Seu Nascimento: "Irritaram-se os pagãos, mas eis que sobreveio Tua ira e o tempo de julgar os mortos, de dar a recompensa aos Teus servos, aos Profetas, aos Santos, aos que temem Teu Nome..." Ap 11,18
Por isso, é certo que para muitos já se deu a Primeira Ressurreição, e que um dia todos ressuscitarão na carne, seja para a Vida Eterna, seja para a total punição. Jesus sentenciou ainda em Sua segunda festa em Jerusalém, após iniciar Sua vida pública: "Em Verdade, em Verdade, digo-vos: vem a hora, e já está aí, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus. E os que a ouvirem viverão! Pois como o Pai tem a Vida em Si mesmo, também deu ao Filho ter a Vida em Si mesmo... Não fiqueis admirados com isso, pois vem a hora em que todos que estão nos túmulos ouvirão Sua voz, e sairão." Jo 5,25-26.28
Essa Ressurreição foi atestada por São Mateus, ao fim de seu Evangelho: "Os sepulcros abriram-se e os corpos de muitos justos ressuscitaram. Saindo de suas sepulturas, entraram na Cidade Santa depois da Ressurreição de Jesus, e apareceram a muitas pessoas." Mt 27,52-53
E assim como Isaías, São Pedro falou de uma prisão, mas para dizer que Jesus a ela já Se dirigiu antes de Sua Ressurreição: "É neste mesmo Espírito que Ele foi pregar aos espíritos que estavam detidos no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes, quando com paciência Deus aguardava enquanto se edificava a arca, na qual poucas pessoas, isto é, apenas oito se salvaram através da água." 1 Pd 3,19-20
Por fim, sabemos que havia na nascente Igreja a prática de um batismo em favor dos mortos, do qual não se tem mais informação a não ser um rápido registro feito por São Paulo. Entretanto, considerando-se a salvífica natureza do Batismo pela purificação, que outro significado isso poderia ter? Evidentemente era mais uma forma de expiação pelos pecados dos mortos, uma súplica pela Salvação deles. O Último Apóstolo argumentava perante os coríntios: "De outra maneira, que intentam aqueles que se batizam em favor dos mortos? Se os mortos realmente não ressuscitam, por que se batizam por eles?" 1 Cor 15,29
A PROTEÇÃO DA SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS E DA IGREJA
É da consciência dessa realidade espiritual, portanto, que vem a importância do Privilégio Sabatino, oferecido por Nossa Senhora do Carmo aos que usam o Escapulário, e da Comunhão Reparadora dos Primeiros Sábados, também prometida pela Santíssima Virgem, nas revelações da Aparição de Fátima. Caso sejamos condenados ao fogo purificador, o que é muito provável dado o mar de pecados em que se vive, pela primeira promessa Nossa Mãe Celestial garante resgatar-nos do Purgatório logo no primeiro sábado após nossa morte; e pela segunda, ela garante assistir-nos com todas Graças salvíficas já 'na hora de nossa morte', como rezamos na Ave Maria.
E o próprio Jesus fez esta promessa a Nossa Mãe do Céu, num rogo que ela Lhe fez, onde vemos três fases do Purgatório. Consta no luminoso livro 'As profecias e revelações de Santa Brígida': "... a partir deste momento, aqueles que se encontram no maior dos castigos do Purgatório, passarão para a fase intermediaria, e os que estejam na fase intermediaria, avançarão para a punição mais leve. Os que estejam na punição mais leve, cruzarão para o descanso." (Livro I, Capítulo L)
Essa Ressurreição foi atestada por São Mateus, ao fim de seu Evangelho: "Os sepulcros abriram-se e os corpos de muitos justos ressuscitaram. Saindo de suas sepulturas, entraram na Cidade Santa depois da Ressurreição de Jesus, e apareceram a muitas pessoas." Mt 27,52-53
E assim como Isaías, São Pedro falou de uma prisão, mas para dizer que Jesus a ela já Se dirigiu antes de Sua Ressurreição: "É neste mesmo Espírito que Ele foi pregar aos espíritos que estavam detidos no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes, quando com paciência Deus aguardava enquanto se edificava a arca, na qual poucas pessoas, isto é, apenas oito se salvaram através da água." 1 Pd 3,19-20
Por fim, sabemos que havia na nascente Igreja a prática de um batismo em favor dos mortos, do qual não se tem mais informação a não ser um rápido registro feito por São Paulo. Entretanto, considerando-se a salvífica natureza do Batismo pela purificação, que outro significado isso poderia ter? Evidentemente era mais uma forma de expiação pelos pecados dos mortos, uma súplica pela Salvação deles. O Último Apóstolo argumentava perante os coríntios: "De outra maneira, que intentam aqueles que se batizam em favor dos mortos? Se os mortos realmente não ressuscitam, por que se batizam por eles?" 1 Cor 15,29
A PROTEÇÃO DA SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS E DA IGREJA
É da consciência dessa realidade espiritual, portanto, que vem a importância do Privilégio Sabatino, oferecido por Nossa Senhora do Carmo aos que usam o Escapulário, e da Comunhão Reparadora dos Primeiros Sábados, também prometida pela Santíssima Virgem, nas revelações da Aparição de Fátima. Caso sejamos condenados ao fogo purificador, o que é muito provável dado o mar de pecados em que se vive, pela primeira promessa Nossa Mãe Celestial garante resgatar-nos do Purgatório logo no primeiro sábado após nossa morte; e pela segunda, ela garante assistir-nos com todas Graças salvíficas já 'na hora de nossa morte', como rezamos na Ave Maria.
E o próprio Jesus fez esta promessa a Nossa Mãe do Céu, num rogo que ela Lhe fez, onde vemos três fases do Purgatório. Consta no luminoso livro 'As profecias e revelações de Santa Brígida': "... a partir deste momento, aqueles que se encontram no maior dos castigos do Purgatório, passarão para a fase intermediaria, e os que estejam na fase intermediaria, avançarão para a punição mais leve. Os que estejam na punição mais leve, cruzarão para o descanso." (Livro I, Capítulo L)
Também vemos aí a importância dos Sacramentos, notadamente a Eucaristia, a Confissão e a Unção dos Enfermos, que, tomados em perfeita obediência aos ensinamentos de Cristo, plenamente nos reconciliam com Deus e asseguram imediato acesso à eternidade, à Primeira Ressurreição. Jesus mesmo assegurou diante dos judeus de Jerusalém, quando eles já procuravam matá-Lo: "Em Verdade, em Verdade, digo-vos: quem ouve Minha Palavra e crê n'Aquele que Me enviou, tem a Vida Eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a Vida." Jo 5,24
Disse-o outra vez, agora na margem do Mar da Galileia aos judeus que O observavam após a multiplicação dos pães e peixes, ao prometer o Pão do Céu: "Em Verdade, em Verdade, digo-vos: quem crê em Mim tem a Vida Eterna." Jo 6,47
Dessa plena reconciliação que nos livra do Purgatório, e consequentemente do Juízo Final, deixando-nos apenas à espera da Ressurreição da Carne, São João Evangelista escreveu, como acima visto em parte: "Feliz e Santo é aquele que toma parte na Primeira Ressurreição! Sobre eles, a segunda morte não tem poder, mas serão Sacerdotes de Deus e de Cristo: com Ele reinarão durante os mil anos." Ap 20,6
Disse-o outra vez, agora na margem do Mar da Galileia aos judeus que O observavam após a multiplicação dos pães e peixes, ao prometer o Pão do Céu: "Em Verdade, em Verdade, digo-vos: quem crê em Mim tem a Vida Eterna." Jo 6,47
Dessa plena reconciliação que nos livra do Purgatório, e consequentemente do Juízo Final, deixando-nos apenas à espera da Ressurreição da Carne, São João Evangelista escreveu, como acima visto em parte: "Feliz e Santo é aquele que toma parte na Primeira Ressurreição! Sobre eles, a segunda morte não tem poder, mas serão Sacerdotes de Deus e de Cristo: com Ele reinarão durante os mil anos." Ap 20,6
"Lembrai-Vos, ó Pai, de Vossos filhos!"