Essa belíssima imagem, iniciada pelo escultor espanhol Francisco del Castilho, foi retocada e concluída por ninguém menos que São Francisco de Assis e os três mais conhecidos Arcanjos, ao som do coro de angelicais vozes que cantavam o 'Salve Sancta Parens'.
Foi feita a pedido da própria Santíssima Virgem, quando de sua segunda aparição a Mariana de Jesus Torres, priora da Ordem da Imaculada Conceição, que se deu em Quito, capital do Equador, no dia 16 de janeiro de 1599. Ela explicou: "É vontade de Meu Santíssimo Filho que tu mandes executar uma estátua minha tal qual me vês, e coloca-a sobre a cátedra da Priora para que daí governe meu Mosteiro. Que os mortais entendam que eu sou poderosa para aplacar a Divina Justiça e alcançar piedade e perdão a toda pecadora alma que a mim recorra de contrito coração. Porque eu sou a Mãe de Misericórdia, e em mim não há senão bondade e amor."
A primeira aparição desta série foi em 2 de fevereiro de 1594. Contudo, essa freira espanhola, uma das fundadoras do Real Monasteiro de la Limpia Concepción nesta cidade, durante toda vida foi agraciada com frequentes aparições de Jesus, Maria, Santos e anjos, embora também de terríveis manifestações de demônios.
Nossa Mãe disse-lhe na primeira ocasião: "Sou Maria do Bom Sucesso, Rainha dos Céus e da Terra. Tuas orações, lágrimas e penitências são muito agradáveis a Nosso Pai Celestial. Quero que fortaleças teu coração e que o sofrimento não te abata. Tua vida será longa para a Glória de Deus e de sua mãe, que te fala. Meu Santíssimo Filho presenteia-te com a dor em todas suas formas. E para infundir-te o valor que necessitas, toma-O de meus braços nos teus."
E na significativa aparição de 8 de dezembro de 1934, dia da Imaculada Concepção de Maria, que dá nome à sua Ordem, Nossa Senhora disse o porquê: "Meu culto sob a consoladora invocação do Bom Sucesso.... será a sustentação e a salvaguarda da fé na quase total corrupção do século XX."
O Cuadernón, livro que contém a autobiografia de Madre Mariana, desapareceu após ter sido escondido numa fresta das paredes do mosteiro durante a Guerra da Independência do Equador, em 1821. Os detalhes que conhecemos são do livro escrito em 1790 por um frade franciscano, o português Manuel Sousa Pereira, que se converteu ao conhecer a vida de Madre Mariana. Após ser ordenado Sacerdote, foi enviado a Quito, por pedido seu, onde se tornou confessor das concepcionistas e teve acesso ao Cuadernón.
As profecias feitas a Madre Mariana são espantosamente precisas. Jesus falou-lhe sobre momentos e decisões da Santa Igreja: "O Dogma de fé da Imaculada Conceição de Minha Mãe será proclamado quando mais combatida estiver a Igreja e encontrar-se cativo Meu Vigário. Do mesmo modo, o Dogma de fé do Trânsito e da Assunção em corpo e alma aos Céus de Minha Santíssima Mãe."
Com efeito, durante o 'Iluminismo', por conta de levante de rebeldes forças que alimentavam ódio à Igreja em toda Europa, o Papa Pio IX teve que se refugiar em Gaeta, na região do Lácio, entre os anos de 1848 e 1850.
Falando sobre o clero, Nossa Senhora nominou São João Maria Vianney, que viria a ser o Padroeiro dos Padres, mas só nasceria duzentos anos mais tarde: "Os Sacerdotes, a partir do século XIX, deverão amar com toda alma João Maria Vianney, um servo meu que a Divina Bondade prepara, para com ele agraciar aqueles séculos como exemplar modelo de abnegado Sacerdote."
A grande heresia chegará às famílias sob a forma de 'cultura': "... possuirá sutileza para introduzir-se nos ambientes domésticos, que perderão as crianças. Nesse infausto tempo, mal se encontrará a inocência infantil. Desta forma, perder-se-ão as vocações para o sacerdócio, e será uma verdadeira calamidade."
A virgindade praticamente desaparecerá: "A atmosfera saturada do espírito de impureza que, à maneira de um imundo mar, correrá pelas ruas, praças e logradouros públicos... Quase não haverá almas virgens no mundo. A delicada flor da virgindade, tímida e ameaçada de completa destruição, luzirá de longe."
O Casamento será ostensivamente profanado pelas legislações mundo afora: "Quanto ao Sacramento do Matrimônio, que simboliza a união de Cristo com a Igreja, será atacado e profanado em toda extensão da palavra. .... Impor-se-ão iníquas leis com o objetivo de extinguir esse Sacramento, facilitando a todos viverem mal, propagando-se a geração de filhos mal-nascidos, sem a bênção da Igreja. Irá decaindo rapidamente o espírito cristão."
A própria 'educação' oferecida será uma ofensa a Deus: "Apagar-se-á a luz da fé até chegar-se a uma quase total e geral corrupção dos costumes. Acrescidos ainda os efeitos da laica educação, isto será motivo para escassearem as vocações sacerdotais e religiosas."
As almas partirão deste mundo sem os Sacramentos: "Nesse tempo, o Sacramento da Extrema Unção, posto que faltará nesta pobre pátria o espírito cristão, será pouco considerado. Muitas pessoas morrerão sem recebê-lo por descuido das famílias..."
Padres e religiosos serão motivos de grandes castigos: "Saiba ainda que a Divina Justiça costuma descarregar terríveis castigos sobre inteiras nações, não tanto pelos pecados do povo quanto pelos de Sacerdotes e religiosos, porque estes últimos são chamados, pela perfeição de seu estado, a ser o sal da Terra, os mestres da Verdade e os pára-raios da Divina Ira."
Das almas deles mesmos partirão abomináveis sacrilégios: "... querem servir-me às meias, conservando seus caprichos e gênios, em tudo satisfazendo suas vontades e tomando liberdades incompatíveis com seu estado e profissão. Eu não as tolero! Nada pela metade me agrada. Eu abandono-as e deixo que sigam todos desejos de seu pervertido coração para desconhecê-las diante de meu Pai Celeste. Ai daqueles e daquelas!"
Haverá patentes traições: "Funestos tempos sobrevirão, nos quais.... aqueles que deveriam defender em justiça os direitos da Igreja, sem temor servil nem respeito humano, darão as mãos aos inimigos da Igreja para fazer o que estes quiserem."
Santas vozes, entre elas a do próprio Papa, serão caladas com arrogância e violência: "Quase não se encontrará a inocência nas crianças nem pudor nas mulheres, e nessa suprema necessidade da Igreja, calá-se-á aquele a quem a tempo competia falar."
O desrespeito à Igreja será gritante: "Campearão vícios de impureza, a blasfêmia e o sacrilégio naquele tempo de depravada desolação..."
E o próprio Santíssimo Sacramento será acintosamente afrontado: "O mesmo sucederá com a Sagrada Comunhão. Mas, ai! Quanto sinto ao manifestar-te que haverá muitos e enormes sacrilégios, públicos e também ocultos de profanação da Sagrada Eucaristia.... Meu Santíssimo Filho ver-Se-á jogado ao chão e pisoteado por imundos pés."
Mais uma vez, tudo estará nas mãos de um pequeno resto, que sofrerá martírios: "O pequeno número de almas que guardará o tesouro da fé e das virtudes sofrerá um cruel, indizível e prolongado martírio. Muitas delas descerão ao túmulo pela violência do sofrimento, e serão contadas como mártires que se sacrificaram pela Igreja e pela pátria."
A custo da resistência dos justos, e como foi predito na Aparição de Fátima, por fim virá o Triunfo: "Para a libertação da escravidão dessas heresias, aqueles a quem o misericordioso amor de Meu Santíssimo Filho destinará para esta restauração, necessitarão de grande força de vontade, constância, valor e muita confiança em Deus. Para pôr à prova esta fé e confiança dos justos, haverá ocasiões em que tudo parecerá perdido e paralisado. Será, então, o feliz princípio da completa restauração."
Antes, porém, aconteceria uma terrível guerra. Seriam a 1ª e a 2ª guerras mundiais, que por muitos historiadores são vistas como uma só? Pelo uso da bomba atômica, seriam elas a grande tribulação ou haverá maior? "... toda sorte de castigos como a peste, a fome, disputas internas e com outras nações e a apostasia, causa de perdição de um considerável número de almas.... Haverá uma formidável e espantosa guerra... Esta noite será horrorosíssima, pois, humanamente, o mal parecerá triunfante."
Mas o Bom Sucesso de Nossa Santíssima Mãe, como prometido na Aparição de Garabandal e de Medjugorje, será certo: "Então será chegada minha hora, em que eu, de maravilhoso modo, destronarei o soberbo e maldito Satanás, calcando-o debaixo de meus pés e acorrentando-o no infernal abismo. Assim, a Igreja e a pátria estarão, por fim, livres de sua cruel tirania."
Sobre seu triunfo, ela deixou um detalhe: "Este dia virá quando a corrupção dos costumes no mundo parecer chegar ao ápice..."
E como sempre, a recomendação que ela faz a Madre Mariana é a mesma que faz a todos nós nas aparições de Paris, Lourdes, Cimbres e Akita, entre outras: "Ora com instância, clama sem te cansar e chora com amargas lágrimas, pedindo ao Pai Celeste que Se compadeça de Seus Ministros e o quanto antes ponha termo a tão nefastos tempos..."
A igreja do Convento da Irmãs Concepcionistas, como esperado, tornou-se lugar de peregrinação.