Da mesma dimensão dos grandiosos milagres que se veem no Antigo Testamento, como quando Deus abriu o Mar Vermelho, a translação da Sagrada Casa de Nazaré é um portentoso sinal dos Céus.
Mas não há o que imaginar: tão sobrenatural quanto qualquer milagre, Jesus quis preservar Sua modesta Casa da Galileia da profanação dos muçulmanos, por força da invasão da Terra Santa que culminaria na Queda de Acre, em 18 de maio de 1291, um importante porto de Israel e último bastião dos cruzados. Providencialmente, na noite de 9 para 10 de maio desse ano, Nosso Senhor ordenou que os anjos a transportassem pelo céu, de Israel a Europa. E, realmente, em seguida mamelucos egípcios e sírios vieram a destruir a Igreja da Anunciação, construída por Santa Helena no século IV, que abrigava a Santa Casa de Nazaré.
A autenticidade destes fatos é atestada pela própria arqueologia. São muitas e gritantes evidências:
- as pedras das paredes não existem nem na Croácia nem na Itália, e eram as que se usavam nas construções na Palestina dos tempos de Jesus;
- a argamassa é de terra palestina, quimicamente comprovada, e especificamente de Nazaré;
- o 'cimento' que dá coesão à argamassa é feito de sulfato de cálcio e pó de carvão de madeira, simplesmente desconhecido na Europa mesmo no período da translação;
- as pedras foram entalhadas em estilo nabateu, ou seja, árabe, que havia sido adotado em toda região da Palestina antes do século I, inclusive, três séculos mais tarde, na construção da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém;
- o padrão de construção de parte da parede, posicionando pedras para formar uma 'espinha de peixe', é típico da região da Galileia;
- a viga da porta original é de cedro, típica madeira da Palestina e que não havia na Itália à época da translação;
- as 60 inscrições em hebraico nas pedras, características da simbologia judaico-cristã, são datadas do século I ao III. Há uma escrita em grego, com duas letras em hebraico, e diz 'Oh Jesus, Filho de Deus';
- as três paredes foram simultaneamente, e no mesmo formato atual, 'aterrissadas' sobre o chão, sem nenhum alicerce, numa antiga estrada pública. O fato de não terem alicerce é absolutamente incomum, tanto na Palestina como na Itália e na Croácia, por onde também 'passou' e 'pousou';
- o terreno, onde a edificação das três paredes foi em monobloco 'assentada', não foi previamente desmatado, pois 'pousou' sobre um arbusto que deixou parte para fora e parte para dentro das paredes;
- o altar, que com elas veio, também é feito das mesmas pedras da Palestina, igualmente trabalhadas na técnica nabateia, e foi erigido pelos Apóstolos, que transformaram a Casa de Maria em local de culto logo após a Ressurreição de Jesus. Senão o mais antigo, um dos mais antigos altares da cristandade, ele é guardado embaixo do altar da Santa Casa do Loreto, atrás de uma grade;
- de típico modelo da Palestina do século I, as três paredes perfeitamente encaixam-se nos tamanhos e proporções do alicerce e da gruta de Nazaré, que era usada pela Sagrada Família como outras dependências e também depósito, e sobre os quais foi construída a atual Basílica da Anunciação;
- nas frestas das paredes foi encontrado um ovo de avestruz, raríssimo na Itália, mas característico símbolo das igrejas palestinas, como havia na Basílica do Santo Sepulcro e na Igreja de Nazaré; e, por fim,
- a Casa foi 'posta' voltada para o norte, embora ninguém na região do Loreto assim construa, pois o vento vem do norte. Em Nazaré, porém, isso faz pleno sentido.
A pedido do rei de Nápoles, um morador local, Paolo della Selva, escreveu-lhe uma carta narrando o episódio da chegada da Santa Casa a Loreto, depois de uma passagem pela localidade de Posatora: "A 10 de dezembro de 1294, quando à meia-noite tudo estava mergulhado em silêncio, uma luz espargiu-se do céu e, intensa, veio ferir o olhar de muitos habitantes às margens do Adriático, arrancou a todos de suas residências, levando-os a presenciar uma grande maravilha, superior a todas forças da natureza. Todos então viram e à vontade contemplaram uma Casa toda cercada de celeste esplendor, viajando através dos ares da noite. Os camponeses e pastores ficaram estupefatos diante de tão grande maravilha.
Foi a Santa Casa depositada no meio dum bosque, um enorme lugar, as árvores mesmas lá inclinando-se. Ainda hoje inclinadas no meio de uma floresta de loureiros, daí o nome de Loreto, como agora se chama o dito lugar.
O que acima ficou dito é verdadeiro e conforme a nossos anais e a arquivos públicos. Em testemunho e em fé, ordenamos que esta peça fosse sinalada com nosso selo e subscrita pelo tabelião público, estabelecido pela autoridade imperial a 12 de junho de 1297."
Através dos séculos, renomados engenheiros e arquitetos examinaram as paredes e cabalmente atestaram que não há nenhuma possibilidade de que elas tenham sido erguidas ali, onde se encontram. Ou seja, são pedras palestinas, que estão juntas por uma argamassa palestina desde quando foram construídas, datando de antes do século I.
Além da própria Casa do Loreto, a imediata devoção que despertou sua história, em tantos e adversos lugares no mesmo período, também fazem desmoronar qualquer hipótese de que as paredes de pedras palestinas tenham sido destruídas em Nazaré e ali reconstruídas, pois seria preciso décadas ou mesmo séculos para que populares esquecessem um trabalho humano e passassem a mitificá-la. Com efeito, desde os primeiros dias do ocorrido, peregrinos de toda Itália e da Europa vieram visitá-la, e assim tem sido até hoje, sem lapso de tempo para qualquer farsa.
Igualmente obra da Divina Providência, e que vai contra as hipóteses de reconstrução ou de mera transportação por mãos humanas, foi o fato da Casa primeiro ter estado em Tersato, na atual Croácia, depois numa colina em Ancona, já na Itália, que por isso foi chamada de Posatora (posato + ora), nove meses mais tarde na floresta de uma senhora de sobrenome Loreta, em seguida numa lavoura de dois irmãos, no monte Prodo, e finalmente numa estrada pública em Recanati, onde enfim permaneceu. Foram, portanto, cinco diferentes lugares, e em todos eles ficaram relatos de populares dando conta de translações pelos ares.
Na cidade de Tersato, antigamente chamada Fiúme e hoje parte da cidade de Rijeka, cuja região à época era chamada de Dalmácia, onde a Santa Casa ficou por mais três anos, também se viu surgir uma forte devoção até hoje cultuada. Ela aí chegou na noite de 9 para 10 de maio de 1291, e ficou até 10 dezembro de 1294, quando foi transladada para Ancona. E a data de sua chegada na Dalmácia, conforme de imediato foi investigado pelo governador da cidade, que mandou uma comissão à Terra Santa, incluindo o bispo local, coincide com a de seu 'desaparecimento' em Nazaré, assim como coincidem as medidas das paredes com as do alicerce que lá ficou, também averiguadas por esta comissão.
Não por acaso, em 1367 o Papa Santo Urbano V enviou a Tersato uma imagem de Nossa Senhora do Loreto, que ainda hoje pode ser vista, como uma consolação por terem 'perdido' a Sagrada Casa, embora haja relatos de que aí não lhe tenham dado digna acolhida, apesar de todas provas colhidas pelo próprio governador. De fato, o Reino da Hungria, que detinha estas terras, sofria frequentes ataques dos mongóis e vivia uma completa anarquia, perpetrada pelos próprios senhores feudais. Outra marcante evidência do milagre, porém, é que esse Santo Papa tenha sido o primeiro a visitar a Casa do Loreto, nesse mesmo ano.
Na colina de Posatora, em Ancona, onde ficou por nove meses no ano de 1295, foi entalhada uma placa em pedra que data do final do século XIII, indicando que a Casa que aí esteve agora estaria em 'Loreta', lugar onde se estabeleceu. Embora tenha desaparecido em meados do século passado, da existência desta placa e dessas inscrições ainda hoje há testemunhas.
E como era de esperar-se, aí foi erguida uma capela em honra da Senhora do Loreto, que depois foi devotada a Nossa Senhora Libertadora, em memória da Ordem dos Templários, além de outra capela numa vizinha colina, também próximo ao mar, com o nome de Barcaglione, ambas datando do final do século XIII e motivadas pela mesma devoção popular, pois entre a gente local realmente havia muitas testemunhas da translação, inclusive vários pescadores que a avistaram de seus barcos, quando estavam ao mar, tanto a chegada como a saída da Santa Casa da colina de Posatora.
Ainda em Ancona, no início do século XIV os bispos locais construíram uma igreja ao lado da antiga catedral da cidade, em devoção a Santa Maria de Nazaré, da qual atualmente ainda resta a torre do sino.
Esse é todavia o caso da devoção em Forio, na ilha italiana de Ischia, já no mar Tirreno. Os pescadores de lá, que frequentemente pescavam no mar Adriático, também foram testemunhas das translações ocorridas em Posatora e fizeram questão de erguer para si uma basílica, que igualmente data do início do século XIV. Ou seja, temos aí mais uma tradição, da mesma época, e agora de gente do outro lado da península itálica, que do mesmo modo e de tão remota data cultua a translação da Santa Casa de Nazaré.
Como se não bastassem tantas e tão pormenorizadas informações, ainda se tem o testemunho de Santa Catarina de Bolonha, em texto de 1440. Essa mística clarissa era profetisa e visionária, além de capaz de decifrar manuscritos. Escrevendo sobre o Santo Rosário, ao comentar sobre o primeiro Mistério Glorioso, ela categoricamente afirma que na Santa Casa do Loreto aconteceu a Anunciação do Anjo Gabriel, que ela foi transportada para a Dalmácia por um grupo de anjos, e depois levada a Loreto.
A autenticidade destes fatos é atestada pela própria arqueologia. São muitas e gritantes evidências:
- as pedras das paredes não existem nem na Croácia nem na Itália, e eram as que se usavam nas construções na Palestina dos tempos de Jesus;
- a argamassa é de terra palestina, quimicamente comprovada, e especificamente de Nazaré;
- o 'cimento' que dá coesão à argamassa é feito de sulfato de cálcio e pó de carvão de madeira, simplesmente desconhecido na Europa mesmo no período da translação;
- as pedras foram entalhadas em estilo nabateu, ou seja, árabe, que havia sido adotado em toda região da Palestina antes do século I, inclusive, três séculos mais tarde, na construção da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém;
- o padrão de construção de parte da parede, posicionando pedras para formar uma 'espinha de peixe', é típico da região da Galileia;
- a viga da porta original é de cedro, típica madeira da Palestina e que não havia na Itália à época da translação;
- as 60 inscrições em hebraico nas pedras, características da simbologia judaico-cristã, são datadas do século I ao III. Há uma escrita em grego, com duas letras em hebraico, e diz 'Oh Jesus, Filho de Deus';
- o terreno, onde a edificação das três paredes foi em monobloco 'assentada', não foi previamente desmatado, pois 'pousou' sobre um arbusto que deixou parte para fora e parte para dentro das paredes;
- o altar, que com elas veio, também é feito das mesmas pedras da Palestina, igualmente trabalhadas na técnica nabateia, e foi erigido pelos Apóstolos, que transformaram a Casa de Maria em local de culto logo após a Ressurreição de Jesus. Senão o mais antigo, um dos mais antigos altares da cristandade, ele é guardado embaixo do altar da Santa Casa do Loreto, atrás de uma grade;
- a Casa foi 'posta' voltada para o norte, embora ninguém na região do Loreto assim construa, pois o vento vem do norte. Em Nazaré, porém, isso faz pleno sentido.
A pedido do rei de Nápoles, um morador local, Paolo della Selva, escreveu-lhe uma carta narrando o episódio da chegada da Santa Casa a Loreto, depois de uma passagem pela localidade de Posatora: "A 10 de dezembro de 1294, quando à meia-noite tudo estava mergulhado em silêncio, uma luz espargiu-se do céu e, intensa, veio ferir o olhar de muitos habitantes às margens do Adriático, arrancou a todos de suas residências, levando-os a presenciar uma grande maravilha, superior a todas forças da natureza. Todos então viram e à vontade contemplaram uma Casa toda cercada de celeste esplendor, viajando através dos ares da noite. Os camponeses e pastores ficaram estupefatos diante de tão grande maravilha.
Foi a Santa Casa depositada no meio dum bosque, um enorme lugar, as árvores mesmas lá inclinando-se. Ainda hoje inclinadas no meio de uma floresta de loureiros, daí o nome de Loreto, como agora se chama o dito lugar.
O que acima ficou dito é verdadeiro e conforme a nossos anais e a arquivos públicos. Em testemunho e em fé, ordenamos que esta peça fosse sinalada com nosso selo e subscrita pelo tabelião público, estabelecido pela autoridade imperial a 12 de junho de 1297."
Através dos séculos, renomados engenheiros e arquitetos examinaram as paredes e cabalmente atestaram que não há nenhuma possibilidade de que elas tenham sido erguidas ali, onde se encontram. Ou seja, são pedras palestinas, que estão juntas por uma argamassa palestina desde quando foram construídas, datando de antes do século I.
Além da própria Casa do Loreto, a imediata devoção que despertou sua história, em tantos e adversos lugares no mesmo período, também fazem desmoronar qualquer hipótese de que as paredes de pedras palestinas tenham sido destruídas em Nazaré e ali reconstruídas, pois seria preciso décadas ou mesmo séculos para que populares esquecessem um trabalho humano e passassem a mitificá-la. Com efeito, desde os primeiros dias do ocorrido, peregrinos de toda Itália e da Europa vieram visitá-la, e assim tem sido até hoje, sem lapso de tempo para qualquer farsa.
Igualmente obra da Divina Providência, e que vai contra as hipóteses de reconstrução ou de mera transportação por mãos humanas, foi o fato da Casa primeiro ter estado em Tersato, na atual Croácia, depois numa colina em Ancona, já na Itália, que por isso foi chamada de Posatora (posato + ora), nove meses mais tarde na floresta de uma senhora de sobrenome Loreta, em seguida numa lavoura de dois irmãos, no monte Prodo, e finalmente numa estrada pública em Recanati, onde enfim permaneceu. Foram, portanto, cinco diferentes lugares, e em todos eles ficaram relatos de populares dando conta de translações pelos ares.
Na cidade de Tersato, antigamente chamada Fiúme e hoje parte da cidade de Rijeka, cuja região à época era chamada de Dalmácia, onde a Santa Casa ficou por mais três anos, também se viu surgir uma forte devoção até hoje cultuada. Ela aí chegou na noite de 9 para 10 de maio de 1291, e ficou até 10 dezembro de 1294, quando foi transladada para Ancona. E a data de sua chegada na Dalmácia, conforme de imediato foi investigado pelo governador da cidade, que mandou uma comissão à Terra Santa, incluindo o bispo local, coincide com a de seu 'desaparecimento' em Nazaré, assim como coincidem as medidas das paredes com as do alicerce que lá ficou, também averiguadas por esta comissão.
Não por acaso, em 1367 o Papa Santo Urbano V enviou a Tersato uma imagem de Nossa Senhora do Loreto, que ainda hoje pode ser vista, como uma consolação por terem 'perdido' a Sagrada Casa, embora haja relatos de que aí não lhe tenham dado digna acolhida, apesar de todas provas colhidas pelo próprio governador. De fato, o Reino da Hungria, que detinha estas terras, sofria frequentes ataques dos mongóis e vivia uma completa anarquia, perpetrada pelos próprios senhores feudais. Outra marcante evidência do milagre, porém, é que esse Santo Papa tenha sido o primeiro a visitar a Casa do Loreto, nesse mesmo ano.
Na colina de Posatora, em Ancona, onde ficou por nove meses no ano de 1295, foi entalhada uma placa em pedra que data do final do século XIII, indicando que a Casa que aí esteve agora estaria em 'Loreta', lugar onde se estabeleceu. Embora tenha desaparecido em meados do século passado, da existência desta placa e dessas inscrições ainda hoje há testemunhas.
E como era de esperar-se, aí foi erguida uma capela em honra da Senhora do Loreto, que depois foi devotada a Nossa Senhora Libertadora, em memória da Ordem dos Templários, além de outra capela numa vizinha colina, também próximo ao mar, com o nome de Barcaglione, ambas datando do final do século XIII e motivadas pela mesma devoção popular, pois entre a gente local realmente havia muitas testemunhas da translação, inclusive vários pescadores que a avistaram de seus barcos, quando estavam ao mar, tanto a chegada como a saída da Santa Casa da colina de Posatora.
Esse é todavia o caso da devoção em Forio, na ilha italiana de Ischia, já no mar Tirreno. Os pescadores de lá, que frequentemente pescavam no mar Adriático, também foram testemunhas das translações ocorridas em Posatora e fizeram questão de erguer para si uma basílica, que igualmente data do início do século XIV. Ou seja, temos aí mais uma tradição, da mesma época, e agora de gente do outro lado da península itálica, que do mesmo modo e de tão remota data cultua a translação da Santa Casa de Nazaré.
Da mesma forma, a beata Catarina Emmerich, uma freira agostiniana, alemã, que além de estigmata é considerada a maior visionária da Igreja, atestou, assim como a Assunção de Nossa Senhora, o milagre da translação da Santa Casa da Nazaré. Foi graças às indicações colhidas de seus arrebatamentos, por exemplo, que foi encontrada a casa na qual Nossa Senhora viveu em Éfeso, onde se exilou para proteger-se das perseguições à Igreja.
Por fim, além de Santo Urbano V, muitos Papas solenemente aprovaram o milagre da translação. Clemente VIII, por exemplo, que viveu no século XVI, ordenou a inscrição de toda história das translações nas paredes do 'baú' de mármore da Basílica que guarda a Santa Casa de Nazaré, em Loreto.
O Papa Pio IX, em 1852, na Bula 'Inter Omnia' declarou serem verdadeiras as histórias das translações: "Entre todos Santuários consagrados à Mãe de Deus, a Imaculada Virgem Maria, um encontra-se no primeiro lugar e brilha com incomparável fulgor: a venerável e augustíssima Casa de Loreto. Consagrada pelos divinos mistérios, ilustrada por inumeráveis milagres, honrada pelo concurso e afluência dos povos, a Glória de seu nome atinge toda Igreja Universal, e muito justamente constitui objeto de culto para todas nações e para todas raças humanas.
Em Loreto venera-se aquela Casa de Nazaré, tão querida ao Coração de Deus, e que, edificada na Galileia, foi mais tarde separada de suas bases e, pela divina força, trasladada além do mar, primeiro a Dalmácia e logo a Itália. Exatamente naquela Casa, a Santíssima Virgem, que por eterna e divina disposição ficou perfeitamente isenta da culpa original, foi concebida, nasceu e cresceu, e o celestial mensageiro saudou-a ‘cheia de Graça’ e ‘bendita tu és entre todas mulheres’." E concluiu: "Exatamente naquela Casa, Nossa Senhora, repleta de Deus e sob a fecunda ação do Espírito Santo, sem nada perder de sua inviolável virgindade, tornou-se a Mãe do Unigênito Filho de Deus."
Também o Papa Leão XIII declarou essa esplendorosa Graça, e em específica encíclica: 'Felix Lauretana Cives', de 1894: "Compreendam todos, e em primeiro lugar os italianos, quão especial dom lhes foi concedido por Deus que, com suma providência, prodigiosamente subtraiu a Casa a um indigno poder e com expressivo ato de amor ofereceu-a a eles. De fato, naquela beatíssima moradia foi sancionado o início da Salvação humana, com o grande e prodigioso mistério de Deus fazendo-Se homem, que a humanidade perdida reconcilia com o Pai Eterno e renova todas coisas." E completou: "De tal maneira quis Deus exaltar o Nome de Maria, para neste lugar (Loreto) tornar realidade aquela famosa profecia: 'Todas gerações chamá-me-ão bem-aventurada.'"
Em 1920, o Papa Bento XV declarou Nossa Senhora do Loreto a Padroeira dos aviadores, e a data de 10 de dezembro, em que ela é celebrada, sempre foi reverenciada como o dia da miraculosa Translação da Santa Casa.
Assim como a Itália, ademais, a Dalmácia, região do primeiro 'pouso' da Santa Casa de Nazaré, tem sido de histórica importância para o Catolicismo. Lá evangelizou São Tito, como menciona São Paulo em carta que escreveu a São Timóteo: "Demas abandonou-me por amor às coisas do presente século, e foi-se para Tessalônica. Crescente, para a Galácia; Tito, para a Dalmácia." 2 Tm 4,10
Mas, referente ao milagre, é menor o espanto quando se leva em conta que já em 1061 Nossa Senhora havia aparecido em Walsingham, na Inglaterra, pedindo a uma nobre, Richeldis de Faverches, que aí fosse construída uma imitação da Santa Casa de Nazaré, e para isso em êxtase levou a alma desta devota à Terra Santa. Nossa Mãe Celeste já sabia, pois, que a Santa Casa não teria como permanecer em Nazaré por conta das invasões muçulmanas, e buscava algum modo de preservá-la, pedindo ajuda deste país que seria grande colaborador nas Cruzadas, iniciadas poucos anos depois.
Embora a devoção aí, que tinha frequente presença da família real e só era menor que a dos peregrinos da Cantuária, tenha sido bestialmente atacada após a 'Reforma Protestante', ela ainda persiste. Ora, o priorado, instituído conforme o Cânon entre os anos de 1146 e 1174, foi dissolvido por Henrique VIII, a réplica da Santa Casa, que era de madeira, foi queimada até as cinzas, e da abadia que a abrigava apenas resta o arco.
É igualmente significativo, por fim, que a Santa Casa se tenha instalado numa estrada pública. Isso bem lembra que aqui estamos de passagem e que a obra de Deus é para todos.
Em especial deferência do Vaticano, aí reza-se no Terço: "O Anjo do Senhor aqui anunciou a Maria. E Ela aqui concebeu do Espírito Santo..."
Pois por essa janela Maria viu entrar o Arcanjo São Gabriel, e dele ouviu a Anunciação, como São Lucas narrou: "No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria." Lc 1,26-27
São José até pensou em morar em Belém da Judeia, ao retornar do Egito, julgando que entre seus parentes daria melhores condições à sua Família. Mas acabou retornando a essa aprazível casinha, onde Nossa Senhora morou com sua mãe, Santa Ana, em seus últimos anos: "José levantou-se, tomou o Menino e Sua mãe e foi para a terra de Israel. Ao ouvir, porém, que Arquelau reinava na Judeia, em lugar de seu pai Herodes, não ousou ir para lá. Divinamente avisado em sonhos, retirou-se para a província da Galileia e veio habitar na cidade de Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelos Profetas: 'Será chamado Nazareno.'" Mt 2,21-23
Aí cresceu e viveu Jesus até Seus 30 anos, trabalhando como carpinteiro numa palhoça anexa, quando começou a pregar: "Quando Jesus começou Seu Ministério, tinha cerca de trinta anos, e era tido por filho de José..." Lc 3,23a
Nossa Senhora do Loreto, rogai por nós!
Por fim, além de Santo Urbano V, muitos Papas solenemente aprovaram o milagre da translação. Clemente VIII, por exemplo, que viveu no século XVI, ordenou a inscrição de toda história das translações nas paredes do 'baú' de mármore da Basílica que guarda a Santa Casa de Nazaré, em Loreto.
Em Loreto venera-se aquela Casa de Nazaré, tão querida ao Coração de Deus, e que, edificada na Galileia, foi mais tarde separada de suas bases e, pela divina força, trasladada além do mar, primeiro a Dalmácia e logo a Itália. Exatamente naquela Casa, a Santíssima Virgem, que por eterna e divina disposição ficou perfeitamente isenta da culpa original, foi concebida, nasceu e cresceu, e o celestial mensageiro saudou-a ‘cheia de Graça’ e ‘bendita tu és entre todas mulheres’." E concluiu: "Exatamente naquela Casa, Nossa Senhora, repleta de Deus e sob a fecunda ação do Espírito Santo, sem nada perder de sua inviolável virgindade, tornou-se a Mãe do Unigênito Filho de Deus."
Também o Papa Leão XIII declarou essa esplendorosa Graça, e em específica encíclica: 'Felix Lauretana Cives', de 1894: "Compreendam todos, e em primeiro lugar os italianos, quão especial dom lhes foi concedido por Deus que, com suma providência, prodigiosamente subtraiu a Casa a um indigno poder e com expressivo ato de amor ofereceu-a a eles. De fato, naquela beatíssima moradia foi sancionado o início da Salvação humana, com o grande e prodigioso mistério de Deus fazendo-Se homem, que a humanidade perdida reconcilia com o Pai Eterno e renova todas coisas." E completou: "De tal maneira quis Deus exaltar o Nome de Maria, para neste lugar (Loreto) tornar realidade aquela famosa profecia: 'Todas gerações chamá-me-ão bem-aventurada.'"
Assim como a Itália, ademais, a Dalmácia, região do primeiro 'pouso' da Santa Casa de Nazaré, tem sido de histórica importância para o Catolicismo. Lá evangelizou São Tito, como menciona São Paulo em carta que escreveu a São Timóteo: "Demas abandonou-me por amor às coisas do presente século, e foi-se para Tessalônica. Crescente, para a Galácia; Tito, para a Dalmácia." 2 Tm 4,10
Mas, referente ao milagre, é menor o espanto quando se leva em conta que já em 1061 Nossa Senhora havia aparecido em Walsingham, na Inglaterra, pedindo a uma nobre, Richeldis de Faverches, que aí fosse construída uma imitação da Santa Casa de Nazaré, e para isso em êxtase levou a alma desta devota à Terra Santa. Nossa Mãe Celeste já sabia, pois, que a Santa Casa não teria como permanecer em Nazaré por conta das invasões muçulmanas, e buscava algum modo de preservá-la, pedindo ajuda deste país que seria grande colaborador nas Cruzadas, iniciadas poucos anos depois.
Embora a devoção aí, que tinha frequente presença da família real e só era menor que a dos peregrinos da Cantuária, tenha sido bestialmente atacada após a 'Reforma Protestante', ela ainda persiste. Ora, o priorado, instituído conforme o Cânon entre os anos de 1146 e 1174, foi dissolvido por Henrique VIII, a réplica da Santa Casa, que era de madeira, foi queimada até as cinzas, e da abadia que a abrigava apenas resta o arco.
Em especial deferência do Vaticano, aí reza-se no Terço: "O Anjo do Senhor aqui anunciou a Maria. E Ela aqui concebeu do Espírito Santo..."
Pois por essa janela Maria viu entrar o Arcanjo São Gabriel, e dele ouviu a Anunciação, como São Lucas narrou: "No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria." Lc 1,26-27
São José até pensou em morar em Belém da Judeia, ao retornar do Egito, julgando que entre seus parentes daria melhores condições à sua Família. Mas acabou retornando a essa aprazível casinha, onde Nossa Senhora morou com sua mãe, Santa Ana, em seus últimos anos: "José levantou-se, tomou o Menino e Sua mãe e foi para a terra de Israel. Ao ouvir, porém, que Arquelau reinava na Judeia, em lugar de seu pai Herodes, não ousou ir para lá. Divinamente avisado em sonhos, retirou-se para a província da Galileia e veio habitar na cidade de Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelos Profetas: 'Será chamado Nazareno.'" Mt 2,21-23
Aí cresceu e viveu Jesus até Seus 30 anos, trabalhando como carpinteiro numa palhoça anexa, quando começou a pregar: "Quando Jesus começou Seu Ministério, tinha cerca de trinta anos, e era tido por filho de José..." Lc 3,23a