sábado, 1 de fevereiro de 2025

Comunhão Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados

     O primeiro sábado de cada mês é dia de comungar em desagravo às ofensas feitas ao Imaculado Coração de Maria, como o próprio Jesus revelou à Beata Lúcia de Fátima e Nossa Senhora lhe pediu na Promessa de Fátima.

Textos para Celular

 
Anuário de Leituras Bíblicas

Acesso: dizemasescrituras.blogspot.com

Deus Consolador


    De onde nos vem a força para enfrentarmos os mais difíceis momentos? Como é possível suportar certas dores? Não precisamos ir muito longe para achar explicação. A despeito de tantos nomes atribuídos a Deus, Jesus chamava-O de Pai, e Ele mesmo já havia prometido no Segundo Livro do Profeta Samuel, que a Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios invocou: "'Serei para vós um Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas (2 Sm 7,14)', diz o Senhor Todo-Poderoso." 2 Cor 6,18
    Há muito tempo, de fato, essa sensação de proteção e consolação, caracteristicamente paternal, é percebida pela humanidade. O Livro dos Salmos assim a descreveu: "Como um pai tem misericórdia de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão..." Sl 102,13
    Através do Livro do Profeta Isaías, que era grande conhecedor do divino amor e seus atributos, Deus mesmo fez essa comparação, dirigindo-Se ao povo de Israel: "Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, Eu não te esqueceria nunca." Is 49,15
    Com efeito, Ele consola-nos desde a afeição que nos dedica, como o salmista canta: "Que Vosso amor seja minha consolação..." Sl 119,76
    E assim Ele foi revelando-Se até dirigir-Se abertamente ao povo após o exílio na Babilônia, dizendo de enfático modo através de Isaías: "Eu, Eu mesmo sou Vosso Consolador!" Is 51,12
    Também foi o que Ele prometeu através do Livro do Profeta Zacarias, quando o povo esperançosamente contava com a reconstrução do Templo de Jerusalém: "Farás a seguinte proclamação: eis o que diz o Senhor dos Exércitos: 'Minhas cidades novamente terão muitas riquezas.' O Senhor será a consolação de Sião, e Sua escolha outra vez cairá sobre Jerusalém." Zc 1,17
    Ou mais uma vez através de Isaías, agora falando sobre a Jerusalém Celestial: "Como uma criança que a mãe consola, assim Eu vos consolarei. Sim, em Jerusalém sereis consolados!" Is 66,13
    Prometia consolar Israel até mesmo em momentos de desobediência, ainda dizendo através desse Profeta: "Como um rebelde, seguiu o caminho que bem queria. Eu vi seu caminho, mas vou curá-lo, guiá-lo e oferecer-lhe consolação." Is 57,17-18
    Ora, esta também é uma das funções de Seus Profetas, segundo o Livro do Eclesiástico, que disse de Isaías: "Por uma poderosa inspiração, ele viu o fim dos tempos e consolou aqueles que choravam em Sião. Ele anunciou o futuro até o fim dos tempos, assim como as coisas ocultas antes que se cumprissem." Eclo 48,27-28
    Disse dos Doze Maiores: "Quanto aos Doze Profetas, que refloresçam seus ossos em seus túmulos, porque eles consolaram Jacó, eles resgataram-no na e na esperança." Eclo 49,12
    E Isaías, imbuído desta missão, transmitia a todo povo: "'Consolai, consolai Meu povo', diz Vosso Deus. 'Animai Jerusalém, dizei-lhe bem alto que suas lidas estão terminadas, que sua falta está expiada, que recebeu, da mão do Senhor, pena dupla por todos seus pecados.'" Is 40,1-2
    Este Profeta, aliás, predisse as emblemáticas palavras que Jesus usaria ao anunciar Sua Missão, quando o Filho de Deus também Se revelou Consolador: "O Espírito do Senhor está sobre Mim... para consolar os que estão tristes..." Is 61,1-2
    O Evangelho segundo São Lucas relata que o religioso Simeão viu o cumprimento dessa promessa ao testemunhar a Apresentação do Menino Jesus no Templo, referindo-se por 'Israel' ao verdadeiro povo de Deus, à Santa Igreja, ao Corpo Místico de Cristo: "Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel..." Lc 2,25
    Desde o Sermão da Montanha, portanto, Jesus já prometia Seus cuidados. Está no Evangelho segundo São Mateus: "Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!" Mt 5,4
    Ele desenganava os ricos, que se iludem com seus bens: "Mas ai de vós, ricos, porque tendes vossa consolação!" Lc 6,24
    E momentos antes do início de Sua Paixão, mais uma vez Ele referiu-Se a Si mesmo, assim como ao Espírito Santo, que jamais abandona a Igreja Católica, como Consolador. O Evangelho segundo São João registrou: "E Eu rogarei ao Pai, e Ele dá-vos-á outro Consolador, para que convosco fique eternamente." Jo 14,16
    A Graça da consolação, porém, não é indiscriminadamente derramada. Pois Jesus também disse do Divino Paráclito, que é exclusivamente derramado sobre a Igreja: "É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber porque não O vê nem O conhece. Mas vós conhecê-Lo-eis, porque convosco permanecerá e em vós estará." Jo 14,17
    E é por Sua ação que os Sacerdotes da Igreja nos concedem a consolação da remissão dos pecados, exatamente como Jesus ordenou aos Apóstolos logo em Sua primeira aparição após ressuscitar: "Disse-lhes outra vez: 'A Paz esteja convosco! Como o Pai Me enviou, Eu também vos envio.' Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: 'Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, sê-lhes-ão perdoados. Àqueles a quem os retiverdes, sê-lhes-ão retidos.'" Jo 20,21-23
    Ele já havia demonstrado o indizível valor do perdão dos pecados, ao oferecê-lo como algo muito mais importante que uma cura. Foi no episódio do enfermo descido pelo teto, na casa de São Pedro: "Eis que Lhe apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico: 'Meu filho, coragem! Teus pecados são-te perdoados.'" Mt 9,2
    E Davi, em seus salmos, já havia percebido a indizível alegria que essa Graça traz: "Feliz aquele cuja iniquidade foi perdoada, cujo pecado foi absolvido." Sl 31,1
    No mesmo sentido, enquanto Palavra de Deus, as Escrituras também têm essa específica finalidade. A Carta de São Paulo aos Romanos diz: "Ora, tudo quanto outrora foi escrito, foi escrito para nossa instrução, a fim de que, pela perseverança e pela consolação que dão as Escrituras, tenhamos esperança." Rm 15,4
    Tal poder já havia sido observado no Primeiro Livro dos Macabeus, quando Israel renovou amizade com Roma e Esparta através de uma carta de compromisso. De fato, haveria mais confiável promessa que a de Deus? O sumo sacerdote Jônatas escreveu aos espartanos: "... embora não tenhamos necessidade dessas vantagens, pois para nossa consolação temos os Santos Livros, que estão em nossas mãos..." 1 Mac 12,9
    É o bem produzido pelos ensinamentos do Livro da Sabedoria, que nos fazem perceber os verdadeiros tesouros de Deus: "Portanto, resolvi tomá-la (a Sabedoria) por companheira de minha vida, cuidando que ela para mim será uma boa conselheira, e minha consolação nos cuidados e na tristeza." Sb 8,9
    A alma realmente ciente da necessária redenção da humanidade, porém, em verdadeira penitência abraça-se ainda mais à Cruz de Cristo. É da inspiração do salmista: "No dia de angústia, procuro o Senhor. De noite, minhas mãos levantam-se para Ele sem descanso. E, contudo, minha alma recusa toda consolação. Faz-me gemer a lembrança de Deus. Em minha meditação, sinto o espírito desfalecer." Sl 76,3-4
    Ou contenta-se com os divinos ensinamentos: "A Lei do Senhor é perfeita, reconforta a alma." Sl 18,8a
    É isso que reclama uma amigo no Livro de Jó, quanto este paciente personagem se exasperou contra os desígnios de Deus: "És, porventura, o primeiro homem que nasceu, e foste tu gerado antes das colinas? Assististe, porventura, ao conselho de Deus, monopolizaste a Sabedoria? Que sabes tu que nós ignoremos, que aprendeste que não nos seja familiar? Também há entre nós velhos de cabelos brancos, muito mais avançados em dias que teu pai. Fazes pouco caso das divinas consolações, e das doces palavras que te são dirigidas?" Jó 15,7-11
    Sem dúvida, um idoso salmista atinou para o Mistério do Mal, cantando a Deus: "Vós fizestes-me passar por numerosas e amargas tribulações, para de novo fazer-me viver e tirar-me abismos da Terra. Aumentai minha grandeza, e consolai-me novamente. Celebrarei então Vossa fidelidade nas cordas da lira, eu cantá-Vos-ei na harpa, ó Santo de Israel." Sl 70,20-22
    Até o rei Davi cantou, o que deve ser entendido como Palavras do próprio Cristo: "Ó Deus, os soberbos levantaram-se contra Mim, uma turba de prepotentes odeia Minha vida, eles que nem Vos têm presente antes os olhos. Olhai-Me e tende piedade de Mim, dai ao Vosso Servo Vossa força, salvai o Filho de Vossa Serva. Dai-Me uma prova de Vosso favor, a fim de que verifiquem Meus inimigos, para sua confusão, que sois Vós, Senhor, Meu sustento e Meu consolo." Sl 85,14.16-17


SOBRENATURAL CONSOLAÇÃO

    
Mas Deus bem sabe quem mais precisa de Seus auxílios, e trata de reanimar-nos com as mais simples coisas, ou pela presença de alguém. O Apóstolo dos Gentios registrou esse afago dizendo aos cristãos de Corinto: "Deus, porém, que consola os humildes, confortou-nos com a chegada de Tito..." 2 Cor 7,6
    Isso também vemos na Carta de São Paulo aos Colossenses: "Quanto ao que me concerne, o caríssimo irmão Tíquico, fiel Ministro e companheiro no Senhor, informá-vos-á de tudo. A ele envio-vos para este fim, para que conheçais nossa situação e console vossos corações. Ele vai junto a Onésimo, nosso caríssimo e fiel irmão, vosso conterrâneo. Ambos informá-vos-ão de tudo que aqui se passa. Saúda-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, primo de Barnabé, a respeito do qual já recebestes instruções. Se este for ter convosco, acolhei-o bem. Jesus, chamado o Justo, também vos saúda. Da circuncisão, são os únicos que comigo trabalham no Reino de Deus. Eles têm-se tornado minha consolação." Cl 4,7-11
    De fato, a divina consolação tem o dom de desafogar de toda ânsia e de todo mal. E quando se entra em perfeita Comunhão com o Pai, ela torna-se perene, traz a verdadeira serenidade. A Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses reza: "Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, Nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança por Sua Graça, consolem vossos corações e confirmem-nos para toda boa obra e palavra!" 2 Ts 2,16
    Afirmativamente, essa é uma das funções de nossos Sacerdotes durante a Santa Missa, pois esse é um dos dons da Palavra, conforme a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: "Aquele que profetiza, porém, fala aos homens, para edificá-los, exortá-los e consolá-los." 1 Cor 14,3
    Claro, desde que realmente estejam pregando conforme a Sã Doutrina e com autoridade: "Temos diferentes dons, conforme a Graça que nos foi conferida. Aquele que tem o dom da profecia, exerça-o conforme a fé." Rm 12,6
    Essa foi a principal função que Nosso Salvador atribuiu ao Príncipe dos Apóstolos: "Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de João, amas-Me mais que a estes?' Respondeu ele: 'Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo.' Disse-lhe Jesus: 'Apascenta Meus cordeiros. Apascenta Minhas ovelhas.'" Jo 21,15.17c
    E na Primeira Carta de São Pedro, vendo aproximar-se sua hora, ele humildemente distribuía-a com os demais Sacerdotes, dando suas pessoais recomendações: "Eis a exortação que dirijo aos anciãos que estão entre vós, porque como eles sou ancião, fui testemunha dos sofrimentos de Cristo e com eles serei participante daquela Glória que há de manifestar-se. Apascentai o rebanho de Deus, que vos é confiado. Dele tende cuidado, não constrangidos, mas espontaneamente; não por amor de sórdido interesse, mas com dedicação; não como absolutos dominadores sobre as comunidades que vos são confiadas, mas como modelos de vosso rebanho." 1 Pd 5,1-3
    Ora, nossos Sacerdotes realizam esta obra por uma força dada por Deus mesmo, que prometeu no Livro do Profeta Ezequiel: “Sou Eu que apascentarei Minhas ovelhas, sou Eu que as farei repousar." Ez 34,15a
    Mas essa é uma obrigação de todos cristãos, pois ao passo que São Paulo pedia que eles se compadecessem e auxilassem uns dos outros em nome da Paz de Cristo, também pedia pelos Sacerdotes da Igreja em nome da Comunhão. É o que se lê na Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses: "Assim, pois, consolai-vos e edificai-vos uns aos outros, como já o fazeis. Suplicamo-vos, irmãos, que reconheçais aqueles que entre vós arduamente trabalham para dirigir-vos e admoestar-vos no Senhor. Tende para com eles singular amor, em vista do cargo que exercem. Conservai a Paz entre vós." 1 Ts 5,11-13
    Porque tal qual o Pai devem ser os filhos, para que trabalhem em nome da União da Igreja: "O Deus da perseverança e da consolação conceda-vos o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Jesus Cristo, para que, com um só coração e uma só voz, glorifiqueis a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo." Rm 15,5-6
    E apesar de todas tribulações, São Paulo dava o exemplo: "Porque, ao que parece, Deus tem posto a nós, Apóstolos, na última classe dos homens, por assim dizer sentenciados à morte, visto que fomos entregues em espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Até esta hora padecemos fome, sede e nudez. Somos esbofeteados, somos errantes, fatigamo-nos, trabalhando com nossas próprias mãos. Insultados, abençoamos; perseguidos, suportamos; caluniados, consolamos! Chegamos a ser como que o lixo do mundo, a escória de todos até agora... " 1 Cor 4,9.11-13
    Pois é certo que as consolações nos são dadas em proporção às dores e penitências que enfrentamos em nome da Salvação, nossa e de nossos irmãos: "Com efeito, à medida que em nós crescem os sofrimentos de Cristo, por Cristo também crescem nossas consolações. Se, pois, somos atribulados, é para vossa consolação e Salvação. Se somos consolados, é para vossa consolação, a qual se efetua em vós pela paciência em tolerar os sofrimentos que nós mesmos suportamos. Nossa esperança a respeito de vós é firme: sabemos que, como sois companheiros de nossas aflições, assim também o sereis de nossa consolação." 2 Cor 1,5-7
    Este grande Apóstolo bem sabia, no entanto, de onde vinha sua força para seguir no 'bom combate e guardar a fé (cf. 2 Tm 4,7)'. E chega a ser repetitivo ao falar dessa Graça que gostaria que fosse repassada à toda humanidade: "Bendito seja Deus, o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das Misericórdias, Deus de toda consolação, que nos consola em todas nossas tribulações, para que possamos consolar os que estão em qualquer tribulação, através da consolação que nós mesmos recebemos de Deus." 2 Cor 1,3-4
    Também citou o poder do amor que o Divino Paráclito nos infunde: "Foi Epafras que nos informou do amor com que o Espírito vos anima. Por isso, nós, desde o dia em que o soubemos, também não cessamos de rezar por vós e pedir a Deus que vos conceda pleno conhecimento da Sua vontade, perfeita Sabedoria e percepção espiritual, para que vos comporteis de maneira digna do Senhor, procurando agradar-Lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus. Para que, em tudo confortados por Seu glorioso poder, tenhais a paciência de tudo suportar com longanimidade." Cl 1,8-11
    Pois como ele atesta, nossa vida na fé pode servir de consolação a nossos irmãos: "Assim, irmãos, fomos consolados por vós, no meio de todas nossas angústias e tribulações, em virtude de vossa fé. Agora, sim, tornamos a viver, porque permaneceis firmes no Senhor." 1 Ts 3,7-8
    Um milagre, então, tem ainda maior poder, como o Livro dos Atos dos Apóstolos narrou: "Aconteceu que um moço, chamado Êutico, que estava sentado numa janela, foi tomado de profundo sono enquanto Paulo ia prolongando seu discurso. Vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo e foi levantado morto. Paulo desceu, debruçou-se sobre ele, tomou-o nos braços e disse: 'Não vos perturbeis, porque sua alma está nele.' Então subiu, partiu o Pão, comeu e falou-lhes largamente até o romper do dia. Depois partiu. Quanto ao moço, levaram-no dali vivo, cheios de consolação." At 20,9-12
    Inspiradamente, São Paulo usava de revelações, neste caso a promessa da Definitiva Volta de Jesus, para apascentar a todos: "Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do Céu e aqueles que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, os que estamos ainda na Terra, seremos junto a eles arrebatados sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim para sempre estaremos com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras." 1 Ts 4,16-18
    E ainda enquanto estava entre nós, Jesus mesmo prometeu: "Vinde a Mim todos vós que estais aflitos sob o fardo, e Eu aliviá-vos-ei. Tomai Meu jugo sobre vós e recebei Minha Doutrina, porque Eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para vossas almas. Porque Meu jugo é suave e Meu peso é leve." Mt 11,28-30
    Ele garantiu aos que guardam Sua Palavra: "Deixo-vos a Paz, dou-vos Minha Paz. Não vos dou como o mundo a dá. Não se perturbe vosso coração, nem se atemorize!" Jo 14,27
    Mas advertiu que buscássemos a Paz tão somente n'Ele, vale dizer, através dos Sacramentos de Sua Igreja, pois Sua vitória contra o pecado é a definitiva prova de Glória de Deus: "Referi-vos essas coisas para que em Mim tenhais a Paz. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo." Jo 16,33
    A Carta de São Tiago, por exemplo, falou da Unção dos Enfermos, mas deixa claro que sua aplicação era absolutamente restritiva aos Sacerdotes da Igreja: "Está alguém enfermo? Chame os Sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em Nome do Senhor. A oração de fé salvará o enfermo, e o Senhor restabelecê-lo-á. Se ele cometeu pecados, sê-lhe-ão perdoados." Tg 5,14-15
    Ele recomendava a Confissão como grande lenitivo. E não somente ao Sacerdote, senão a todo cristão amigo, como forma de penitenciar-se, assumir compromisso e instruir os irmãos. Ou seja, nada de 'confessar somente a Deus', como falsos mestres ensinam: "Confessai vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia." Tg 5,16
    No Céu, enfim, com Jesus já estão os Santos, os vencedores, aqueles que foram definitivamente consolados. É o que o Livro do Apocalipse de São João atesta, da conversa que teve com um dos anciãos (serafins?) que lá encontrou: "E ele disse-me: 'Esses são os sobreviventes da grande tribulação. Lavaram suas vestes e alvejaram-nas no Sangue do Cordeiro.' Por isso, estão diante do trono de Deus e dia e noite servem-nO em Seu Templo. Aquele que está sentado no trono abrigá-los-á em Sua Tenda. Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum abrasá-los-á, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será Seu Pastor e levá-los-á às fontes das Águas Vivas. E Deus enxugará toda lágrima de seus olhos." Ap 7,14b-16
    E esse será o destino de todos aqueles que alcançarem a Salvação, como a plena realização da promessa: "Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: 'Eis aqui o Tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão Seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição.' Então Aquele que está assentado no trono disse: 'Eis que Eu renovo todas coisas.'" Ap 21,3-5a
    
INVOCAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

    "Ó Deus, que instruístes os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de Sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso! Amém!"