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sexta-feira, 25 de abril de 2025
São Marcos Evangelista
A primeira menção bíblica a São Marcos é quando São Pedro, libertado por seu Anjo da Guarda da prisão imposta por Herodes Antipas, vai deixar um recado numa casa em Jerusalém, onde a Santa Igreja rezava por ele achando que ainda estava preso e seria martirizado (cf. At 12,19). De fato, havia poucos dias mandara matar São Tiago Maior à espada (cf. At 12,2). É do Livro de Atos dos Apóstolos: "Refletiu um momento e dirigiu-se para a casa de Maria, mãe de João, que tem por sobrenome Marcos, onde muitos se tinham reunido e faziam oração." At 12,12
De toda forma, é certo que, quase 20 anos mais tarde, São Barnabé e São Paulo já o levavam consigo desde suas primeiras missões: "Tendo Barnabé e Saulo concluído sua missão, voltaram de Jerusalém (para Antioquia), consigo levando João, que tem por sobrenome Marcos." At 12,25
São Marcos, pois, estava com eles quando partiram de Antioquia para Chipre, sob a guia do Divino Paráclito: "Enquanto celebravam o Culto do Senhor, depois de terem jejuado, disse-lhes o Espírito Santo: 'Separai-Me Barnabé e Saulo para obra a que os tenho destinado.' Chegados a Salamina, pregavam a Palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Com eles tinham João, para auxiliá-los." At 13,2.5
E foi na região de Panfília que São Marcos, por injustificável motivo segundo São Paulo, abandonou-os: "Paulo e seus companheiros navegaram de Pafos e chegaram a Perge, em Panfília, de onde João, apartando-se deles, voltou a Jerusalém." At 13,13
Logo após o Concílio de Jerusalém, e a apresentação de sua resolução na cidade de Antioquia, que dizia não ser necessário circuncidar os cristãos vindos do paganismo, São Paulo queixou-se a São Barnabé desta atitude de São Marcos e não mais o queria consigo em missão. Tal fato causou uma momentânea ruptura entre estes 'Apóstolos', mas, como desígnio de Deus, em muito acabou aumentando a área à qual eles serviam, e São Paulo passou a acompanhar-se de São Silas, também chamado São Silvano: "Ao termo de alguns dias, disse Paulo a Barnabé: 'Tornemos a visitar os irmãos por todas cidades onde temos pregado a Palavra do Senhor, para ver como estão passando.' Barnabé queria levar consigo João, que tinha por sobrenome Marcos. Paulo, porém, achava que não devia ser admitido quem se tinha separado deles em Panfília, e não os havia acompanhado no Ministério. Houve tal discussão que se separaram um do outro, e Barnabé, consigo levando Marcos, navegou para Chipre. Paulo, porém, tendo escolhido Silas, e depois de ter sido recomendado pelos irmãos à Graça do Senhor, partiu. Ele percorreu Síria, Cilícia, confirmando as comunidades." At 15,36-40
São Marcos era primo de São Barnabé, um discípulo tão querido e tão cheio do Espírito Santo que São Paulo e São Lucas o chamavam de Apóstolo. E não foi à toa que estes primos seguiram para Chipre. Segundo São Jerônimo, eles eram judeus cipriotas e também levitas, ou seja, sacerdotes por descendência, e moravam numa colônia cipriota em Jerusalém.
Ficou claro, entretanto, que a desavença entre o Apóstolo dos Gentios e São Marcos foi resolvida, pois a Carta de São Paulo aos Colossenses o recomenda, deixando um registro de que nosso Santo lhe servia enquanto esteve preso pela primeira vez. Certamente, cabia-lhe a função de divulgar suas prédicas e manter seu contato com os cristãos de Roma, que viviam a fé na clandestinidade mas ajudavam a suprir suas necessidades: "Saúda-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, primo de Barnabé, a respeito do qual já recebestes instruções. Se este for ter convosco, acolhei-o bem." Cl 4,10
Provavelmente ainda nesta prisão, há menção a São Marcos na Carta de São Paulo a Filêmon, porém deixa claro que ele não estava preso consigo, mas colaborava na divulgação do Evangelho (cf. Fm 13) com o distintivo de primeiro da lista: "Enviam-te saudações Epafras, meu companheiro de prisão em Cristo Jesus, assim como Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus colaboradores." Fm 23-24
Na Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo, nosso Apóstolo, talvez já bem próximo de sua morte, dá bom testemunho de São Marcos e pede que o traga para os serviços da Igreja Católica, seguramente da Palavra: "Só Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, porque me é bem útil para o Ministério." 2 Tm 4,11
Contudo, o mais importante registro bíblico sobre São Marcos, por ajudar a identificá-lo como o escritor do 'Evangelho Segundo São Pedro', está numa carta do próprio Príncipe dos Apóstolos, a Primeira Carta de São Pedro. Ele fala da igreja de Roma, seu bispado, e a São Marcos refere-se com especial carinho: "A igreja escolhida de Babilônia saúda-vos, assim como também Marcos, meu filho." 1 Pd 5,13
Ainda há dois outros importantes testemunhos a favor dessa tradição. Primeiro, São Justino, teólogo, que viveu do ano 100 a 165 e registrou que o Evangelho Segundo São Marcos eram as "Memórias de Pedro". Depois, Santo Irineu, que foi Padre Grego, teólogo e escritor cristão, viveu do ano de 130 a 202, e deixou escrito: "Depois da morte de Pedro e Paulo, Marcos, discípulo e intérprete de Pedro, transmitiu-nos por escrito o que ele havia pregado."
Alguns pretendem que São Marcos já teria idade bastante durante a instituição da Santa Eucaristia, e assim estaria entre os 72 discípulos enviados em missão por Jesus, conforme apontamento do Evangelho Segundo São Lucas, logo após o episódio da Transfiguração: "Depois disso, ainda designou o Senhor setenta e dois outros discípulos e mandou-os, dois a dois, adiante de Si, por todas cidades e lugares para onde Ele tinha que ir." Lc 10,1
Alguns pretendem que São Marcos já teria idade bastante durante a instituição da Santa Eucaristia, e assim estaria entre os 72 discípulos enviados em missão por Jesus, conforme apontamento do Evangelho Segundo São Lucas, logo após o episódio da Transfiguração: "Depois disso, ainda designou o Senhor setenta e dois outros discípulos e mandou-os, dois a dois, adiante de Si, por todas cidades e lugares para onde Ele tinha que ir." Lc 10,1
Também afirmam que mais tarde ele teria abandonado Jesus, após ouvi-Lo anunciar que Sua Carne é o Pão do Céu e deve ser comida por aqueles que desejam a Salvação, como o Evangelho Segundo São João registrou: "Desde então, muitos de Seus discípulos retiraram-se e já não andavam com Ele." Jo 6,66
Ainda dizem os defensores dessa tese que São Pedro o teria reconvertido tempos depois, consigo levando-o em suas viagens (cf. At 9,32) e até Roma. Mas não há nenhum sério registro a favor desses relatos, a não ser uma lista dos '70 discípulos' de Santo Hipólito, obra muito pouco consistente, escrita entre os séculos II e III, segunda a qual, talvez por falta de nomes para completar o rol, haveria três Marcos: o Evangelista, João Marcos e Marcos, primo de Barnabé.
Ademais, a mesma tradição, que aponta a casa de Maria, mãe de nosso Santo, como o Cenáculo, indica o Jardim das Oliveiras como sua propriedade, e identifica o jovem, que fugiu nu quando Jesus foi preso, como São Marcos, o que o coloca bem próximo aos Apóstolos e explicaria sua familiaridade com São Pedro. Está no próprio Evangelho Segundo São Marcos: "Seguia-o um jovem coberto somente de um pano de linho, e prenderam-no. Mas lançando ele de si o pano de linho, escapou-lhes despido." Mc 14,51-52
Ademais, a mesma tradição, que aponta a casa de Maria, mãe de nosso Santo, como o Cenáculo, indica o Jardim das Oliveiras como sua propriedade, e identifica o jovem, que fugiu nu quando Jesus foi preso, como São Marcos, o que o coloca bem próximo aos Apóstolos e explicaria sua familiaridade com São Pedro. Está no próprio Evangelho Segundo São Marcos: "Seguia-o um jovem coberto somente de um pano de linho, e prenderam-no. Mas lançando ele de si o pano de linho, escapou-lhes despido." Mc 14,51-52
O Evangelho Segundo São Marcos é pontual, truncado e, dada a autoridade de São Pedro, foi usado para complementar ou mesmo embasar o Evangelho Segundo São Mateus, a priori, e depois o Evangelho Segundo São Lucas. Este último chega a usar inteiras frases de São Marcos, inclusive copiando seus vários erros em língua grega, quando nosso Amado Médico tão bem a dominava. Nisso deve ser vista uma profunda reverência ao Príncipe dos Apóstolos, além da extremada fidelidade de São Lucas à Palavra.
É o Evangelho mais usado pela Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo depois do de São Mateus. De fato, seu vocabulário é limitado, tem erros gramaticais e apresenta apenas duas pregações de Jesus, mas é prático e realista, e dá detalhes bem verossímeis, como duas frases de Jesus em aramaico, que, além dele, só São Mateus usou, certamente por copiá-lo. São Marcos, enfim, é o único que apresenta Jesus como: '... o filho de Maria...' Mc 6,3
Fiel espelho da humildade de São Pedro, ele não menciona as honras nem o destaque que lhe foi dado por Jesus, mas dá pormenores das três negações como nenhum Evangelho, o que comprova o Príncipe dos Apóstolos como sua fonte de informação e dá indícios do quanto que este fato pesou na consciência do grande pescador de almas que foi (cf. Lc 5,10).
Batizado e ordenado bispo por São Pedro, suas missões encheram de orgulho o Bispo de Roma, que, confiante em sua inspiração, mandou-o a Egito, especificamente Alexandria, onde vivia o maior e mais culto segmento de judeus de então. Aí ele obteve grande sucesso e foi homenageado, pela igreja ortodoxa copta, com uma catedral no Cairo, a maior igreja de toda África, cujas fundações são do primeiro século.
Após o martírio de São Pedro, nosso evangelista tratou de erigir-lhe uma igreja na cidade de Alexandria, onde foi o primeiro bispo segundo registros de São Jerônimo e Eusébio. Nesses termos, pode-se dizer que São Marcos foi o fundador do cristianismo em África. Por sinal, vários rituais da liturgia da igreja ortodoxa copta são atribuídos a ele, sem que jamais tenha havido alguma negação ou sequer controvérsia.
Em Alexandria, então a segunda maior cidade do Império Romano, menor apenas para a própria Roma, na Páscoa do ano de 68 São Marcos foi martirizado por pagãos que cultuavam deuses gregos, pois aí a cultura helenística ainda predominava, além de em várias regiões do Oriente Médio. Uma tradição diz que lhe amarram um corda ao pescoço e o arrastaram pelas ruas. Outra, que ele foi morto no altar, enquanto celebrava o Santíssimo Sacramento.
Em 828, seus restos mortais foram roubados de Alexandria por mercadores venezianos, pois temiam que fossem violados pelos já corriqueiros atos de vandalismo no repentino 'crescimento' do Islamismo, na verdade imposto à força de espada. Eles esconderam suas relíquias entre a carne de porco, para que os muçulmanos não inspecionassem a carga. Uma vez em Veneza, foi-lhes construída a Basílica de São Marcos, onde seus restos se encontram sob o altar.
quinta-feira, 24 de abril de 2025
A Grande Tribulação
Jesus, Maria Santíssima em várias de suas aparições, e os Profetas anunciaram que haverá uma Grande Tribulação antes do fim dos tempos. Serão aflições como nunca houve (cf. Mc 13,19), nem mesmo no Dilúvio, marcadas por um período de evidentes trevas. Contudo, este ainda não será o fim. Dela sairá um 'pequeno resto', por Graça da Divina Misericórdia, ou Jesus não viria para 'julgar os vivos e os mortos', mas tão somente os mortos.
O que sabemos, porém, sobre essa tribulação? O Livro do Profeta Joel, que se referindo à Igreja mencionou o 'pequeno resto', apontou um período imediatamente anterior ao Juízo Final: "O sol converter-se-á em trevas e a lua, em sangue, ao aproximar-se o grandioso e temível Dia do Senhor. Mas todo aquele que invocar o Nome do Senhor será poupado, porque sobre o Monte Sião e em Jerusalém haverá um resto, como o Senhor disse, e entre os sobreviventes estarão os que o Senhor tiver chamado." Jl 3,4-5
O Livro do Profeta Abdias, da mesma forma, fala destes sobreviventes: "Não entres pelas portas das cidades de meu povo, no dia da catástrofe! Não contemples com alegria seus males no dia da calamidade! Não deites a mão a suas riquezas no dia de sua desventura! Não te ponhas nas encruzilhadas para matar os fugitivos, e não entregues os sobreviventes no Dia da Tribulação, porque o Dia do Senhor estará próximo para todas nações! Como tiveres feito, assim se fará contigo. Carregarás sobre a cabeça o peso de teus atos. Mas sobre o Monte Sião haverá sobreviventes, será um santo lugar, e a Casa de Jacó recuperará suas possessões." Ab 13-15.17
E ainda através de Joel, Deus justifica tamanho castigo pela perseguição das nações ao Seu santo povo, ou seja, à Santa Igreja Católica, que Ele mesmo diz ter edificado: "Porquanto eis que, naqueles dias, no tempo em que Eu realizar a restauração de Judá e de Jerusalém, reunirei todas nações e fá-las-ei descer ao vale de Josafá. Ali entrarei em Juízo contra elas acerca de Israel, Meu povo e Minha herança, o qual dispersaram pelas pagãs nações depois de dividirem Minha terra. Rifaram Meu povo, davam um menino para pagar uma prostituta, e vendiam uma jovem em troca de vinho para beberem!" Jl 4,1-3
Com efeito, Ele refere-Se a um período posterior ao Pentecostes, pois momentos antes havia prescrito o Advento, e assim o Nascimento da Igreja: "Então sabereis que Eu estou no meio de Israel, que sou o Senhor, Vosso Deus, e que não há outro. E Meu povo jamais será confundido. Depois disso, acontecerá que derramarei Meu Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos anciãos terão sonhos e vossos jovens terão visões. Naqueles dias, também derramarei Meu Espírito sobre os escravos e as escravas." Jl 2,27;3,1-2
Ao mais uma vez profetizar os cósmicos abalos, contudo, Joel deixa claro que eles antecedem o Dia do Julgamento: "Que multidão, que multidão no vale do Julgamento! Porque está chegando o Dia do Senhor no vale do Julgamento! O sol e a lua obscurecem-se, as estrelas empalidecem. O Senhor rugirá de Sião, trovejará de Jerusalém, os céus e a Terra serão abalados." Jl 4,14-16a
O Livro do Profeta Ageu igualmente registrou-os como não definitivos abalos, embora generalizados, falando em grande proveito para a verdadeira Igreja de Jesus, certamente conversões: "Porque isto diz o Senhor dos Exércitos: 'Ainda um pouco de tempo, e abalarei céu e Terra, mares e continentes, sacudirei todas nações. Afluirão riquezas de todos povos e encherei de Minha Glória esta Casa', diz o Senhor dos Exércitos." Ag 2,6-7
Com efeito, Ele refere-Se a um período posterior ao Pentecostes, pois momentos antes havia prescrito o Advento, e assim o Nascimento da Igreja: "Então sabereis que Eu estou no meio de Israel, que sou o Senhor, Vosso Deus, e que não há outro. E Meu povo jamais será confundido. Depois disso, acontecerá que derramarei Meu Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos anciãos terão sonhos e vossos jovens terão visões. Naqueles dias, também derramarei Meu Espírito sobre os escravos e as escravas." Jl 2,27;3,1-2
Ao mais uma vez profetizar os cósmicos abalos, contudo, Joel deixa claro que eles antecedem o Dia do Julgamento: "Que multidão, que multidão no vale do Julgamento! Porque está chegando o Dia do Senhor no vale do Julgamento! O sol e a lua obscurecem-se, as estrelas empalidecem. O Senhor rugirá de Sião, trovejará de Jerusalém, os céus e a Terra serão abalados." Jl 4,14-16a
O Livro do Profeta Ageu igualmente registrou-os como não definitivos abalos, embora generalizados, falando em grande proveito para a verdadeira Igreja de Jesus, certamente conversões: "Porque isto diz o Senhor dos Exércitos: 'Ainda um pouco de tempo, e abalarei céu e Terra, mares e continentes, sacudirei todas nações. Afluirão riquezas de todos povos e encherei de Minha Glória esta Casa', diz o Senhor dos Exércitos." Ag 2,6-7
Jesus confirmou tais visões, dizendo o que acontecerá a Seu povo durante esse período, no Evangelho segundo São Marcos: "Porque naqueles dias haverá tribulações tais como nunca houve, desde o princípio do mundo que Deus criou até agora, nem jamais haverá. Se o Senhor não abreviasse aqueles dias, ninguém se salvaria, mas Ele abreviou-os em atenção a Seus escolhidos." Mc 13,19-20
De fato, o Livro do Profeta Zacarias deu voz ao anúncio de uma inimaginável mortandade, quando os sobreviventes serão caprichosamente depurados. Deus mesmo diz: "'Em toda Terra', Oráculo do Senhor, 'dois terços dos habitantes serão exterminados e um terço subsistirá. Mas este terço farei passar pelo fogo. Purificá-lo-ei como se purifica a prata, prová-lo-ei como se prova o ouro.'" Zc 13,7-8a
O Livro de Apocalipse de São João também menciona um enorme hecatombe, mas em invertidas proporções e com a continuação da pecaminosidade. Assim foram as revelações de Jesus: "Então foram soltos os quatro anjos que se conservavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano da matança da terça parte dos homens... O número de soldados desta cavalaria era de duzentos milhões. Eu ouvi seu número. E foi assim que eu vi os cavalos e os que os montavam: estes últimos eram couraçados de uma azul e sulfurosa chama. Os cavalos tinham crina como uma juba de leão. e de suas narinas saíam fogo, fumaça e enxofre. E uma terça parte dos homens foi morta por esses três flagelos que lhes saíam das narinas. Mas o restante dos homens, que não foram mortos por esses três flagelos, não se arrependeu das obras de suas mãos. Não cessaram de adorar o Demônio e os ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira, que não podem ver, nem ouvir, nem andar. Não se arrependeram de seus homicídios, suas magias, suas prostituições e furtos." Ap 9,15-21
E além de uma inaudita escuridão, Jesus avisou de uma grande instabilidade no Espaço, logo após a tribulação: "Naqueles dias, depois dessa tribulação, o sol escurecer-se-á, a lua não dará seu resplendor, os astros cairão e as forças que estão no céu serão abaladas." Mc 13,24-25
Análogas descrições são dadas pelo texto do Apocalipse, mas o Amado Discípulo já relatava a iminência do Dia da ira do Senhor: "O sol escureceu-se como um tecido de crina, a lua tornou-se toda vermelha como sangue e as estrelas do céu caíram na Terra, como verdes frutos que caem da figueira agitada por forte ventania. O céu desapareceu como um pedaço de papiro que se enrola, e todos montes e ilhas foram tirados de seus lugares." Ap 6,12-14
Tal predição remonta as palavras do Livro do Profeta Isaías, nas quais tudo é apresentado com desconcertante fragilidade: "... os céus vão desvanecer-se como fumaça, como um vestido em farrapos ficará a Terra, e seus habitantes morrerão como moscas." Is 51,6
Análogas descrições são dadas pelo texto do Apocalipse, mas o Amado Discípulo já relatava a iminência do Dia da ira do Senhor: "O sol escureceu-se como um tecido de crina, a lua tornou-se toda vermelha como sangue e as estrelas do céu caíram na Terra, como verdes frutos que caem da figueira agitada por forte ventania. O céu desapareceu como um pedaço de papiro que se enrola, e todos montes e ilhas foram tirados de seus lugares." Ap 6,12-14
Tal predição remonta as palavras do Livro do Profeta Isaías, nas quais tudo é apresentado com desconcertante fragilidade: "... os céus vão desvanecer-se como fumaça, como um vestido em farrapos ficará a Terra, e seus habitantes morrerão como moscas." Is 51,6
Mas outra escuridão acontecerá antes da matança da terça parte dos homens, claramente os não batizados, e, quando um anjo liberta maus espíritos, não se pode dizer que o castigo será menor: "O quinto anjo tocou a trombeta. Então vi uma estrela cair do céu na Terra, e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. Ela abriu-o e do poço saiu uma fumaça como a de uma grande fornalha. O sol e o ar obscureceram-se com a fumaça do poço. Da fumaça saíram gafanhotos pela Terra, e foi-lhes dado poder semelhante ao dos escorpiões da Terra. Porém foi-lhes dito que não causassem dano à erva, verdura, ou árvore alguma, mas somente aos homens que na fronte não têm o selo de Deus. Foi-lhes ordenado que não os matassem, mas por cinco meses afligissem-nos. Seu tormento era como o da picada do escorpião. Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não a conseguirão. Desejarão morrer, e a morte fugirá deles." Ap 9,1-6
A Segunda Carta de São Pedro, da mesma forma, deu detalhes de uma grande e sideral convulsão, embora também não falasse mais de uma 'grande aflição', senão do próprio fim do Universo, quando se dará a Recriação, o surgimento do novo céu e a nova Terra, há muito prometido por Deus (cf. Is 65,17): "... virá o Dia do Senhor como ladrão. Naquele dia, os céus passarão com ruído, os elementos abrasados dissolver-se-ão e será consumida a Terra com todas obras que ela contém... o Dia de Deus, em que hão de dissolver-se os céus inflamados e hão de fundir-se os elementos abrasados!" 2 Pd 3,10.11
A Segunda Carta de São Pedro, da mesma forma, deu detalhes de uma grande e sideral convulsão, embora também não falasse mais de uma 'grande aflição', senão do próprio fim do Universo, quando se dará a Recriação, o surgimento do novo céu e a nova Terra, há muito prometido por Deus (cf. Is 65,17): "... virá o Dia do Senhor como ladrão. Naquele dia, os céus passarão com ruído, os elementos abrasados dissolver-se-ão e será consumida a Terra com todas obras que ela contém... o Dia de Deus, em que hão de dissolver-se os céus inflamados e hão de fundir-se os elementos abrasados!" 2 Pd 3,10.11
E afirmando o poder do Verbo Encarnado, ele assim descreve a atual situação e o final destino de tudo que conhecemos: "Mas os céus e a Terra que agora existem são guardados pela mesma Palavra Divina, e reservados para o fogo no Dia do Juízo e da perdição dos ímpios." 2 Pd 3,7
Ora, na Carta aos Hebreus, os seguidores da tradição de São Paulo disseram o mesmo sobre Jesus: "Esplendor da Glória de Deus e imagem do Seu ser, Ele sustenta o universo com o poder de Sua Palavra." Hb 1,3a
Ora, na Carta aos Hebreus, os seguidores da tradição de São Paulo disseram o mesmo sobre Jesus: "Esplendor da Glória de Deus e imagem do Seu ser, Ele sustenta o universo com o poder de Sua Palavra." Hb 1,3a
Jesus mesmo, entretanto, vaticinou de catástrofes num período muito anterior ao Juízo Final, especificamente sobre a destruição de Jerusalém, como se viu no ano 70 de nossa era, e deu apenas uma ligeira justificação. Está no Evangelho segundo São Lucas: "Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo que está escrito." Lc 21,22
Contudo. igualmente indicou generalizados e ruinosos acontecimentos no céu e na Terra: "Haverá grandes terremotos, e pestes e fomes em todos lugares. Aparecerão pavorosos fenômenos e grandes sinais vindos do céu." Lc 21,11
A Grande Tribulação, portanto, com clareza remete à descrição feita por São João Apóstolo de um tempo que precede à definitiva instauração do Reino de Deus, e será relativamente curto, porém repleto de tentações, escândalos e destruições causadas pela influência do Maligno. De fato, tempos após a Vitória de Cristo, um anjo do Céu temporariamente prenderia o inimigo, e ele seria solto para combater a Igreja de Deus: "Ele apanhou o Dragão, a primitiva Serpente, que é o Demônio e Satanás, e acorrentou-o por mil anos. Depois disso, ele deve ser solto por um pouco de tempo. Sairá da prisão para seduzir as nações dos quatro cantos da Terra (Gog e Magog) e reuni-las para o combate. Serão numerosas como a areia do mar. Subiram à superfície da Terra e cercaram o acampamento dos Santos e a querida cidade." Ap 20,2-3.8-9
A Grande Tribulação, portanto, com clareza remete à descrição feita por São João Apóstolo de um tempo que precede à definitiva instauração do Reino de Deus, e será relativamente curto, porém repleto de tentações, escândalos e destruições causadas pela influência do Maligno. De fato, tempos após a Vitória de Cristo, um anjo do Céu temporariamente prenderia o inimigo, e ele seria solto para combater a Igreja de Deus: "Ele apanhou o Dragão, a primitiva Serpente, que é o Demônio e Satanás, e acorrentou-o por mil anos. Depois disso, ele deve ser solto por um pouco de tempo. Sairá da prisão para seduzir as nações dos quatro cantos da Terra (Gog e Magog) e reuni-las para o combate. Serão numerosas como a areia do mar. Subiram à superfície da Terra e cercaram o acampamento dos Santos e a querida cidade." Ap 20,2-3.8-9
"PRIMEIRO DEVE VIR A APOSTASIA"
Ora, desde que vencido por Jesus e precipitado do Céu por São Miguel Arcanjo e seus anjos, o Diabo irritou-se contra a Santíssima Virgem. Mas como também não pôde vencê-La, passou a perseguir Seus filhos, ou seja, os Apóstolos e todos seguidores de Cristo, que formam Seu Corpo Místico, a Igreja Una: "Este, então, irritou-se contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os Mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus." Ap 12,17
A Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, da mesma forma, profetizou um tempo especificamente difícil, uma terrível manifestação pelo poder do inimigo que acontecerá depois da apostasia, quer dizer, depois que uma parte da humanidade renegar a fé: "Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniquidade, o filho da perdição, o adversário, aquele que se levanta contra tudo que é divino e sagrado, a ponto de tomar lugar no Templo de Deus, e apresentar-se como se fosse Deus. Não vos lembrais de que vos dizia estas coisas, quando ainda estava convosco? Agora perfeitamente sabeis o que o detém, de modo que ele só se manifestará a seu tempo." 2 Ts 2,3-6
Ora, desde que vencido por Jesus e precipitado do Céu por São Miguel Arcanjo e seus anjos, o Diabo irritou-se contra a Santíssima Virgem. Mas como também não pôde vencê-La, passou a perseguir Seus filhos, ou seja, os Apóstolos e todos seguidores de Cristo, que formam Seu Corpo Místico, a Igreja Una: "Este, então, irritou-se contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os Mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus." Ap 12,17
A Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, da mesma forma, profetizou um tempo especificamente difícil, uma terrível manifestação pelo poder do inimigo que acontecerá depois da apostasia, quer dizer, depois que uma parte da humanidade renegar a fé: "Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniquidade, o filho da perdição, o adversário, aquele que se levanta contra tudo que é divino e sagrado, a ponto de tomar lugar no Templo de Deus, e apresentar-se como se fosse Deus. Não vos lembrais de que vos dizia estas coisas, quando ainda estava convosco? Agora perfeitamente sabeis o que o detém, de modo que ele só se manifestará a seu tempo." 2 Ts 2,3-6
De fato, esse abandono da fé havia sido previsto pelo próprio Jesus, quando perguntou aos Apóstolos falando de Sua Volta Triunfal: "Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a Terra?" Lc 18,8b
A libertação do inimigo, nos últimos tempos, claramente estará manifesta na mentalidade ateísta e anticristã de muitas nações. A Primeira Carta de São João já dizia: "Quem é mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse é o Anticristo, que nega o Pai e o Filho." 1 Jo 2,22
Pois ele aponta, na confirmação da passagem de Jesus entre nós, a ação do Espírito Santo, bem como a do espírito do mal: "Nisto reconhece-se o Espírito de Deus: todo espírito que proclama que Jesus Cristo Se encarnou, é de Deus. E todo espírito que não proclama Jesus, esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo de cuja vinda tendes ouvido, e agora já está no mundo." 1 Jo 4,2-3
Sem dúvida, no Evangelho segundo São João, o próprio Jesus afirmou: "Porque, se Eu não for, o Paráclito não virá a vós. Mas se Eu for, enviá-Lo-ei. E, quando Ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do Juízo. Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em Mim." Jo 16,7b-9
Sem dúvida, no Evangelho segundo São João, o próprio Jesus afirmou: "Porque, se Eu não for, o Paráclito não virá a vós. Mas se Eu for, enviá-Lo-ei. E, quando Ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do Juízo. Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em Mim." Jo 16,7b-9
E São João Evangelista já denunciava anticristos nas primeiras décadas, em gente que renegou a Igreja, verdadeiramente falsos profetas, pois a passagem de Cristo é o início dos últimos tempos: "O mundo passa com suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente. Filhinhos, esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o Anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isto conhecemos que é a última hora. Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, certamente ficariam conosco. Mas isto dá-se para que se conheça que nem todos são dos nossos. Vós, porém, tendes a unção do Santo e sabeis todas coisas. Não vos escrevi como se ignorásseis a Verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira vem da Verdade." 1 Jo 2,17-21
A Carta de São Judas também denunciava infiltrados na Igreja: "Pois certos ímpios homens furtivamente introduziram-se entre nós, os quais desde muito tempo estão destinados para este Julgamento. Eles transformam em licenciosidade a Graça de Nosso Deus, e negam Jesus Cristo, Nosso único Mestre e Senhor." Jd 4
Com efeito, o Apóstolo dos Gentios diz que a prisão do inimigo não faz cessar o mal que aflige a Terra, que se dá pela atividade das pessoas que de alguma forma lhe servem, ou seja, do joio por ele semeado (cf. Mt 13,39): "Porque o mistério do mal já está em ação, apenas esperando o afastamento daquele que o detém. Então o tal ímpio se manifestará. Mas o Senhor Jesus destruí-lo-á com o sopro de Sua boca e aniquilá-lo-á com o resplendor de Sua Vinda. A manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda sorte de enganadores portentos, sinais e prodígios. Ele usará de todas seduções do mal para com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à Verdade que teria podido salvá-los. Por isso, Deus enviá-lhes-á um poder que os enganará e os induzirá a acreditar no erro. Desse modo, serão julgados e condenados todos que não deram crédito à Verdade, mas consentiram no mal." 2 Ts 2,7-12
A Carta de São Judas também denunciava infiltrados na Igreja: "Pois certos ímpios homens furtivamente introduziram-se entre nós, os quais desde muito tempo estão destinados para este Julgamento. Eles transformam em licenciosidade a Graça de Nosso Deus, e negam Jesus Cristo, Nosso único Mestre e Senhor." Jd 4
Com efeito, o Apóstolo dos Gentios diz que a prisão do inimigo não faz cessar o mal que aflige a Terra, que se dá pela atividade das pessoas que de alguma forma lhe servem, ou seja, do joio por ele semeado (cf. Mt 13,39): "Porque o mistério do mal já está em ação, apenas esperando o afastamento daquele que o detém. Então o tal ímpio se manifestará. Mas o Senhor Jesus destruí-lo-á com o sopro de Sua boca e aniquilá-lo-á com o resplendor de Sua Vinda. A manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda sorte de enganadores portentos, sinais e prodígios. Ele usará de todas seduções do mal para com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à Verdade que teria podido salvá-los. Por isso, Deus enviá-lhes-á um poder que os enganará e os induzirá a acreditar no erro. Desse modo, serão julgados e condenados todos que não deram crédito à Verdade, mas consentiram no mal." 2 Ts 2,7-12
A Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo volta a falar dessa afronta à fé e dessa colaboração dada pelo ser humano: "Nota bem o seguinte: nos últimos dias haverá um difícil período. Os homens tornar-se-ão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados, desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão de sua autoridade. Como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim estes homens de pervertido coração, reprovados na fé, também tentam resistir à Verdade. Mas não irão longe, porque a todos será manifesta sua insensatez, como o foi a daqueles dois." 2 Tm 3,1-5a.8-9
São Pedro também apontou, evocando o Dilúvio: "Antes de tudo sabei o seguinte: nos últimos tempos virão escarnecedores cheios de zombaria, que viverão segundo suas próprias concupiscências. Eles dirão: 'Onde está a promessa de Sua Vinda? Desde que nossos pais morreram, tudo continua como desde o princípio do mundo.' Propositadamente esquecem que desde o princípio existiam os céus e igualmente uma Terra que a Palavra de Deus fizera surgir do seio das águas, no meio da água, e deste modo o mundo de então perecia afogado na água." 2 Pd 3,3-6
Nos Céus, enfim, um anjo (serafim?), que se apresenta como um ancião, fala a São João Evangelista de uma grande tribulação como da ocasião em que os Santos se purificam e alcançam a Glória: "Esses são os sobreviventes da grande tribulação. Lavaram suas vestes e alvejaram-nas no Sangue do Cordeiro. Por isso, estão diante do trono de Deus e dia e noite servem-nO em Seu Templo. Aquele que está sentado no Trono abrigá-los-á em Sua Tenda. Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum abrasá-los-á, porque o Cordeiro, que está no meio do Trono, será Seu Pastor e os levará às fontes das Águas Vivas. E Deus enxugará toda lágrima de seus olhos." Ap 7,14-16
Outras interpretações, porém, pretendem associar a Grande Tribulação tão somente à destruição de Jerusalém levada a cabo pelos romanos. E assim leem a seguinte profecia de Jesus, do Evangelho segundo São Mateus, que fala de uma abjeta profanação do Templo: "Quando virdes estabelecida no santo lugar a abominação da desolação que foi predita pelo Profeta Daniel (Dn 11,31) - o leitor entenda bem! - então os habitantes de Judeia fujam para as montanhas. Aquele que está no terraço não desça para tomar o que está em sua casa. E aquele que está no campo não volte para buscar suas vestimentas. Ai das mulheres que estiverem grávidas ou amamentarem naqueles dias! Rogai para que vossa fuga não seja no inverno, nem em dia de sábado." Mt 24,15-20
Nos Céus, enfim, um anjo (serafim?), que se apresenta como um ancião, fala a São João Evangelista de uma grande tribulação como da ocasião em que os Santos se purificam e alcançam a Glória: "Esses são os sobreviventes da grande tribulação. Lavaram suas vestes e alvejaram-nas no Sangue do Cordeiro. Por isso, estão diante do trono de Deus e dia e noite servem-nO em Seu Templo. Aquele que está sentado no Trono abrigá-los-á em Sua Tenda. Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum abrasá-los-á, porque o Cordeiro, que está no meio do Trono, será Seu Pastor e os levará às fontes das Águas Vivas. E Deus enxugará toda lágrima de seus olhos." Ap 7,14-16
Outras interpretações, porém, pretendem associar a Grande Tribulação tão somente à destruição de Jerusalém levada a cabo pelos romanos. E assim leem a seguinte profecia de Jesus, do Evangelho segundo São Mateus, que fala de uma abjeta profanação do Templo: "Quando virdes estabelecida no santo lugar a abominação da desolação que foi predita pelo Profeta Daniel (Dn 11,31) - o leitor entenda bem! - então os habitantes de Judeia fujam para as montanhas. Aquele que está no terraço não desça para tomar o que está em sua casa. E aquele que está no campo não volte para buscar suas vestimentas. Ai das mulheres que estiverem grávidas ou amamentarem naqueles dias! Rogai para que vossa fuga não seja no inverno, nem em dia de sábado." Mt 24,15-20
Outros ainda a associam à perseguição aos primeiros cristãos pelos imperadores romanos. Inegavelmente, foram tempos de grandes tribulações movidas pela religião pagã, e Jesus previu-as: "Disse-vos essas coisas para preservar-vos de alguma queda. Expulsá-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus. Deste modo procederão porque não conheceram o Pai, nem a Mim." Jo 16,1-3
POUCO ANTES DO FIM DOS TEMPOS
Para algumas igrejas locais, resta claro, foram sim previstas específicas tribulações, como no caso da igreja de Esmirna, em terras de atual Turquia. Décadas após Sua Ascensão, Jesus diz: "Nada temas ante o que hás de sofrer. Por estes dias, o Demônio vai lançar alguns de vós na prisão, para pôr-vos à prova. Tereis tribulações durante dez dias." Ap 2,10
Para algumas igrejas locais, resta claro, foram sim previstas específicas tribulações, como no caso da igreja de Esmirna, em terras de atual Turquia. Décadas após Sua Ascensão, Jesus diz: "Nada temas ante o que hás de sofrer. Por estes dias, o Demônio vai lançar alguns de vós na prisão, para pôr-vos à prova. Tereis tribulações durante dez dias." Ap 2,10
E a outra diocese, da Filadélfia, Ele promete proteção durante a grande provação, certamente da mesma forma alegando a perseguição promovida pelos césares: "Porque guardaste a Palavra de Minha paciência, Eu também te guardarei da hora da provação, que está para sobrevir ao mundo inteiro, para provar os habitantes da Terra. Venho em breve. Conserva o que tens, para que ninguém tome tua coroa." Ap 3,10-11
Em geral, Ele previu difíceis tempos para todos Seu seguidores aqui na Terra: "No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo." Jo 16,33
Aliás, expressamente falou de tempos de radical impotência: "Enquanto for dia, cumpre-Me terminar as obras d'Aquele que Me enviou. Virá a noite, na qual já ninguém pode trabalhar." Jo 9,4
Entretanto, Ele claramente disse que os maiores tormentos não se iniciariam com a destruição de Jerusalém, mas com o fim da dominação que ela sofreria dos estrangeiros, ou seja, após o fim dos 'tempos dos não judeus'. O Amado Médico registrou estas palavras, de Seus últimos dias entre os Apóstolos: "... e Jerusalém será pisada pelos não judeus, até completarem-se os tempos de suas nações. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na Terra, a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas. Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda Terra. As próprias forças dos céus serão abaladas." Lc 21,24-26
Pois, ainda segundo Jesus, até lá haverá tempo para que a humanidade tome notícia da Salvação oferecida através de Sua Palavra: "Este Evangelho do Reino será pregado pelo mundo inteiro, para servir de testemunho a todas nações, e então chegará o fim." Mt 24,14
Por Joel, de fato, Deus garantiu que o tempo da dominação dos estrangeiros sobre Jerusalém viria a término: "Então sabereis que Eu sou o Senhor, Vosso Deus, que habita em Sião, Minha santa montanha. Jerusalém será um lugar sagrado, onde os estrangeiros não tornarão mais a passar." Jl 4,17
E todavia segundo São Lucas, Jesus sentenciou que estes tormentos prenunciariam a definitiva vinda do Reino dos Céus, quer dizer, o fim do mundo e o Juízo Final: "'Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai vossas cabeças, porque se aproxima vossa libertação.' Ainda acrescentou esta comparação: 'Olhai para a figueira e para as demais árvores. Quando elas lançam os brotos, vós julgais que está perto o Verão. Assim, quando virdes que vão sucedendo estas coisas, também sabereis que se aproxima o Reino de Deus.'" Lc 21,28-31
A Carta de São Paulo aos Romanos também fez referência a esse tempo das nações não judias, assim como à rejeição dos judeus a Cristo. Mas profetiza uma redenção, ao fim: "... esta cegueira de uma parte de Israel só durará até que haja entrado a totalidade dos nãos judeus. Então Israel em peso será salvo, como está escrito: 'Virá de Sião o Libertador, apartará de Jacó a impiedade.'" Rm 11,25-26
Em geral, Ele previu difíceis tempos para todos Seu seguidores aqui na Terra: "No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo." Jo 16,33
Aliás, expressamente falou de tempos de radical impotência: "Enquanto for dia, cumpre-Me terminar as obras d'Aquele que Me enviou. Virá a noite, na qual já ninguém pode trabalhar." Jo 9,4
Entretanto, Ele claramente disse que os maiores tormentos não se iniciariam com a destruição de Jerusalém, mas com o fim da dominação que ela sofreria dos estrangeiros, ou seja, após o fim dos 'tempos dos não judeus'. O Amado Médico registrou estas palavras, de Seus últimos dias entre os Apóstolos: "... e Jerusalém será pisada pelos não judeus, até completarem-se os tempos de suas nações. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na Terra, a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas. Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda Terra. As próprias forças dos céus serão abaladas." Lc 21,24-26
Pois, ainda segundo Jesus, até lá haverá tempo para que a humanidade tome notícia da Salvação oferecida através de Sua Palavra: "Este Evangelho do Reino será pregado pelo mundo inteiro, para servir de testemunho a todas nações, e então chegará o fim." Mt 24,14
Por Joel, de fato, Deus garantiu que o tempo da dominação dos estrangeiros sobre Jerusalém viria a término: "Então sabereis que Eu sou o Senhor, Vosso Deus, que habita em Sião, Minha santa montanha. Jerusalém será um lugar sagrado, onde os estrangeiros não tornarão mais a passar." Jl 4,17
E todavia segundo São Lucas, Jesus sentenciou que estes tormentos prenunciariam a definitiva vinda do Reino dos Céus, quer dizer, o fim do mundo e o Juízo Final: "'Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai vossas cabeças, porque se aproxima vossa libertação.' Ainda acrescentou esta comparação: 'Olhai para a figueira e para as demais árvores. Quando elas lançam os brotos, vós julgais que está perto o Verão. Assim, quando virdes que vão sucedendo estas coisas, também sabereis que se aproxima o Reino de Deus.'" Lc 21,28-31
A Carta de São Paulo aos Romanos também fez referência a esse tempo das nações não judias, assim como à rejeição dos judeus a Cristo. Mas profetiza uma redenção, ao fim: "... esta cegueira de uma parte de Israel só durará até que haja entrado a totalidade dos nãos judeus. Então Israel em peso será salvo, como está escrito: 'Virá de Sião o Libertador, apartará de Jacó a impiedade.'" Rm 11,25-26
É o que está no Livro do Profeta Daniel, que em seguida menciona a Ressurreição da Carne, quando Deus lhe falou: "Naquele tempo levantar-se-á Miguel, o grande príncipe, defensor dos filhos de teu povo, e será um tempo de angústia como nunca houve até então, desde que começaram a existir nações. Mas nesse tempo teu povo será salvo, todos que se acharem inscritos no Livro. Muitos dos que dormem no pó da terra despertarão, uns para a Vida Eterna, outros para o eterno opróbrio. Porém os que tiverem sido sábios brilharão como o firmamento, e os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude brilharão como as estrelas, por toda eternidade." Dn 12,1-3
Antes, porém, este Profeta diz que haverá um período de trevas: "... no momento em que a força do povo santo for inteiramente rompida..." Dn 12,7
E as recomendações de Jesus para enfrentar esses tempos são as permanentes orações e vigílias: "Velai sobre vós mesmos, para que vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, com a embriaguez e com as preocupações da vida, para que aquele Dia não vos apanhe de surpresa. Como um laço, cairá sobre aqueles que habitam a face de toda Terra. Vigiai, pois, em todo tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de apresentar-vos de pé diante do Filho do Homem." Lc 21,34-36
E as recomendações de Jesus para enfrentar esses tempos são as permanentes orações e vigílias: "Velai sobre vós mesmos, para que vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, com a embriaguez e com as preocupações da vida, para que aquele Dia não vos apanhe de surpresa. Como um laço, cairá sobre aqueles que habitam a face de toda Terra. Vigiai, pois, em todo tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de apresentar-vos de pé diante do Filho do Homem." Lc 21,34-36
Essa mensagem Ele não dava apenas aos Apóstolos, mas também aos discípulos, seguidores e ao mundo todo: "O que vos digo, digo a todos: vigiai!" Mc 13,37
Eis que, em linhas gerais, a Primeira Carta de São Pedro exorta: "Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma extraordinária coisa. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que possais alegrar-vos e exultar no Dia em que Sua Glória for manifestada." 1 Pd 4,12-13
Eis que, em linhas gerais, a Primeira Carta de São Pedro exorta: "Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma extraordinária coisa. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que possais alegrar-vos e exultar no Dia em que Sua Glória for manifestada." 1 Pd 4,12-13
Na seriíssima Aparição de Akita, que se deu na década de 1970, em semelhança com a Aparição de Garabandal, nos anos 60, e também de Medjugorje, nos anos 80, ao referir-se a iminentes catástrofes, Nossa Senhora expressamente menciona uma Grande Tribulação.
E tão pertinente é esse assunto que intimamente ninguém o ignora.
"Lembrai-Vos, ó Pai, de Vossos filhos!"
"Lembrai-Vos, ó Pai, de Vossos filhos!"
quarta-feira, 23 de abril de 2025
São Jorge
Um dos mais venerados do Catolicismo, também está entre os 14 Santos auxiliares, aqueles que com extrema eficácia intercedem contra específicas doenças, e por isso é um dos grandes benfeitores dos pobres e desamparados.
Nasceu no ano de 275 em Capadócia, região de atual Turquia, terra que poucas décadas depois nos daria São Gregório Nazianzeno e os irmãos São Basílio Magno e São Gregório de Nissa, os três chamados Padres Capadócios, de tão importantes que para a Santa Igreja Católica são suas colaborações na compreensão das divinas revelações.
São Jorge ainda era criança quando perdeu seu pai numa batalha, pois era oficial do exército romano, e sua mãe teve que voltar para Lida, sua cidade natal, atualmente Lod em terras de Israel, onde São Pedro curou Eneias e acabou convertendo toda gente da região. O Livro de Atos dos Apóstolos narrou: "Pedro, que caminhava por toda parte, de cidade em cidade, também desceu aos fiéis que habitavam em Lida. Ali achou um homem chamado Eneias, que havia oito anos jazia paralítico num leito. Disse-lhe Pedro: 'Eneias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te e faze tua cama.' Ele imediatamente levantou-se. Viram-no curado todos que habitavam em Lida e na planície de Saron, e converteram-se ao Senhor." At 9,32-35
De rica família, a mãe de nosso Santo educou-o com os melhores mestres. Mas já na adolescência, movido por recordações, quis entrar para o exército romano. Acolhido por oficiais que haviam conhecido seu pai, fez carreira militar e aos 23 anos foi nomeado conde de Capadócia, indo morar em Nicomédia, cidade da corte imperial, próxima a Constantinopla, onde ocupou o cargo de Tribuno Militar.
Por esses tempos, porém, sua mãe veio a falecer e sua vida tomou outro rumo. A fé em Cristo, que até então secretamente vivia, irrompeu em seu coração. A solidão, as lembranças de sua mãe e de seu pai, e as perseguições que os cristãos de seu tempo sofriam precisaram de verdadeiras práticas espirituais para que se tornassem suportáveis. Distribuiu toda sua herança com os pobres e começou a prestar serviços de Sacerdote a toda gente.
Por esses tempos, porém, sua mãe veio a falecer e sua vida tomou outro rumo. A fé em Cristo, que até então secretamente vivia, irrompeu em seu coração. A solidão, as lembranças de sua mãe e de seu pai, e as perseguições que os cristãos de seu tempo sofriam precisaram de verdadeiras práticas espirituais para que se tornassem suportáveis. Distribuiu toda sua herança com os pobres e começou a prestar serviços de Sacerdote a toda gente.
Mas não abriu mão nem da função militar nem de suas influentes relações na corte, pois acreditava que o tratamento dado à Igreja de Cristo logo mudaria, tamanha era a adesão de todo povo do Império Romano ao Evangelho naqueles tempos.
Vivia o celibato e, de tão puro, pelos cristãos era visto como um anjo. E tal qual o Arcanjo São Miguel, como se vê em suas imagens, tomou como missão lutar e derrotar Satanás, à época representado por Roma, que perseguia a Igreja, ou seja, os filhos de Nossa Senhora, como o Livro de Apocalipse de São João bem descreveu: "O Dragão, vendo que fora precipitado na Terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino. A Terra, porém, acudiu à Mulher, abrindo a boca para engolir o rio que o Dragão vomitara. Este, então, irritou-se contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os Mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus." Ap 12,13.16-17
De fato, esse 'monstro' crescia diante dele e dos fiéis, que apesar de numerosos eram obrigados a viver a fé na clandestinidade. Em 303, quando São Jorge tinha 28 anos, o imperador Diocleciano iria publicar o 'Édito contra os cristãos', dando início a mais cruel e sangrenta perseguição. Por ódio e malícia de alguns generais, entretanto, suas ordens começaram a ser aplicadas no dia anterior ao Édito, e exatamente na igreja recém-construída por nosso Santo em Nicomédia, com instruções para destruí-la, queimar as Escrituras e confiscar seus bens e de todos que a frequentassem. E assim nesta região começou uma matança que só no período de Diocleciano e Maximiniano, seu co-imperador, chegaria a 20 mil seguidores de Cristo.
A intenção do imperador era mesmo dar um golpe mortal no cristianismo, tomando para si propriedades e extinguindo todo clero. Os cristãos investidos de cargos públicos no império deveriam ser imediatamente depostos e obrigados a prestar culto aos deuses pagãos. Mas, talvez porque Diocleciano já estivesse arrependido do brutal assassinato de São Jorge, que se deu dias antes pelas mãos de soldados romanos, foi anunciado que o Édito deveria ser cumprido 'sem derramamento de sangue'. Os juízes que tinham poderes para fazer cumprir o que estava escrito, no entanto, não conseguiam mais conter os ensandecidos praticantes do paganismo. E para agravar a situação, Galério, um dos quatro imperadores de então, publicamente recomendava a morte na fogueira a quem resistisse, o que, pelo amor que os fieis tinham a Cristo, acabou tornando-se recorrente execução.
O segundo Édito, do mesmo ano, dava ordens para imediata prisão de bispos, sacerdotes, diáconos e leitores. E tantos clérigos cristãos já enchiam as prisões que os juízes tiveram que libertar os presos por crimes comuns. No fim do mesmo ano, porém, Diocleciano, que não tinha como sustentar tal situação, anistiou a todos com um terceiro Édito, sob condição de que os clérigos oferecessem sacrifícios aos deuses, do que ele não abria mão. Juízes e guardas, então, que deveriam soltá-los, começaram a torturá-los para que aceitassem a proposta, o que veio a ser mais um espetáculo de barbárie, porque os fieis simplesmente se recusavam.
Vendo-se sem sucesso, no quarto Édito, em 304, Diocleciano tentou vencer o cristianismo de outro modo: obrigou todo povo do império, homens, mulheres e crianças, a prestar culto público aos deuses pagãos, fazendo-lhes ofertas de sacrifícios. Quem se recusasse, deveria ser sumariamente executado. E mais uma vez viu-se um banho de sangue. Multidões de cristãos foram martirizadas por toda parte.
Como fiel seguidor de Cristo, e exemplo para todos esses mártires, São Jorge, dias antes da publicação do primeiro Édito, havia-se levantado na reunião do senado imperial, que aprovaria tais medidas, e dito que aquela não era a solução. Ao contrário, os romanos é que deveriam converter-se para a Salvação de suas almas. Todos ficaram perplexos: ali, em pleno senado, um membro da corte romana declarava-se cristão! Um dos cônsules, visivelmente indignado, perguntou-lhe qual a razão de tamanha ousadia, ao que ele serena e convictamente respondeu: "A Verdade. Cristo é a Verdade."
Vivia o celibato e, de tão puro, pelos cristãos era visto como um anjo. E tal qual o Arcanjo São Miguel, como se vê em suas imagens, tomou como missão lutar e derrotar Satanás, à época representado por Roma, que perseguia a Igreja, ou seja, os filhos de Nossa Senhora, como o Livro de Apocalipse de São João bem descreveu: "O Dragão, vendo que fora precipitado na Terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino. A Terra, porém, acudiu à Mulher, abrindo a boca para engolir o rio que o Dragão vomitara. Este, então, irritou-se contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os Mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus." Ap 12,13.16-17
De fato, esse 'monstro' crescia diante dele e dos fiéis, que apesar de numerosos eram obrigados a viver a fé na clandestinidade. Em 303, quando São Jorge tinha 28 anos, o imperador Diocleciano iria publicar o 'Édito contra os cristãos', dando início a mais cruel e sangrenta perseguição. Por ódio e malícia de alguns generais, entretanto, suas ordens começaram a ser aplicadas no dia anterior ao Édito, e exatamente na igreja recém-construída por nosso Santo em Nicomédia, com instruções para destruí-la, queimar as Escrituras e confiscar seus bens e de todos que a frequentassem. E assim nesta região começou uma matança que só no período de Diocleciano e Maximiniano, seu co-imperador, chegaria a 20 mil seguidores de Cristo.
A intenção do imperador era mesmo dar um golpe mortal no cristianismo, tomando para si propriedades e extinguindo todo clero. Os cristãos investidos de cargos públicos no império deveriam ser imediatamente depostos e obrigados a prestar culto aos deuses pagãos. Mas, talvez porque Diocleciano já estivesse arrependido do brutal assassinato de São Jorge, que se deu dias antes pelas mãos de soldados romanos, foi anunciado que o Édito deveria ser cumprido 'sem derramamento de sangue'. Os juízes que tinham poderes para fazer cumprir o que estava escrito, no entanto, não conseguiam mais conter os ensandecidos praticantes do paganismo. E para agravar a situação, Galério, um dos quatro imperadores de então, publicamente recomendava a morte na fogueira a quem resistisse, o que, pelo amor que os fieis tinham a Cristo, acabou tornando-se recorrente execução.
O segundo Édito, do mesmo ano, dava ordens para imediata prisão de bispos, sacerdotes, diáconos e leitores. E tantos clérigos cristãos já enchiam as prisões que os juízes tiveram que libertar os presos por crimes comuns. No fim do mesmo ano, porém, Diocleciano, que não tinha como sustentar tal situação, anistiou a todos com um terceiro Édito, sob condição de que os clérigos oferecessem sacrifícios aos deuses, do que ele não abria mão. Juízes e guardas, então, que deveriam soltá-los, começaram a torturá-los para que aceitassem a proposta, o que veio a ser mais um espetáculo de barbárie, porque os fieis simplesmente se recusavam.
Vendo-se sem sucesso, no quarto Édito, em 304, Diocleciano tentou vencer o cristianismo de outro modo: obrigou todo povo do império, homens, mulheres e crianças, a prestar culto público aos deuses pagãos, fazendo-lhes ofertas de sacrifícios. Quem se recusasse, deveria ser sumariamente executado. E mais uma vez viu-se um banho de sangue. Multidões de cristãos foram martirizadas por toda parte.
Como fiel seguidor de Cristo, e exemplo para todos esses mártires, São Jorge, dias antes da publicação do primeiro Édito, havia-se levantado na reunião do senado imperial, que aprovaria tais medidas, e dito que aquela não era a solução. Ao contrário, os romanos é que deveriam converter-se para a Salvação de suas almas. Todos ficaram perplexos: ali, em pleno senado, um membro da corte romana declarava-se cristão! Um dos cônsules, visivelmente indignado, perguntou-lhe qual a razão de tamanha ousadia, ao que ele serena e convictamente respondeu: "A Verdade. Cristo é a Verdade."
Como a proposta deste Édito de Diocleciano já estava previamente aceita, e aquela assembleia era mera formalidade, São Jorge foi retirado do ambiente e torturado para que publicamente renegasse o Catolicismo. Levado algumas vezes ao imperador, após muitas seções de vários tipos de tortura, ele bravamente resistia dizendo que jamais prestaria sacrifício aos deuses. Quem assistiu a seus suplícios, dores absolutamente insuportáveis, sabia que ele só podia estar vivo por milagre. Muitos deles, vendo tanta fé em seu iluminado semblante, terminariam por converterem-se, como aconteceu com a própria esposa de Diocleciano. Uma forte atmosfera de sacralidade envolvia todo seu martírio, um autêntico testemunho cristão.
Assombrado e nervoso, vendo que nada conseguiria através das flagelações, esbravejando mandou que São Jorge fosse decapitado. Assim nascia uma das maiores devoções religiosas de todo mundo. É o Santo padroeiro dos soldados, dos cavaleiros, dos fazendeiros e agricultores. Em sua homenagem, uma igreja foi construída em Efraim, próspera cidade próximo a Lida, mas em 614 foi destruída por muçulmanos de origem persa.
Seus restos mortais, porém, já haviam sido levados para Lida, onde poucas décadas depois de sua morte, Constantino, filho de Santa Helena, o primeiro imperador a converter-se ao cristianismo, mandou construir-lhes uma igreja.
São Jorge, rogai por nós!
Assombrado e nervoso, vendo que nada conseguiria através das flagelações, esbravejando mandou que São Jorge fosse decapitado. Assim nascia uma das maiores devoções religiosas de todo mundo. É o Santo padroeiro dos soldados, dos cavaleiros, dos fazendeiros e agricultores. Em sua homenagem, uma igreja foi construída em Efraim, próspera cidade próximo a Lida, mas em 614 foi destruída por muçulmanos de origem persa.
Seus restos mortais, porém, já haviam sido levados para Lida, onde poucas décadas depois de sua morte, Constantino, filho de Santa Helena, o primeiro imperador a converter-se ao cristianismo, mandou construir-lhes uma igreja.
São Jorge, rogai por nós!
terça-feira, 22 de abril de 2025
As Preocupações do Mundo
Nosso Salvador ia ainda mais longe: pedia que nos detivéssemos na obra de Salvação de nossas almas recomendando penitências! Está no Evangelho segundo São Mateus: "Desde então, Jesus começou a pregar: 'Fazei penitência, pois o Reino dos Céus está próximo.'" Mt 4,17
Pois esse é o sentido de Sua Paixão e a missão da Santa Igreja Católica, como Ele ensinou aos Apóstolos, no Evangelho segundo São Lucas, falando de Si em terceira pessoa, logo no Domingo da Ressurreição: "Então lhes abriu o espírito para que compreendessem as Escrituras, dizendo: 'Assim é que está escrito, e assim era necessário que Cristo padecesse, mas que dos mortos ressurgisse ao terceiro dia. E que em Seu Nome se pregasse a penitência para a remissão dos pecados a todas nações, começando por Jerusalém.'" Lc 24,47
Ensinava, da mesma forma, a prática do desapego: "E então disse ao povo: 'Escrupulosamente guardai-vos de toda avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas.'" Lc 12,15
Assim, cumpridas nossas obrigações, temos que confiantemente nos entregar nas mãos de Deus, abandonar-nos aos Seus cuidados, pois se não podemos viver como preguiçosos, que presunçosamente tudo esperam, também não podemos viver como neuróticos, ciosos do que não podemos controlar. Ele alertava das inerentes aflições de um cristão, que requerem a virtude da fortaleza: "Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá suas próprias preocupações. A cada dia basta seu mal." Mt 6,34
Na parábola do semeador, Jesus revela quem somos e o quanto realmente confiamos na Palavra de Deus. E as preocupações aí aparecem como um grande impedimento à fé. São Marcos assim registrou:
"O semeador lança a Palavra. Alguns encontram-se à beira do caminho, onde ela é semeada. Apenas a ouvem, vem Satanás tirar a Palavra neles semeada.
Outros recebem a semente em pedregosos solos. Quando a ouvem, recebem-na com alegria. Mas não têm raiz em si mesmos, são inconstantes, e assim que se levanta uma tribulação ou uma perseguição por causa da Palavra, eles tropeçam.
Outros ainda recebem a semente entre os espinhos. Ouvem a Palavra, mas as mundanas preocupações, a ilusão das riquezas, as múltiplas cobiças sufocam-na e tornam-na infrutífera.
Mas aqueles que recebem a semente em boa terra, escutam a Palavra, acolhem-na e dão fruto. Trinta, sessenta e cem por um."
Assim, cumpridas nossas obrigações, temos que confiantemente nos entregar nas mãos de Deus, abandonar-nos aos Seus cuidados, pois se não podemos viver como preguiçosos, que presunçosamente tudo esperam, também não podemos viver como neuróticos, ciosos do que não podemos controlar. Ele alertava das inerentes aflições de um cristão, que requerem a virtude da fortaleza: "Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá suas próprias preocupações. A cada dia basta seu mal." Mt 6,34
Na parábola do semeador, Jesus revela quem somos e o quanto realmente confiamos na Palavra de Deus. E as preocupações aí aparecem como um grande impedimento à fé. São Marcos assim registrou:
"O semeador lança a Palavra. Alguns encontram-se à beira do caminho, onde ela é semeada. Apenas a ouvem, vem Satanás tirar a Palavra neles semeada.
Outros recebem a semente em pedregosos solos. Quando a ouvem, recebem-na com alegria. Mas não têm raiz em si mesmos, são inconstantes, e assim que se levanta uma tribulação ou uma perseguição por causa da Palavra, eles tropeçam.
Outros ainda recebem a semente entre os espinhos. Ouvem a Palavra, mas as mundanas preocupações, a ilusão das riquezas, as múltiplas cobiças sufocam-na e tornam-na infrutífera.
Mas aqueles que recebem a semente em boa terra, escutam a Palavra, acolhem-na e dão fruto. Trinta, sessenta e cem por um."
Mc 4,14-20
Por isso, Ele ensina a primeiro buscar o Reino de Deus, o que deve ser feito com empenho e perseverança, e promete que tudo mais se resolverá. E mais uma vez mencionou as preocupações como um empecilho à Comunhão com Deus, como Amado Médico narrou:
"Jesus voltou-Se, então, para Seus discípulos:
Por isso, Ele ensina a primeiro buscar o Reino de Deus, o que deve ser feito com empenho e perseverança, e promete que tudo mais se resolverá. E mais uma vez mencionou as preocupações como um empecilho à Comunhão com Deus, como Amado Médico narrou:
"Jesus voltou-Se, então, para Seus discípulos:
- Portanto, digo-vos: não andeis preocupados com vossa vida, pelo que haveis de comer; nem com vosso corpo, pelo que haveis de vestir. A vida vale mais que o sustento, e o corpo, mais que as vestes.
Considerai os corvos: eles não semeiam, nem ceifam, nem têm despensa, nem celeiro. Entretanto, Deus sustenta-os. Quanto mais valeis vós que eles? Mas qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só minuto à duração de vossa vida? Se vós, pois, não podeis fazer nem as mínimas coisas, por que estais preocupados com as outras?
Considerai os lírios, como crescem. Não fiam, nem tecem. Contudo, digo-vos: nem Salomão em toda sua glória jamais se vestiu como um deles! Se Deus, portanto, assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã se lança ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé!
Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou beber, e não andeis com vãs preocupações. Porque os homens do mundo é que se preocupam com todas estas coisas. Mas Vosso Pai bem sabe que precisais de tudo isso. Antes buscai o Reino de Deus e Sua justiça, e todas estas coisas sê-vos-ão dadas por acréscimo."
Considerai os corvos: eles não semeiam, nem ceifam, nem têm despensa, nem celeiro. Entretanto, Deus sustenta-os. Quanto mais valeis vós que eles? Mas qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só minuto à duração de vossa vida? Se vós, pois, não podeis fazer nem as mínimas coisas, por que estais preocupados com as outras?
Considerai os lírios, como crescem. Não fiam, nem tecem. Contudo, digo-vos: nem Salomão em toda sua glória jamais se vestiu como um deles! Se Deus, portanto, assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã se lança ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé!
Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou beber, e não andeis com vãs preocupações. Porque os homens do mundo é que se preocupam com todas estas coisas. Mas Vosso Pai bem sabe que precisais de tudo isso. Antes buscai o Reino de Deus e Sua justiça, e todas estas coisas sê-vos-ão dadas por acréscimo."
Lc 12,22-31
Em síntese, Jesus exortava a que, seja no dia de nossa morte ou mesmo no fim do mundo, sempre estejamos preparados, cuidando da alma e da fé, sem nos entregarmos nem a falsos prazeres nem a mundanos cuidados: "Velai sobre vós mesmos para que vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, com a embriaguez e com as preocupações da vida. Para que Aquele Dia não vos apanhe de improviso." Lc 21,34
A bem da verdade, Ele quis preparar-nos para tarefas muito mais difíceis que meras preocupações. Ao contrário de algumas infundadas expectativas, anunciadas por 'profetas' da prosperidade material, Ele não nos prometeu um mar de rosas aqui na Terra: avisou das aflições que passaríamos ao abraçar Seus ensinamentos, e por isso pediu-nos coragem. Ele disse enquanto Se despedia dos Apóstolos, no Evangelho segundo São João: "Referi-vos essas coisas para que em Mim tenhais a Paz. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo." Jo 16,33
Em síntese, Jesus exortava a que, seja no dia de nossa morte ou mesmo no fim do mundo, sempre estejamos preparados, cuidando da alma e da fé, sem nos entregarmos nem a falsos prazeres nem a mundanos cuidados: "Velai sobre vós mesmos para que vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, com a embriaguez e com as preocupações da vida. Para que Aquele Dia não vos apanhe de improviso." Lc 21,34
A bem da verdade, Ele quis preparar-nos para tarefas muito mais difíceis que meras preocupações. Ao contrário de algumas infundadas expectativas, anunciadas por 'profetas' da prosperidade material, Ele não nos prometeu um mar de rosas aqui na Terra: avisou das aflições que passaríamos ao abraçar Seus ensinamentos, e por isso pediu-nos coragem. Ele disse enquanto Se despedia dos Apóstolos, no Evangelho segundo São João: "Referi-vos essas coisas para que em Mim tenhais a Paz. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo." Jo 16,33
Do contrário, como entenderíamos a incumbência que Ele deu a um seguidor, num difícil momento da vida, em que aparentemente lhe caberia apenas fazer o funeral do próprio pai? Sem dúvida, somos chamados a maiores missões: "Outra vez, um de Seus discípulos disse-Lhe: 'Senhor, primeiro deixa-me ir enterrar meu pai.' Jesus, porém, respondeu-lhe: 'Segue-Me, e deixa que os mortos enterrem seus mortos.'" Mt 8,21-22
A própria vida de Jesus, aliás, já demonstrava a condição de auto-abandono em que vivem os verdadeiros servos de Deus: "Nisto, d'Ele aproximou-se um escriba e disse-Lhe: 'Mestre, segui-Te-ei aonde quer que fores.' Respondeu Jesus: 'As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.'" Mt 8,19-20
Pois só o pleno cumprimento de Sua Missão Lhe saciava: "Entretanto, os discípulos pediam-Lhe: 'Mestre, come.' Mas Ele disse-lhes: 'Tenho um alimento para comer que vós não conheceis.' Os discípulos perguntavam uns aos outros: 'Alguém Lhe teria trazido de comer?' Disse-lhes Jesus: 'Meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que Me enviou, e cumprir Sua obra.'" Jo 4,31-34
E assim Ele também determinou aos Apóstolos, modelos de Seus Sacerdotes, na primeira missão que lhes deu: "Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos, nem mochila para a viagem, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão. Pois o operário merece seu sustento." Mt 10,9-10
Afirmativamente, Ele estabeleceu um parâmetro absolutamente sobrenaturais de amor: "Ninguém tem maior amor que aquele que dá sua vida por seus amigos." Jo 15,13
Por isso, acenando para a Ressurreição da Carne, Ele garantia o total controle por parte de Deus: "Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes temei Aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena. Não se vendem dois passarinhos por um asse? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade de Vosso Pai. Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós." Mt 10,28-31
E foi contundente quanto aos apegos da vida terrena, mesmo por familiares, que tornam impossível amar a Deus sobre todas coisas: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem ama seu filho mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma sua cruz e não Me segue, não é digno de Mim. Aquele que tentar salvar sua vida, perdê-la-á. Aquele que a perder, por Minha causa, reencontrá-la-á." Mt 10,37-39
Em compensação, a Sua Igreja, não ao mundo, Ele prometeu Sua Paz: "Deixo-vos a Paz, dou-vos Minha Paz. Não é à maneira do mundo que Eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize vosso coração." Jo 14,28
Para sempre deu-nos o Espírito Santo, cuja missão está evidente pelo nome com que O invocou: "E Eu pedirei ao Pai, e Ele dar-vos-á outro Consolador, que convosco ficará para sempre..." Jo 14,16
E prometeu a verdadeira alegria: "Perseverai em Meu amor. Se guardardes Meus Mandamentos, sereis constantes em Meu amor, como Eu também guardei os Mandamentos de Meu Pai e persisto em Seu amor. Disse-vos essas coisas para que Minha alegria esteja em vós, e vossa alegria seja completa." Jo 15,9-11
Contra todas atribulações, portanto, Ele recomendou perseverança, e que n'Ele crêssemos como cremos em Deus: "Não se perturbe vosso coração. Vós credes em Deus, crede também em Mim." Jo 14,1
A própria vida de Jesus, aliás, já demonstrava a condição de auto-abandono em que vivem os verdadeiros servos de Deus: "Nisto, d'Ele aproximou-se um escriba e disse-Lhe: 'Mestre, segui-Te-ei aonde quer que fores.' Respondeu Jesus: 'As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.'" Mt 8,19-20
Pois só o pleno cumprimento de Sua Missão Lhe saciava: "Entretanto, os discípulos pediam-Lhe: 'Mestre, come.' Mas Ele disse-lhes: 'Tenho um alimento para comer que vós não conheceis.' Os discípulos perguntavam uns aos outros: 'Alguém Lhe teria trazido de comer?' Disse-lhes Jesus: 'Meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que Me enviou, e cumprir Sua obra.'" Jo 4,31-34
E assim Ele também determinou aos Apóstolos, modelos de Seus Sacerdotes, na primeira missão que lhes deu: "Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos, nem mochila para a viagem, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão. Pois o operário merece seu sustento." Mt 10,9-10
Afirmativamente, Ele estabeleceu um parâmetro absolutamente sobrenaturais de amor: "Ninguém tem maior amor que aquele que dá sua vida por seus amigos." Jo 15,13
Por isso, acenando para a Ressurreição da Carne, Ele garantia o total controle por parte de Deus: "Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes temei Aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena. Não se vendem dois passarinhos por um asse? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade de Vosso Pai. Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós." Mt 10,28-31
E foi contundente quanto aos apegos da vida terrena, mesmo por familiares, que tornam impossível amar a Deus sobre todas coisas: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem ama seu filho mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma sua cruz e não Me segue, não é digno de Mim. Aquele que tentar salvar sua vida, perdê-la-á. Aquele que a perder, por Minha causa, reencontrá-la-á." Mt 10,37-39
Em compensação, a Sua Igreja, não ao mundo, Ele prometeu Sua Paz: "Deixo-vos a Paz, dou-vos Minha Paz. Não é à maneira do mundo que Eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize vosso coração." Jo 14,28
Para sempre deu-nos o Espírito Santo, cuja missão está evidente pelo nome com que O invocou: "E Eu pedirei ao Pai, e Ele dar-vos-á outro Consolador, que convosco ficará para sempre..." Jo 14,16
E prometeu a verdadeira alegria: "Perseverai em Meu amor. Se guardardes Meus Mandamentos, sereis constantes em Meu amor, como Eu também guardei os Mandamentos de Meu Pai e persisto em Seu amor. Disse-vos essas coisas para que Minha alegria esteja em vós, e vossa alegria seja completa." Jo 15,9-11
Contra todas atribulações, portanto, Ele recomendou perseverança, e que n'Ele crêssemos como cremos em Deus: "Não se perturbe vosso coração. Vós credes em Deus, crede também em Mim." Jo 14,1
"UMA SÓ COISA É NECESSÁRIA"
Como exemplo também temos o clássico episódio de Santa Marta, símbolo das mulheres que, antes que uma verdadeira conversão, demasiadamente se entregam aos trabalhos, ao ativismo, e descuidam da oração, da reflexão, da contemplação e dos assuntos espirituais. E mais uma vez Jesus ensina que uma só coisa é realmente importante: a Salvação da alma. São Lucas contou:
"Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher, chamada Marta, O recebeu em sua casa. Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor para ouvi-Lo falar. Marta, toda preocupada na lida da casa, veio a Jesus e disse:
- Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude.
Respondeu-lhe o Senhor:
- Marta, Marta, andas muito inquieta e preocupas-te com muitas coisas. No entanto, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada."
Como exemplo também temos o clássico episódio de Santa Marta, símbolo das mulheres que, antes que uma verdadeira conversão, demasiadamente se entregam aos trabalhos, ao ativismo, e descuidam da oração, da reflexão, da contemplação e dos assuntos espirituais. E mais uma vez Jesus ensina que uma só coisa é realmente importante: a Salvação da alma. São Lucas contou:
"Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher, chamada Marta, O recebeu em sua casa. Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor para ouvi-Lo falar. Marta, toda preocupada na lida da casa, veio a Jesus e disse:
- Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude.
Respondeu-lhe o Senhor:
- Marta, Marta, andas muito inquieta e preocupas-te com muitas coisas. No entanto, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada."
Lc 10,38-42
Ora, falando sobre a verdadeira esperança, a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios foi contundente: "Se é só para esta vida que temos colocado nossa esperança em Cristo, de todos homens somos os mais dignos de lástima." 1 Cor 15,19
Ora, falando sobre a verdadeira esperança, a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios foi contundente: "Se é só para esta vida que temos colocado nossa esperança em Cristo, de todos homens somos os mais dignos de lástima." 1 Cor 15,19
A Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios menciona os terríveis percalços que ele e seus colaboradores sofreram e diz da autêntica fé: "Não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio em Ásia. Ali fomos desmedidamente maltratados, além das nossas forças, a ponto de termos perdido a esperança de sair com vida. Dentro de nós mesmos sentíamos a sentença de morte, para que aprendêssemos a pôr nossa confiança não em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos. Ele livrou-nos e livrá-nos-á de tamanhos perigos de morte. Sim, esperamos que ainda nos livrará se vós também nos ajudardes com orações em nossa intenção." 2 Cor 1,8-11a
E reveladoramente, ele ensina: "Portanto, quem pensa estar de pé, veja que não caia. Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além de vossas forças, mas com a tentação Ele dá-vos-á os meios de suportá-la e dela sairdes." 1 Cor 10,12-13
De fato, a Carta de São Paulo aos Romanos reconhece ingentes dificuldades: "Pois sabemos que toda Criação geme e sofre como que dores de parto até o presente dia. Não só ela, mas nós, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a Redenção de nosso corpo." Rm 8,22-23
De fato, a Carta de São Paulo aos Romanos reconhece ingentes dificuldades: "Pois sabemos que toda Criação geme e sofre como que dores de parto até o presente dia. Não só ela, mas nós, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a Redenção de nosso corpo." Rm 8,22-23
Pregando as penitências, porém, ele assegura a Unção, e assim o total desassombro: "Portanto, irmãos, não somos devedores da carne para que vivamos segundo a carne. De fato, se viverdes segundo a carne, haveis de morrer. Mas se pelo espírito mortificardes as obras da carne, vivereis, pois todos que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para ainda viverdes no temor, mas recebestes o Espírito de Adoção pelo Qual clamamos: Aba! Pai!" Rm 8,12-15
A Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo, no mesmo sentido, relembra a Graça que se recebe pelo Sacramento da Crisma: "Por esse motivo, eu exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição de minhas mãos. Pois Deus não nos deu um espírito de tibieza, mas de fortaleza, de amor e de Sabedoria." 2 Tm 1,6-7
A Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo, no mesmo sentido, relembra a Graça que se recebe pelo Sacramento da Crisma: "Por esse motivo, eu exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição de minhas mãos. Pois Deus não nos deu um espírito de tibieza, mas de fortaleza, de amor e de Sabedoria." 2 Tm 1,6-7
O Apóstolo dos Gentios também lembra os indizíveis auxílios do Divino Paráclito: "Porque pela esperança é que fomos salvos. Ora, ver o objeto da esperança já não é esperança. Porque o que alguém vê, como é que ainda o espera? Nós que esperamos o que não vemos, é em paciência que o aguardamos. Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém. Mas o próprio Espírito intercede por nós com inefáveis gemidos." Rm 8,24-26
A Primeira Carta de São Paulo a São Timóteo exalta o Evangelho e a religiosidade, em combinação com o desapego, enquanto denuncia mercadores da fé: "Quem ensina de outra forma e discorda das salutares palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, bem como da Doutrina conforme à piedade, é um obcecado pelo orgulho, um ignorante, doentio por ociosas questões e contendas de palavras. Daí se originam a inveja, a discórdia, os insultos, as injustas suspeitas, os vãos conflitos entre homens de corrompido coração e privados da Verdade, que na piedade só vêem uma fonte de lucro. Sem dúvida, de grande proveito é a piedade, porém quando acompanhada de espírito de desprendimento. Porque nada trouxemos ao mundo, como tampouco nada poderemos levar. Tendo alimento e vestuário, contentemo-nos com isto." 1 Tm 6,3-8
Ele assume nossa natural fragilidade e dá exemplo de resignação e confiança nos desígnios de Deus: "Ademais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para esbofetear-me e livrar-me do perigo da vaidade. Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim, mas Ele disse-me: 'Basta-te Minha Graça, porque é na fraqueza que Minha força se revela totalmente.' Portanto, prefiro gloriar-me de minhas fraquezas, para que em mim habite a força de Cristo. Eis porque sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor a Cristo. Porque, quando me sinto fraco, então é que sou forte." 2 Cor 12,7-10
Ele dá esta certeza: "Aliás, sabemos que todas coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos segundo Seus desígnios." Rm 8,28
E a Carta de São Paulo aos Colossenses quase replica as palavras de Jesus: "Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Ele está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da Terra." Cl 1,1-2
Ele dá esta certeza: "Aliás, sabemos que todas coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos segundo Seus desígnios." Rm 8,28
E a Carta de São Paulo aos Colossenses quase replica as palavras de Jesus: "Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Ele está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da Terra." Cl 1,1-2
O Divino Mestre, de fato, garantiu: "E Eu digo-vos: pedi, e dá-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abri-se-vos-á. Pois todo aquele que pede, recebe, todo aquele que procura, acha, e ao que bater, abri-se-lhe-á. Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais Vosso Pai Celestial dará o Espírito Santo aos que LhO pedirem." Lc 11,9-10.13
E a Carta de São Tiago explica: "Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova de vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem deficiência alguma. Se alguém de vós necessita de Sabedoria, peça-a a Deus, que a todos liberalmente dá com simplicidade e sem recriminação, e sê-lhe-á dada. Mas peça-a com fé, sem nenhuma vacilação, porque o homem que vacila se assemelha à onda do mar, levantada pelo vento e agitada de um lado para o outro. Portanto, não pense tal homem que alcançará alguma coisa do Senhor, pois é um irresoluto homem, inconstante em todo seu proceder." Tg 1,2-8
Também focando o indizível bem da Graça, na Carta aos Hebreus os seguidores da tradição de São Paulo lembram o próprio Sacrifício de Cristo e asseveram: "Temos, portanto, um Grande Sumo Sacerdote que aos Céus chegou: Jesus, Filho de Deus. Conservemos firme nossa fé. Porque n'Ele não temos um Pontífice incapaz de compadecer-Se de nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado. Confiantemente aproximemo-nos, pois, do trono da Graça, a fim de alcançar Misericórdia e achar a Graça de um oportuno auxílio." Hb 4,14-16
Também focando o indizível bem da Graça, na Carta aos Hebreus os seguidores da tradição de São Paulo lembram o próprio Sacrifício de Cristo e asseveram: "Temos, portanto, um Grande Sumo Sacerdote que aos Céus chegou: Jesus, Filho de Deus. Conservemos firme nossa fé. Porque n'Ele não temos um Pontífice incapaz de compadecer-Se de nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado. Confiantemente aproximemo-nos, pois, do trono da Graça, a fim de alcançar Misericórdia e achar a Graça de um oportuno auxílio." Hb 4,14-16
E firmam que por Sua Ressurreição Cristo destruiu o maior dos medos: "Pois como os filhos participam da mesma natureza, da mesma carne e do sangue, Ele também participou, a fim de destruir pela morte aquele que tinha o império da morte, isto é, o Demônio, e libertar aqueles que, pelo medo da morte, estavam toda vida sujeitos a uma verdadeira escravidão." Hb 2,14-15
A Primeira Carta de São João, versando sobre o amor, vai em idêntico sentido: "Nisto é perfeito em nós o amor: que tenhamos confiança no Dia do Julgamento, pois, como Ele é, nós também o somos neste mundo. No amor não há temor. Antes, o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor envolve castigo, e quem teme não é perfeito no amor." 1 Jo 4,17-18
A Primeira Carta de São João, versando sobre o amor, vai em idêntico sentido: "Nisto é perfeito em nós o amor: que tenhamos confiança no Dia do Julgamento, pois, como Ele é, nós também o somos neste mundo. No amor não há temor. Antes, o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor envolve castigo, e quem teme não é perfeito no amor." 1 Jo 4,17-18
E diz da confiança que o Evangelho dá, invocando a própria Vida do Cristo: "Aquele, porém, que guarda Sua Palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos n'Ele: aquele que n'Ele afirma permanecer, também deve viver como Ele viveu." 1 Jo 2,5-6
Apontando os perigos da permissividade, a Primeira Carta de São Pedro exorta à confiante resignação: "Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele vos exalte em oportuno momento. Confiai-Lhe todas vossas preocupações, porque Ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o Demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé. Vós sabeis que vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem os mesmos padecimentos que vós. O Deus de toda Graça, que em Cristo vos chamou à Sua Eterna Glória, depois que tiverdes padecido um pouco, aperfeiçoá-vos-á, torná-vos-á inabaláveis, fortificá-vos-á." 1 Pd 5,6-10
Apontando os perigos da permissividade, a Primeira Carta de São Pedro exorta à confiante resignação: "Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele vos exalte em oportuno momento. Confiai-Lhe todas vossas preocupações, porque Ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o Demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé. Vós sabeis que vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem os mesmos padecimentos que vós. O Deus de toda Graça, que em Cristo vos chamou à Sua Eterna Glória, depois que tiverdes padecido um pouco, aperfeiçoá-vos-á, torná-vos-á inabaláveis, fortificá-vos-á." 1 Pd 5,6-10
Até diz de grandes injustiças como natural caminho da cristandade, a exemplo da própria Paixão de Cristo: "Com efeito, é coisa agradável a Deus sofrer contrariedades e injustamente padecer, por motivo de consciência para com Deus. Que mérito teria alguém se pacientemente suportasse os açoites por ter praticado o mal? Ao contrário, se é por ter feito o bem que sois maltratados, e se pacientemente o suportardes, isto é coisa agradável aos olhos de Deus. Ora, é para isto que fostes chamados. Cristo também padeceu por vós, deixando-vos exemplo para que sigais Seus passos." 1 Pd 2,19-21
Em grande inspiração, a Segunda Carta de São Pedro recomenda esta redentora ascese: "O divino poder deu-nos tudo que contribui para a Vida e a piedade, fazendo-nos conhecer Aquele que nos chamou por Sua Glória e Sua Virtude. Por estes motivos, esforçai-vos quanto possível por unir a vossa fé a virtude, à virtude a ciência, à ciência a temperança, à temperança a paciência, à paciência a piedade, à piedade o fraterno amor, e ao fraterno amor a caridade." 2 Pd 1,3.5-7
E eis que Cristo, mesmo reconhecendo fragilidades, promete à igreja de Sardes no Livro de Apocalipse de São João: "Conheço tuas obras: diante de ti pus uma porta aberta que ninguém pode fechar, porque apesar de tua fraqueza guardaste Minha Palavra e não renegaste Meu Nome." Ap 3,8
O Livro de Sabedoria, enfim, alerta para o peso dos pecados e para a falta de vida espiritual: "Tímidos são os pensamentos dos mortais, e incertas as nossas concepções; o corpo corruptível torna pesada a alma, e a morada terrestre oprime o espírito carregado de cuidados." Sb 9,14-15
"Fazei de nós uma perfeita oferenda!"
O Livro de Sabedoria, enfim, alerta para o peso dos pecados e para a falta de vida espiritual: "Tímidos são os pensamentos dos mortais, e incertas as nossas concepções; o corpo corruptível torna pesada a alma, e a morada terrestre oprime o espírito carregado de cuidados." Sb 9,14-15
"Fazei de nós uma perfeita oferenda!"
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