Está no Evangelho Segundo São Lucas: "Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu em seu seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o Fruto de teu ventre. De onde me vem esta honra, de vir a mim a Mãe de Meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou a meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!" Lc 1,41-45
Aliás, foi assim, pela voz de Maria Santíssima, cumpriu-se a profecia de São Gabriel Arcanjo sobre São João Batista: "... porque será grande diante do Senhor e não beberá vinho nem cerveja, e desde o ventre de sua mãe será cheio do Espírito Santo." Lc 1,15
Na imagem, próximo ao Menino Jesus, vemos as letras 'IC XC' que são as abreviaturas de 'Jesus Cristo'. Também vemos os Arcanjos Gabriel, à direita com a Cruz, e Miguel, à esquerda, segurando a lança e a vara com esponja embebida em vinagre, que consumaram Seu Sacrifício. O Evangelho Segundo São João narrou: "Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para cumprir-se plenamente a Escritura, disse: 'Tenho sede.' Havia ali um vaso cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-Lhe à boca. Havendo Jesus tomado do vinagre (Sl 68,22), disse: 'Tudo está consumado.' Inclinou a cabeça e rendeu o espírito. Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com Ele foram crucificados. Chegando, porém, a Jesus, como O vissem já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-Lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu Sangue e Água." Jo 19,28-30.32-34
Na igreja ortodoxa, essa imagem ficou conhecida como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda, a Virgem da Paixão, pelos símbolos portados pelos anjos e por ela haver estado presente à crucificação, quando Jesus a declarou Nova Eva: "Junto à Cruz de Jesus estavam de pé Sua mãe, a irmã de Sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu Sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse a Sua mãe: 'Mulher, eis aí teu filho.' Depois disse ao discípulo: 'Eis aí tua mãe.' E dessa hora em diante, o discípulo levou-a para sua casa." Jo 19,25-27
Esse é o objetivo retratado na pintura. Seu rosto é de compaixão. Ela sempre esteve próxima a Seu Amado Filho, por isso recordamos seu Perpétuo Socorro. De fato, desde que partiu de Nazaré, Jesus sempre tinha Consigo Nossa Senhora: "Depois disso, desceu para Cafarnaum, com Sua mãe, Seus irmãos e Seus discípulos. E ali só demoraram poucos dias." Jo 2,12
Esse é o objetivo retratado na pintura. Seu rosto é de compaixão. Ela sempre esteve próxima a Seu Amado Filho, por isso recordamos seu Perpétuo Socorro. De fato, desde que partiu de Nazaré, Jesus sempre tinha Consigo Nossa Senhora: "Depois disso, desceu para Cafarnaum, com Sua mãe, Seus irmãos e Seus discípulos. E ali só demoraram poucos dias." Jo 2,12
O mais interessante, porém, é que esse título foi indicado por ela mesma. Essa pintura ficava numa igreja em Creta, onde operava milagres e trazia muita Paz aos habitantes. Mas tanto comoveu a um comerciante italiano que ele a teria roubado, levado a Roma e guardado em sua casa. Após seu falecimento, Nossa Senhora apareceu a uma menina muito próxima à família, pedindo que sua imagem fosse levada à Igreja de São Mateus, também em Roma, e que lá fosse invocada pelo nome de 'Mãe do Perpétuo Socorro'. Em 1499 a história já era popularmente conhecida, e ela foi finalmente entronada.
Monges agostinianos irlandeses veneraram-na aí até 1739, quando foram designados para a Igreja de Santa Maria em Posterula, igualmente na capital italiana, onde havia séculos já se venerava Nossa Senhora da Graça. Nossa imagem, portanto, ficou quase esquecida, não fosse o fato de um desses monges, já idoso, ter contado sua história a um jovem coroinha.
Em 1855, dois anos após a morte deste monge, sem saberem, os padres redentoristas compraram a propriedade onde ficava a antiga Igreja de São Mateus, que havia sido destruída, e lá estabeleceram sua Casa Generalícia. Nesse mesmo ano, entre os noviços redentoristas estava um jovem chamado Michael Marqui, aquele que havia sido coroinha dos monges agostinianos irlandeses. Em 1863, já padre, quando foram descobertos antigos documentos da Igreja de São Mateus, que atestavam essa devoção pela Virgem, ele, por um lampejo, lembrou-se da história contada pelo velho monge e ajudou a encontrar a imagem fazendo uma busca em Posterula. Foi obra da Divina Providência: esta Igreja seria demolida ao fim do século XIX.
O Papa Pio IX, que em 1854 havia declarado o Dogma da Imaculada Conceição, sabendo da bela e miraculosa história da imagem, entronou-a no Altar-Mor de seu atual Santuário, a Igreja do Santíssimo Redentor e Santo Afonso Maria Ligório no Esquilino, em Roma, no ano de 1866. E deixou uma especial recomendação sobre a imagem aos redentoristas, que a tomaram como Padroeira: "Fazei que todo mundo a conheça."
Pouco mais tarde, tamanha tem sido a devoção, começaram a surgir várias adaptações da imagem ao gosto do povo.
Monges agostinianos irlandeses veneraram-na aí até 1739, quando foram designados para a Igreja de Santa Maria em Posterula, igualmente na capital italiana, onde havia séculos já se venerava Nossa Senhora da Graça. Nossa imagem, portanto, ficou quase esquecida, não fosse o fato de um desses monges, já idoso, ter contado sua história a um jovem coroinha.
Em 1855, dois anos após a morte deste monge, sem saberem, os padres redentoristas compraram a propriedade onde ficava a antiga Igreja de São Mateus, que havia sido destruída, e lá estabeleceram sua Casa Generalícia. Nesse mesmo ano, entre os noviços redentoristas estava um jovem chamado Michael Marqui, aquele que havia sido coroinha dos monges agostinianos irlandeses. Em 1863, já padre, quando foram descobertos antigos documentos da Igreja de São Mateus, que atestavam essa devoção pela Virgem, ele, por um lampejo, lembrou-se da história contada pelo velho monge e ajudou a encontrar a imagem fazendo uma busca em Posterula. Foi obra da Divina Providência: esta Igreja seria demolida ao fim do século XIX.
O Papa Pio IX, que em 1854 havia declarado o Dogma da Imaculada Conceição, sabendo da bela e miraculosa história da imagem, entronou-a no Altar-Mor de seu atual Santuário, a Igreja do Santíssimo Redentor e Santo Afonso Maria Ligório no Esquilino, em Roma, no ano de 1866. E deixou uma especial recomendação sobre a imagem aos redentoristas, que a tomaram como Padroeira: "Fazei que todo mundo a conheça."